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Animais peçonhentos

Era de manhã, quando diversas mensagens foram enviadas ao grupo do condomínio Belavista Patamares, em Salvador, Bahia. Uma cobra estava no hall do condomínio quase que camuflada e numa área de passagem. O síndico prontamente entrou em contato com a Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA). “Começou aquela especulação de por onde a cobra entrou, será que é venenosa, o que vamos fazer agora, e um dos moradores informou imediatamente que o caminho era ligar para a COPPA Salvador e solicitar o resgate”, contou Raphael Ferreira, síndico do Belavista Patamares.

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Segundo a bióloga Mariana Nunes, o animal retirado do condomínio se trata de uma jiboia. A espécie se alimenta de pequenos roedores e aves, e pode chegar a mais de dois metros de comprimento. Ao encontrar qualquer animal silvestre deve-se isolar o local e acionar a Polícia Ambiental, através do 190 ou nos contatos do cartão digital. “Os síndicos podem solicitar esse cartão para a equipe do Cadê o Síndico, a gente disponibilizou o arquivo para eles”, informou a Tenente Gracina Silva Farias, chefe do Setor de Educação Ambiental da COPPA.

É importante salientar que existe a lei 9.605/98 que criminaliza, matar, guardar, comercializar ou maltratar animais. O artigo 29 desta lei é bem amplo na conduta. E o artigo 32 fala de maus-tratos, se for cão ou gato a pena é mais severa, a pessoa pode ficar presa de dois a cinco anos e ainda pagar multa.

COMO AGIR?

De acordo com a tenente Gracina, é importante também entender que se o animal estiver em habitat natural deve-se respeitar. “Precisamos aprender a respeitar os animais e compartilhar o ambiente que muitas vezes fomos nós quem ocupamos. Os animais tem funções na natureza que nos ajudam muito, as serpentes por exemplo comem os ratos, os Sarigüês fazem controle de serpentes baratas e outros insetos”, alertou a tenente. Quando a COPPA captura os animais, os entregam no Centro de Triagem de Animais Silvestres - CETAS/ INEMA. “Lá no CETAS os animais são cuidados, reabilitados e se possível são reintroduzidos na natureza. Digo isso pois muitas vezes os animais são vítimas de maus-tratos e chegam a perder membros. E os animais perdem autonomia de viver livres na natureza.”, informa a tenente Gracina.•

Vandilson Alves Engenheiro

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