Investimento Social Privado e Mobilização de Recursos na Grande Florianópolis

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PANORAMA DO INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO NO BRASIL

midos quando se trata de participação. A pesquisa realizada pela Fundação Itaú Social e pelo Instituto Fonte constatou que 75% das empresas pesquisadas realizavam algum tipo de avaliação de seus projetos sociais, 90% envolviam a empresa e a equipe gestora dos projetos nas avaliações. Entretanto, apenas 39% envolviam os beneficiários e a comunidade nesses processos. No mesmo caminho, o Censo GIFE (2010) mostrou que apenas 49% das organizações entrevistadas consideravam as demandas da comunidade na definição de suas ações sociais. Finalmente, um último aspecto analisado refere-se ao por que do investimento ou quais motivações levaram as corporações a investirem no social. As pesquisas indicam que os motivos estão mais relacionados a aspectos subjetivos e humanitários (laços pessoais, crença religiosa, compromisso político) do que racionais. Os incentivos fiscais parecem influenciar pouco para a decisão de investir na comunidade e ainda não ampliam de forma substancial os recursos investidos na esfera pública. Segundo o estudo do IPEA (PELIANO, 2006) a proporção de empresas que se utilizava dos benefícios fiscais que já era pequena na primeira edição da pesquisa em 2001 (6%), caiu para 2% em 2004. Essa tendência parece se manter. Como demonstra o Censo GIFE 2009-2010 mais da metade (54%) dos 102 associados entrevistados não utilizavam benefícios fiscais para realizar suas ações sociais. As características abordadas acima são sintetizadas no quadro 7 a seguir.

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