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Caldense

Alguém é infeliz por não ter uma Ferrari, um Porsche, ou mesmo um Fusca?

Eu mesmo me respondi: eu não sou triste por isso. Não sei por que, as coisas boas e caras ficam distantes das minhas necessidades e da minha realidade, e até as ignoro. Mas já fiquei muito feliz por ter comprado uma sandália branca da marca Havaianas. Olhei pra ela com uma felicidade infantil, pois o par que eu tinha havia rebentado as tiras dias atrás e eu, tentando consertá-las, ficava triste. Pude constatar que a alegria não nasce de si mesma, mas sim do fim de uma tristeza. Ali pude perceber que, quando tudo está perfeito, a gente pode se tornar enfadonho e triste. A alegria tem a sua hora para acabar, para não se tornar uma tristeza maior. A tristeza nasce da falta de conquistas diárias, da falta de qualquer coisa, como de arrumar uma casa, cortar uma grama, dobrar as roupas, ou de comprar uma Ferrari e ir a Paris. Não é o valor que conta, é o ato.

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Então pude concluir que ser rico pode ser menos feliz do que ser pobre. O despojado tem mais essa nuança, tem mais conquistas diárias, enquanto o rico tem de criar acontecimentos mirabolan- jornal caldense/facebook.com.br www. issuu.com/caldense

WhatsApp: 33 98405-0007 tes para sair da mesmice e se sentir aliviado. Alguns se metem em pular de paraquedas, de pontes altas. Outros querem voar de asa delta, ou praticar rali num deserto, ou se meterem na política para terem o gosto amargo de ser aprovado ou reprovado pela maioria, sendo xingados, humilhados e constrangidos por algum tempo, para, depois de eleitos, voltarem à sua triste vida habitual.

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Há quem busque o sentido da vida criando a dificuldade, buscando a adrenalina, para se sentir feliz depois. O rico que viveu toda a sua vida no luxo, viveu apenas uma pequena parcela da própria vida. O pobre que viveu na miséria absoluta também viveu quase nada do que a vida tem por oferecer. Mas os aventureiros irresponsáveis, ricos ou pobres, despojados, aqueles que buscaram experimentar algo diferente, sem o exagero costumeiro, que pode lhes tirar a vida, esses vivem com problemas e felicidades diárias, e isso lhes dão a sensação de vencedores. Esses, sim, são mais felizes. Então podemos dizer que a felicidade, naqueles que fazem algo para mudar a rotina enfadonha, não tem nada a ver com ser rico ou pobre.

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Diretor: Jornalista José Matias /MTb 10846

Revisor: Tarciso Alves /MTb 8422

Diagramação: José MatiasColaboração voluntária Tarciso Alves,/

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