Tcc arqurbuvv - Praça Dona Carmem Piúma, ES pdfa

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ARQUITETURA E URBANISMO

CAMILA MARIA GUIMARÃES VIEIRA

REVITALIZAÇÃO DA PRAÇA DONA CARMEM – PIÚMA, ES

VILA VELHA 2017


CAMILA MARIA GUIMARÃES VIEIRA

REVITALIZAÇÃO DA PRAÇA DONA CARMEM – PIÚMA, ES

Trabalho de conclusão de curso, apresentado à banca Examinadora da Universidade Vila Velha para a obtenção de graduação em Arquitetura e Urbanismo, sob a Orientação do Professor Alexandre Ricardo Nicolau.

VILA VELHA 2017



AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente à Deus por me conceder a graça divina, por ter me dado essa vida maravilhosa, e por ter nascido numa família tão boa, que só tenho a levantar a mão para o céu e rezar pela vida de cada um. Aos meus pais, Maria Nazaré Muniz Guimarães e Sebastião Flores Vieira, por ter lutado pela minha vida quando nasci, principalmente a minha mãe que sempre lutou para me dar de tudo, e não deixar de acreditar em mim nunca, e nunca me deixar desistir do curso. A minha madrinha e tia, Mara Lucia Flores Vieira, minha segunda mãe, que me acolheu por diversas vezes em sua casa para me ajudar no período de faculdade quando precisei. Aos familiares em geral obrigada por ter dado apoio quando mais precisei. E por fim, não tão importantes quanto os outros, aos meus amigos, obrigada de coração pelas mensagens de apoio e incentivo, e pela compreensão e paciência de todos vocês, por ter que me aguentar nessa fase de estresse e mal humor constante que a faculdade nos leva.


Eu peguei as conchinhas e comecei a colocar. Achei que dava um bichinho qualquer, um pombo, um sabiá. E fui colocando e fazendo. Fui criando as peças. Carmem Muniz Guimarães Artesã de Piúma (1924-1996).


RESUMO

Nas cidades brasileiras, existem praças que é um ambiente público, que nelas possuem diversas atividades, tanto comerciais, tanto para o lazer, onde as pessoas tenham o direito de livre acesso à praça. As praças que são rodeadas por edifícios, obtêm características próprias, como vegetação densa e com pouca iluminação natural por causa desses edifícios altos que a rodeiam, ou a definição de praças secas e úmidas, sendo, que praças secas não obtém absorção da água da chuva e são pavimentadas, já a praça úmida tem uma vegetação em grande escala, e pavimentada com tipos de piso que absorva a água da chuva. O presente trabalho consiste na revitalização da praça Dona Carmem, situado no município de Piúma, localizado ao sul do estado do Espírito Santo, à 75 km da capital Vitória, que tem como objetivo de requalificar e renovar a praça, dando uma nova identidade ao local. No corrente trabalho serão abordados aspectos históricos da praça e o nome da artesã homenageada da praça (Carmem Muniz Guimarães), a localização da praça, a caracterização da área de estudo, apontando os dados econômicos, infraestrutura, equipamentos comunitários e a topografia, e por fim, o diagnóstico da área atual, analisando os decorrentes problemas através do uso do solo, aspecto da paisagem, mobilidade e síntese. Nota-se que é necessário a recuperação dos espaços públicos da praça, a sua vegetação mal implantada, o melhoramento do mobiliário urbano, a implantação de novas estruturas para a questão da incidência solar na área. Palavras-chave: praça, revitalização, artesã, espaço público, paisagem.


ABSTRACT

In Brazilian cities, there are squares that is a public environment, where they have several activities, both commercial, for leisure, where people have the right of free access to the square. The squares that are surrounded by buildings, get their own characteristics, such as dense vegetation and with little natural light because of these tall buildings that surround it, or the definition of dry and humid squares, being that dry squares do not get absorption of rainwater And are paved, already the wet square has a large scale vegetation, and paved with types of floor that absorb rainwater. The present work consists of the revitalization of the Dona Carmem square, located in the municipality of Piúma, located south of the state of Espírito Santo, 75 km from the capital Vitória, which aims to requalify and renovate the square, giving a new identity to the place . In the current work will be approached historical aspects of the square and the name of the artisan honored of the square (Carmem Muniz Guimarães), the location of the square, the characterization of the study area, pointing the economic data, infrastructure, community equipment and topography, and The diagnosis of the current area, analyzing the resulting problems through land use, landscape aspect, mobility and synthesis. It is necessary to recover the public spaces of the square, its poorly planted vegetation, the improvement of the urban furniture, the implantation of new structures for the issue of solar incidence in the area. Keywords: square, revitalization, craftsperson, public space, landscape


LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Parque Burle Marx - Morumbi/SP............................................................. 17 Figura 2 - Aspecto central das praças - Praça Matriz - Porto Alegre/RS .................. 18 Figura 3 - Praça Japão - Curitiba/PR ........................................................................ 19 Figura 4 - Localização da Praça ............................................................................... 25 Figura 5 - Mapa de como chegar na Praça .............................................................. 25 Figura 6 - Monte Aghá e três ilhas: Ilha dos Cabritos, Ilha do Meio e Ilha do Gambá .................................................................................................................................. 26 Figura 7 - Praça Dona Carmem - Eixo Central ......................................................... 28 Figura 8 - Artesã Dona Carmem, em produção, e o mural confeccionado por ela ... 28 Figura 9 - Artesanato produzido pela Artesã Dona Carmem e a catadora de concha .................................................................................................................................. 29 Figura 10 - Estação de Bombeamento da Praça Dona Carmem .............................. 33 Figura 11 - Mobiliário Urbano, pavimentação e iluminação ...................................... 34 Figura 12 - Topografia da Praça Dona Carmem e a erosão da Orla de Piúma ........ 36 Figura 13 - Ambulantes na feira de artesanato na Praça Dona Carmem ................ 40 Figura 14 - Calçada sem piso de alerta e rampa de acesso ..................................... 42 Figura 15 - Praça Dona Carmem à noite .................................................................. 43 Figura 16 - Trechos de difícil acesso na Praça ......................................................... 45 Figura 17 - Árvores: Oiti, Ficus e Sibiruna ................................................................ 46 Figura 18 - Árvores Nativa: Paudalho e Quixabeira ................................................. 47 Figura 19 - Sol da manhã e sol da tarde na praça Dona Carmem ........................... 48 Figura 20 - Corte Esquemático de predominância do vento ..................................... 49 Figura 21 - Estacionamento em volta da Praça Dona Carmem................................ 51 Figura 22 - Caminha criado pelos moradores e o eixo central da Praça .................. 51 Figura 23 - Ciclovia na orla de Piúma ....................................................................... 52 Figura 24 - Cruzamentos da Praça Dona Carmem .................................................. 52 Figura 25 - Área de convívio da Praça Dona Carmem ............................................. 53 Figura 26 - Turistas tirando fotos no muro e placa da CESAN na Praça Dona Carmem..................................................................................................................... 54 Figura 27 - Praça Dona Carmem .............................................................................. 56 Figura 28 - Feira de artesanato na Praça Dona Carmen .......................................... 56 Figura 29 - Árvores na Praça Dona Carmem ........................................................... 57


Figura 30 - Eixo e caminhos na Praça Dona Carmem ............................................. 57 Figura 31 - Praça Dona Carmem - sem recreativo ................................................... 58 Figura 32 - Imagem ilustrativa dos Parkles............................................................... 60 Figura 33 - Diagrama de Ações ................................................................................ 64 Figura 34 - Imagem ilustrativa do jogo de voléi ........................................................ 67 Figura 35 - Imagem ilustrativa de uma pista de Skate .............................................. 67 Figura 36 - Referência de parquinho ........................................................................ 68 Figura 37 - Referência para o mirante ...................................................................... 69 Figura 38 - Referência para o bicicletário Container ................................................ 70 Figura 39 - Referência: Mural De Dona Carmem ..................................................... 71 Figura 40 - Referência de desnível de praça ............................................................ 72 Figura 41 - Palmeira Leque – Licuada Grandis ........................................................ 75 Figura 42 - Palmeira Carpentária – Carpentaria Acuminata ..................................... 75 Figura 43 - Pau-Ferro - Caesalpinia leiostachya ..................................................... 76 Figura 44 - Ipê Amarelo – Tabebuia Chysotricha ..................................................... 76 Figura 45 - Pata de Vaca – Bauhinia Blakeana Dunn .............................................. 77 Figura 46 - Pitanga – Eugenia uniflora ..................................................................... 77 Figura 47 - Flamboyantzinho – Caesalpinia Pulcherima......................................... 78 Figura 48 - Grevílea – Grevillea Banksii .................................................................. 78 Figura 49 - Buxinho – Buxus Sempervirensi ............................................................ 79 Figura 50 - Cica – Cycas Revoluta .......................................................................... 79 Figura 51 - Azaléia – Rhododendron Simsii ............................................................. 80 Figura 52 - Azaléia – Rhododendron Simsii ............................................................. 80 Figura 53 - Palmeira Locuba – Dypsis madagascariensis ........................................ 81 Figura 54 - Campânula – Campanula Medium ........................................................ 81 Figura 55 - Glória da Manhã - Ipomoea purpurea .................................................... 82 Figura 56 - Grama Esmeralda – Zoysia japônica .................................................... 82 Figura 57 - Lixeira – Kube ....................................................................................... 83 Figura 58 - Banco – Kube ........................................................................................ 83 Figura 59 - Banco – Kube M. ................................................................................... 84 Figura 60 - Luminária – DECO HORIZO + NATUM................................................. 84 Figura 61 - Luminária – DECO HORIZO + STYLUM ............................................... 85 Figura 62 - Refletor – LAICA. .................................................................................. 85 Figura 63 - Iluminação embutida no piso ................................................................. 86


Figura 64 - Container ................................................................................................ 86 Figura 65 - Lanchonete............................................................................................. 87 Figura 66 - Brinquedos parquinho ............................................................................ 88 Figura 67 - Revestimento de piso ............................................................................. 88 Figura 68 - Madeira Marrom e madeira ipĂŞ .............................................................. 89 Figura 69 - Piso intertravado, cor pĂŠrola................................................................... 89 Figura 70 - Piso emborrachado ................................................................................ 90 Figura 71 - Piso TĂĄtil................................................................................................. 90


LISTA DE MAPAS

Mapa 1 - Localização no Estado Espírito Santo ........................................................ 21 Mapa 2 - Localização do Município de Piúma ........................................................... 22 Mapa 3 - Localização do Bairro Jardim Maily............................................................ 23 Mapa 4 - Localização das Praças em Piúma ........................................................... 24 Mapa 5 - Mapa de Gabarito do Bairro Jardim Maily, do Município de Piúma............ 31 Mapa 6 - Localização da Estação Central de Bombeamento .................................... 32 Mapa 7 - Mapa de Equipamentos Comunitários ....................................................... 35 Mapa 8 - Mapa de Uso do Solo................................................................................. 38 Mapa 9 - Mapa de Levantamentos de dados ............................................................ 39 Mapa 10 - Mapa de Acessibilidade ........................................................................... 41 Mapa 11 - Mapa de Iluminação e Vegetação ............................................................ 43 Mapa 12 - Mapa de problemas de desenho urbano .................................................. 44 Mapa 13 - Mapa dos aspectos da paisagem............................................................. 47 Mapa 14 - Incidência Solar........................................................................................ 49 Mapa 15 - Mapa de mobilidade ................................................................................. 50 Mapa 16 - Mapa Pontos Negativos e Positivos ......................................................... 55 Mapa 17 - Mapa Síntese ........................................................................................... 65


SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13 2 A PRAÇA NO CENTRO URBANO ........................................................................ 15 2.1 Ambiente de lazer em espaço público ................................................................. 15 3 PRAÇA DONA CARMEM ...................................................................................... 21 3.1 Localização ......................................................................................................... 21 3.2 Marco visuais ...................................................................................................... 26 3.3 Breve histório da praça Dona Carmem ............................................................... 27 4 CARACTERIZAÇÃO ÁREA DE ESTUDO: BAIRRO JARDIM MAILY .................. 30 4.1 Dados socioeconômicos...................................................................................... 30 4.2 Infraestrutura urbana ........................................................................................... 32 4.3 Equipamentos comunitários ................................................................................ 34 4.4 Topografia ........................................................................................................... 36 5 ESPAÇO ATUAL: CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ........................ 37 5.1 Uso do solo ......................................................................................................... 37 5.1.1. Uso do solo x acessibilidade ........................................................................... 40 5.1.2. Uso do solo x problemas sociais ..................................................................... 42 5.1.3. Uso do solo x problemas de desenho urbano ................................................. 44 5.2. Aspecto da paisagem ......................................................................................... 46 5.3 Mobilidade urbana e acessibilidade..................................................................... 50 5.4 Síntese ................................................................................................................ 52 5.4.1 Pontos Negativos e Positivos ........................................................................... 53 5.4.2 Problemas e Potencialidades ........................................................................... 58 5.4.3 Diretrizes .......................................................................................................... 59 5.4.4 Ações Projetuais.............................................................................................. 63 6 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA PROPOSTA ................................................... 66 6.1 Eixos lazer ........................................................................................................... 66 6.2 Eixos visuais........................................................................................................ 68 6.3 Eixos mobilidade ................................................................................................. 69 6.4 Eixos culturais ..................................................................................................... 70 6.5 Eixos acessibilidade ............................................................................................ 71 7 PROPOSTAS ......................................................................................................... 73 7.1 Paisagismo .......................................................................................................... 75


7.2 Mobiliário urbano ................................................................................................. 82 7.3 Materiais .............................................................................................................. 88 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 91 9 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 93


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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho propõe, em nível de estudo preliminar, a revitalização da praça Dona Carmem em Piúma - ES. Assim, o presente estudo tem como objetivo requalificar e renovar a praça Dona Carmem, incentivando as pessoas a frequentar a praça, oferecendo áreas de lazer para diversos públicos. A necessidade dessa proposta apresenta-se através das discussões sobre o espaço público na cidade, tendo como objetivo principal às praças. Nesse contexto, abordase praça enquanto ao seu entorno e seus respectivos problemas, apontando os pontos negativos e positivos. O trabalho foi dividido em sete capítulos, sendo que o primeiro capítulo é a introdução. O segundo capítulo relata os espaços públicos, na questão das praças serem um ambiente público, onde as pessoas possam relaxar e refletir. A pesquisa aponta aspectos teóricos apresentados pelo autor Sun Alex (Projeto da Praça Convívio e Exclusão no Espaço Público), que descreve a praça como um ambiente público, lugar livre, onde são exercidas diversas atividades, tanto comerciais, tanto para o lazer, na qual as pessoas tenham livre acesso. Também apresenta as definições de praça ao longo do tempo, segundo ensinamentos Lúcia Mascaró e Juan José Mascaró, (Ambiência Urbana – Urban environment), quando se discute a qualidade das praças rodeadas por edifícios com vegetação densa ou com pouca iluminação natural por causa dos edifícios altos que a rodeiam, e a definição de praças secas e úmidas, sendo, que praças secas não obtém absorção da água da chuva e são pavimentadas, já a praça úmida tem uma vegetação em grande escala, e pavimentada com tipos de piso que absorvem a água da chuva. O terceiro capítulo retrata a praça Dona Carmem, evidenciando a sua localização, apontando como chegar até lá. Ademais, discorre brevemente sobre a renda de Piúma e a relação que a artesã Dona Carmem Muniz Guimarães tem com o desenvolvimento do município. Outrossim, apresenta a história da praça, como ela surgiu, quem a criou, e a história de vida da homenageada. Da mesma forma,


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mostra os quatro pontos turísticos e principais cartões postais de Piúma, sendo eles a Ilha do Gambá, Ilha do Meio, Ilha dos Cabritos e o Monte Aghá. O quarto capítulo trata das características da área de estudo através do bairro Jardim Maily como: os dados socioeconômicos que indicam a quantidade de pessoas residentes no bairro; a quantidade de habitantes do município de Piúma; a infraestrutura urbana do bairro, na questão da implantação da estação de bombeamento de esgoto; os equipamentos comunitários, como as escolas, hospitais e ponte de segurança em Piúma; e, por fim, a topografia da área. O quinto capítulo aborda a análise feita através de um diagnóstico do terreno da praça Dona Carmem, que aprecia os itens de uso do solo, demonstrando os subitens de acessibilidade, que expõem a falta de um piso adequado para pessoas portadoras de necessidades especiais; os problemas sociais que incluem a falta de segurança do local durante a baixa temporada; os problemas de desenho urbano em uma área que não tem projeto arquitetônico aprovado na prefeitura da cidade; e o aspecto da paisagem. De outra forma, são analisados os problemas relacionados à mobilidade, onde são identificados os pontos importantes para um projeto, como o fluxo de grande e médio porte; a circulação de pedestres dentro da praça; e a existência de ciclovia na área. Em seguida irá abordar a síntese dos pontos negativos e os pontos positivos da praça Dona Carmem, bem como são apreciados os problemas apresentadas prováveis soluções através das diretrizes. No capítulo seis abordará o princípio das ideias, de como surgiu aquela ideia, como se fosse o partido de projeto. Por fim, o capítulo sete, apresentará a proposta da praça, onde especifica os materiais empregados, os mobiliários utilizados e a implantação do paisagismo com suas espécies.


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2 A PRAÇA NO CENTRO URBANO 2.1 AMBIENTE DE LAZER EM ESPAÇO PÚBLICO Partindo do pressuposto de que espaço público é aquele destinado ao uso comum e de posse coletiva, também compreendido como um ambiente de lazer, surge a necessidade de desenvolver melhor sua definição. Segundo Sun Alex (2011), a expressão “Público” indica que os locais que materializam esse espaço são abertos e acessíveis, sem exceção, a todas os indivíduos. Ademais, vale destacar que no presente estudo os apontamentos são realizados, em especial, a respeito das praças, espécie de espaço público comum no meio social. Nestes termos: Estudar praças como espaços públicos da vida pública representa, portanto, um duplo desafio: a adoção de conceitos de cidadania e democracia desenvolvidos por outros campos de estudos sociais e a ruptura de paradigmas consagrados da disciplina de paisagismo, derivados da experiência de parques “rurais” e atitudes antiurbanas, assim como da prática pautada por espaços privados e semipúblicos (SUN ALEX, 2011, p.23).

Assim, considerando a importância que os espaços públicos exercem na vida social das pessoas, os antigos parques rurais – lugares grandes e espaçosos, com bastante arborização – deixam de existir somente fora das cidades, para existir dentro destas, através da implantação de praças, em determinados perímetros urbanos, que proporcionam qualidade de vida e entretenimento à população. Deste modo, o direito que as pessoas possuem de frequentar com tranquilidade espaços públicos é assegurando através de melhor acesso a praças. Neste contexto, as praças públicas são introduzidas, considerando que a paisagem precisa ser apreciada e seus espaços bem estruturados e planejados, para melhor satisfação do interesse público, sob pena transformá-las, fundamentalmente, em objeto. Segundo Sun Alex (2011, p. 27): “[...] atividades comerciais podem estimular o uso do espaço público e aumentar a percepção do caráter aberto dos lugares. Ambulantes que tumultuam várias ruas do centro também animam praças da cidade”, realçando as diversas finalidades conferidas às praças públicas que podem estar associadas a atividades comerciais ou de lazer, para tanto o autor continua:


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Com o critério de projeto, pode-se conferir as qualidades necessárias ao espaço do convívio social. O uso fornece elementos de articulação entre espaços públicos, promovendo e ampliando a diversidade dos usuários. Verificar o uso do espaço é fundamental para revelar as necessidades dos frequentadores e assimilar os pontos positivos e negativos dos lugares (SUN ALEX, 2011, P. 27).

Assim, as praças devem possuir elementos que conectem as pessoas ao espaço público, podendo atrair uma variedade de usuários dependendo da finalidade a qual se dispõe a cultivar. Com isso, os espaços públicos podem revelar as necessidades do usuário tanto negativas como positivas. De forma sucinta, Sun Alex (2011, p. 30) dispondo que “[...] a intervenção física bem-sucedida na praça apoiou-se nas recomendações de análise de uso, seguiu exigências de preservação histórica”, pressupõe que uma praça bem projetada e executada, traz benefícios e qualidades de uso para esse ambiente, bem como preservar a história do lugar traria mais usuários para esse espaço público. As praças ainda são consideradas ambientes de convívio público, nas quais as pessoas podem se encontrar para conversar ou se divertir com os atrativos que aquela oferece. Todavia, isso vem sendo deixado de lado, passando a ter prioridade a instalação da vegetação no espaço público que antigamente é destinado exclusivamente ao convívio social. Segundo Sun Alex (2011, p. 61): “A socialização do espaço público tem sido relegada a um plano secundário, ofuscada pela questão de como deve ser a vegetação no ambiente urbano, tema que tem dominado as discussões sobre as praças e as cidades: A inserção no tecido urbano, a “publicidade” (caráter de algo público) e o destino dos emblemáticos parques Dom Pedro II, o pioneiro, e Burle Marx, o mais recente, remetem às questões de renovação e preservação enfrentadas pelo Franklin Park desde o início do século XX. Ao priorizar a preservação do caráter contemplativo, os códigos de conduta praticados no parque de Burle Marx, inspirados nos parques públicos da metade do século XIX (SUN ALEX, 2011, P. 78).

De acordo com o trecho citado, grandes parques públicos têm como objetivo serem áreas destinadas à contemplação, nos quais as pessoas possam sentar e conversar ou admirar o ambiente, sendo vedada a entrada com bola, andar de bicicleta ou até mesmo animais de estimação como cachorros (FIGURA 1).


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Figura 1 - Parque Burle Marx - Morumbi/SP

Fonte: Site Revista Qual Imóvel, 2015.

Para Sun Alex: O pressuposto básico da pesquisa é demonstrar que o convívio social no espaço público está intimamente relacionado às oportunidades de acesso e uso, o que depende de um desenho “interno” coerente e de um desenho “externo” – as ruas e o tráfego da área – adequado. A articulação com o tecido urbano, isto é, a conexão entre espaços urbanos variados, da praça e do entorno, é uma de suas funções originais e essenciais (2011, p. 126).

Assim, os novos parques públicos têm por objetivo o agradável relacionamento social, através de um bom acesso e uso da área, que deve apresentar um excelente desenho interno e externo para adquirir um ambiente harmonioso. E, obtendo a variação de junção entre a praça com o entorno do tecido urbano a sua principal intenção é atendida: Atualmente, a praça Dom José Gaspar, cheia de árvores frondosas, é frequentada por um público diversificado que a defende de mudanças que ameacem a vegetação existente, enquanto a Roosevelt, conhecida pela ausência de vegetação e pelo excesso de construção, é parcialmente usada por um público pouco diversificado. Criticada como “antipraça”, ela está condenada à demolição (SUN ALEX, 2011, P. 126)

Segundo o citado, a praça Roosevelt, localizada em São Paulo, classificada como antipraça, por possuir somente prédios em sua volta e pouca vegetação não tem público diversificado ou frequentadores assíduos, está prestes a ser demolida. Já a praça Dom José Gaspar, que contém vegetação em abundância é frequentada por


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público bastante abrangente que, inclusive, defendem a ameaçada vegetação existente. Para os autores Lúcia Mascaró e Juan José Mascaró: A praça, delimitada pelas fachadas das edificações que a circundam, é um espaço pleno de significados e com ambiência própria. Responde espacialmente ao conceito de volume oco entre edifícios que servem para defini-lo como um lugar particular”. (2009, p. 131)

De maneira resumida do trecho acima, a praça que é rodeada por prédios de concreto, tem o seu significado próprio, obtendo a concepção de vazio entre as edificações que atuam como um lugar privado. O grande problema de praças rodeadas por edifícios está relacionado à pouca iluminação que recebem, eis que com isso aquelas se tornam inapropriadas para o desenvolvimento de qualquer vegetação (FIGURA 2). Segundo Lúcia Mascaró e Juan José Mascaró (2009, p. 138): “As sombras projetadas pelos edifícios altos obstruem a passagem do sol em grandes áreas do recinto, mesmo perto do meiodia”. Figura 2 – Aspecto central das praças - Praça Matriz - Porto Alegre/RS

Fonte: Site Gaucha, 2013.


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Assim, ainda para Lúcia Mascaró e Juan José Mascaró: No ponto de vista climático, caracterizam-se como praças secas, as usadas nos climas áridos principalmente, nas que dominam as superfícies pavimentadas, impermeáveis, e praças úmidas, com vegetação adequada aos climas tropicais e subtropicais úmidas”. (2009, p. 179)

Segundo os autores do trecho citado, as praças secas e úmidas utilizadas nos climas áridos possuem como principal característica a elaboração uma excelente praça que objetiva dar conforto aos frequentadores. Deste modo, as praças secas são aquelas pavimentadas, nas quais seu piso não tem uma boa absorção da água da chuva, criando, assim, poças de água. E, as praças úmidas são aquelas que possuem grande abundância de vegetação, tanto de árvores de grande porte, quanto de arbustos, além de possuir pisos com absorção da água da chuva (FIGURA 03). Figura 3 - Praça Japão - Curitiba/PR

Fonte: Site Tadaima Curitiba, 2013.

Nesse sentido, vale destacar que as praças mistas, ajustam-se ao clima subtropical úmido, e que seus pisos são pavimentados e bastante arborizados, com vegetação


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de folhas caducas, que podem aliviar o calor vigoroso e úmido do verão, e no inverno, com a queda das folhas, obtém-se o aquecimento do sol no piso do ambiente. Assim,segundo Lúcia Mascaró e Juan José Mascaró (2009, p. 180): “As praças mistas, que correspondem ao clima subtropical úmido sem estação seca e inverno ameno, são as parcialmente pavimentadas que, possuindo árvores de folhas caducas, podem amenizar o calor intenso e úmido do verão”.


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3 PRAÇA DONA CARMEM 3.1 LOCALIZAÇÃO

A área de estudo encontra-se no município de Piúma, localizado ao Sul do Estado do Espírito Santo, há precisamente 75 km de distância da Capital Vitória (MAPA 01), tendo municípios confrontantes como: Anchieta, Iconha, Rio Novo do Sul e Itapemirim (MAPA 02). Mapa 1 - Localização no Estado Espírito Santo

Fonte: Arquivo Elaborado pela Autora.


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Mapa 2 - Localização do Município de Piúma

Fonte: Arquivo Elaborado pela Autora.

Fonte: Arquivo Elaborado pela Autora.

A praça está localizada no Bairro Jardim Maily, que por sua vez encontra-se no município de Piúma, onde está sendo limitada pelos seguintes bairros: a esquerda Monte Aghá; a cima União; a direita Itaputanga; e abaixo pela praia (MAPA 03).


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Mapa 3 - Localização do Bairro Jardim Maily

Fonte: Arquivo Elaborado pela Autora.

A principal praça de Piúma é a praça Dona Carmem, onde está localizada no balneário de Piúma, no total são quatro praças no município, duas localizadas no bairro centro, uma próxima à antiga Prefeitura Municipal de Piúma, já a outra, com distância de um quarteirão, em frente ao antigo cemitério de Piúma, ao lado da igreja batista. A outra encontra-se no bairro Praia da Acaiaca, em frente à nova Prefeitura e a praça Dona Carmem localizada no bairro Jardim Maily, devendo ser observando que no município de Piúma existem poucas praças destinadas ao lazer (MAPA 04).


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Mapa 4 - Localização das Praças em Piúma

Fonte: Arquivo Elaborada pela Autora.

Para encontrar a Praça Dona Carmem, é necessário seguir a Avenida Isaias Scherrer no sentido praia, seguindo pela Avenida Francisco Lacerda de Águiar – Avenida Beira Mar – percorrendo toda essa Orla de Piúma até chegar ao local da praça. Ademais, outra forma de chegar ao destino é seguir pela rua Itapemirim, passando pela Avenida Beira Rio até a rua José dos Santos Mulinar e prosseguir até à Avenida Beira Mar (FIGURA 4).


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Figura 4 - Mapa de como chegar na Praça

Fonte: Google Maps.

Figura 5 - Localização da Praça

Fonte: Google Maps.


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Outrossim, cumpre destacar que a praça Dona Carmem está situada numa cidade com enorme valor cultural, sendo conhecida, inclusive, como “Cidade das Conchas”, pelas suas maravilhosas ilhas ricas em fauna e flora. Assim, considerando que a Praça Dona Carmem está situada em frente à beira mar acaba-se tornando muito fácil se chegar até ela.

3.2 MARCOS VISUAIS Piúma é uma cidade que vive mais do turismo do que do comércio local, em função das belezas naturais que a favorecem. O Monte Aghá, por exemplo, é considerado um marco visual para a região, onde as pessoas podem escalar ou subir para ver o pôr do sol. Ademais, foi através do Monte Aghá que surgiram os primeiros relatos de habitantes do Vale do Orobó, além fazer limite com o município de Itapemirim. O município de Piúma também possui como ponto turístico três ilhas: Ilha do Gambá, Ilha do Meio e Ilha dos Cabritos. Na Ilha do Gambá é possível realizar o seu trajeto a pé, percorrendo as suas trilhas. Já na Ilha do Meio também é possível percorrer o trajeto a pé, mais em determinada momento do dia o percurso só pode ser concluído através de barco. De outra forma, a Ilha dos Cabritos somente pode ter seu percurso concluído por meio de navegação (FIGURA 6).

Figura 6 - Monte Aghá e três ilhas: Ilha dos Cabritos, Ilha do Meio e Ilha do Gambá

Fonte: Site Instituto Histórico de Piúma, 2013.


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Piúma, embora tenha diversas belezas naturais, estas são poucos explorados, uma vez que a população não respeita o meio ambiente, realizando churrascos, montando acampamentos, bem como poluindo o local, o que muitas vezes torna o ambiente inapropriado para o lazer e outras práticas.

3.3 BREVE HISTÓRIO DA PRAÇA DONA CARMEM O bairro Jardim Maily era um espaço coberto pela vegetação do lugar, pois se tratava de área rural, assim, não era muito frequentado pela população. Com o passar dos anos, muitas coisas mudaram, sendo este um dos bairros mais populosos de Piúma na atualidade. Nesse sentido, de acordo com a entrevista realizado com o arquiteto Manoel Gatto, filho de Elson Teixeira Gatto: O bairro Jardim Maily foi criado pelo Elson Teixeira Gatto e pelo sócio Elcy de Almeida Serrão, no que resultou no loteamento Jardim Maily. Maily foi a sigla utilizada com a junção dos nomes de suas respectivas esposas: Maiza (que é diminutivo de Maria Luiza) e Neily. Sendo assim, deu origem ao nome “Maily”, e a palavra “jardim” foi escolhida devido Elson achar o nome bonito, daí tornou-se “Jardim Maily (MANOEL GATTO, ABRIL, 2015).

Elson Gatto preferiu localizar a Praça Dona Carmem em frente à praia, pois segundo ele poderia atribuir uma valorização ao bairro e também servir como área simétrica entre a metade de um bairro com a outra metade. Havia antigamente uma rua central onde passavam veículos automotores que seguiam até chegar à praia, na qual os veículos transitavam em alta velocidade. Assim, para tornar uma praça grande e sem divisão, Elson Teixeira Gatto sentiu a necessidade de fechar essa rua central, forçando as pessoas a reduzirem a velocidade dos veículos. Dessa forma, no trecho onde era a Rua João Fernandes Lima (próximo à praia), hoje se transformou em uma travessia no meio da praça para pedestres (FIGURA 7).


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Figura 7 - Praça Dona Carmem - Eixo Central

Fonte: Arquivo pessoal.

O nome da praça “Dona Carmem” teve origem na homenagem realizada à saudosa artesã Carmem Muniz Guimarães, que na década de 1960 foi uma das primeiras “catadoras” de conchas em Piúma. Dona Carmem, que inclusive é avó da autora do presente estudo, criou nova forma de trabalho, gerando fonte de renda para a cidade, que na primeira fase do artesanato possibilitou que as vendas atingissem os turistas de Piúma, Iriri, Marataízes, Guarapari e outras praias do litoral capixaba. Logo depois, no ano de 1980, a comercialização expandiu-se até a Argentina, Chile, Venezuela, Uruguai e Guianas. Hoje, devido ao trabalho dela, Piúma é conhecida como a “cidade das conchas” e tem centenas de seguidores que dão prosseguimento ao seu trabalho (FIGURA 8).

Figura 8 - Artesã Dona Carmem, em produção, e o mural confeccionado por ela

Fonte: Arquivo pessoal.


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Foi através do artesanato onde muitas famílias de Piúma na época, tiravam o seu sustento, além de catar concha na praia para vender para os artesãos de outros municípios e da própria região também (FIGURA 9). Figura 9 - Artesanato produzido pela Artesã Dona Carmem e a catadora de concha

Fonte: Redação Folha Vitória.

Atualmente na praça Dona Carmem está localizado a feira de artesanato, expondo uma enorme variedade de trabalho em conchas.


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4 CARACTERIZAÇÃO ÁREA DE ESTUDO: BAIRRO JARDIM MAILY As informações a serem levantados são referentes aos dados socioeconômicos, de infraestrutura urbana, de equipamentos comunitários e de topografia. Esses dados estão de acordo com o que corresponde ao Bairro Jardim Maily e a praça Dona Carmem, onde devidamente encontram-se na atualidade. A situação onde a praça Dona Carmem se localiza atualmente é um ponto ótimo para comércio, lazer e recreação. É uma praça onde tudo acontece, onde muitas pessoas durante o verão transitam diariamente. Ademais, as pessoas que moram no bairro Jardim Maily, usam a praça como caminho para chegar em suas respectivas residências.

4.1 DADOS SOCIOECONÔMICOS Considerando as análises socioeconômicas realizadas, o município de Piúma contém um total 74.822 km² de área de unidade territorial. A área rural, em questão de hectares, é bem maior que a área urbana, mas em relação a população ela é bem menor com apenas 674 pessoas. Todavia, é na área urbana onde se concentra o maior número de habitantes, com cerca de 17.449 pessoas morando no local. Ademais, o município encontra-se com um total de 18.123 pessoas residentes no ano de 2010. A população residente de homens é de aproximadamente de 8.956 e mulheres cerca de 9.167. De acordo com o IBGE, os dados colhidos desde 2010 até hoje, já cresceram, tendo em vista que no ano de 2015 a população de Piúma havia aumentado para 20.716 pessoas. Devido ao maior índice de faixa etária da população de Piúma, está entre 10 e 14 anos de idade, sendo que homens com 842 e mulheres com 820, e entre 15 e 19 anos de idade, sendo que homens com 847 e mulheres com 795. Avaliando a composição etária da região o índice de envelhecimento, os dados demostram uma relação de menor quantidade de idosos entre 95 e 99 anos de idade, sendo que 4 homens e 7 mulheres.


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Segundo relevantes dados levantados in loco, o mapa de gabarito do bairro Jardim Maily, traz uma leve noção da quantidade de moradores residentes nas casas de veraneios e nas pousadas do bairro. Observando o mapa abaixo (MAPA 5), temos uma noção da quantidade de casas de veraneios – Pessoas que têm residência em Piúma, mas moram em outra cidade – existentes no bairro. Sendo assim, existe no bairro uma população flutuante que, em alta temporada (Verão, Carnaval e Feriados), aumenta significativamente de tamanho, ficando cerca de 65% acima da do normal e da baixa temporada que é de uma estimativa de 2.800 habitantes.

Mapa 5 - Mapa de Gabarito do Bairro Jardim Maily, do Município de Piúma

Fonte: Arquivo elaborado pela Autora.


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Por ser localizado em frente a orla, o Bairro Jardim Maily, tem muitas vantagens e benefícios por tal motivo. Deste modo, a renda, por exemplo, que muitos moradores recebem com o turismo, gera empregos em pousadas, restaurantes, padarias, enfim, todo tipo de comércio que o turista e a população necessita. Observa-se que o bairro Jardim Maily, é uma região menos populosa em comparação com os demais bairros de Piúma, por possuir em sua maioria casas de veraneios (Turistas), que durante o ano ficam sem finalidades de uso.

4.2 INFRAESTRUTURA URBANA Na área de estudo, na praça Dona Carmem, foi implantado uma estação de bombeamento de esgoto, onde o esgoto do bairro Jardim Maily é coletado e canalizado, em seguida levado até a central de bombeamento que se localiza próximo ao bairro Piúminas (MAPA 6). Mapa 6 - Localização da Estação Central de Bombeamento

Fonte: Arquivo elaborada pela Autora.


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Segundo o arquiteto Manoel Gatto (ABRIL, 2015), nessa central de bombeamento o esgoto é tratado e devolvido 99,9% de água tratada. Na época quando foi implantado a população que morava na região questionou o porquê colocar essa estação de bombeamento naquele local, em resposta, a prefeitura informou que tentou comprar um terreno vazio vizinho, contudo, não logrando êxito, optou por colocar na Praça Dona Carmem, onde acabaria economizando, inclusive, verbas públicas (FIGURA 10). Figura 10 - Estação de Bombeamento da Praça Dona Carmem

Fonte: Arquivo Pessoal.

Observa-se que entorno da praça Dona Carmem contém pouca iluminação pública. Todavia, dentro da praça quase nada é iluminado, contendo apenas dois postes altos de iluminação para clarear um perímetro daquele tamanho. Com isso, a praça acaba se tornando propícia à criminalidade e, por consequência, diminui a frequentação no período noturno. Em relação à pavimentação na praça, é possível constatar a sua precariedade, tendo em vista que em uma parte contém pavimentação com bloco de concreto e na outra o chão é de terra batida, que segundo o arquiteto Manoel Gatto (ABRIL, 2015): “[...] o chão da praça Dona Carmem foi deixado assim, sem pavimentação por estar localizado próximo à orla, por causa da questão da areia da praia”. Outrossim, existem poucos equipamentos de mobiliário urbano, sendo que muitos deles estão mal localizados, danificados ou expostos ao sol. Assim, diversas das vezes o canteiro é utilizado como banco para sentar, pois não existem muitos assentos em bom estado de uso na praça (FIGURA 11).


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Figura 11 - Mobiliário Urbano, pavimentação e iluminação

Fonte: Arquivo Pessoal.

Conclui-se que no entorno da praça Dona Carmem, na parte de infraestrutura urbana, faltam equipamentos de mobiliário urbano, bem como a iluminação e a pavimentação são questões a serem melhoradas. Já em relação ao tratamento de esgoto, tendo em vista que esses dejetos têm destinação apropriada e que é a estação de bombeamento que se localiza na própria área rural de Piúma, ele se apresenta de forma apropriada.

4.3 EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS De acordo com a análise do (MAPA 7), o município de Piúma contém equipamentos comunitários como: educação, saúde, segurança e igrejas. No bairro Jardim Maily, onde fica a área de estudo, é possível observar existem alguns tipos de equipamentos comunitários como a igreja que fica localizado atrás da praça e os outros equipamentos que ficam mais próximos do bairro Monte Agha, com três edifícios de ensino. O outro bairro com equipamentos comunitários é o bairro Praia de Acaiaca que contém dois edifícios de ensino. Ademais, pode-se observar que os seguintes bairros: Piuminas, Boa Vista, Itaputanga, que estão próximas ao bairro Jardim Maily, também não têm nenhum desses equipamentos comunitários, e que os bairros vizinhos que contém, tentam suprir as necessidades desses bairros a falta escassos de equipamentos. Já a unidades de saúde que só possuem um, que se localiza no bairro Monte Aghá, vão conceder o seu funcionamento também para esses bairros que necessitam, sendo que o restante dos edifícios de saúde localizase no centro, permanecendo de forma mais concentrada. O edifício de segurança o


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mais próximo da área em estudo, só existe no bairro centro, no começo da praia. Como já havia dito, igrejas só tem uma no bairro Jardim Maily, e o restante estaria localizado no centro de Piúma. Mapa 7 - Mapa de Equipamentos Comunitários

Fonte: Arquivo elaborada pela Autora.

Conclui-se, portanto, que o bairro Jardim Maily necessita de equipamentos comunitários, pois é escasso de edifícios de segurança, de saúde e de ensino, contendo somente uma igreja que fica atrás da praça Dona Carmem. O bairro onde está sendo realizado a área de estudo, por ser um bairro grande, deveria ter esses


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tipos de equipamentos comunitários para suprir as necessidades da população dessa região.

4.4 TOPOGRAFIA A geografia da área em estudo referente a praça Dona Carmem, é uma área com o terreno plano, não existindo desníveis ao longo dela. Entretanto, a orla de Piúma ao passar dos anos vem sofrendo com a erosão ao longo do seu litoral. Figura 12 - Topografia da Praça Dona Carmem e a erosão da Orla de Piúma

Fonte: Arquivo Pessoal.

A questão da orla de Piúma que vem sofrendo com a erosão tem por causa a água do mar que, em determinado hora do dia, sobe a orla da praia à altura do calçadão destruindo tudo que tem pelo caminho (FIGURA 12). Assim, o município de Piúma que tem um potencial para comércio e serviços, principalmente aos que se estabelecem em frente à praia, podem acabar perdendo o mercado, caso o processo de erosão continue. Conclui-se, portanto, que para o bairro Jardim Maily é indispensável o melhoramento na parte de infraestrutura urbana, para que a restinga e a vegetação da região da orla de Piúma possa crescer novamente, e que receba uma obra de revitalização da orla sem problemas.


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5 ESPAÇO ATUAL: CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO Neste capítulo, procura-se analisar e diagnosticar os problemas e soluções dos respectivos mapas do uso do solo, apontando as questões da tipologia de uso como: residencial; comercial; serviços e institucional; a falta da acessibilidade na praça; os problemas sociais e o problema de desenho urbano; os aspectos paisagísticos, considerando as espécies de árvores e as espécies da vegetação nativa da região; a questão de insolação na praça e a predominância dos ventos; o diagrama de mobilidade, que mostra as vias de maior, médio e de menor fluxo na praça, indicando também o fluxo de pedestres; e o mapa síntese, apontando os pontos negativos e positivos da área de estudo.

5.1 USO DO SOLO Para a análise de uso do solo foram considerados os edifícios de uso misto, as residências, os terrenos vazios, os estacionamentos, o comércio de uso formal e uso informal. Deste modo, é possível observar que em volta da praça Dona Carmem existem muitos edifícios de uso misto, que seriam prédios residenciais com alguma atividade de comércio no térreo. Nota-se que nas proximidades da praça existem diversas residências, sendo muitas delas casas de veraneio. Verifica-se, ademais, muitos terrenos vazios, nos quais boa parte são utilizados como estacionamentos indevidos para ônibus de excursão que chegam a cidade. Existem, também, terrenos utilizados exclusivamente como estacionamentos de veículos, para suprir as necessidades dos edifícios mistos. Outrossim, analisando a área de estudo, notase a existência de comércio formal e comércio informal em volta da praça, como os restaurantes, as lanchonetes, os salões de beleza, os quiosques etc. Já dentro do perímetro daquela, onde predomina o comércio informal, há a presença marcante da pelas feiras de artesanatos, da banca de jornal, dos ambulantes com seus carrinhos de cachorro quente, etc. (MAPA 8)


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Mapa 8 - Mapa de Uso do Solo

Fonte: Arquivo elaborado pela Autora.


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Mapa 9 - Mapa de Levantamentos de dados

Fonte: Arquivo elaborado pela Autora.


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Para a análise de uso do solo foi considerada a falta de equipamentos públicos, tendo em vista que as pessoas frequentadoras da praça não conseguem desfrutar do ambiente de descanso próprio do local, pois faltam bancos para sentar e, os existentes estão detonados talvez pelos próprios moradores. A falta de acesso ao centro da praça em alguns pontos, em função dos canteiros construídos, acaba dificultando aos moradores caminhar livremente pelo local, uma vez que são criados caminhos irregulares ao longo de todo o perímetro. Os tipos de usos diagnosticados foram o campo de futebol de areia, a feira de artesanato mal posicionada, a banca de jornal mal localizada, a posição dos ambulantes na praça também mal posicionada. Essas análises servem para diagnosticar os problemas existentes na praça Dona Carmem (MAPA 9).

Figura 13 - Ambulantes na feira de artesanato na Praça Dona Carmem

Fonte: Arquivo Pessoal.

Assim, é possível constatar que os problemas encontrados na praça Dona Carmem, estão relacionados com acessibilidade, problemas sociais, problemas de desenho urbano e outros.

5.1.1. Uso do Solo x Acessibilidade Não há projeto arquitetônico e nenhum planejamento adequado para o local da área de estudo proposta. Deste modo, a acessibilidade da área é precária, com falta de piso de alerta adequado, falta de paginação de piso e falta de rampa para deficiente físico, apesar do local ter uma topografia plana e sem desnível. Na praça Dona


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Carmem, o piso é chão de terra batida (chão de areia), no entanto as pessoas não podem caminhar com facilidade na calçada, nem no interior da praça por causa da areia. Ademais, só existe uma faixa de pedestre, localizada em frente da praça para atravessar para praia (MAPA 10). Mapa 10 - Mapa de Acessibilidade

Fonte: Arquivo elaborado pela Autora.

Nas fotos abaixo (FIGURA 14), a primeira foi tirada na frente da praça Dona Carmem, próximo à praia e a faixa de pedestre. Nota-se que a calçada é plana e sem revestimento apropriado. Já na segunda foto, é possível perceber uma calçada sem paginação de piso adequado e piso de alerta. Assim, observa-se nas fotos apresentadas que a praça Dona Carmem não possui nenhum desnivelamento, é uma praça completamente plana. Neste contexto, considerando a ausência de paginação de piso, é que surgem alguns problemas decorrentes da poeira, por ser uma praça de frente para a praia e com muito vento, os apartamentos e casas no entorno da praça Dona Carmem sofrem demasiado com a má infraestrutura do lugar. Dessa forma, todos os fatores citados acabam tornando difícil o acesso das


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pessoas ao local da praça Dona Carmem, fora o desconforto sofrido pelos moradores do perímetro. Figura 14 - Calçada sem piso de alerta e rampa de acesso

Fonte: Arquivo Pessoal.

Conclui-se que a praça Dona Carmem, não possui acessibilidade adequada para que deficientes físicos possam frequentar o lugar sem que necessitem de ajuda de terceiro, pois o chão é de terra batida, o que dificultaria ainda mais o trânsito do cadeirante.

5.1.2. Uso do Solo x Problemas Sociais A praça Dona Carmem tem diversos problemas sociais, tendo em vista que Piúma é uma cidade com alto índice de criminalidade, bem como essa região, em determinados momentos do ano, com exceção da alta temporada, fica sem atrativo nenhum para os moradores e turistas, gerando insegurança para o local. Ademais, a praça Dona Carmem durante o período noturno possui muitos pontos escuros, uma vez que há apenas dois postes de luz dentro do seu perímetro, destacando a carência de iluminação pública adequada. Outrossim, existem árvores no local que por falta de poda e manutenção, acabam tornando o lugar propício para esconderijo de bandidos. Assim, a praça Dona Carmem torna-se uma área perigosa para a frequentação, tendo em vista que os seus espaços vazios são utilizados por usuários de drogas que destinam a área para prática criminosa. Observando a imagem abaixo (FIGURA 15), a iluminação da praça é insuficiente para comportar o tamanho dela, que acaba deixando alguns pontos escuros no


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local. Todavia, a iluminação mais perceptível é a dos postes instalados na rua da praia que, mesmo assim, não são suficientes para iluminar todo o lugar. Ademais, o local onde está situada a feira de artesanato é bastante iluminado durante o seu horário de funcionamento, contudo, encerrada a atividade comercial a praça volta a se torna escura. Mapa 11 - Mapa de Iluminação e Vegetação

Fonte: Arquivo elaborado pela Autora. Fonte: Arquivo elaborado pela Autora. Figura 15 - Praça Dona Carmem à noite

Fonte: Arquivo pessoal.


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Conclui-se, assim, que a área de estudo necessita de boa iluminação para transmitir à população uma sensação de segurança, garantindo aos moradores e turistas o direito de frequentar a praça Dona Carmem com tranquilidade a qualquer hora do dia e da noite.

5.1.3. Uso do Solo x Problemas de Desenho Urbano Como havia citado anteriormente a praça Dona Carmem não possui projeto arquitetônico adequado, tratando-se de área que não foi planejada, nem estudada. As árvores e a vegetação foram implantadas de maneira aleatória, não houve uma preocupação em pensar a questão da insolação – definição de locais onde há maior ou menor incidência solar. A praça não possui paginação de piso, é feita de terra batida em quase toda a sua extensão e os canteiros possuem grama mal cortada. Os acessos da praça são possíveis apenas pelo eixo central, sendo que as pontas são fechadas por canteiros e árvores, dificultando o acesso dos pedestres ao meio da praça (MAPA 12). Mapa 12 - Mapa de problemas de desenho urbano

Fonte: Arquivo elaborado pela Autora.


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Ademais, na Praça Dona Carmem foi identificado que área é desprestigiada tanto pela falta de uso, quanto pela ausência de forma ordenada. Verifica-se que a praça tem caminhos de difícil acesso ao centro do local; que o plantio de árvores e arbustos ocorreu de forma aleatória; que há a presença de estacionamentos desnecessários em volta da praça; que falta iluminação pública adequada; inexistem equipamentos públicos satisfatórios; que há lixo espalhado em todo o local, etc. (FIGURA 16). Figura 16 - Trechos de difícil acesso na Praça

Fonte: Arquivo Pessoal.

Entretanto, apesar dos pontos negativos, a área em estudo, tem grande potencial de uso, tendo em vista o comércio que gira em volta da praça e a característica da cidade de Piúma como ponto turístico, chamando a população para aquela região. Assim, por ausência de um bom planejamento, a praça acaba sendo mal aproveitada pelos moradores e turistas do local. Deste modo, o objetivo do presente trabalho é requalificar os usos e criar atrativos para permanência de pessoas no lugar onde está situada a praça Dona Carmem.


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A praça hoje tem um desenho desordenado, as formas e o uso não batem com os usos do entorno da área de estudo, levando em consideração as lanchonetes, o salão de beleza, os restaurantes, que se localizam do outro lado da rua, tornando inviável a utilização da praça Dona Carmem. De igual forma, as áreas vazias e sem uso, bem como os canteiros altos sem necessidades, conferem periculosidade ao local. A partir do levantamento dos dados acima, foi observado a necessidade de criar espaços agradáveis, onde as pessoas gostem de frequentar e permanecer, melhorando a iluminação e colocando equipamentos públicos.

5.2. ASPECTO DA PAISAGEM Analisando a área de estudo, leva-se em consideração a implantação aleatória das árvores e canteiros na praça Dona Carmem, observando o posicionamento do sol e a temperatura durante os três períodos do dia, além de analisar os ventos predominantes que passam na localidade. Como é possível observar, a vegetação foi implantada aleatoriamente, sem nenhum planejamento, transformando a praça em uma área bastante ensolarada, o que impossibilita a permanência das pessoas no lugar. Na praça foram plantadas as seguintes espécies: Ficus, Oiti, Sibipiruna (FIGURA 17), sendo que duas dessas árvores são nativas, o Paudalho e Quixabeira. (FIGURA 18). Figura 17 - Árvores: Oiti, Ficus e Sibiruna

Fonte: Arquivo Pessoal.


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Figura 18 - Ă rvores Nativa: Paudalho e Quixabeira

Fonte: Arquivo Pessoal.

Mapa 13 - Mapa dos aspectos da paisagem

Fonte: Arquivo elaborado pela Autora.


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Ademais, observa-se na praça Dona Carmem que o sol incide o dia todo, mas que no período da manhã há menor incidência dos raios solares. Todavia, durante o sol de meio-dia, é dificultosa a permanência de qualquer pessoa na praça, tendo em vista o calor escaldante e a ausência de sombra para refúgio. Durante o período da tarde, percebe-se, na área esquerda da praça, a formação de sombra em algumas partes, em função das árvores existentes no local (FIGURA 19). Figura 19 - Sol da manhã e sol da tarde na praça Dona Carmem

Fonte: Arquivo pessoal.

Sendo assim, é possível notar três horários de incidência solar que se iniciam às 09:00 horas da manhã, às 12:00 e às 16:00 horas da tarde. Na praça Dona Carmem, o período de maior incidência dos raios solares situa-se entre o período de 09:00 às 16:00 horas, estando apontado de vermelho no mapa abaixo, situado ao lado direito da praça. Já o período de meio incidência de 09:00 às 12:00 horas, está destacado pela cor laranja. Da mesma forma, o período de pouca incidência solar é o do período até as 09:00 horas da manhã, localizado na área das tendas, indicado pela cor amarela no mapa em questão (MAPA 14).


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Mapa 14 - Incidência Solar

Fonte: Arquivo elaborado pela autora.

A Praça Dona Carmem é uma área que recebe bastante vento, uma vez que está localizada em frente a orla de Piúma. O vento predominante vem do sul e do sudoeste. Nem todo o chão da praça é pavimentado, a área onde fica a feira de artesanato e o parquinho das crianças é coberto por piso intertravado, o restante da praça é de terra batida. Figura 20 - Corte Esquemático de predominância do vento

Fonte: Arquivo elaborado pela Autora.

A partir dessa análise, pode-se identificar que para melhorar a questão da insolação na área de estudo é necessário criar um projeto de paisagismo, tornando essa localidade mais agradável e mais sombreada, através da apresentação de uma nova perspectiva estrutural.


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5.3 MOBILIDADE URBANA E ACESSIBILIDADE Na área de estudo, a mobilidade é uma questão relevante para definir a qualidade do planejamento. É através dessa análise que se torna possível identificar as alterações adequadas a ser realizadas. Mapa 15 - Mapa de mobilidade

Fonte: Arquivo elaborado pela autora.

Deste modo, analisando-se a praça Dona Carmem, é possível perceber que a via de grande fluxo de automóveis é a Avenida José de Vargas Scherrer. A de fluxo médio de automóveis fica nas ruas ao entorno, conhecidas como ruas da praça. Ademais, existem diversos estacionamentos localizados em volta do perímetro da praça que, além de desnecessária a grande quantidade de vagas existentes, dificulta o acesso e inibe as pessoas de entrarem no local (MAPA 15), sendo interessante a retirada um pouco desses estacionamentos para implementação de pontos de táxi (FIGURA 21).


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Figura 21 - Estacionamento em volta da Praça Dona Carmem

Fonte: Arquivo pessoal.

O fluxo de pedestre está concentrado no eixo da praça, onde as pessoas transitam com mais frequência. Antigamente esse caminho feito pelo pedestre era uma rua, na qual havia dois terrenos separados, logo depois esses lotes foram unidos para formar uma grande praça e diminuir o risco de acidentes. Uma parte desse trajeto foi criado pelos moradores, servindo como rota de fuga ou como forma de cortar caminho para se conectar com o bairro (FIGURA 22). Figura 22 - Caminha criado pelos moradores e o eixo central da Praça

Fonte: Arquivo Pessoal.

A única ciclovia existente é a que passa pela orla da praia de Piúma, mas essa ciclovia é mais utilizada pelos pedestres que caminham na praia do que os próprios ciclistas, tendo em vista a ausência de calçada para utilizarem.


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Figura 23 - Ciclovia na orla de Piúma

Fonte: Arquivo pessoal.

Vários nós foram idenficados na Avenida José de Vargas Scherrer, que fica localizada em frente à praia de Piúma, onde os cruzamentos têm grande fluxo de veículos, indo de encontro com a praça Dona Carmem (FIGURA 24). Figura 24 - Cruzamentos da Praça Dona Carmem

Fonte: Arquivo pessoal.

A partir da análise de mobilidade e acessibilidade, identifica-se que existem muitos problemas a serem resolvidos, como o estacionamento em volta da praça que precisa diminuir quantidade de vagas; a ciclovia que precisa ser melhorada; os caminhos de passagem dos pedestres que precisam ser adequados às necessidades do local; e a localização das árvores e canteiros que necessitam ser remanejadas. Dessa forma, discutindo soluções cabíveis, é possível visualizar o potencial que a praça Dona Carmem tem a oferecer.


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5.4 SÍNTESE O conhecimento da área de intervenção e de suas características distintas é fundamental para definir diretrizes, organizar os objetivos e propor ações de transformação na área. Na área de estudo, o problema diagnosticado vai ser apontado de forma sucinta e bem objetiva neste tópico, apontando-se os pontos negativos e positivos da praça Dona Carmem.

5.4.1 Pontos Negativos e Positivos O mapa 16 apresentado abaixo, mostra os pontos negativos e os pontos positivos, bem como indica alguns dados relevantes a serem levantados. Assim, como ponto negativo é possível apontar a área de convívio que é muito extensa e ocupa praticamente quase todo o perímetro da praça, além da incidência dos raios solares serem constantes nessa área. Ademais, é no referido local de convívio com constante incidência solar que está localizado um parquinho com o pula-pula para as crianças. De outra forma, havia também no local uma área para academia popular de idosos que foi retirada por falta de manutenção, acabando com um dos poucos atrativos da praça. Em outra parte do mesmo lugar, localiza-se um aparente campo de futebol em área de maior incidência solar, que não é frequentado por ninguém, por imprimir uma imagem de um terreno amplo com areia (FIGURA 25).

Figura 25 - Área de convívio da Praça Dona Carmem

Fonte: Arquivo Pessoal.


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Outro ponto negativo, é a estação de bombeamento da CESAN que se localiza ao fundo da praça (MAPA 16), é um artigo que já faz parte da composição do local, sendo nela criados alguns desenhos relacionados ao mar, quais sejam: peixes, mariscos, conchas, etc., para que os moradores ou turistas possam tirar fotos. Essa estação de bombeamento é importante para o bairro, uma vez que ela coleta todo o esgoto e manda para a central de bombeamento que se localiza no interior de Piúma. Todavia, apesar da sua importância a estação de bombeamento acaba ocupando muito espaço na praça Dona Carmem. Sendo assim, tendo em vista que não apresenta mau cheiro e não emite qualquer ruído estrondoso, ela poderia ser muito bem realocada para algum terreno vazio existente nas redondezas, podendo ser subterrâneas (FIGURA 26).

Figura 26 - Turistas tirando fotos no muro e placa da CESAN na Praça Dona Carmem

Fonte: Arquivo Pessoal.


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Mapa 16 - Mapa Pontos Negativos e Positivos

Fonte: Arquivo elaborado pela autora.

A topografia do local é um ponto positivo, pois é um terreno regular, não apresentando qualquer tipo de desnível na praça Dona Carmem. Apenas os


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canteiros que estão entre dez a quarenta centímetros elevados do nível zero, ou seja, do nível da praça (FIGURA 27). Figura 27 - Praça Dona Carmem

Fonte: Arquivo Pessoal.

A praça Dona Carmem localizada no bairro Jardim Maily, tem o nome dado em homenagem à artesã Dona Carmem Muniz Guimarães que foi a primeira trabalhadora a explorar as variedades de conchas existentes na praia de Piúma, além de produzir com o material colhido os mais belos artesanatos regionais. Assim, também é considerado como ponto positivo o funcionamento da feira de artesanato de conchas na referida praça, onde muito expositores que foram aprendizes de Dona Carmem preservam a cultura local, devendo ser levado em consideração que, em função da homenagem realizada, a feira deve ser mantida em funcionamento naquele lugar (FIGURA 28). Figura 24 - Feira de artesanato na Praça Dona Carmen

Fonte: Arquivo Pessoal.

Ademais, outro ponto positivo, está relacionado com as árvores nativas existentes na praça (FIGURA 29), elas devem permanecer, pois além de serem históricas são


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árvores de grande porte que acabam dando sombra à praça. As árvores nativas são bens que a localidade necessita, tendo em vista o tempo ensolarado a maior parte do dia. Entretanto, além de preservar essas árvores, devem serão implantadas árvores novas para dar uma outro aspecto e utilidade ao local. Figura 25 - Árvores na Praça Dona Carmem

Fonte: Arquivo Pessoal.

O caminho no eixo central da praça marcado no mapa (MAPA 16), é o caminho principal que as pessoas utilizam para chegar até as suas residências e, é um marco visual da praia, vista da rua João Fernandes Lima. Os caminhos criados pelos pedestres são caminhos que devem ser recriados para uma boa locomoção das pessoas, facilitando o acesso ao centro da praça. Figura 30 - Eixo e caminhos na Praça Dona Carmem

Fonte: Arquivo Pessoal.


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Sendo assim, conclui-se que a praça Dona Carmem, não é só carente de infraestrutura urbana, mas também necessita de um espaço com cobertura, para abrigar pessoas tanto da chuva quanto do sol, além de necessitar de equipamentos urbanos em bom estado acompanhados da devida manutenção, atendendo as necessidades do local onde está sendo realizada a intervenção objeto do presente estudo.

5.4.2 Problemas e Potencialidades O problema da área em estudo está relacionado com a falta de comprometimento do Município de Piúma com a referida área pública, tendo em vista a grande potencialidade do local. Dessa forma, foram identificados alguns que deveriam ser combatidos por uma política mais incisiva, quais sejam: a falta de espaços onde as pessoas possam sentar para conversar; a pouca permanência de pessoas na praça embora exista grande fluxo na orla; a incidência solar durante um longo período do dia; e a falta de atrativos na localidade da praça (FIGURA 31). Figura 31 - Praça Dona Carmem - sem recreativo

Fonte: arquivo pessoal.

A praça Dona Carmem é uma área com grande potencialidade em razão da qualidade do artesanato local que gera diversos empregos aos artesãos da região. Dessa forma, cabe ao município potencializar o turismo através da criação atrativos como passeios de barco para as ilhas; incentivo da prática de esportes; estímulo o


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uso da bicicleta, criando sistemas de aluguel; incentivos para permanência das pessoas na praça, através de outras atividades recretativas (FIGURA 31).

5.4.3 Diretrizes Através das diretrizes é que se torna possível melhorar ou solucionar os problemas existentes na praça, gerando ações projetuais a fim de alavancar as decisões tomadas. Para chegar na proposta, houve uma longa análise da área através do diagnóstico de estudo. Com isso a diretriz serve para unir e organizar as ideias e propor um projeto adequado às características do lugar. Para o conforto da praça Dona Carmem foram pensadas três diretrizes, quais sejam: conexões com a paisagem; mobilidade e acessibilidade; e socioeconômica.

5.4.3.1 Diretrizes 1: Conexões com a Paisagem Neste item é abordada a questão do paisagismo com a implantação de árvores, para tornar um ambiente mais agradável, plantio de flores de variados tipos, bem como a criação de arbustos para limitar o caminho das pessoas na praça (DIRETRIZ PRANCHA 01/03). Para os autores Lúcia Mascaró e Juan José Mascaró (2009, p. 174): “Em recinto urbanos arborizados, as copas das árvores reduzem seu fator de céu visível e, consequentemente, o resfriamento passivo do recinto”. Segundo os referidos autores, a praça Dona Carmem, é uma área muito grande e com pouca árvores existentes nela, o sol é muito intenso durante boa parte do dia, por isso devem ser implantadas mais árvores de acordo com as necessidades do ambiente, a fim de transformá-lo em lugar mais fresco e agradável para a população que ali frequenta. Para o Juan José Mascaró:


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A arborização deve ser feita, sempre que possível, para amenizar os aspectos negativos do entorno urbano, transformando os lugares hostis em bastante hospitaleiros para os usuários. Geralmente no ambiente urbano as plantas estão submetidas a condições bastante adversas ao seu crescimento e vida. Entre tanto, com alguns cuidados tomados, desde a escolha adequada para o plantio e manutenção se conseguirá com facilidade cumprir as funções que lhes foram destinados. (MASCARÓ, 2003, p.194).

Para o autor a arborização deve ser feita de acordo com o ambiente climático do local proposto, amenizando os problemas e tornando o ambiente mais agradável para o usuário. A implantação de Parklents, que é uma área contínua da calçada utilizada para a instalação de estruturas, podem criar espaços de lazer para os usuários, através da substituição de algumas vagas de automóveis existentes (FIGURA 32). Figura 32 - Imagem ilustrativa dos Parkles

Fonte: Site Prefeitura de São Paulo, 2016.


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Outro item interessante são os visuais, que através deles se toma decisões para não atrapalhar a vista da paisagem do ambiente. Assim, é atraente a criação de um mirante onde as pessoas possam contemplar o visual do lugar, podendo se tornar futuramente em uma área de eventos. Assim, para o autor Jan Gehl: Não é de estranhar que a estreita ligação entre uso do espaço público pelas pessoas, a qualidade desse espaço e o grau de preocupação com a dimensão humana seja um padrão geral que pode ser visto em todas as escalas. Assim como as cidades podem convidar as pessoas para uma vida na cidade, há muitos exemplos de como a renovação de um único espaço, ou mesmo a mudança no mobiliário urbano e outros detalhes podem convidar as pessoas a desenvolver um padrão de uso totalmente novo. (2013, p. 16).

Segundo o autor, a praça Dona Carmem através da renovação do mobiliário e a implantação de um mirante acabaria apresentando diversos atrativos para praça, valorizando o visual da praia que possui vista para as três ilhas pontos turísticos da cidade. Nesse sentido, um lugar, onde as pessoas possam sentar e permanecer no local, como área de lazer pode se transformar, inclusive, em uma área de eventos para melhor aproveitamento da população.

5.4.3.2 Diretrizes 2: Mobilidade e Acessibilidade Neste tópico é abordado a mobilidade urbana, relacionada à frequência de pessoas no local, discorrendo sobre a aplicação de modalidades esportivas que também são atrativos turísticos e a sobre a acessibilidade, na qual até as pessoas com deficiência física possam usufruir do espaço (DIRETRIZ - PRANCHA 02/03). A mobilidade urbana é um assunto de muita importância, tendo em vista que é através dela que as pessoas podem se locomover até a praça. Assim, planeja-se a implementação de um ponto de táxi; a retirada e realocação das vagas de estacionamento, onde estas são desnecessárias; a retirada de algumas vagas de estacionamento que obstruem a locomoção dos usuários; a propositura de caminhos alternativos para os pedestres; a implantação de rampas de acessibilidade; e a colocação de um bicicletário. Para, dessa forma, atrair mais usuários para a praça e melhorar a condição de vida da população de Piúma. Nesses termos, o autor Jan Gehl, dispõe:


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Reforça-se a potencialidade para a cidade torna-se viva, sempre que mais pessoas sintam-se convidados a caminhar, pedalar ou permanecer nos espaços da cidade. A importância da vida no espaço público, particularmente as oportunidades sociais e culturais, assim como as atrações associadas com uma cidade cheia de vida (2013, p. 6).

Segundo o autor se as cidades tiverem mais atrativos, sendo local onde as pessoas possam caminhar, pedalar ou até mesmo permanecer nos espaços públicos, elas acabariam se tornando um lugar cheio de vida. Deste modo, para obter mais usuários na praça Dona Carmem, faz-se necessário a implantação de modalidades esportivas, como opção para atrair pessoas e fornecer a elas melhor qualidade de vida. Assim, sugere-se a instalação de uma quadra de vôlei de praia, modalidade bastante praticada na cidade de Piúma, podendo ser utilizado para a prática de outros esportes similares. Ademais, também sugere-se a criação de uma pista de skate, modalidade igualmente praticada, que serve para incentivar as crianças a iniciar uma nova modalidade de esporte. Outrossim, tendo em vista que a praça tem uma topografia sem desníveis é facilitado o deslocamento de pessoas com deficiência física, possibilitando sua frequência no local sem maiores obstáculos. Sendo assim, é necessária apenas a instalação de algumas rampas acessíveis em locais com acesso dificultado, uso do piso podotátil de alerta, piso direcional em volta da praça, a fim de concretizar efetivamente a acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência à praça Dona Carmem.

5.4.3.3 Diretrizes 3: Socio-Econômico Atualmente o mundo está voltado para a economia, pensando nisso, surgiu a ideia de criar um atrativo que gerasse renda para as pessoas que já trabalham na praça Dona Carmem e que também sirva de renda para auxiliar na manutenção do local (DIRETRIZ - PRANCHA 03/03). A feira de artesanato existente é um trabalho que se iniciou através da homenageada Dona Carmem Muniz Guimarães, que leva o nome a praça, uma especialista na arte de criar bibelôs feitos de conchas que são vendidos até os dias


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de hoje na localidade por seus seguidores. Por isso, como forma de renda é interessante decidir permanecer com a feira de artesanato, melhorando o seu posicionamento ou realocando-a dentro da praça. Deste modo, é necessário criar na praça Dona Carmem um ponto de apoio, no qual seja possível vender ingressos para passeios de barco nos principais pontos turísticos de Piúma. E, através dessa ideia, acabar promovendo o turismo de Piúma, gerando renda na praça. Assim, junto a esse ponto de apoio, seria necessário realocar a banca de jornal, onde os usuários possam sentar-se para ler ou apenas comprar e ir embora. Para realocar os ambulantes existentes na praça, a ideia é criar lanchonetes em alguns pontos estratégicos da praça, trazendo não só mais movimentação de pessoas como também vida para aquele ambiente. Para chamar mais pessoas na praça, uma forma de atrativo para entreter as crianças, é criar um muro para escalada, sendo este mais uma forma de renda para a praça. Com essas diretrizes criadas no propósito de melhorar e incentivar a permanência de pessoas na praça Dona Carmem, pode-se conduzir para as ações projetuais com as ideias já formadas.

5.4.4 Ações Projetuais Depois de elaborar as diretrizes, agora é necessário propor as ações de projetos, podendo importar em atividades atraentes para aquela região, onde a proposta é de requalificar a praça Dona Carmem.


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Figura 33 - Diagrama de Ações

Fonte: Elaborado pela Autora.

De acordo com o diagrama, a primeira proposta está relacionada à criação de uma pequena estrutura para vender fichas para passeio de barco ou até mesmo visitar as ilhas da costa de Piúma, promovendo o turismo do local. Outra proposta é incentivar a prática de esportes na praça através instalação de uma quadra de vôlei de praia, tendo em vista a localização em frente a orla, sendo o vôlei uma modalidade muito praticada pela população de Piúma. Outrossim, a proposta referente a implantação de um bicicletário para que as pessoas possam deixar a sua bicicleta ou turistas e visitantes possam alugar essa bicicleta para dar uma volta, visa dar maior mobilidade aos usuários. Ademais, a criação de pequenos espaços públicos, através dos parklents, busca diminuir os números de vagas para automóveis, bem como tem a mesma finalidade criar ponto de táxi em algum ponto do local dando melhor utilidade aos ambientes vagos. De outra forma, a proposta também tem por objetivo criar lanchonetes para que a população frequente a praça. E, por fim, procura-se permanecer com a feira de artesanato de conchas, preservando a cultura local, além de ter tudo a ver com a homenageada Dona Carmem Muniz Guimarães, que leva ao no da praça.


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Mapa 17 - Mapa SĂ­ntese

Fonte: Elaborado pela Autora.


Parklent

Diretrizes 1: Conexão com a Paisagem

Palmeiras

Parklents na mais é que uma extensão da calçada, onde são instalados uma

Pensando nas visuais, que através delas que se toma decisões para não atrapalhar a

Neste item abordará a questão do paisagismo com a implantação de árvores,

estruturas que criam espaços de lazer para os usuários, tendo a necessidade de

vista da paisagem do ambiente. Nele criará um mirante onde as pessoas possam

além de dar sombra na praça e acaba tornando o ambiente mais agradável ao

substituir algumas vagas de automóveis existente. Esses pequenos ambientes

contemplar a visual do ambiente proposto e tornando futuramente uma área de

usuário. As flores transforma a praça, traz vida e beleza à qualquer ambiente e

servem para as pessoas socializarem, promovendo encontros entre elas e além de

eventos. Para não atrapalhar essa visual, vai ser implantado nessa área palmeiras,

implantar flores de variados tipos é uma boa solução para o ambiente proposto. A

ser uma área de descanso.

além de marcar caminho na praça.

criação de arbustos, traz ao usuário uma certa limitação, como por exemplo,

Imagem Referência Parklent – em São Paulo

Imagem do estacionamento

Fonte: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/parklets-municipais/

Fonte: Arquivo Pessoal.

Palmeiras à serem utilizadas.

limitar o caminho das pessoas na praça.

Árvores Nativas

Fonte: Arquivo pessoal.

Árvores

Como as árvores implantadas na praça Dona Carmem foram colocados de modo

A praça Dona Carmem não contém árvores o suficiente para trazer um ambiente

aleatório, só deu para preservar três árvores, sendo duas delas Pau d’ alho, e a

agradável e com sombra, as árvores existentes na praça hoje são todas pequenas,

outra Quixabeira, que são árvores de grande porte chegando na altura de 15,00 à

só as nativas que são enormes e que dão sombra á uma parte da praça mais que

30,00 metros. Essas duas espécies a serem preservadas são árvores nativas da

não é o suficiente.

cidade.

Vista das árvores existente na praça.

Quixabeira – Sideroxylon obtusifolium.

Pau d’ alho – Gallesia integrifólia.

Fonte: Arquivo pessoal.

Parklent

Arbustos e Grama

Flores Fonte: Arquivo pessoal.

Fonte: Arquivo pessoal.

Árvores Nativas

A praça Dona Carmem não tem nenhum vestígio de vegetação pequena como flores, é uma praça considerada seca sem nenhum atrativo nessa questão de

Arbustos e Grama

Imagem dos canteiros da praça na atualidade.

Imagem referência.

Palmeira

Árvores

paisagismo, seria interessante colocar algumas flores ao longo dessa praça. Vista da praça sem flor.

Imagem referência.

Na atualidade a praça Dona Carmem, o piso é de areia, onde é horrível de caminhar, os canteiros com gramas são um pouco elevados do nível zero, onde está localizado os poucos arbustos existente da praça.

Flores Fonte: Arquivo pessoal.

Tema:

Trabalho de Conclusão de Curso II

Assunto:

Revitalização da Praça Dona Carmem, Piúma - ES Diretrizes 1 – Conexão com a Paisagem

Fonte: http://www.gemaarquitetura.com /index.php/praca-do-rosario/

Nome:

Fonte: Arquivo pessoal.

Fonte: https://empresas.habitissimo.com.br/pro/jardinspaisagismo

PRANCHA:

Camila Maria Guimarães Vieira

1/3


Diretrizes 2: Mobilidade e Acessibilidade

Ponto de Táxi

Eixos e Acessibilidade

A implantação do ponto de táxi é um modo que as pessoas tem de chegar na praça,

Nessa questão foram pensados através da paginação de piso, onde indica ao eixo

A mobilidade urbana é aborda as necessidades das pessoas caminhar no

pois se localiza na beira da praia e é longe do centro da cidade. Através dessa

central e que conduz as pessoas ao mirante e para a praia, os demais direcionam essas

ambiente, através da aplicação de modalidades esportivas que também é um

modalidade vai ser mais fácil das pessoas frequentar a praça. Além de suprir as

pessoas a passarem nos atrativos criados na praça, tudo através do eixo central. Na

atrativo que trás as pessoas à praça. A acessibilidade, onde as pessoas com

necessidades da envoltória.

praça foi criado alguns desníveis, onde que para o mirante foi elevado à um metro de

deficiência física possam frequentar o espaço e alerta às pessoas o perigo no

altura do nível da praça, já a pista de skate, se localiza à menos sessenta centímetros

Imagem onde vai ser implantado as vagas do ponto de táxi.

percurso ao longo da praça

do nível da praça. Com isso na questão de acessibilidade para cadeirantes, com esses desníveis foram pensados rampas de acesso para essas áreas. Imagem referência no desnível da praça.

Vista do eixo da praça.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Fonte: Arquivo pessoal.

Estacionamento

Fonte: http://www.gemaarquitetura.com/index.php/praca-dorosario/

Bicicletário

Hoje em dia o estacionamento existente na praça, não tem nenhuma marcação de vaga no piso, as vagas são desordenadas, as pessoas estacionam de modo aleatório, muitas das vezes ocupam duas vagas. Então a proposta é organizar essas vagas, colocando vagas de moto separados de carro, assim acaba melhorando a locomoção dos usuários.

Para ajudar na locomoção de pessoas na praça, vai ser criado um bicicletário, onde possam deixar a bicicleta e também alugar para um passeio ao longo da orla de Piúma, trazendo à praça uma renda com os aluguéis das bicicletas.

Estacionamento da praça na atualidade.

Eixos Lazer

Estacionamento

Eixos Lazer

Fonte: http://vadebike.org/2015/08/bicicletariopaulista-praca-dos-arcos/.

Para criar mais atrativo na praça,

Imagem referência da Quadra de Futevôlei e Vôlei.

Foi criado também um parquinho para as crianças, um lugar onde pais e

pessoas à praticar esse esporte, que acaba meio que

mães possam levar seus filhos para brincar, e fazer uma atividade em

esquecido entre as crianças, muitas das vezes tem que

família. Próximo ao parquinho foi criado uma área para escalar, um muro

sair da cidade para outra pra praticar a modalidade.

com aproximadamente 4 metros de altura, onde a intenção é de gerar

houve a ideia de colocar uma

renda, cobrando uma certa quantia do usuário. Imagem referência da Pista de Skate.

Imagem referência do parquinho e o muro de escalada.

modalidade bastante praticada na cidade,

que

através

da

acabou

surgindo

necessidade

população.

da

Fonte: https://blogcontagiros.wordpr ess.com/2011/07/page/8/.

Fonte: http://fortissima.com.br/2015/0 1/09/veja-como-o-volei-depraia-faz-perder-calorias14671879/

Fonte: http://belote.eng.br/blog/

Tema:

Trabalho de Conclusão de Curso II

Fonte: Arquivo pessoal.

A pista de skate nasceu no intuito de incentivar as

quadra de futevôlei ou vôlei, uma

Bicicletário

Imagem referência bicicletário de Contêiner.

Fonte: Arquivo pessoal.

Ponto de Táxi

Eixos e Acessibilidade

Imagem onde o bicicletário vai ser implantado.

Assunto:

Revitalização da Praça Dona Carmem, Piúma - ES Diretrizes 2 – Mobilidade e Acessibilidade

Nome:

Fonte: http://clubemilitar.com.br/reformado-parque-infantil/

PRANCHA:

Camila Maria Guimarães Vieira

2/3

Fonte: http://blogdescalada.com/academias-demanaus-comecam-a-adotar-a-escalada/


Feira de Artesanato

Diretrizes 3: Sócio Econômico

Lanchonetes

Nesse item resolvi preservar o que já existia na praça, que é a feira de artesanato,

Necessita-se de criar na praça Dona Carmem um ponto de apoio, onde possa vender

Hoje em dia o mundo gira em volta da economia, pensando nisso, que houve a

que já virou cultura na cidade, por causa das conchas, pois tem tudo haver com o

ingressos para passeio de barco para visitar os pontos turísticos de Piúma, através da

ideia de criar um atrativo que gerasse renda para as pessoas que já trabalham na

nome da praça, pois foi através da homenageada Dona Carmem Muniz Guimarães

implantação de lanchonetes. E com essa ideia, que acaba promovendo o turismo de

praça Dona Carmem, e essa renda também serviria para o uso da manutenção e

que começou com esse artesanato de conchas em Piúma. Por tanto foi retirado a

Piúma, e gerando renda para a praça. E também para realocar os ambulantes

necessidade dessa praça.

tenda e no lugar dela foi criado um pergolado com vidro em alguns pontos, para

existentes na praça, trazendo não só mais movimentação de pessoas mais sim vida

proteger da chuva e clarear à feiras de artesanato.

para aquele ambiente. Imagem referência do pergolado.

Imagem da Feira de Artesanato atualmente.

Vista da praça.

Imagem referência dos pontos turísticos.

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/421790321329669628/

Fonte: Arquivo Pessoal.

Fonte: Site Instituto Histórico de Piúma, 2013. Disponível em: < http://ihgpiuma.wix.com/inicial#!geografia/c145z > Acessado em: 10/05/2016.

Fonte: Arquivo pessoal.

Muro de Escalada

Bicicletário

Para chamar mais pessoas na praça, através de atrativos para entreter as crianças, é criar um muro para escalada, além de ser divertido acaba trazendo mais uma forma de renda para a praça.

Além de promover o fluxo de pessoas, o bicicletário vai gerar renda para a praça, através de alugueis de bicicleta, para os turistas poderem pedalar ao longo da orla

Imagem da Localização do Muro da Escalada.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Imagem referência do muro de Escalada.

Fonte: http://blogdescalada.com/academias-demanaus-comecam-a-adotar-a-escalada/

de Piúma. Imagem onde o bicicletário vai ser implantado.

Imagem referência bicicletário de Contêiner.

Fonte: Arquivo pessoal.

Fonte: http://vadebike.org/2015/08/bicicletariopaulista-praca-dos-arcos/.

Feira de Artesanato Área de Eventos

Muro de Escalada

Lanchonetes

A imagem ao lado é uma referência para criação do mirante na praça

Imagem da vista frontal da praça.

Dona Carmem, porém com algumas modificações e conceitos diferentes.

A idéia do mirante veio através das ondas do mar, a praça por está

Imagem referência.

localizado de frente ao mar, houve a ideia de explorar esse visual, para as pessoas contemplar esses três monumentos: a ilha do meio, a ilha

Bicicletário

dos cabritos e o monte aghá. Tendo essa proposta para gerar o turismo em Piúma, e conter essa lanchonete o mirante à noite, pode virar um ponto de encontro, lugar para eventos fechados com música

Área de Eventos

ao vivo.

Fonte: http://www.oimpacto.com.br/wpcontent/uploads/2013/04/Praça-do-Mirante.jpg

Tema:

Trabalho de Conclusão de Curso II

Assunto:

Revitalização da Praça Dona Carmem, Piúma - ES Diretrizes 3 – Sócio Econômico

Nome:

Fonte: Arquivo pessoal.

PRANCHA:

Camila Maria Guimarães Vieira

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6 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA PROPOSTA A princípio buscou-se partir das necessidades que a praça possui, pois nela atualmente não existe nada de atrativo. Assim, foram apresentadas propostas baseadas nos elementos que existem em volta do local em discussão, pensando no melhor conforto para usuário. Deste modo, para o autor Sun Alex: Com o critério de projeto, pode-se conferir as qualidades necessárias ao espaço do convívio social. O uso fornece elementos de articulação entre espaços públicos, promovendo e ampliando a diversidade dos usuários. Verificar o uso do espaço é fundamental para revelar as necessidades dos frequentadores e assimilar os pontos positivos e negativos dos lugares (2011, p. 27).

Nesse sentido, o autor quis dizer que as praças devem possuir elementos que conectem as pessoas ao espaço público, podendo promover multiplicidades de usuários. Com isso, os espaços públicos podem revelar as necessidades daqueles que os utilizam, demonstrando pontos positivos e negativos relacionados ao lugar. Sendo assim, foram criados cinco eixos norteadores, que são ponto chave importantes para surgir a proposta. Então esses eixos são: eixos lazer, eixos visuais, eixos mobilidade, eixos culturais e eixos acessibilidade.

6.1 EIXOS LAZER Esse item surgiu através da necessidade que a praça Dona Carmem possui em ser mais atrativo para as pessoas da localidade e turistas. Então, houve a ideia da quadra de futevôlei ou vôlei, pois é a modalidade mais praticada na cidade de Piúma (FIGURA 34).


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Figura 34 - Imagem ilustrativa do jogo de vôlei

Fonte: Site Fortíssima, 2015.

A pista de skate nasceu no intuito de incentivar as pessoas a praticar esse esporte, que acaba sendo esquecido pelas crianças que e muitas das vezes têm que sair da sua cidade para praticar a modalidade em outro local (FIGURA 35). Figura 35 - Imagem ilustrativa de uma pista de Skate

Fonte: Site Belote Engenharia2016.


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Ademais, foi pensada a instalação de um parquinho para as crianças, no qual as mães possam levar seus filhos para brincar. Assim, próximo ao parquinho seria criado também um muro de escalada, onde a intenção é gerar renda, cobrando uma certa quantia do usuário, deste modo, os valores arrecadados seriam utilizado na manutenção da praça (FIGURA 36). Figura 36 - Referência de parquinho

Fonte: Site Blog Descalada, 2012.

A proposta tem por objetivo espalhar bancos por toda a praça, para que as pessoas possam descansar, sendo que foi através deste pensamento que ocorreu a ideia de colocar Parklets, ocupando duas vagas de automóveis próximo à calçada. Dessa forma, cria-se integração, no qual liga um espaço ao outro, e promovendo integração entre as pessoas.

6.2 EIXOS VISUAIS A princípio a ideia surgiu através do mar, onde contém ilhas e o monte Aghá para serem vistas ao longe, pois são atrativos turístico importantes na cidade de Piúma. Então, houve a necessidade de criar um mirante para contemplar essa vista. A imagem abaixo é uma referência para criação do mirante na praça Dona Carmem, porém com algumas modificações e conceitos diferentes (FIGURA 37).


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Figura 37 - Referência para o mirante

Fonte: Site Oi Impacto, 2013.

Na imagem acima a referência utilizada para a praça Dona Carmem foi o desnível do mirante para os quiosques, e dos quiosques para o todo através do uso dos degraus.

6.3 EIXOS MOBILIDADE A ideia do bicicletário veio através da necessidade das pessoas de se locomoverem na cidade e ter algum lugar para guardar a bicicleta, podendo esta também ser alugada no local (FIGURA 38).


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Figura 6 - Referência para o bicicletário Container

Fonte: Site Oi Impacto, 2013.

Os estacionamentos devem ser realocados e algumas das vagas devem ser retiradas para colocar vagas de táxi e parklets, tendo em vista as necessidades que a praça possui.

6.4 EIXOS CULTURAIS O presente tópico discorre sobre os eixos culturais que devem ser preservados no ambiente da praça Dona Carmem, como a feira de artesanato que já se tornou parte da cultura local da cidade, conforme já analisado nos capítulos anteriores. Portanto, foi retirada a tenda e no lugar dela foi criado um pergolado com vidro em alguns pontos, para dar um pouco de claridade à essas feiras de artesanato. Outrossim, reconhecendo a relevância daquela que deu nome ao lugar, deve ser instalado um busto de Dona Carmem próximo à feira. Ademais, a ideia do mural da sereia de concha surgiu através de uma que existia no centro da cidade em uma casa que acabou sendo demolida. Deste modo, sendo esse o trabalho mais conhecido que a Dona Carmem fabricou, é interessante a reprodução de sua réplica no local da praça (FIGURA 39).


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Figura 39 - Referência: Mural De Dona Carmem

Fonte: Arquivo Pessoal. .

A imagem acima é a referência mais importante da proposta, pois tem tudo a ver com a homenageada, pois foi ela quem começou com o artesanato de conchas em Piúma. Portanto nada melhor do que colocar essa imagem no projeto e permanecer com a feira na praça.

6.5 EIXOS ACESSIBILIDADE Nesse tópico foram apresentadas paginações de piso, indicando o eixo central que conduz as pessoas ao mirante e para a praia, devendo os demais direcionarem os usuários para os atrativos criados no local, tudo através do eixo central. Dessa forma, projeta-se a criação de alguns desníveis em direção ao mirante que foi elevado a um metro de altura do nível da praça. Ademais, a pista de skate, deve ficar localizada a menos sessenta centímetros do nível da praça. Com isso, pensando na acessibilidade para cadeirantes a partir dos desníveis apontados, devem igualmente ser criadas rampas de acesso para essas áreas (FIGURA 40).


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Figura 40 - Referência de desnível de praça

Fonte: Site Gema Arquitetura, 2015.


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7 PROPOSTAS Os principais desafios de uma praça é promover espaços de qualidade para os usuários, intervindo no espaço natural. Pensando nisso, a proposta de requalificação da praça Dona Carmem, traz ao ambiente um espaço diversificado com vários tipos de atividades, onde os usuários possam transitar por grandes áreas e contemplar o visual. Dentro da área de estudo, foram propostas várias atividades, priorizando a feira de artesanato de conchas, promovendo atividades esportivas e lazer, cada um com a sua finalidade e função de projeto. Assim, através de um estudo de bolhas, observase uma prévia distribuição de seus espaços e transição na praça, que suprem à necessidade diagnosticadas anteriormente. A praça Dona Carmem foi dividida em quatro setores. O setor 1, trata-se de área destinada a eventos e a contemplação, no qual deve ser reproduzidas diversas atividades, bem como devem ser instaladas lanchonetes, que durante o dia possibilitem às pessoas que estão na praia contemplar o visual no mirante enquanto realizam sua refeição. A noite essa área se transforma em um ambiente de eventos com música ao vivo, devendo ser implantado um banheiro masculino, um feminino e um acoplado à lanchonete. Nesta lanchonete deve servir como ponto de apoio para o turismo, através de vendas de ficha ou passagens para passeios de barco. Ainda no setor 1, deve ser construída uma área de recreação para as crianças como parquinho onde as mães possam levar os seus filhos para brincar, sendo que próximo a esse espaço de recreação deve ser criada área para descanso com árvores frutíferas (PRANCHA 01/05). No setor 2, referente área destinada à prática de atividades esportivas, apresenta uma pista de skate, com desnível de sessenta centímetros a baixo do nível da praça, criando uma brincadeira com desníveis. Ao lado da pista de skate, deve ser implantada uma mini lanchonete, porém com vendas de lanches naturais a exemplo de sanduíche natural, sucos, barras de cereal etc. por estar próximo à essa área de


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esporte. Um pouco mais acima deve ter uma área para a prática do futevôlei ou vôlei de praia, uma das modalidades bastante praticada no município de Piúma. Uma área em que o chão é composto de areia e, em volta dessa quadra deve ser colocado uma tela com uma rede de proteção para as pessoas, e ainda gramado com alguns bancos em volta para quem está praticando o esporte ou simplesmente assistindo possam sentar, os bancos devem ser de concreto, com revestimento em madeira para dar uma boa aparência ao ambiente (PRANCHA 02/05). No setor 3, no qual está localizada a feira de artesanato, possui muro de escalada, bicicletário e o muro da cesan. A feira de artesanato por ser uma coisa que já existe na praça foi proposto para ela um pergolado de madeira com cobertura em vidro, em alguns momentos desse pergolado vai ser vazado para implantar uma árvore de porte pequeno, dando uma interação entre os ambientes, e dentro desse pergolado vai ser colocado as feiras de artesanato, com vendas de bibelôs. O bicicletário foi proposto em forma de contêiner com fechamento na sua envoltória em vidro, para dar uma sensação de ambiente amplo na praça. Nesse bicicletário deve haver ganchos para pendurar as bicicletas e para proteger o vidro vai ser colocado umas barras de ferro próximas à essa parede. Esse contêiner vai ser elevado à quinze centímetros do nível da praça, próximo dele colocará um deck de madeira, com umas mesas e cadeiras para as pessoas sentarem enquanto esperam. O muro da cesan que se localiza ao lado do bicicletário vai ser implantado uma réplica do desenho de uma sereia com conchas, em homenageada a Dona Carmem Guimarães (PRANCHA 03/05). No setor 4, estão os caminhos da praça, por exemplo, o eixo monumental que foi criado para direcionar as pessoas aos atrativos a serem criados no local, com árvores para marcar esse eixo e iluminação de piso. Nas calçadas procura-se criar um ambiente mais arborizado, aplicando alguns arbustos e separando os veículos dos pedestres, aplicando também piso direcional e piso podotátil de alerta em volta de toda a praça e em lugares onde existem desníveis e rampas. Da mesma forma, devem ser implantadas rampas acessíveis pra cadeirante em volta na localidade. Ademais, devem ser construídos parklents, substituindo algumas vagas de automóveis existentes (PRANCHA 04/05).


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Um item importante é o paisagismo que é um item primordial para quem está projetando uma praça, pois através dela que transformamos o ambiente mais harmonioso e agradável.

7.1 PAISAGISMO A praça Dona Carmem é uma região com bastante insolação durante maior parte do tempo. Então, houve a necessidade de elaborar um paisagismo que supra essa necessidade do local, favorecendo a criação de um ambiente harmonioso e agradável para a população. Com o problema de insolação da praça, houve a preocupação de plantar árvores que tenham durabilidade ao sol, ou seja, que vivam constantemente apesar dos fortes raios de sol que devem recebem, bem como foi analisada a beleza de suas folhagens e a presença da salinidade (PRANCHA 05/05). Assim, na praça Dona Carmem devem ser plantadas algumas palmeiras como a Carpentária - Carpentaria acuminata, com a altura de 12,00 a 15,00 metros e diâmetro do tronco 3,00 à 4,00 metros, com exigência de luz moderada alta, devendo ficar na entrada e na saída da área de eventos/mirante, e ao longo do eixo central da praça para indicar o caminho (FIGURA 41). A Palmeira – Leque – Licuala grandis, com resistência ao sol e a sua altura chega de 1,80 a 3,60 metros, que deve ser implantada no jardim da área de eventos, próxima a rampa (FIGURA 42). Figura 41 - Palmeira Carpentária – Carpentaria Acuminata

Fonte: Site Jardim Cor, 2013.

Figura 42 - Palmeira Leque – Licuada Grandis

Fonte: Site Jardineiro, 2016.


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Uma das árvores que devem compor a paisagem da praça Dona Carmem é Pauferro - Caesalpinia leiostachya árvore considerada de grande porte, que pode atingir 12,00 metros de altura, podendo sua copa chegar à 12,00 metros de diâmetro, a sua floração é no verão e no outono, e não possui raízes agressivas. Assim, deve ser implantada em volta da área de futvôlei, por se localizar na área de sol constante (FIGURA 43). Figura 43 – Pau-ferro – Caesalpinia leiostachya

Fonte: Site Jardineiro, 2016.

O Ipê Amarelo – Tabebuia Chysotricha, que chega de 6,00 a 10,00 metros de altura, a sua floração é de Agosto à Setembro, vai ser implantado próximo ao parquinho das crianças para alegrar e proteger as crianças do sol (FIGURA 44). Figura 44 - Ipê Amarelo – Tabebuia Chysotricha

Fonte: Site Jardineiro, 2016.

A Pata de Vaca – Bauhinia blakeana Dunn, tem porte de 5,00 metros de altura, a sua floração ocorre durante o mês de maio a junho. Tal vegetação deve ser


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implantada em volta da praça Dona Carmem, nos estacionamentos, protegendo os carros do sol, além de ser uma árvore que não danifica a calçada (FIGURA 45). Figura 45 - Pata de Vaca – Bauhinia Blakeana Dunn

Fonte: Site Jardinagem e Paisagismo, 2014.

A Pitanga – Eugenia uniflora, uma árvore de frutífera, podendo chegar à 6,00 a 12,00 metros de altura, com resistência ao sol, vai ser implantada na área de descanso próximo ao parquinho infantil (FIGURA 46). Figura 46 - Pitanga – Eugenia uniflora

Fonte: Site Jardineiro, 2016.

O Flamboyantzinho – Caesalpinia Pulcherima, é uma árvore de pequeno porte com a altura de 3,00 a 4,00 metros e diâmetro de 3,00 metros, a sua floração ocorre de outubro a abril, devendo ser implantada ao lado da área de eventos/Mirante e na frente da lanchonete (FIGURA 47).


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Figura 47 - : Flamboyantzinho – Caesalpinia Pulcherima

Fonte: Site Beto Samu, 2011.

A Grevílea – Grevillea banksii é um arbusto ou árvore de 4,00 a 6,00 metros de altura com resistência ao sol, a sua floração dura o ano todo, atraindo muitos beijaflores. Assim, também levando em consideração o seu baixo custo de manutenção deve ser implantada na área esportiva, mais precisamente em volta da pista de skate e na região do muro de escalada (FIGURA 48). Figura 48 - Grevílea – Grevillea Banksii

Fonte: Site Jardineiro, 2016.

Os arbustos são vegetações que deixam o ambiente deslumbrante, trazendo ao ambiente um lugar harmonioso dependendo do tipo, da cor e do tamanho do arbusto. O Buxinho – Buxus Sempervirens, é um arbusto com a altura de 1,80 a 2,40 metros, com resistência ao sol e ao frio. Por ser uma cerca viva, tem crescimento lento perante aos demais arbustos, e exige pouca manutenção. Todavia, em função da sua beleza e utilização deve ser implantado no projeto na área de skate (FIGURA 49).


79

Figura 7 - Buxinho – Buxus Sempervirensi

Fonte: Site Jardineiro, 2016.

A Cica – Cycas Revoluta, é um arbusto que é resistente ao sol, com altura de 3,00 a 3,60 metros, seu crescimento é lento, sendo bastante valorizado no mercado, devendo ser implantada próxima a feira de artesanato e no muro da cesan (FIGURA 50). Figura 50 - Cica – Cycas Revoluta

Fonte: Site Jardineiro, 2016.

Azaléia – Rhododendron Simsii, uma espécie muito interessante com cores diferentes, podendo chegar de 4,00 a 6,00 metros de altura, tendo durabilidade ao sol constante, devendo ser implantada na lateral da área de eventos/mirante (FIGURA 51).


80

Figura 51 - Azaléia – Rhododendron Simsii

Fonte: Site Jardineiro, 2016.

A Ixora-Chinesa – Ixora Chinensis é um arbusto resistente ao sol com florzinha que despontam o ano todo principalmente na primavera e verão, podendo chegar na altura de 2,00 metros de altura. Deve ser implantada na lateral da área de eventos/mirante (FIGURA 52). Figura 8 - Azaléia – Rhododendron Simsii

Fonte: Site Jardineiro, 2016.

Palmeira Locuba – Dypsis madagascariensis, é uma planta bastante rústica, muito resistente ao sol constante, chegando na altura de 7 à 15 metros (FIGURA 53).


81

Figura 53 - Palmeira Locuba – Dypsis madagascariensis

Fonte: Site DNA Florestal, 2014.

Campânula – Campanula Medium, é uma flor resistente ao sol, medindo de 0,40 a 0,60 metros de altura, Floresce no final da primavera ao verão (FIGURA 54). Figura 54 - Campânula – Campanula Medium

Fonte: Site Jardineira, 2016.

Glória da Manhã - Ipomoea purpurea, uma trepadeira com o comprimento de 2,00 à 3,00 metros de altura, com insolação constante. Vai ser implantado no pergolado, onde em algumas partes desse pergolado são vazados colocando essas trepadeiras nelas (FIGURA 55).


82

Figura 9 - Glória da Manhã - Ipomoea purpurea

Fonte: Site Jardineiro, 2016.

A grama Esmeralda – Zoysia japônica, deve ser aplicada em todos os canteiros existentes, por ser uma grama resistente ao sol constante, a pisoteio e ser de fácil manutenção, cresce no máximo 15 centímetros, contudo, é recomendado apara a cada 2 centímetros que cresce, cada ponto da praça deve ser utilizado (FIGURA 56).

Figura 56 - Grama Esmeralda – Zoysia japônica

Fonte: Site Jardineiro, 2016.

7.2 MOBILIÁRIO URBANO

O mobiliário foi todo pensado de maneira a se integrar com o espaço, mas sem tirar o foco dos artigos que realmente devem chamar a atenção de quem vai vir a desfrutar do ambiente. Dessa forma, o mobiliário foi escolhido de maneira a ficar mais discreto.


83

O Benito Urban, é um catálogo de diversos tipos de mobiliário, nele estão dispostos itens de iluminação, lixeiras, bancos etc. com modelos modernos e atualizados. A lixeira é composta por granito pré-moldado cinza de aparência lisa. Aro de aço galvanizado com primário de epoxi e de poliéster cor de tinta em pó preto para fixar a bolsa. Apoiado por seu próprio peso (FIGURA 57).

Figura 57 - Lixeira – Kube

Comprimento: 500 mm Largura: 500 mm Altura: 880 mm Litros: 140L. Ref.: PA672S

Fonte: Catálogo Benito Urban, 2012.

Banco pré-fabricado granito cinza, aparência lisa, pode ser colocado separadamente ou em grupos, recomendado colocar no chão (FIGURA 58). Figura 58 - Banco – Kube

Comprimento: 2000 mm Largura: 500 mm Altura: 450 mm Ref.: UM372

Fonte: Catálogo Benito Urban, 2012.

Cimento pré-fabricado de cor cinzento granítico com aspecto liso. Ripas de madeira tropical com as dimensões 110x35mm, tratada com Lignus cor natural, protetor


84

fungicida, inseticida e hidrófugo. Pode ser colocado em elementos isolados ou em grupos. Fixação recomendada: Apoiado pelo seu próprio peso (FIGURA 59).

Figura 59 - Banco – Kube M.

Comprimento: 2000 mm Largura: 500 mm Altura: 490 mm Ref.: UM372LM

Fonte: Catálogo Benito Urban, 2012.

O catálogo Benito Urban, traz modelos de luminárias bem modernas e com grande eficiência (FIGURA 60, 61 E 62).

Figura 60 - Luminária – DECO HORIZO + NATUM

Luminaria/ Luminaire/ Luminaire DECO HORIZON Columna/ Mát/ Pole NATUM Ref.: ICNT50APP Altura: 5 m Fonte: Catálogo Benito Urban, 2012.


85

Figura 61 - Luminária – DECO HORIZO + STYLUM

Luminaria/ Luminaire/ Luminaire DECO HORIZON + Columna/ Mát/ Pole STYLUM Ref.: ICST902DMPP Altura: 9 m Fonte: Catálogo Benito Urban, 2012.

Figura 62 - Refletor – LAICA.

Refletor LAICA Ref.: LPRLSLED200

Fonte: Catálogo Benito Urban, 2012.


86

A Itam Iluminação, traz uma iluminação embutida no piso ou solo, tipo projetor, o corpo em alumínio, e estruturado em aço inox, com o vidro plano temperado transparente, alojando o refletor no próprio corpo. Equipada com porta lâmpada antivibratório em policarbonato, com trava de segurança e proteção contra aquecimento nos contatos. Referência: 8868.128.71T (FIGURA 63).

Figura 63 - Iluminação embutida no piso

Fonte: Catálogo Itam Iluminação, 2012.

O biciletário é feito de cotainer possui cor amarela que já vem cortado com as medidas exatas de fábrica, para depois serem colocadas as portas e aberturas com fechamento em vidro. A empresa JR Container, está há muito tempo no mercado fornecendo o seu produto economicamente viável para os clientes, onde esses produtos são vistoriados semanalmente para ser colocados à venda (FIGURA 64).

Figura 64 - Container

Fonte: Site JR Container, 2012.


87

O muro de escalada tem altura de 5,50 metros de altura, construído in loco de tijolos com espessura de 0,20 centímetros, localizado ao lado da feira de artesanato. A lanchonete, é de construção convencional com estrutura de concreto, paredes de tijolos, e revestida ripas de madeira ipê (Rewood), e sombreada em fibra de vidro na cor verde, a cobertura feita com teto verde, tendo uma cobertura ecologicamente correta. Nesse projeto, tem a área para lanchonete e três banheiros, sendo um feminino, um masculino e um para deficiente (FIGURA 65). Figura 65 - Lanchonete

Fonte: Elaborado pela Autora.

Os parklents tem como objetivo de promover integração entre as pessoas, além de serem lugares de permanências e de encontros, incentivando as pessoas a participarem mais das questões da vida em sociedade, devendo estarem localizados junto às calçadas, tomando espaço de duas vagas de automóveis. No catálogo Benito, além de trazer equipamentos eficientes de iluminação, bancos e lixeiras, traz também o mobiliário do parquinho infantil para as crianças (FIGURA 66).


88

Figura 66 - Brinquedos parquinho

Fonte: Catálogo Benito, 2012.

7.3 MATERIAIS Os materiais utilizados para o piso do catálogo AcquaDreno – Revestimentos Drenantes, são pisos de alta resistência ao fluxo constante de pessoas, além de serem drenantes e a sua utilização ser direcionada a área externa (FIGURA 67). Figura 67 - Revestimento de piso

NERO/ NERO

CINZA/ GREY

OURO/ GOLD

COTTO/ COTTO

REF.: 508

REF.: 505

REF.: 504

REF.: 507

Fonte: Catálogo Acquadreno, 2012.

A área de eventos/mirante deve receber um deck em toda a sua extensão com exceção da rampa e dos degraus. O deck do bicicletário deve ser de madeira plástica na cor marrom. Assim, a madeira do catálogo Rewood – Madeira Plática deve ser utilizada, uma vez que não escorrega, possui textura de madeira natural, trata-se de material que não esquenta, além de ser recomendado para áreas externas. O pergolado e os guarda-corpos também são desse material de madeira plástica também na cor marrom. O revestimento externo da lanchonete com madeira Ipê da Rewood e o revestimento dos bancos doa parklets também (FIGURA 68).


89

Figura 68 - Madeira Marrom e madeira ipê

Fonte: Catálogo Rewood – Revestimento de Plástico, 2012.

O piso intertravado deve ser colocado na área do estacionamento, tendo em vista que é material que possui características ecologicamente. Assim, por manter a permeabilidade do solo, os blocos de concreto têm vantagens no custo. A cor escolhida foi pérola da empresa Decorlit, em forma de espinha de peixe FIGURA 69). Figura 69 - Piso intertravado, cor pérola

Fonte: Site Decorlit, 2013.

O piso emborrachado para o playground infantil da empresa Elasta, apresenta vantagens onde as crianças não se machucam ao cair, os poros abertos garantem ventilação ao material e rápida absorção da água, onde manter a superfície seca e antiderrapante (FIGURA 70).


90

Figura 70 - Piso emborrachado

Fonte: Site Elasta, 2017.

O piso tátil tem como objetivo de alertar e orientar percurso de deficientes visuais, existem dois tipos de modelos de piso tátil: o piso tátil que serve para alertar ao deficiente algum perigo, o piso tátil direcional, que por sua vez, tem o dever de orientar o deslocamento. Com o material de aço inox (FIGURA 71). Figura 71 - Piso Tátil

Fonte: Site Wat Acessibilidade, 2017.


MAPA SINTESE

SETOR 04

SETOR 02 SETOR 03

SETOR 04 SETOR 04

CONCEITO Os principais desafios de uma praça é promover espaços de qualidade para os usuários, intervindo no espaço natural. Pensando nisso, a proposta de requalificação da praça Dona Carmem, traz ao ambiente um espaço diversificado com vários tipos de atividades, onde os usuários possam transitar por grandes áreas e contemplar o visual. Dentro da área de estudo, foram propostas várias atividades, priorizando a feira de artesanato de conchas, preservando a cultura da cidade de Piúma, e em memória ao trabalho da artesã Dona Carmem Muniz Guimarães. Promovendo também atividades esportivas e lazer, trazendo à praça uma modalidade bastante praticada que é o futevôlei e a pista de skate, uma outra modalidade não tão praticada mais é do gosto das crianças, que pelo o que foi observado não existe nenhum tipo de pista de skate na cidade de Piúma, sendo assim, cada um com a sua finalidade e função de projeto. Ademais, foi pensada a instalação de um parquinho para as crianças, no qual as mães possam levar seus filhos para brincar. Assim, próximo ao parquinho seria criado também um muro de escalada, onde a intenção é gerar renda, cobrando uma certa quantia do usuário, deste modo, os valores arrecadados seriam utilizado na manutenção da praça.

SETOR 01

A proposta tem por objetivo espalhar bancos por toda a praça, para que as pessoas possam descansar, sendo que foi através deste pensamento que ocorreu a ideia de colocar Parklets, ocupando duas vagas de automóveis próximo à calçada. Dessa forma, cria-se integração, no qual liga um espaço ao outro, e promovendo integração entre as pessoas. O eixo visuais à princípio, a ideia surgiu através do mar, onde contém ilhas e o monte Aghá para serem vistas ao longe, pois são atrativos turístico importantes na cidade de Piúma. Então, houve a necessidade de criar um mirante para contemplar essa vista. A ideia do bicicletário veio através da necessidade das pessoas de se locomoverem na cidade e ter algum lugar para guardar a bicicleta, podendo esta também ser alugada no local.

SETOR 04

1

O eixo de acessibilidade apresentadas paginações de piso, indicando o eixo central que conduz as pessoas ao mirante e para a praia, devendo os demais direcionarem os usuários para os atrativos criados no local, tudo através do eixo central. Dessa forma, projeta-se a criação de alguns desníveis em direção ao mirante que foi elevado a um metro de altura do nível da praça. Ademais, a pista de skate, deve ficar localizada a menos sessenta centímetros do nível da praça. Com isso, pensando na acessibilidade para cadeirantes a partir dos desníveis apontados, devem igualmente ser criadas rampas de acesso para essas áreas. Para explicar melhor o projeto, foi dividido em quatro setores, onde o setor 01 é o mirante/área de eventos, o parquinho infantil e a área de descanso. O setor 02, é a área esportiva, onde se localiza a quadra de futevôlei, a pista de skate e uma lanchonete. O setor 03, foi implantado a feira de artesanato, o bicicletário, o muro de escalada e o mural da sereia e o busto de Dona Carmem. O setor 04, que destaca o eixo monumental, as calçadas em volta da praça, os estacionamentos e os parklents.

PLANTA GERAL 1 : 200

ESCALA :

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II

Revitalização da Praça Dona Carmem - Piúma, ES

Camila Maria Guimarães Vieira

PLANTA GERAL

PRANCHA: 1/200

01 / 07


ÁREA DE DESCANSO

0.00

0.00

0.20

PARQUINHO INFANTIL

0.40

0.00

MIRANTE/ ÁREA DE EVENTOS 0.60 0.80

MIRANTE/ÁREA DE EVENTOS 1.00

PARQUINHO INFANTIL

0.40

PRAÇA 0.00

0.20

0.00

ÁREA DE DESCANSO

1

Setor 1 1 : 200

IMAGEM DE ANTES PROPOSTA O setor 1, trata-se de área destinada a eventos e a contemplação, no qual deve ser reproduzidas diversas atividades, bem como devem ser instaladas lanchonetes, que durante o dia possibilitem às pessoas que estão na praia contemplar o visual no mirante enquanto realizam sua refeição. A noite essa área se transforma em um ambiente de eventos com música ao vivo, devendo ser implantado um banheiro masculino, um feminino e um acoplado à lanchonete. Nesta lanchonete deve servir como ponto de apoio para o turismo, através de vendas de ficha ou passagens para passeios de barco. Ainda no setor 1, deve ser construída uma área de recreação para as crianças como parquinho onde as mães possam levar os seus filhos para brincar, sendo que próximo a esse espaço de recreação deve ser criada área para descanso com árvores frutíferas.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II

Camila Maria Guimarães Vieira

PRANCHA:

SETOR 01

ESCALA : 1/200

02 / 07


0.00

QUADRA DE VÔLEI

QUADRA DE VOLEI DE PRAIA 0.00

0.00

0.00 0.00

PISTA DE SKATE

LANCHONETE

-2.19

-0.30

QUADRA DE SKATE -0.60

LANCHONETE

1

Setor 2 1 : 200

IMAGENS DE ANTES

PROPOSTA No setor 2, referente área destinada à prática de atividades esportivas, apresenta uma pista de skate, com desnível de sessenta centímetros a baixo do nível da praça, criando uma brincadeira com desníveis. Ao lado da pista de skate, deve ser implantada uma mini lanchonete, porém com vendas de lanches naturais a exemplo de sanduíche natural, sucos, barras de cereal etc. por estar próximo à essa área de esporte. Um pouco mais acima deve ter uma área para a prática do futevôlei ou vôlei de praia, uma das modalidades bastante praticada no município de Piúma. Uma área em que o chão é composto de areia e, em volta dessa quadra deve ser colocado uma tela com uma rede de proteção para as pessoas, e ainda gramado com alguns bancos em volta para quem está praticando o esporte ou simplesmente assistindo possam sentar, os bancos devem ser de concreto, com revestimento em madeira para dar uma boa aparência ao ambiente.

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PRANCHA:

SETOR 02

ESCALA : 1/200

03 / 07


0.00

FEIRA DE ARTESANATO

BICICLETÁRIO

0.15 0.00 0.00

FEIRA DE ARTESANATO

MURO ESCALADA

0.00 0.00

MURO DE ESCALADA 0.00

-0.05

BICICLETÁRIO 0.00

1

Setor 3 1 : 200

PROPOSTA

IMAGENS DE ANTES

No setor 3, no qual está localizada a feira de artesanato, possui muro de escalada, bicicletário e o muro da cesan. A feira de artesanato por ser uma coisa que já existe na praça foi proposto para ela um pergolado de madeira com cobertura em vidro, em alguns momentos desse pergolado vai ser vazado para implantar uma árvore de porte pequeno, dando uma interação entre os ambientes, e dentro desse pergolado vai ser colocado as feiras de artesanato, com vendas de bibelôs. O bicicletário foi proposto em forma de contêiner com fechamento na sua envoltória em vidro, para dar uma sensação de ambiente amplo na praça. Nesse bicicletário deve haver ganchos para pendurar as bicicletas e para proteger o vidro vai ser colocado umas barras de ferro próximas à essa parede. Esse contêiner vai ser elevado à quinze centímetros do nível da praça, próximo dele colocará um deck de madeira, com umas mesas e cadeiras para as pessoas sentarem enquanto esperam. O muro da cesan que se localiza ao lado do bicicletário vai ser implantado uma réplica do desenho de uma sereia com conchas, em homenageada a Dona Carmem Guimarães.

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PRANCHA:

SETOR 03

ESCALA : 1/200

04 / 07


VAGA DE MOTO 0.00

ESTACIONAMENTO -0.15

CALÇADAS ENVOLTA DA PRAÇA

-0.15

0.00

0.00

0.00 0.00

-0.15 0.00

0.00

ESTACIONAMENTO

EIXO CENTRAL

0.00

ESTACIONAMENTO

PARKLENT

PARKLENTS

0.00 -0.15

PARKLENT

0.00

PONTO DE TÁXI

0.00 0.60

VISTA DO EIXO CENTRAL DA PRAÇA

0.00 0.00

-0.15

0.00 0.00

0.00

0.00

1

Setor 4

IMAGENS DE ANTES

1 : 200

PROPOSTA

No setor 4, estão os caminhos da praça, por exemplo, o eixo monumental que foi criado para direcionar as pessoas aos atrativos a serem criados no local, com árvores para marcar esse eixo e iluminação de piso. Nas calçadas procura-se criar um ambiente mais arborizado, aplicando alguns arbustos e separando os veículos dos pedestres, aplicando também piso direcional e piso podotátil de alerta em volta de toda a praça e em lugares onde existem desníveis e rampas. Da mesma forma, devem ser implantadas rampas acessíveis pra cadeirante em volta na localidade. Ademais, devem ser construídos parklents, substituindo algumas vagas de automóveis existentes.

ESCALA :

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SETOR 4

PRANCHA: 1/200

05 / 07


QUADRO DE ESPECIFICAÇÃO

1 05

CATEGORIA

QUANT.

Carpentaria acuminata

Palmeira

19

-

Palmeira Locuba

Dypsis madagascariensis

Palmeira

10

-

03

Palmeira Leque

Licuala grandis

Palmeira

03

-

04

Cica

Cycas Revoluta

Arbusto

09

-

05

Ixora Chinesa

Ixora Chinensis

Arbusto

43

-

CÓDIGO 11

11

11

11

05 02 05 05 02

07

05

05

07

05

01

07 07

07

07

07

07 07 07

07

07

01

07 07

NOME CIENTÍFICO

01

Palmeira Carpentária

02

10

07

03

07

02

10 07

07

11

11

11

NOME POPULAR

07

07 07

0.15

11

01 12 2

11

05

09

07

01

09

2 05

05

05

11

09

07

05

04

07

08 08 08 08 08

01

08

08

08

08

08

08 12 08

07 07

07

06 -2.19

06 06

13

08

-0.30

06

08

06

08

06

-0.60

08

0.00

01

01

06

01

06

15

15

0.00

06

12

15

03

05 05

04

05

0.40

08

Campânula

Campanula Medium

Arbusto

39

-

09

Glória da Manhã

Ipomoea purpurea

Trepadeira

03

-

10

Pau Ferro

Caesalpinia leiostachya

Árvore

04

-

15

08 08

11

Pata de Vaca

Bauhinia blakeana Dunn

Árvore

17

-

12

Ipê Amarelo

Tabebuia Chysotricha

Árvore

10

-

13

Grevílea

Grevillea Banksii

Árvore

03

-

14

Pitangueira

Eugenia uniflora

Árvore

03

-

15

Flamboyantzinho

Caesalpinia Pulcherima

Árvore

05

-

16

Pau D' alho

Gallesia integrifolia

Árvore

02

-

17

Quixabeira

Sideroxylon obtusifolium

Árvore

01

-

18

Esmeralda

Zoysia japônica

Grama

-

838,33

08

16

05

02

05 1.00

05

15

11

05

02

16

01

01

01

01

05 05 05 05 05 05 05 05 05

05

02

04 04

-

05

02

0.20

08

05

12

36

08

05

03

12 06

08

05

06

Arbusto

08

05

01

06

06

Buxus Sempervirensi

08

05

06

Buxinho

08

12

12

07

08 08 08 08

02

01

12

-

02

01

14

06

06

22

11

02 01

12

06

Arbusto

08

04

12

Rhododendron Simsii

13

08

06

Azaléia

06

14

08

06

13

04 08 08 08 08

11

06

08

01

14

08

11

07

08

08 08

11

07 07

06

08

04

08

07

0.0006

08

12

08

07

07

01

04

08

08

07

11

10

06

17

11

07

07

05

05

0.00

10

07

01

04 1 05

1

Planta de Paisagismo 1 : 200

OBS: TODAS AS GRAMAS SÃO O CÓDIGO 18

ESCALA :

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II

Revitalização da Praça Dona Carmem - Piúma, ES

Planta de Paisagismo

Camila Maria Guimarães Vieira

PRANCHA: 1/200

06 / 07

IMAGEM


Nível 3 -0.60

0.61

0.00

1.00

3.00

MIRANTE

QUADRA DE FUTEVÔLEI

-2.19 PISTA SKATE

1

CORTE 01 1 : 200

BICICLETÁRIO

2

0.15

0.00 PERGOLADO

3.00

2.55

Nível 3 3.00

0.00

0.00 EIXO MONUMENTAL

0.00

-0.15

QUADRA DE FUTEVÔLEI

CORTE 02 1 : 200

Revitalização da Praça Dona Carmem - Piúma, ES

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II

Camila Maria Guimarães Vieira

PRANCHA:

CORTES

ESCALA : 1/200

07 / 07


91

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS A iniciativa desse estudo se deu através da observação da negligência pública que as praças brasileiras vêm sofrendo no ambiente urbano com o tempo. Através do assunto

discutido

é

possível

observar

necessidade

de

políticas

públicas

direcionadas a meios de convívio social. Assim, deve-se pensar no espaço urbano como uma área de lazer, de contemplação, descanso, onde as pessoas possam ir conversar com os amigos. Através da análise da situação da praça Dona Carmem foi constatado que o local é um ponto ótimo para comércio, lazer e recreação, pois é um lugar onde transitam diariamente um grande número de pessoas durante o verão, bem como a população que mora no bairro Jardim Maily, utiliza a praça como caminho para chegar em suas respectivas residências. O bairro Jardim Maily, apesar de seu tamanho é uma região pouco populosa em comparação com os demais bairros de Piúma por possuir em sua volta grande número de casas de veraneios (Turistas que tem casas em Piúma e reside em outra cidade) e pouquíssimos prédios altos que também são alugados apenas na alta temporada. Já na parte de infraestrutura urbana, a praça Dona Carmem, tem destino certo para os dejetos lançados no esgoto, através da estação de bombeamento que se localiza na área rural da cidade. Além de tudo, esse bairro é carente de infraestrutura urbana, e necessita de equipamentos urbanos no respectivo local. Os decorrentes problemas da praça Dona Carmem estão relacionados com acessibilidade, a paginação de piso, a implantação inadequada da vegetação e, em geral, o problema de desenho urbano. Ademais, a praça Dona Carmem, por não ter acessibilidade adequada impossibilita os deficientes físicos de frequentar o lugar, pois o chão é de terra batida e o cadeirante não conseguiria transitar livremente na praça por causa da areia, mesmo sendo um terreno plano e sem desnível. Outrossim, a área em estudo necessita de boa iluminação pública, pois com a iluminação adequada os moradores e turistas poderam frequentar a praça Dona Carmem com maior tranquilidade. Assim, a partir do levantamento de dados foi observado a necessidade de criar espaços agradáveis, onde as pessoas possam


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permanecer, criando atrativos para chamar os indivíduos para frequentar o local, através do melhoramento da iluminação pública, bem como colocar equipamentos públicos. A praça Dona Carmem na atualidade é um espaço que recebe uma incidência solar muito forte, onde o sol bate na maior parte do tempo, podendo ser identificado que para melhorar essa questão, é necessário um projeto de paisagismo adequado, que vise tornar o local mais agradável, através de sombras para dar a essa área uma outra vida. Na questão de mobilidade, os problemas que surgiram foram solucionados criando caminhos de fácil acesso para os pedestres, retirando um pouco do estacionamento que se localiza em volta e colocando alguns pontos de táxi, além de criar espaços de permanência de pessoas entre os estacionamentos, os parklets, e criar caminhos de passagem de bicicletas no meio da praça. A praça Dona Carmem, necessita de uma boa infraestrutura urbana, mas também de um espaço com cobertura onde possa abrigar as pessoas tanto da chuva quanto do sol, bem como necessita de equipamentos urbanos decentes que atendam às necessidades do local onde está sendo realizada a intervenção.


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