ADOTE O AMOR

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Fotos exclusivas de animais

encantadores Destaque

Conheรงa o trabalhode protetoras independentes

Os bastidores da forografia pet

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Ao leitor Adote o Amor é um projeto acadêmico de conclusão do curso de Publicidade e Propaganda realizado

06 Heróis de carne e osso

em parceria com protetoras independentes que resgatam animais das ruas e os reabilitam para serem adotados. A ideia foi realizar um trabalho fotográfico com

Créditos

animais sem raça com foco em seus olhares, para mostrar para as pessoas que os vira-latas também

Caroline Agneli

Fotógrafa cria projeto com animais para adoção

Caroline Agneli Redação

animal.

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Marcelo Vitor Silva Orientação

Jhuli Botoski Nathalia Egg Lena Gonçalves Participação

10 Fotos exclusivas

como os de raça e, desta forma, produzir um material a ser útil dentro da causa de proteção

A importância de boas fotos no processo de adoção

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são interessantes, bonitos e merecem amor assim

Projeto\Fotografia

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Adotados

19 Frutos do projeto

Luana Skalisz Ana Paula Praci Rodrigo Ventura Leandro Lutz Colaboração

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A

compaixĂŁo para com os animais ĂŠ das mais nobres

virtudes da natureza humana. Charles Darwin

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Heróis de carne e osso. Quem se dedica à Proteção Animal é movido por um sentimento muito forte, a vontade de ajudar e o amor aos animais, que o motiva a se levantar, todos os dias e seguir adiante na causa animal, mesmo quando vem o desânimo! A gratificação de ver o antes e o depois de um animal socorrido, resgatado e cuidado por ele, com amor e carinho, sendo adotado e recebendo um lar e vivendo com dignidade e muita afetividade, esse é o maior prêmio e recompensa para quem se dedica à causa animal. O que dificulta a missão do Protetor de Animais é a ignorância humana e a incompreensão, pois, várias pessoas, ainda não entenderam que o animal é um ser senciente, sente tudo que sentimos: dor, tristeza, alegria, amor, têm sua individualidade e necessidades físicas e biológicas. Aquele que atua na Proteção Animal, o faz, por saber, que os animais em certas situações, não têm como se defenderem sozinhos e pedirem ajudam, dependem do ser humano para ajudálos e protegê-los, por isso, mesmo diante do estresse e da dificuldade, o Protetor persiste em ajudar os animais. Muitos Protetores não têm ajuda de governo e para socorrer animais, em situação de risco, tiram recurso do próprio bolso para alimentar, vacinar e castrar os animais. Para conseguir mais recursos, os Protetores, realizam bingo, bazar e rifa para arrecadar dinheiro, para comprar ração, medicamento, pagar veterinário, produtos de limpeza e outras coisas mais.

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Os Protetores prestam um grande serviço à sociedade, e, por vezes, não têm o justo reconhecimento e o devido apoio. Vários protetores ficam endividados, seja no cartão de crédito ou no cheque especial, devido às despesas em clínicas veterinárias, para tratamento do animal ou em Pets Shops, para compra de ração ou medicamentos. Todo Protetor visa encaminhar o animal para adoção, mas, infelizmente, nem sempre isso acontece, pois, existem critérios para adoção responsável, como conhecer antes a pessoa, onde mora, como vive, para ver em que condições o animal irá ficar, pois tem gente que adota e acaba não cuidando dele e adoção, assim, não adianta nada. Adoções, para qualquer pessoa, podem resultar do animal ser devolvido ou incorrer em outro abandono, por isso, o Protetor acaba ficando com muitos animais sobre seus cuidados, exigindo espaço e recursos que se sacrifica para obter. Para o cuidado e amparo a esses animais, um protetor precisa de recursos financeiros para ração, despesas com castração, remédios e vacinas. E o que complica ainda mais a vida de um Protetor é que as pessoas o procuram mais para pedir ajuda e não para ajudar. Eles recebem dezenas ou até centenas de pedido, por dia, para socorrerem e resgatarem animais, em situação de risco, e, ainda, têm os casos que abandonam os animais em frente de suas casas.

A importância de boas fotos no processo de adoção.

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a internet, uma imagem faz toda a diferença. O poder da fotografia reflete diretamente no processo do doação de um animal e transforma essa realidade. Em Orange Country na Flórida uma instituição quebrou um recorde de 48 anos de números de adoções, ao todo foram 922 animais adotados e o sucesso foi resultado do processo de fotografias mais produzidas. O que geralmente acontece com os protetores que trabalham com divulgação de animais resgatados para adoção é a utilização de fotos tiradas no momento do resgate ou logo após, com qualidade reduzida, o animal assustado, machucado e sem expressão de nenhum traço de sua personalidade ou sentimentos, já que normalmente estão há tempos nas ruas ou o sofrimento causado pelo abandono interfere diretamente nisso “A gente percebe que quando a foto é melhor produzida os animais são muito bem recebidos e adotados com muito mais facilidade” afirma Nathalia Egg, protetora de animais. A protetora Jhuli Botoski sempre se preocupou bastante com a produção das fotos de seus animais resgatados, mas fazer fotos mais elaboradas sozinha utilizando apenas seu celular também é um pouco mais complicado, porém ainda sim percebe que dá mais frutos. “Nada se compara a uma imagem bonita, mostrando bem o animais e de preferência com aspecto mais feliz, As pessoas se conectam a eles de uma forma diferentes, pedem para visitar, pedem mais fotos. É notável como faz diferença na nossa vida de proteção animal” afirma. A fotografia permite à família ver a personalidade do cachorro, sua energia e, claro, como são adoráveis. O alcance das redes influencia positivamente nos altos índices de adoção também, já que boas imagens têm um potencial muito maior de divulgações e compartilhamentos.

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Fotógrafa cria projeto fotográfico com animais para adoção

Segundo uma pesquisa realizada por uma equipe liderada por Miho Nagasawa da Universidade Japonesa Azabu, existe um vínculo entre cães e seus donos e ele é construído a partir de um processo hormonal ativado quando se olham que funciona de maneira muito semelhante ao que ocorre entre mãe e filho. Esse olhar dispara tanto no cão quanto em seu dono níveis de ocitocina no cérebro, hormônio relacionado à conduta maternal e paternal. Esse hormônio atua também como neurotransmissor no cérebro e tem um papel importante no reconhecimento e estabelecimento de vínculos sociais, assim como na formação de relações de confiança. “O mesmo mecanismo de conexão, baseado no aumento da ocitocina ao se olharem, que fortalece os laços emocionais entre mães e seus filhos, ajuda a regular também o vínculo entre os cachorros e seus donos”, concluiu Miho. Essa informação foi essencial para a formulação do conceito deste projeto, já que buscase chamar atenção das pessoas para esses animais e foi comprovado que a troca de olhares estabelece uma relação de amor entre cães e seus donos, é comum ouvirmos pessoas dizendo que “foi amor à primeira vista” quando encontraram seus animais de estimação, sejam eles da rua, de feiras, adotados ou comprados.

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A maioria dos projetos realizados com animais para adoção utiliza o mesmo padrão: focam no rosto do animal e buscam expressões para serem veiculadas e chamarem atenção. Para o projeto Adote o Amor, a mesma técnica foi reproduzida, já que é perceptível que obtém sucesso na maioria das vezes.

Adote o amor

Mais de 80 animais participaram do projeto. Todos resgatados das ruas e sob tutela de protetoras independentes. Os animais não eram posicionados, todas as fotos foram espontâneas. Utilizando apenas de formas de chamar atenção para que olhassem para a câmera.

Adotar é um ato de amor não somente para um ou outro, mas para um conjunto de pessoas e animais que estão envolvidos dentro de apenas um ato. O principal objetivo foi evidenciar o olhar dos animais nas fotos e assim conseguir mostrar um pouco de sua personalidade e beleza. O foco no olhar também ajuda a trazer para o projeto o sentido da troca de olhares entre os animais fotografados e aqueles que querem adotar e estão à procura de um novo amigo, até mesmo as pessoas que não estão com essa intenção, mas ao ver uma foto acabam não resistindo e adotando por se apaixonarem instantaneamente. As fotos foram produzidas durante o dia, em ambientes externos em sua maioria, onde os animais estão abrigados. Com exceção de gatos e outros filhotes que por motivos específicos não podem ficar soltos ao ar livre. A intenção foi deixar as fotos mais perto do natural possível, porém manipulando o contraste, os tons e a iluminação caso necessário para que a expressão dos animais fique mais destacada. Em alguns casos, tons mais ensolarados foram escolhidos, em outros, algo mais neutro, porém em ambas utilizando o desfoque no fundo e o contraste mais forte. A ideia foi não seguir um padrão de edição, mas editar de acordo com o que o animal está passando através daquela fotografia.

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Izzie Eu estava procurando comida no meio de uma rodovia e mal conseguia andar de tĂŁo magrinha. AtĂŠ que fui encontrada, recuperada e hoje exibo essa minha beleza!

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Bonner e GlĂłria Maria Fomos encontrados perdidos em uma estrada e hoje vivemos no cĂŁodominio da Tia Lena. Uma dubla dessas, bicho!

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Madonna Fui resgatada de maus tratos onde acabei perdendo meus dentes. Mas aposto que minha linguinha de fora te conquistou.

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Gin e Lexie Fomos encontrados recém nascidos dentro de uma sacola plástica. Por sorte fomos levados a uma mamãe gato adotiva que nos alimentou até crescermos um pouquinho.

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Adotados Durante a execução do projeto as fotos já eram disponibilizadas e, graças a divulgação, diversos animais foram adotados. Alguns deles estavam há meses esperando um lar.

Frutos do projeto O projeto também rendeu frutos além das adoções, com as fotos e o nome do mesmo, foram confeccionadas camisetas e chaveiros para venda e arrecadação de verba para cuidado dos resgatados, banners para conscientização da população sobre abandono e uma página a ser veiculada no facebook apenas para divulgação dos animais.

Este material impresso sintetiza e integra o PGU – Projeto de Graduação UNICURITIBA desenvolvido pela aluna Caroline Agneli de Paula, sob orientação do Prof. Marcelo Vitor Silva, no eixo de Criação, na linha de Portfólio de Fotografia, durante o segundo semestre de 2018, como trabalho de conclusão do curso de Publicidade & Propaganda do Centro Universitário Curitiba – UNICURITIBA. Todos os direitos reservados.

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