TCC arqurbuvv + consumo colaborativo e os novos espaços de trabalho: proposta projetual de coworking

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UNIVERSIDADE DE VILA VELHA ARQUITETURA E URBANISMO

CAMILA COELHO BINOTTI

CONSUMO COLABORATIVO E NOVOS ESPAÇOS DE TRABALHO: PROPOSTA PROJETUAL DE COWORKING

VILA VELHA 2020


CAMILA COELHO BINOTTI

CONSUMO COLABORATIVO E NOVOS ESPAÇOS DE TRABALHO: PROPOSTA PROJETUAL DE COWORKING

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Arquiteta e Urbanista, à Universidade Vila Velha.

Orientador: Professora Laila Souza Santos.

VILA VELHA 2020


CAMILA COELHO BINOTTI

CONSUMO COLABORATIVO E NOVOS ESPAÇOS DE TRABALHO: PROPOSTA PROJETUAL DE COWORKING

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Arquiteta e Urbanista, à Universidade Vila Velha.

Aprovado em___de____________de 2020.

COMISSÃO EXAMINADORA

_______________________________ Prof. Me. Laila Santos Souza Universidade Vila Velha Orientador

______________________________ Prof. Me. Clóvis Aquino Universidade Vila Velha Convidado interno

______________________________ Eng. Geslon Mariano Vicente Convidado externo


RESUMO O consumo colaborativo torna-se realidade, em âmbito mundial, como forma de solucionar problemas, como insuficiência de transportes públicos e grandes congestionamentos, através do compartilhamento. O coworking surge, então, como

um

novo

conceito

de

escritório,

abraçando

esse

ideal

de

compartilhamento e consumo colaborativo, bem como reduzindo problemas de deslocamentos e custos financeiros para os usuários. Tendo em vista essa nova demanda de uso, o presente trabalho tem como objetivo propor um estudo preliminar de um coworking que atenda a valores como transparência, inclusão, comunidade, acessibilidade, sustentabilidade e colaboração. O resultado obtido através do projeto permite, por meio dos ambientes, que os valores sejam alcançados de forma involuntária, promovendo a integração e a criatividade dos usuários. Palavras-chave:

Coworking.

Consumo

Escritório compartilhado. Comunidade.

colaborativo.

Compartilhamento.


ABSTRACT Collaborative consumption becomes a worldwide reality as a way to solve problems, such as insufficient public transport and major traffic congestion, through sharing. Therefore, coworking appears as a new concept of office, embracing this ideal of sharing and collaborative consumption, as well as reducing displacement problems and financial cost for users. Considering this new demand for use, the present work aims to propose a preliminary study of a coworking that meets values such as transparency, inclusion, community, accessibility, sustainability and collaboration. The result achieved with the project allows, through the environments, the values to be reached in an involuntary way, promoting the users’ integration and creativity.

Keywords: Coworking. Collaborative consumption. Sharing. Shared office. Community.


FIGURAS FIGURA 1 - EDIFÍCIO WEWORK EM SÃO PAULO - SP ................................................................ 13 FIGURA 2 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO SINERGIA PALERMO...................................................... 17 FIGURA 3 - PORÃO, AMBIENTE DE JOGOS ................................................................................. 18 FIGURA 4 - PORÃO, AMBIENTE DE JOGOS ................................................................................. 18 FIGURA 5 – TÉRREO, PÁTIO CENTRAL, ESPAÇOS COMPARTILHADOS E SALAS DE REUNIÕES ................................................................................................................................ 19 FIGURA 6 - TÉRREO, PÁTIO CENTRAL, ESPAÇOS COMPARTILHADOS E SALAS DE REUNIÕES ................................................................................................................................ 19 FIGURA 7 - PRIMEIRO PAVIMENTO, ESCRITÓRIOS PRIVADOS .............................................. 20 FIGURA 8 - PRIMEIRO PAVIMENTO, ESCRITÓRIOS PRIVADOS .............................................. 20 FIGURA 9 - SEGUNDO PAVIMENTO, ÁREA DE EVENTOS......................................................... 21 FIGURA 10 - SEGUNDO PAVIMENTO, ÁREA DE EVENTOS ...................................................... 21 FIGURA 11 - CORTE LONGITUDINAL ............................................................................................ 22 FIGURA 12 - CORTE TRANSVERSAL ............................................................................................ 22 FIGURA 13 - SINERGIA COWORK PALERMO .............................................................................. 23 FIGURA 14 - LOCALIZAÇÃO............................................................................................................ 24 FIGURA 15 - INTERIOR DO SOUL CAFÉ + COWORKING ........................................................... 25 FIGURA 16 - ÁREA EXTERNA ......................................................................................................... 26 FIGURA 17 - LOCALIZAÇÃO CO.W COWORKING ....................................................................... 27 FIGURA 18 - INTERIOR DO CO.W .................................................................................................. 28 FIGURA 19 - EXTERIOR DO CO.W E ÁREA DE EVENTOS ......................................................... 29 FIGURA 20 - MAPA SOCIO-ECONÔMICO ..................................................................................... 31 FIGURA 21 DIAGRAMA URBANO ................................................................................................... 32 FIGURA 22 - DIAGRAMA AMBIENTAL............................................................................................ 33 FIGURA 23 - VOLUMETRIA ............................................................................................................. 36 FIGURA 24 - VOLUMETRIA ............................................................................................................. 36 FIGURA 25 - IMPLANTAÇÃO ........................................................................................................... 38 FIGURA 26 - BAR / CAFÉ ................................................................................................................. 39 FIGURA 27 - BAR / CAFÉ ................................................................................................................. 39 FIGURA 28 - PRAÇA ......................................................................................................................... 40 FIGURA 29 - PRAÇA ......................................................................................................................... 40 FIGURA 30 - TÉRREO ...................................................................................................................... 41 FIGURA 31 - ESTAÇÕES DE TRABALHO ...................................................................................... 42 FIGURA 32 - PRIMEIRO PAVIMENTO ............................................................................................ 43 FIGURA 33 - CABINES DUPLAS ..................................................................................................... 44 FIGURA 34 - CABINES PARA 4 PESSOA ....................................................................................... 44 FIGURA 35 - CABINES PARA VIDEOCONFERÊNCIA .................................................................. 45 FIGURA 36 - BRAINSTORM ............................................................................................................. 45 FIGURA 37 - MOBILIÁRIO DE PERMANÊNCIA ............................................................................. 46 FIGURA 38 - SEGUNDO PAVIMENTO ............................................................................................ 47 FIGURA 39 - ÁREA DE JOGOS........................................................................................................ 48 FIGURA 40 - DESCOMPRESSÃO ................................................................................................... 49 FIGURA 41 - DESCOMPRESSÃO ................................................................................................... 49


TABELAS TABELA 1 - VALORES COWORKING ............................................................................................. 14 TABELA 2 – TABELA SÍNTESE........................................................................................................ 29 TABELA 3 - INDÍCES URBANISTICOS ........................................................................................... 34


SUMÁRIO 1.

INTRODUÇÃO ............................................................................................ 9

1.1. JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 10 1.2. OBJETIVOS ............................................................................................... 11 1.2.1.

Objetivo Geral .................................................................................... 11

1.2.2.

Objetivos Específicos ....................................................................... 11

1.3. METODOLOGIA ........................................................................................ 11 1.4. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................. 11 2.

REFERENCIAL TEÓRICO: ....................................................................... 13

2.1. COWORKING ............................................................................................ 13 3.

ESTUDOS DE CASO ................................................................................ 17

3.1. SINERGIA COWORK PALERMO .............................................................. 17 3.1.1.

Implantação ....................................................................................... 17

3.1.2.

Programa............................................................................................ 17

3.1.3.

Espacialidade .................................................................................... 17

3.1.4.

Materialidade E Forma ...................................................................... 23

3.2. SOUL CAFÉ + COWORKING.................................................................... 24 3.2.1.

Implantação ....................................................................................... 24

3.2.2.

Programa............................................................................................ 24

3.3. CO.W COWORKING SPACE .................................................................... 27 3.3.1.

Implantação ....................................................................................... 27

3.3.2.

Programa............................................................................................ 27

3.3.3.

Espacialidade .................................................................................... 27

3.3.4.

Materialidade E Forma ...................................................................... 28

3.4. TABELA SÍNTESE ..................................................................................... 29 4.

DESENVOLVIMENTO PROJETUAL ........................................................ 30

4.1. LEVANTAMENTO DE DADOS .................................................................. 30


4.1.1.

Diretrizes Projetuais .......................................................................... 30

4.1.2.1.

Área Externa .................................................................................... 30

4.1.2.2.

Edifício ............................................................................................. 30

4.1.3.

Localização E Análise Do Terreno ................................................... 31

4.1.4.

Condicionantes Ambientais E Legais ............................................. 32

4.2. ESTUDO PRELIMINAR ............................................................................. 35 4.2.1.

Conceito E Partido ............................................................................ 35

4.2.2.

Projeto De Arquitetura ...................................................................... 35

4.2.2.1.

Sistema Construtivo ......................................................................... 37

4.2.2.2.

Implantação ..................................................................................... 37

4.2.2.3.

Térreo .............................................................................................. 40

4.2.3.

Primeiro Pavimento ........................................................................... 42

4.2.4.

Segundo Pavimento .......................................................................... 46

5.

CONCLUSÃO ............................................................................................ 50

6.

BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 51


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1. INTRODUÇÃO Consumo colaborativo é uma nova forma de consumo, podendo ser compra ou venda de algo a partir dos interesses em comum dentro de uma comunidade, a negociação não precisa ser apenas de bens, esse conceito tem sido aplicado muito amplamente no ramo de prestação de serviço, segue abaixo alguns casos de consumo colaborativo bem-sucedidos em escala mundial. A carona sustentável é uma prática que tem dado muito certo, neste modelo de serviço, o compartilhamento não necessariamente oferece lucros para o motorista, mas sim a divisão de custos. Exemplos incluem Bynd e BlaBlaCar. O serviço de hospedagem colaborativo é um dos maiores exemplos de sucesso deste modelo, empresas como Airbnb e Couch Surfing cresceram bastante na última década oferecendo uma plataforma na qual pessoas podem anunciar suas casas e apartamentos para quem deseja se hospedar por um tempo. É mais barato que um hotel o que é vantagem para quem se hospeda e funciona como renda extra para o dono do imóvel. A economia do compartilhamento está mudando não só o modo como entendemos oferta e demanda e a nossa relação com os bens materiais, mas também nossas relações pessoais. É como se a tecnologia que em algum momento nos afastou, agora estivesse nos colocando de volta para um movimento em que nos comportamos como uma vila, porém com laços que acontecem em escala global. O consumo colaborativo torna-se um conceito forte a partir de problemas como lixo

urbano,

insuficiência

dos

transportes

públicos

e

grandes

congestionamentos. Na busca por soluções aos problemas citados acima a população iniciou então, uma busca pelo compartilhamento afim de que tais problemas fossem contornados de maneira racional, econômica, colaborativa e sustentável. (BOSTMAN e ROGERS, 2011, p.59). Esse conceito foi se popularizando em locais como Europa e Estados Unidos, porem hoje está difundido mundialmente. Segundo Bostman e Rogers (2011, p.61) o consumo colaborativo possibilita o acesso a determinados produtos ou espaço, tirando a necessidade de o


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usuário possuir tal item, sendo esse o conceito de sistemas de serviços de produtos (SSP). Desta forma, essas pessoas conseguem economizar tempo, espaço, dinheiro, além de terem a possibilidade de conhecerem novas pessoas, aumentando assim seu ciclo de amizades. Com isso, o consumo colaborativo consegue crescer cada vez mais, atingindo um número maior de pessoas. O coworking é um novo conceito de escritório, que surgiu a partir dessa nova demanda de compartilhamento e consumo colaborativo, e vem sendo cada vez mais aceito dentro do mercado, tendo em vista que, além de minimizar problemas de custo e mobilidade, ele proporciona a interação de diversos nichos do mercado em um mesmo espaço. Um escritório de coworking é um espaço de trabalho dividido entre empresas e pessoas de diferentes ramos empresariais, induzindo de forma indireta, esses profissionais a compartilharem experiências e informações, ampliando assim, o networking dos envolvidos, além de dividir entre eles os custos fixos que o espaço possui, sendo eles, conta de água, energia, internet, telefone e funcionários. 1.1. JUSTIFICATIVA Com o consumo colaborativo sendo uma realidade para sociedade e não uma tendência, de acordo com Bostman e Rogers (2011, p. XV), se torna cada vez mais necessários espaços como coworking, que forneçam esse conceito no âmbito profissional. Fica evidente esta necessidade se observado a quantidade de serviços que estão sendo compartilhados entre a população, como por exemplo transportes motorizados e não motorizados, moradia e espaços de trabalho, mostrando então a tendência de uma sociedade cada vez mais consciente com relação ao consumo exagerado e compartilhando cada vez mais. Os novos modelos de se trabalhar estão cada vez mais presentes no mercado, sendo eles, freelances, startup, novos empreendedores e home-offices,sendo eles o público alvo para o mercado dos escritórios compartilhados. Comumente esses profissionais liberais possuem um perfil jovem, entretanto com


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determinação no trabalho, demandando espaços que favoreça o ato de criar, desenvolver, estudar, trocar ideias e ter reuniões, dando condições suficientes para que os usuários do local tenham suas horas empregadas ao trabalho com maior rentabilidade e eficiência. Esse novo modelo de escritório vem se tornando cada vez mais presente na sociedade, justamente pela interação que o espaço compartilhado proporciona. De acordo com um levantamento feito pelo Censo Coworking Brasil, mostra que escritórios nesse modelo no país, de 2016 para 2017 teve um aumento de 114%, já em 2018 esse aumento foi de 48%, chegando a mais de 1190 espaços conhecidos e registrados pela pesquisa. Visando esse novo conceito de trabalhar, este trabalho propõe a elaboração de um projeto de coworking que busque atender a esta nova demanda de mercado. 1.2. OBJETIVOS 1.2.1. Objetivo Geral Elaborar o projeto arquitetônico de um espaço de trabalho compartilhado, que comporte diferentes atividades, em espaços multifuncionais. 1.2.2. Objetivos Específicos 

Compreender espaço de trabalho compartilhado (coworking)

Realizar pesquisa de referencial de projeto

Elaborar estudo preliminar

1.3. METODOLOGIA A elaboração do presente trabalho foi realizada por meio de pesquisas bibliográficas, sendo eles, livros, artigos, páginas na internet, trabalhos de conclusão de curso e estudos de casos. As pesquisas foram realizadas através de palavras-chaves como, coworking, contêiner, consumo colaborativo, consumo compartilhado e pesquisa sobre coworking na grande Vitória. 1.4. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO


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O primeiro capítulo aborda a introdução deste projeto, onde apresenta a justificativa, os objetivos da realização do mesmo, a metodologia utilizada e a organização que foi utilizada para a realização deste trabalho. O segundo capítulo deste trabalho, apresenta o referencial teórico, abordando o conceito de coworking, englobando desde o surgimento até os dias atuais, demonstrando sua importância perante a sociedade atual. O terceiro capítulo aborda as referências de projetos existentes. O quarto capítulo apresenta o resultado do trabalho de desenvolvimento de projeto de arquitetura para um coworking, incluindo levantamento de dados e fase de estudo preliminar. O quinto capítulo apresenta as conclusões deste trabalho realizado durante o bimestre do ano de 2020.


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2. REFERENCIAL TEÓRICO: 2.1. COWORKING O termo coworking surge pela primeira vez em 1999, quando o designer de games Bernie de Koven, descreve um espaço digital com essa expressão. Em 2005 é criado o primeiro local de coworking conforme conhecemos, migrando o conceito para “espaço físico colaborativo”. Atualmente o conceito coworking está diretamente ligado ao local de trabalho onde diversas empresas e profissionais se reúnem para trabalhar em um local projetado para maximizar a produção, a inovação e a colaboração entre os mesmos. (CONUBE, 2019) Segundo Lumley (2014, p.40), coworking são comunidades de trabalho onde autônomos, trabalhadores criativos e independentes se encontram para trabalharem em um mesmo local de forma independente ou de forma colaborativa. Portanto espaços de coworking são ambientes físicos com estrutura física, pouco formal e com bastante flexibilidade com relação a horários, que propiciam criação de possíveis amizades, negócios, trocas de ideias, recursos e serviços entre as empresas e profissionais liberais que usufruem do local, é possível reconhecer essa estrutura na figura 1. FIGURA 1 - EDIFÍCIO WEWORK EM SÃO PAULO - SP

Fonte: Acervo pessoal, 2019


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Essa forma de escritório tende a diminuir os custos fixos das empresas, como água, internet, telefone e luz por exemplo, pois é disponibilizado no local, além de não possuir um aluguel de um ponto fixo, pois podem reservar apenas quando acharem necessário. (CONUBE, 2019) Com o coworking os usuários se beneficiam de um local que propicia o networking e colaboração entre os mesmos, viabilizando novos negócios, auxiliando na criação e inovação através da forma que o espaço foi projetado. (CONUBE, 2019) Segundo Fost (2008), as pessoas gostam de trabalhar de forma independente, porém são menos eficientes quando trabalham sozinhas em casa, por isso essa nova forma de trabalhar tem se disseminado em todo o mundo, tendo a maior concentração de coworking nos Estados Unidos. Conforme o Coworking Wiki (2014) (comunidade em um website, com a finalidade de disseminar os ideais do coworking), existe entre os usuários cinco valores a serem adotados, são eles: abertura, comunidade, acessibilidade, sustentabilidade e colaboração. A abertura faz referência às tomadas de decisões, onde elas precisam ser tomadas de forma inclusiva, clara e transparente entre os usuários do ambiente de trabalho. (COWORKING WIKI, 2014). Vide tabela 01. TABELA 1 - VALORES COWORKING

VALORES

DESCRIÇÃO Está relacionado às tomadas de decisões, onde elas precisam

Abertura

ser tomadas de forma inclusiva, clara e transparente entre os usuários do ambiente de trabalho As pessoas dentro do contexto do coworking, estão em primeiro lugar. Toda tomada de decisão deve envolver todos

Comunidade

os envolvidos do espaço, apesar do coworking ser um espaço físico, ele é constituído de pessoas diversas, por isso a comunidade é tão importante Está atrelado a todos poderem acessar ao espaço, sendo

Acessibilidade

diversas

vezes

pessoas

como

freelancers,

pequenas

empresas que estão em constante trânsito dentro do espaço


15 Está diretamente relacionada ao compartilhamento do espaço, dividindo os recursos necessários para o funcionamento entre a

comunidade

que

utiliza

o

espaço.

Entretanto,

a

sustentabilidade não está apenas ligada ao item material e sim Sustentabilidade

diretamente relacionada a troca de serviços dentro do coworking, a comunidade é capaz de se nutrir de informação com os próprios recursos, podendo suprir uma determinada demanda de trabalho com a pessoa que trabalha ao lado. Este ocorre diversas vezes de forma involuntária, onde um

Colaboração

colaborador ensina e aprende com os demais usuários do espaço, onde trocas de conhecimento ocorrem de maneira dinâmica e natural.

Entretanto, conforme estudo de caso realizado por Spinuzzi (2012), não são todos os coworkings que incentivam e estão abertos a colaborações entre os membros da comunidade. Com isso, Spinuzzi (2012) diferencia o coworking em três diferentes modelos, são eles: “community working space” (espaços de trabalho comunitário) para o autor, esses espaços são locais com delimitações de lugares para conversação, possuindo áreas externas e lounges, pois para eles o objetivo é trabalhar ao lado, mas não com o outro; “unoffice model” (modelo não oficial), no qual o princípio deste espaço é o diálogo e a troca de experiências entre profissionais; e o modelo “federated work space” (espaço de trabalho federado) local que segue os princípios dos fundadores, onde as relações de trabalho são favorecidas tanto, de maneira formal e informal, aumentando assim o networking entre as equipes. Spinuzzi (2012) descreve então, que o coworking não é sobre o espaço, e sim sobre uma cultura, cultura essa que é refletida pela tendência global relacionada aos freelancers, empreendedores e trabalhadores móveis, que querem permanecer independentes, conforme sua profissão permite, porém que buscam trabalhar dentro de uma comunidade, saindo do trabalho isolado dentro de suas casas, e o coworking permite que essa comunidade exista e que eles possam compartilhar ideias, promover parcerias, criar amizades e gerar novos negócios.


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Em sua pesquisa, Spinuzzi (2012) diferencia o coworking do espaço de coworking. O coworking é considerado uma reunião informal de pessoas, das quais precisam realizar alguma tarefa, seja ela um projeto, uma tarefa, porém, querem realizar ao lado de outras pessoas, entretanto o espaço de coworking é um local formal, com estrutura como por exemplo, mesa, W iFi, café, para que esse encontro de pessoas possa ser realizado de forma plena. Em um levantamento feito através de entrevistas, Spinuzzi (2012) identificou que a maioria dos usuários de espaços de coworking, são proprietários de pequenas empresas, e dentro desse grupo, pode-se dizer que existe um subgrupo que sobressai, que são pequenas empresas de uma única pessoa, abaixo deles, com relação a número de usuários, se encontra consultores, funcionário remoto de uma grande empresa, estagiário de uma empresa e funcionário permanente de uma empresa dentro do próprio coworking. Dentro desses entrevistados, cerca de 70% possuía a internet ou tecnologia da informação nos negócios, como por exemplo, uma entrevistada que possui uma empresa de venda de roupas exclusivamente online.


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3. ESTUDOS DE CASO 3.1. SINERGIA COWORK PALERMO 3.1.1. Implantação O coworking Sinergia Cowork Palermo se situa na cidade de Montevidéu, no Uruguai, próximo ao litoral uruguaio, (Figura 2). O edifício se encontra próximo à escola técnica UTU Central, à embaixada dos Estados Unidos. (ARCHDAILY, 2017) FIGURA 2 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO SINERGIA PALERMO

Fonte: Google maps. Disponível em: <https://www.google.com/maps/search/sinergia+cowork+palermo/@-34.911048,56.1806368,134a,35y,122.02h,62.13t/data=!3m1!1e3>. Acesso em: 09 de novembro de 2019

3.1.2. Programa O Sinergia Cowork, deu início ao projeto com um programa de 32 escritórios e 4 salas de reunião. Como premissa, os arquitetos Emilio Magnone e Marcos Guiponi procuraram manter a estética do prédio do início do século XX, onde anteriormente funcionava uma carpintaria, oficina mecânica, estúdio de cinema e armazém. (ARCHDAILY, 2017) 3.1.3. Espacialidade O edifício é composto por quatro pavimentos, o porão (Figuras 3 e 4) foi destinado ao espaço de descanso, sala de jogos, sala de jantar, cozinha e televisão. No térreo (Figura 5 e 6) se encontra um pátio central articulado com espaços compartilhados e salas de reunião. No primeiro pavimento (Figura 7 e 8) estão os escritórios menores e espaço para impressão 3D, sala de


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fotografia, estações de trabalho flexíveis e salas de estar, e no telhado (Figura 9 e 10) foi criado uma sala de eventos com um deck ao ar livre. (ARCHDAILY, 2017). A distribuição das salas e ambientes podem ser observados nos cortes longitudinal e transversal (Figuras 11 e 12). FIGURA 3 - PORÃO, AMBIENTE DE JOGOS

Fonte: Sinergia Cowork. Montevieu. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-cowork-palermo-emilio-magnone-plusmarcos-guiponi>. Acesso em: 22 de outubro 2019

FIGURA 4 - PORÃO, AMBIENTE DE JOGOS

Fonte: Sinergia Cowork. Montevieu. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-cowork-palermo-emilio-magnone-plusmarcos-guiponi>. Acesso em: 22 de outubro 2019


19 FIGURA 5 – TÉRREO, PÁTIO CENTRAL, ESPAÇOS COMPARTILHADOS E SALAS DE REUNIÕES

Fonte: Sinergia Cowork. Montevieu. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-cowork-palermo-emilio-magnone-plusmarcos-guiponi>. Acesso em: 22 de outubro 2019

FIGURA 6 - TÉRREO, PÁTIO CENTRAL, ESPAÇOS COMPARTILHADOS E SALAS DE REUNIÕES

Fonte: Sinergia Cowork. Montevieu. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-cowork-palermo-emilio-magnone-plusmarcos-guiponi>. Acesso em: 22 de outubro 2019


20 FIGURA 7 - PRIMEIRO PAVIMENTO, ESCRITÓRIOS PRIVADOS

Fonte: Sinergia Cowork. Montevieu. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-cowork-palermo-emilio-magnone-plusmarcos-guiponi>. Acesso em: 22 de outubro 2019

FIGURA 8 - PRIMEIRO PAVIMENTO, ESCRITÓRIOS PRIVADOS

Fonte: Sinergia Cowork. Montevieu. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-cowork-palermo-emilio-magnone-plusmarcos-guiponi>. Acesso em: 22 de outubro 2019


21 FIGURA 9 - SEGUNDO PAVIMENTO, ÁREA DE EVENTOS

Fonte: Sinergia Cowork. Montevieu. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-cowork-palermo-emilio-magnone-plusmarcos-guiponi>. Acesso em: 22 de outubro 2019

FIGURA 10 - SEGUNDO PAVIMENTO, ÁREA DE EVENTOS

Fonte: Sinergia Cowork. Montevieu. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-cowork-palermo-emilio-magnone-plusmarcos-guiponi>. Acesso em: 22 de outubro 2019


22 FIGURA 11 - CORTE LONGITUDINAL

Fonte: Sinergia Cowork. Montevieu. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-cowork-palermo-emilio-magnone-plusmarcos-guiponi>. Acesso em: 22 de outubro 2019

FIGURA 12 - CORTE TRANSVERSAL

Fonte: Sinergia Cowork. Montevieu. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-cowork-palermo-emilio-magnone-plusmarcos-guiponi>. Acesso em: 22 de outubro 2019


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3.1.4. Materialidade E Forma Toda a intervenção, foi realizada com estruturas leves e completamente removíveis, a partir de estruturas metálicas e painéis estruturais isolados. (ARCHDAILY, 2017) As cores neutras como o branco e cinza claro são predominantes no projeto, as cores surgem através da vegetação e do mobiliário. (ARCHDAILY, 2017) FIGURA 13 - SINERGIA COWORK PALERMO

Fonte: Sinergia Cowork. Montevieu. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/874682/sinergia-cowork-palermo-emilio-magnone-plusmarcos-guiponi>. Acesso em: 22 de outubro 2019


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3.2. SOUL CAFÉ + COWORKING 3.2.1. Implantação Situado em Araraquara, no interior de São Paulo, encontra-se o Soul café + Coworking, em um bairro predominantemente residencial, (Figura 14). (GALERIA DA ARQUITETURA, 2018) FIGURA 14 - LOCALIZAÇÃO

Fonte: Google maps. Disponível em: <https://www.google.com/maps/place/SOUL+Caf%C3%A9+%2B+Coworking/@-21.7755147,48.1744168,195a,44.4y,289.37h,54.43t/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x94b8f14057ba10c1:0xa1 3531aa2db4a96a!8m2!3d-21.7747345!4d-48.1767233>. Acesso em: 10 de novembro de 2019

3.2.2. Programa O Soul café + coworking, teve como programa a inclusão de um café e áreas para trabalhos compartilhados, desenvolvido na arquitetura já existente. (LOPES, 2018) Para agregar ainda mais ao projeto, foi separado a parede mais extensa do projeto, para a criação de uma galeria de arte, fomentando a arte da cidade e região próxima. (LOPES, 2018) 3.2.3. Espacialidade O projeto original, facilitou para que o novo empreendimento fosse inserido na arquitetura,

visto

que

possuía

boa

ventilação

e

iluminação

natural,

proporcionada pelo pé-direito duplo e boa quantidade de janelas, deixando o


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ambiente sempre arejado e iluminado, é possível verificar na figura 15. (LOPES, 2018) Com uma planta de 450m², distribuídos em dois pavimentos e um terreno com 716m², para o térreo, mantiveram a amplitude já existente, inserindo de maneira fácil a cafeteria, além de mobiliário que permitisse o uso do espaço também para o trabalho, ainda no térreo foi projetado salas de reunião informais ou espaços para eventos e almoços em grupos. (LOPES, 2018) No andar superior, onde no projeto original se encontravam os quartos, foram transformados em salas de coworking. (LOPES, 2018) FIGURA 15 - INTERIOR DO SOUL CAFÉ + COWORKING

Fonte: LOPES, N. Sobrado com novas funções – Soul café + coworking. São Paulo. 2018. Disponível em: <https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/pietro-terlizziarquitetura_/soul-cafe-coworking/5250>. Acesso em: 03 de novembro de 2019

3.2.4. Materialidade E Forma Este empreendimento, surgiu a partir da reforma de uma residência, na qual o ponto de partida do projeto foi a adaptação da mesma para o novo uso, sem que houvesse grandes mudanças estruturais na edificação. (LOPES, 2018) Além de não interferirem na estrutura do projeto, o arquiteto Pietro Terlizzi se apoiou no conceito de restauro, deixando evidente o que faz parte da arquitetura antiga do que foi mudado durante a reforma. (LOPES, 2018)


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Com o formato da casa em “U”, faz com que o jardim fique envolto de toda a construção, permitindo então que todas as janelas e vãos da casa tenha a vegetação presente, ver figura 16. (LOPES, 2018) FIGURA 16 - ÁREA EXTERNA

Fonte: LOPES, N. Sobrado com novas funções – Soul café + coworking. São Paulo. 2018. Disponível em: <https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/pietro-terlizziarquitetura_/soul-cafe-coworking/5250>. Acesso em: 03 de novembro de 2019


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3.3. CO.W COWORKING SPACE 3.3.1. Implantação A partir da apropriação de um galpão existente no bairro Berrini (FIGURA 17), foi projetado o coworking CO.W. Próximo ao rio Pinheiros, o coworking se localiza em bairro nobre em São Paulo, principalmente para o meio comercial. FIGURA 17 - LOCALIZAÇÃO CO.W COWORKING

Fonte: Google maps. Disponível em: <https://www.google.com/maps/place/Co.W.+Berrini+%7C+Coworking/@-23.6194915,46.6975351,786a,35y,269.94h,21.9t/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x94ce50c1422fcebd:0xa7d68 257c6c73929!8m2!3d-23.6222468!4d-46.6939852>. Acesso em: 10 de novembro de 2019

3.3.2. Programa A proposta para o projeto é que o local fosse de compartilhamento, que integra os usuários, porém que ao mesmo tempo ofereça privacidade aos mesmos. (MARQUEZ, 2017). Onde as premissas do projeto foram ser inovador, com design criativo e sofisticado, dentro de um galpão pré-existente. (MARQUEZ, 2017). 3.3.3. Espacialidade Com dois mil metros quadrados de área construída e dois pavimentos, projetado pelo escritório B. Magalhães, foi concebido o projeto do CO.W Coworking Space. (MARQUEZ, 2017).


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3.3.4. Materialidade E Forma Para o arquiteto Roberto Magalhães, sua maior dificuldade foi adequar o galpão existente, inserindo um novo uso ao local. Adotando como solução, tirar proveito das estruturas e dos espaços pré-existentes. (MARQUEZ, 2017). Para as estruturas existentes, foi definido pintura apenas, visto que, estavam em boas condições e para as paredes, foi optado por deixar que os tijolos ficassem aparentes, aumentando assim a linguagem industrial escolhida para o projeto. Um mezanino em estrutura metálica aparente, foi projetado de forma independente do galpão, conforme figura 14. (MARQUEZ, 2017). A linguagem industrial, não se restringe à arquitetura, inserida também no projeto de interiores, onde as tubulações e fiações estão aparentes, mobiliários do antigo galpão foram reaproveitados, como por exemplo os latões que se transformaram em lavatórios nos banheiros e o foi executado em concreto aparente para simular o chão da fábrica. (MARQUEZ, 2017). FIGURA 18 - INTERIOR DO CO.W

Fonte: MARQUEZ, A. Estilo industrial domina corporativo – CO.W Coworking Space. São Paulo. 2017. Disponível em: <https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/bmagalhaes_/cow-coworking-space/4213>. Acesso em: 03 de novembro de 2019

Para a entrada, o arquiteto escolheu uma porta que remetesse à uma porta de celeiro, além de preservar uma vila existente na área externa e o jardim com árvores grandes que já existiam, conforme figura 19. (MARQUEZ, 2017).


29 FIGURA 19 - EXTERIOR DO CO.W E ÁREA DE EVENTOS

Fonte: MARQUEZ, A. Estilo industrial domina corporativo – CO.W Coworking Space. São Paulo. 2017. Disponível em: <https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/bmagalhaes_/cow-coworking-space/4213>. Acesso em: 03 de novembro de 2019

3.4. TABELA SÍNTESE TABELA 2 – TABELA SÍNTESE PROJETO

RELEVÂNCIA

SINERGIA COWORK PALERMO

ATIVIDADES COMO: 

SALA DE JOGOS 

 SOUL CAFÉ + COWORKING

COZINHA

SALA DE EVENTOS

LOCALIZAÇÃO EM BAIRRO RESIDENCIAL

UNIÃO DE UM CAFÉ COM A PROPOSTA DE COWORKING 

CO.W COWORKING SPACE

ESTRUTURA METÁLICA APARENTE

APROVEITAMENTO DE UM GALPÃO

LINGUAGEM INDUSTRIAL


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4. DESENVOLVIMENTO PROJETUAL 4.1. LEVANTAMENTO DE DADOS 4.1.1. Diretrizes Projetuais Proposta para construção de um edifício comercial direcionado para implantação de um escritório compartilhado (coworking). Para que o edifício seja considerado eficiente e adequado para o compartilhamento, o projeto deve possuir uma planta ampla, desconstruindo a partir das decisões projetuais a ideia consolidada de um escritório convencional. Visando diminuir o deslocamento dos usuários, deve-se escolher um terreno em uma zona residencial. O projeto deve inclusive qualificar o espaço público onde ele será inserido, associando esse espaço as atividades interligadas ao trabalho e também a atividades de entretenimento aos usuários. 4.1.2. Programa De Necessidades 4.1.2.1. Área Externa O programa buscou criar um espaço público para os usuários do edifício e também toda comunidade do entorno gerando uma integração entre os frequentadores. 

Bar & Café;

Área de estar;

Espaço para feiras livres;

Área para eventos sazonais;

Espaço arborizado.

4.1.2.2. Edifício O programa buscou criar ambientes descontraídos com o objetivo de proporcionar

a

integração

dos

indivíduos

de

modo

que

ocorra

o

compartilhamento de ideias e recursos, incentivando a criação de uma comunidade. Alguns ambientes estratégicos para isso consistiram em:


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Estações de trabalho compartilhado;

Estações de brainstorm;

Salas de reuniões com tamanhos diversos;

Salão de jogos;

Ambiente de estar;

Copa. 4.1.3. Localização E Análise Do Terreno

O terreno escolhido para o escritório corporativo está localizado no bairro Itapoã, Vila Velha – ES, conforme é possível verificar na figura 20, o entorno do terreno é predominantemente residencial multifamiliar, devido esse fator a localização irá auxiliar a reduzir a locomoção dos usuários. FIGURA 20 - MAPA SOCIO-ECONÔMICO

Fonte: Google earth. Disponível em: <https://earth.google.com/web/@-20.34962552,40.28685268,6.57254311a,859.02960357d,35y,97.24502739h,0t,0r>. Acesso em: 16 de junho de 2020

Além do entorno residencial, outro fator importante de sua localização é a proximidade com as principais vias da cidade, sendo uma delas a rua São Paulo que serve de acesso à terceira ponte, principal meio de acesso a capital Vitória, facilitando assim o deslocamento dos usuários, vide figura 21.


32 FIGURA 21 DIAGRAMA URBANO

Fonte: Google earth. Disponível em: <https://earth.google.com/web/@-20.34962552,40.28685268,6.57254311a,859.02960357d,35y,97.24502739h,0t,0r>. Acesso em: 16 de junho de 2020

4.1.4. Condicionantes Ambientais E Legais O terreno proposto se situa em duas esquinas, por este fator o terreno possui frente para o sol da manhã (fachada leste) e para o sol da tarde (fachada oeste), o vento nordeste é o predominante da região, porém quem caminha no local, percebe uma corrente de ar na rua São Paula, vide figura 22.


33 FIGURA 22 - DIAGRAMA AMBIENTAL

Fonte: Google earth. Disponível em: <https://earth.google.com/web/@-20.34962552,40.28685268,6.57254311a,859.02960357d,35y,97.24502739h,0t,0r>. Acesso em: 16 de junho de 2020

Conforme Plano Diretor Municipal (PDM) de Vila Velha, a quadra escolhida para o projeto se encontra em uma Zona de Ocupação Prioritária B (ZOP-B), essa zona corresponde à parcela com melhor infraestrutura e possui como objetivos otimizar a infraestrutura existente, introduzir novas dinâmicas urbanas, intensificar usos condicionados à implantação de equipamentos urbanos e sociais e à implantação de infraestrutura de suporte, dentre outros. A ZOP-B possui os seguintes padrões urbanísticos:


34 TABELA 3 - INDÍCES URBANISTICOS Zona de Ocupação Prioritária B - ZOP-B: DOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS PARA OCUPAÇÃO DO SOLO

PARÂMETROS DO PROJETO

Coeficiente de aproveitamento é o índice que se obtém dividindo-se a área computável pela área do terreno onde a edificação será implantada, atendendo à fórmula CA = ATC/AT.

CA

ATC = Área Total Computável I-

Info: ATC = 1.336 m² AT = 2.415m²

AT = Área do terreno CA = Coeficiente de Aproveitamento Parâmetros [ CA ] Mínimo

0,02

Básico

3,00

Máximo

3,50

Taxa de ocupação é o índice que se obtém dividindo-se a área total da projeção horizontal da edificação pela área do terreno onde a edificação será implantada, conforme fórmula TO = APH x 100/AT. II TO = Taxa de Ocupação APH = Área de Projeção Horizontal da Edificação AT = Área do Terreno Parâmetros [ TO ] Máxima

CA = 1.336 / 2.415 = 0,55 (Atende)

TO Projeto Info: APH Projeto = 638m² AT = 2.415m² TO = APH x 100 / AT = 24,41 % (Atende)

60%

Taxa de permeabilidade é o índice que se obtém dividindo-se a área total permeável pela área do terreno onde a edificação será implantada, conforme fórmula TP Projeto TP = AP x 100/AT. III -

Info: AP = 754m² AT = 2.415m²

TP = Taxa de Permeabilidade AP = Área Permeável AT = Área do Terreno Parâmetros [ TO ]

TP = AP x 100 / AT = 31,22% (Atende)

Mínima

15%

Gabarito é o índice que expressa, através do computo de pavimentos, o número máximo permitido para cada edificação, desconsiderando os pavimentos em subsolo, o pavimento técnico, o terraço-jardim e o pavimento em meio-subsolo cuja IV - face superior da laje não ultrapasse 1,40 m (um metro e quarenta centímetros) a média aritmética da testada do terreno.

Gabarito Projeto 03 Pavimentos (Atende)

Parâmetros [ Gabarito ] Gabarito máximo

12 Pavimentos

Altura da edificação é a distancia vertical entre o ponto mais elevado da fachada principal, excluída a platibanda ou o telhado, o terraço-jardim, casas de máquinas de elevador, barrilete, caixa d’água e para-raio (SPDA), e o plano horizontal que contem Altura da edificação o ponto de cota igual à média aritmética das cotas de nível máximas e mínimas da V - testada do terreno.

12 metros (Atende) Parâmetros [ Altura máxma ] Altura máxima

47 metros

Afastamentos compreendem os recuos obrigatórios da edificação em relação às divisas do lote (afastamentos laterais e de fundos) em relação ao logradouro ou área pública (afastamento frontal) e entre edificações no mesmo lote.

Afastamento frontal = 6m Os afastamentos mínimos frontais para as edificações localizadas no Município de Vila Velha deverão obedecer às seguintes dimensões, com possibilidade de escalonamento: VI -

Afastamento Lat. Direita = 9,40m

Parâmetros [ Afastamento frontal ] Edificações até 08 (oito) pavimentos: afastamento de 3,00 m (três metros). Parâmetros [ Afastamentos laterais e fundo ] para edificações de 03 (três) pavimentos: afastamento lateral e de fundos com abertura de 2,30 m (dois metros e trinta centímetros), afastamento lateral e de fundos sem abertura de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros);

Afastamento Lat. Esquerda = 4.60m

Afastamento fundo = 8,30m


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Para o cálculo de população de um edifício corporativo, o decreto estadual do corpo de bombeiros de número 2423-R identifica edifícios de serviços profissionais como grupo D, dentro da divisão D-1. Com essa classificação é possível realizar o cálculo de população conforme norma técnica 10 do corpo de bombeiros do estado do Espírito Santo, sendo regulamentado o cálculo de 1 (uma) pessoa a cada 7 (sete) metros quadrados de área. De acordo com a norma regulamentadora 24 do guia trabalhista, deve ser considerado para sanitários os seguintes números: 

1 (um) mictório para cada 20 funcionários, para até 100 (cem) funcionários;

1 (um) sanitário para cada 20 funcionários, para até 100 (cem) funcionários;

1 (um) lavatório para cada 10 (dez) funcionários;

4.2. ESTUDO PRELIMINAR 4.2.1. Conceito E Partido O conceito dessa proposta arquitetônica é transmitir através de sua volumetria a desconstrução do modelo de escritórios corporativos tradicionais proposto pelo conceito de coworking. Além disso o conceito das cores da fachada foi concebido com o intuito de representar o pôr do sol local. Para o uso comercial, o edifício foi pensado em atender o público empreendedor que demanda de espaços de trabalho e que acreditam na filosofia dos escritórios compartilhados como forma de potencializar o seu desempenho e crescimento através da troca de conhecimento proporcionada pelo coworking. Além disso, foi pensado na doação de parte do terreno para uso público, com a criação de uma praça que possa ser utilizada de diversas formas, dependendo da demanda da comunidade local. 4.2.2. Projeto De Arquitetura Este projeto foi desenvolvido para a construção de um coworking e sua concepção foi desenvolvida para que ele representasse em seu formato arquitetônico a desconstrução que esse novo modelo de escritório proporciona (figura 23).


36 FIGURA 23 - VOLUMETRIA

FONTE: AUTORAL

Seu volume foi criado a partir de dois blocos retangulares idênticos, conectados por uma pele de vidro inclinada, transmitindo a transparência do coworking (figura 24). FIGURA 24 - VOLUMETRIA

FONTE: AUTORAL

As cores presentes nos brises metálicos remetem as cores do pôr do sol local, trazendo dinâmica para as fachadas.


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4.2.2.1. Sistema Construtivo O principal fator de decisão do sistema construtivo, foi a escolha por pavimentos amplos com plantas no modelo open space. Dito isto, foi escolhido como método construtivo a utilização de estrutura metálica com laje steel deck, vedações internas em drywall, vedações externas em steel frame e fachadas com a presença de pele de vidro e brises metálicos, permitindo a criação de vãos de até 15m de comprimento. Esta definição foi feita a partir da consideração do projeto arquitetônico de um edifício comercial concebido pelo escritório de arquitetura Biselli Katchborian Arquitetos Associados, juntamente com a empresa de estrutura metálica Medabil, e que está sendo construído pela Libercon Engenharia na cidade Vila Velha, Espírito Santo. 4.2.2.2. Implantação O terreno escolhido para implantar o edifício possui uma área de 2.415m². Devido ao fato do terreno possuir frente para as ruas Fortaleza, Belo Horizonte e São Paulo, foi implementado então, o conceito de quadra aberta, criando assim um espaço público para o bairro, conforme figura 25.


38 FIGURA 25 - IMPLANTAÇÃO

Fonte: Autoral

Foi englobado no projeto do coworking, o projeto de um Bar & Café (figura 26 e 27) na praça criada, trazendo assim pessoas do entorno para usufruírem do espaço. Com a utilização dessa praça, vide figura 28 e 29, pelo público externo e pelos próprios usuários do edifício irá trazer uma maior sensação de segurança pelos moradores do entorno, além de valorizar o espaço.


39 FIGURA 26 - BAR / CAFÉ

Fonte: Autoral FIGURA 27 - BAR / CAFÉ

Fonte: Autoral


40 FIGURA 28 - PRAÇA

Fonte: Autoral FIGURA 29 - PRAÇA

Fonte: Autoral

4.2.2.3. Térreo O pavimento térreo (figura 30) foi destinado a um maior adensamento de pessoas trabalhando através das estações de trabalho, vide figura 31, e mesas altas (estações de brainstorm) proporcionando espaços de discussão.


41 FIGURA 30 - TÉRREO

Fonte: Autoral


42 FIGURA 31 - ESTAÇÕES DE TRABALHO

Fonte: Autoral

4.2.3. Primeiro Pavimento O primeiro pavimento (figura 32) é o único que possui ligação por uma passarela entre os dois blocos criados.


43 FIGURA 32 - PRIMEIRO PAVIMENTO

Fonte: Autoral


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Neste pavimento se encontram salas de reunião de diferentes tamanhos, sendo elas cabines de até duas pessoas (figura 33), voltada para pessoas que precisam de um momento de maior concentração ou para uma conversa privada, possui cabines de até quatro pessoas para pequenas reuniões (figura 34), essas cabines possuem televisão para possíveis apresentações de trabalhos e cabines de reuniões e videoconferência de até dez pessoas. FIGURA 33 - CABINES DUPLAS

Fonte: Autoral FIGURA 34 - CABINES PARA 4 PESSOA


45 Fonte: Autoral FIGURA 35 - CABINES PARA VIDEOCONFERÊNCIA

Fonte: Autoral

Neste pavimento também possui as mesas altas para trabalho e brainstorm (figura 36) além de banco voltado para a fachada frontal, aumentando assim, o contato com a área externa. FIGURA 36 - BRAINSTORM

Fonte: Autoral


46 FIGURA 37 - MOBILIÁRIO DE PERMANÊNCIA

Fonte: Autoral

4.2.4. Segundo Pavimento O segundo pavimento (figura 38) foi pensado para estar localizado as áreas técnicas necessárias para o funcionamento do edifício, como área para os equipamentos de ar condicionado, caixa d’água, depósito de material de limpeza. .


47 FIGURA 38 - SEGUNDO PAVIMENTO

Fonte: Autoral


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Além da funcionalidade técnica, esse pavimento possui uma importante função para os usuários do edifício, é nele que foi previsto um ambiente de descompressão, com a presença de mesa de sinuca, futebol de mesa, mesa de disco, no andar possui diversos puffs, sofá e uma rede no átrio voltado para a fachada principal, conforme figuras 39, 40 e 41. Com esse espaço, o usuário consegue ter seu momento de descontração e de convívio com os outros usuários, fortalecendo o conceito do comunidade e colaboração, onde as pessoas estão em primeiro lugar e o espaço auxilia na colaboração involuntária entre os indivíduos FIGURA 39 - ÁREA DE JOGOS

Fonte: Autoral


49 FIGURA 40 - DESCOMPRESSÃO

Fonte: Autoral FIGURA 41 - DESCOMPRESSÃO

Fonte: Autoral


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5. CONCLUSÃO Através do estudo realizado, foi possível compreender o novo conceito que tem sido adotado pela sociedade. O conceito de compartilhamento é uma realidade que vem crescendo a cada dia, porque oferece uma estrutura adequada para que o profissional exerça seu trabalho com um custo baixo se comparado com os escritórios tradicionais, já que além de não ter gastos para equipar um imóvel, o usuário também não tem custos fixos, tais como água, luz, telefone, impostos, limpeza etc. Além do custo reduzido, o coworking é um modelo atrativo por proporcionar ao usuário a possibilidade de criar uma rede de networking que pode agregar valor aos seus negócios, sejam eles profissionais ou pessoais, e por fim é um modelo de ambiente projetado com o objetivo de promover a integração e a criatividade. Nesse contexto, foi desenvolvido o projeto de um edifício comercial de escritórios compartilhados para atender a uma demanda crescente de usuários com perfil predominante de empreendedores e freelancers. Para projetar este edifício, foi necessário realizar uma pesquisa sobre os temas compartilhamento e coworking, buscando compreender a essência deste assunto, a fim de criar algo impactante e benéfico para a região. Baseado nestas pesquisas, foi concebido um projeto em nível de estudo preliminar de um edifício corporativo de uso compartilhado. Sua volumetria desconstruída revestida com vidros e brises metálicos que remetem ao pôr do sol local, buscam causar impacto benéfico no visual da comunidade. Ainda como benefício para a comunidade foi projetado uma grande área externa que poderá ser utilizada para eventos sazonais, feiras livres e outros eventos. Com relação as áreas internas, o projeto foi idealizado com o objetivo de promover a interação e compartilhamento de seus usuários.


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