Querido john

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outro. Quando o sol começou sua ascensão do mar no domingo de manhã, me sentei ao lado de Savannah. Seu rosto estava iluminado com o brilho do amanhecer e seu cabelo caía no cobertor. Ela tinha um braço sobre a barriga e o outro acima da cabeça e tudo que eu pude pensar foi que eu gostaria de passar todas as manhãs pro resto da minha vida acordando ao lado dela. Fomos à igreja novamente e Tim estava do seu jeito alegre de sempre, apesar do fato de que nós mal falamos com ele durante toda a semana. Ele me perguntou novamente se eu queria ajudar na casa. Contei à ele que eu estaria partindo na sexta-feira seguinte e portanto, não sabia de quanta ajuda eu poderia ser. "Acho que você está cansando ele," Savannah disse, sorrindo pra Tim. Ele levantou as mãos. "Pelo menos você não pode dizer que eu não tentei." Foi, talvez, a semana mais idílica que eu já passei. Meus sentimentos por Savannah tinham apenas ficado mais fortes, mas a medida que os dias passavam eu comecei a sentir uma ansiedade atormentadora com o quão cedo tudo isso estaria acabado. Sempre que esses sentimentos surgiam, eu tentava afastá-los, mas na noite de domingo, eu mal podia dormir. Em vez disso, eu me remexi na cama, e pensei em Savannah e tentei imaginar como eu poderia ser feliz sabendo que ela estava do outro lado do oceano rodeada de homens, um dos quais parece se sentir exatamente como eu me sinto em relação à ela. *** Quando cheguei na casa na manhã de segunda-feira, não consegui encontrar Savannah. Pedi pra alguém olhar no quarto dela e enfiei minha cabeça em cada banheiro. Ela não estava no deque traseiro ou na praia com os outros. Desci até a praia e perguntei, recebendo, na maior parte das vezes, dar de ombros indiferentes. Algumas pessoas não tinham nem se dado conta de que ela havia ido embora, mas finalmente uma das garotas-Sandy ou Cindy, eu não tinha certeza-apontou para a praia e disse que tinha visto a cabeça dela naquela direção mais ou menos uma hora antes. Eu levei um bom tempo para achá-la. Caminhei pela praia nas duas direções, finalmente vendo o píer perto da praia. Em um palpite, subi as escadas, ouvindo as ondas quebrarem abaixo de mim. Quando vi Savannah, achei que ela tinha vindo ao píer para procurar botos ou observar os surfistas. Ela estava sentada com seu joelhos pra cima, encostada em um pedaço de madeira e foi só quando me aproximei que percebi que ela estava chorando. Eu nunca sabia o que fazer quando vejo uma garota chorando. Honestamente, eu nunca sabia o que fazer quando via qualquer um chorando. Meu pai nunca chorou, ou se chorou, nunca foi na minha presença. E a última vez que eu chorara tinha sido na terceira série, quando caí da casa da árvore e torci meu pulso. Na minha unidade, tinha visto alguns caras chorando e eu geralmente dava tapinhas nas suas costas e depois saia andando, deixando os 'por ques' e 'o que posso fazer' para alguém com mais experiência. Antes que eu pudesse decidir o que fazer, Savannah me viu. Ela rapidamente enxugou seus olhos vermelhos e inchados e eu a ouvi dar algumas fungadas. Sua bolsa, a que eu resgatei do oceano, estava espremida entre suas pernas.


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