Esposas das terras altas vol 4 coração de leão

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ELE TINHA MERECIDO. Elizabet levantou uma sobrancelha para ele, impassível com seu descontentamento infantil. "Eu ouvi na primeira vez que você me chamou," ela assegurou-lhe. "Não lhe ocorreu que podia haver uma razão para eu não responder imediatamente?" A confusão dele lentamente transformou-se em compreensão, e seu olhar se dirigiu para o lugar onde ela estava parada e depois para trás dela. De repente ele pareceu perceber o que ele tinha interrompido, e seus olhos se arregalaram. Suas bochechas começaram a ficar vermelhas, e ele rolou para o lado gemendo de dor. "Bem feito!" Ele devia estar tão mortificado quanto ela! "Estou bem," ele disse, rolando para trás em sua direção, segurando o braço dele, e olhando timidamente para ela. Como ele ousava olhar tão acossado quando ela tinha todo o direito de castigá-lo! "É que... Eu vi que você tinha sumido," ele explicou, estremecendo quando tentou levantar-se. "Eu sou uma prisioneira naquele casebre? Eu não posso resolver meus assuntos quando preciso?" ELE APENAS OLHOU PARA ELA, piscando, mas não respondeu. "Bem?" ela insistiu contrariada consigo mesma por notar, mais uma vez, a cor dos olhos dele — o mais profundo azul que ela já tinha visto. "Eu sou sua prisioneira?" Ela exigiu saber. "Não," ele respondeu um pouco de má vontade, segurando o olhar dela. Uma estranha luz brilhava no fundo dos seus olhos.


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