AVALIAÇÃO DA TROCA DO METILFENIDATO DE LIBERAÇÃO IMEDIATA PARA O METILFENIDATO DE LIBERAÇÃO PROLONGA

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aceita no meio científico, e uma fonte de informação auxiliar nos processos de tomadas de decisões. A mensuração e análise dos eventos adversos através da SERS sugerem que a troca entre MFD-LI e MFD SODAS™ foi bem tolerada entre os pacientes que completaram o protocolo. A estratégia de utilizar uma escala de eventos adversos para estimulantes auxiliou os pacientes e seus familiares a recordarem eventos já esquecidos ou não valorizados, e mostrou-se útil na avaliação da tolerância ao longo do tratamento. Esse recurso, não utilizado por estudos semelhantes, pode ser apontado como mais um ponto forte de nosso ensaio clínico. A morte por AVCH de um dos pacientes é um evento que necessita atenção, mesmo que não seja possível encontrar uma associação direta entre o uso do metilfenidato, o AVCH e o óbito da paciente. É importante destacar que a paciente era portadora de uma estenose aórtica, o que atualmente é recomendação para uma avaliação cardiológica e cuidadoso seguimento quando receitado estimulantes. Mesmo com todos os cuidados tomados (acompanhamento e liberação da equipe de cardiologia, e o uso criterioso do metilfenidato) não foi possível evitar o óbito, que ocorreu por outra causa que não a cardíaca. Mesmo assim, o fato pode servir como um exemplo para clínicos que prescrevem estimulantes a seguirem as recomendações publicadas recentemente pela American Heart Association. Tendo em vista que o metilfenidato é o tratamento mais utilizado no controle dos sintomas do TDAH, e que a doença pode estar associada a eventos negativos na vida dos indivíduos afetados, é necessário que se criem meios de aumentar a adesão ao tratamento. As apresentações de metilfenidato de longa ação podem representar um meio para se alcançar tal objetivo.

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