Revista NaBaroneza Nº 57

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dados de pesquisa. Em contrapartida, eles efetuaram gratuitamente a análise dos carrapatos coletados na Quinta, bem como do sangue dos cavalos da Vila Hípica”, conta Adriana Akemi Kuniy, bióloga da JGP consultoria ambiental – contratada pelo empreendimento desde a sua fundação. Após um ano de análises, os pesquisadores concluíram que nenhum cavalo presente na Quinta da Baroneza estava infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii, e que o controle de carrapatos no residencial poderia ser feito por meio da aplicação frequente de carrapaticida nos piquetes e áreas comuns. Os profissionais também recomendaram que fosse instalada uma cerca nos perímetros do residencial, para bloquear o trânsito de capivaras. “Os equinos são ótimas referências para pesquisa, uma vez que as capivaras frequentam os piquetes e, se houvesse contaminação, a bactéria seria facilmente detectada na sorologia. Nós analisamos até hoje o sangue dos cavalos da Vila Hípica, e nunca constatamos qualquer contaminação. Além disso, também não há registros de casos de febre maculosa em humanos na região de Bragança Paulista”, acrescenta Adriana. As orientações dos pesquisadores da USP são seguidas à risca até hoje pelas equipes de Meio Ambiente e Manutenção do Residencial. “A grama das áreas comuns são sempre mantidas podadas; aplicamos frequentemente carrapaticida em locais que as capivaras frequentam e/ou transitam. Em pontos estratégicos, colocamos sal (alimento apreciado por esses roedores) com um produto específico para parasitas, bastante utilizado no gado”, destaca Ciro Dias. “Fora isso, uma vez por semana fazemos uma limpeza na ‘Prainha’ e nas áreas comuns, revolvendo cloro granulado com a areia do local, e molhando essa mistura.”

Trânsito impedido A construção de alambrados às margens do Rio Atibaia, impedindo a entrada e saída das capivaras na Baroneza, foi outra medida importante adotada pela Sociedade a partir de 2004. Mas, por envolver áreas de proteção ambiental e espécimes protegidos por Lei, esse processo não foi nada fácil. “No início do empreendimento, algumas medidas de segurança ainda não haviam sido tomadas. Uma delas é o alambrado que margeia o rio Atibaia e que faz divisa com o residencial em uma área de quatro quilômetros, sendo vizinhos a esta margem a Fase I e o campo de golfe. Por este motivo, e por serem as capivaras animais que originalmente ocupavam esta margem do rio, na implantação do loteamento havia muitos relatos desses roedores invadindo os jardins das casas e adentrando as piscinas das primeiras

“A capivara é o maior roedor do mundo. Alimenta-se de capins e ervas. O nome vem do termo Tupi ‘KAPI ‘WARA’, que significa comedor de capim.”


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