Revista Castrolanda Abr. Mai. Jun. 2020

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NOTÍCIAS

Mais rápido, mais qualidade De acordo com a Associação Brasileira da Batata (ABBA), o cultivo in vitro está entre as técnicas mais complexas para reprodução, entretanto a principal vantagem é a possibilidade de obter plantas de batata durante todo o ano, já que as condições ambientais são controladas. Para 2020 a Castrolanda já prevê o início da produção de plântulas de batata in vitro, que permite a multiplicação rápida de plantas sadias e a produção de tubérculos livre de vírus. Neste processo, são coletados meristemas - tecidos vegetais responsáveis pelo crescimento da planta. A partir disso, começa o processo de clonagem do material, que posteriormente passará para a estufa de aeroponia. O novo laboratório para produção in vitro torna a Castrolanda a única empresa no Brasil a realizar todas as etapas da cadeia produtiva da batata, com início no laboratório, estufas de produção em aeroponia, sementes em campo, batata consumo, lavador de batatas e o último passo na indústria de batata palha e chips. “Escolhemos este método principalmente pelo controle da quantidade de repicagem feita em laboratório, quando você adquire uma semente, não se sabe quantas vezes ela foi reproduzida. Quanto mais repicagens, mais se perde o potencial genético da planta. Com este controle desde o início, mantemos a qualidade da semente em todas as etapas do ciclo de produção até chegar na indústria”, diz o Agrônomo, Emilson Menarim.

Tudo é pensado para melhorar a produtividade, para entregar uma semente com maior potencial. Isso vai ter reflexo em todas as etapas” Cassiano Carrano Gerente de Negócios Batata

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Plantio por aeroponia pode dar até 10 vezes mais resultados que outros métodos.

Estufa por aeroponia na Unidade de Beneficiamento de Batata-Semente.

Cassiano completa que quando se adquire plântulas de terceiros, até mesmo o transporte dela causa perdas na qualidade do material, pois mesmo com todo o cuidado as raízes acabam sofrendo danos. “Nosso objetivo é verticalizar a produção, desde laboratórios e estufas até chegar na multiplicação da semente em campo. Tudo é pensado para melhorar a produtividade, para entregar uma semente com maior potencial. Isso vai ter reflexo em todas as etapas”. O primeiro ciclo tem em torno de três anos até se obter os primeiros resultados, e passa por reprodução em laboratório, plantio e indústria. Com isso se espera a redução de parte dos custos de produção e melhor qualidade. Além disso, a unidade pretende deixar de adquirir plântulas de terceiros, mantendo a produção própria durante todo o ano.


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