01 cidade dos ossos os instrumentos mortais cassandra clare

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— Valentim está debaixo da terra — disse Jace. — O coisinha só está brincando com a gente. Isabelle mexeu no cabelo. — Mate-o, Jace — disse ela. — Não vai nos contar nada. Jace levantou a mão, e Clary viu a luz fraca reluzir na faca que ele estava segurando. Era estranhamente translúcida, a lâmina clara como cristal, afiada como um caco de vidro, o cabo decorado com pedras vermelhas. O menino amarrado arfou. — Valentim está de volta! — protestou ele, lutando contra os nós que o atavam atrás do corpo. — Todos os Mundos Infernais sabem, eu sei, posso te dizer onde ele está... Repentinamente, uma raiva chamuscou nos olhos gélidos de Jace. — Pelo Anjo, toda vez que capturamos um de vocês, desgraçados, alegam saber onde Valentim está. Pois bem, nós também sabemos onde ele está. Ele está no inferno. E você... — Jace virou a faca no punho, a ponta brilhando como uma linha de fogo. — Você pode se juntar a ele lá. Clary não aguentaria mais. Ela saiu do esconderijo atrás da coluna. — Pare! — gritou ela. — Você não pode fazer isso. Jace rodopiou, tão assustado que a faca caiu de sua mão e bateu ruidosamente no chão de concreto. Isabelle e Alec giraram junto com ele, com as mesmas expressões de choque. O menino de cabelo azul ainda preso, também estava chocado e de queixo caído. Alec foi o primeiro a falar. — O que é isso? — perguntou, olhando de Clary para os companheiros, como se eles pudessem saber o que ela estava fazendo ali. — É uma garota — disse Jace, recuperando a compostura. — Você certamente já viu garotas antes, Alec. Sua irmã Isabelle é uma. — Ele deu um passo em direção a Clary, cerrando os olhos como se não conseguisse acreditar muito bem no que estava vendo. — Uma garota mundana — disse ele, um pouco para si mesmo. — E ela consegue nos ver. — É claro que consigo vê-los — disse Clary. — Não sou cega, sabia? — Ah, é sim — disse Jace, abaixando para pegar a faca. — Você só não sabe disso. — Ele se recompôs. — É melhor sair daqui, se souber o que é melhor para você. — Não vou a lugar algum — disse Clary. — Se eu for, você vai matá-lo — ela apontou para o menino de cabelo azul. — É verdade — admitiu Jace, girando a faca pelos dedos. — Por que você se importa se vou matá-lo ou não? — Por-porque... — engasgou-se Clary. — Você não pode sair por aí matando pessoas. — Você tem razão — disse Jace. — Não se pode sair por aí matando pessoas. — Ele


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