Brutal #5

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Numero 5 Maio 2018 Distribuição Grátis

Entrevista

LINEAR B / UNBORN GENERATION / MACHINERGY / AMORPHIS / DIABOLICAL MENTAL SATE / ANTHRAX / DIMMU BORGIR / CREMATORY / ANGELUS APARTIDA / DOGMA / LOUDER THAN ALL II


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Numero #4 Abril 2018 Edição Online grátis

Índice: Notícias: Pag 4—Linear B Pag 6—UNBORN GENERATION Pag 7—MACHINERGY Pag 8—MASMORRA FEST Reportagem: Pag 10—LOUDER THAN ALL II Entrevista: Pag 14—AMORPHIS Pag 18—DIABOLICAL MENTAL STATE Review: Pag 26—ANTHRAX Pag 27—DIMMU BORGIR Pag 28—CREMATORY Pag 29—ANGELUS APATRIDA Biografia: Pag30—DOGMA

Editorial. A publicação da BRUTAL Music Magazine, neste numero 5 podemos ler a entrevista exclusiva a AMORPHIS e Diabolical Mental State, o Report da Festa de aniversário da SFTD Radio , mais noticias e reportagens serão esperadas nas proximas edições. Esta edição conta com a colaboração de Margarida Salgado, reporter do Som do Rock de Miguel Ribeiro, Paula Antunes colaboradores da Hintf WebZine. Ficha Técnica: Propriedade : Som do Rock Administração: Paulo Teixeira. Data: Maio 2018 Edição online Grátis. Redação/paginação/tratamento conteudos: Paulo Teixeira

Conteudos: Som do Rock Hintf WebZine Entrevistas/reviews/reportagens Paulo Teixeira Margarida Salgado Cátia Godinho Paula Antunes Miguel Ribeiro Contactos: geral@somdorock.pt

Foto de Capa: Foto Oficial da banda Capa: Amorphis Fotos aniversário SFTD: Hugo Rebelo Restantes fotos: Internet/Facebook Os conteudos podem ser usados para divulgação emqualuqer meio desde que mencionem os direitos de autor e tenham acesso ao original. Pag 3


LINEAR B REVELAM NOVO SINGLE E EDITAM ÁLBUM DE ESTREIA

Surgiram com estrondo, espantando Portugal com “Que Solidão”, single de estreia do primeiro álbum da banda luso-brasileira. E agora? Agora os Linear B regressam com “Meu Litoral”, tema poderoso que promete abanar as fundações do Rock, e editam o primeiro registo: “Plural”! Um ano depois da criação do projeto Linear B, um trio de músicos de excelência complementado por uma voz com tanto de doce quanto de garra, surgem dez temas originais num álbum, já disponível no Spotify, Google Play, Deezer e Rhodes Store com o selo da Music For All. Para muito em breve estão previstos vários concertos em Portugal. Os Linear B são uma banda de Pop/Rock, com fortes influências de Bossa Nova, Música Popular Brasileira Pag 4

(MPB), Reggae e Jazz, formada em 2017 pelo guitarrista Marcos Sá. A seu lado, o músico luso-brasileiro tem Edu Dias (bateria), Sidney Klautau (baixo) e Paula Mel (voz). Tudo começou na cabeça de Marcos Sá. Com várias ideias em mente, Marcos entra em contacto com Sidney desafiando-o para um novo projeto musical. De seguida, estende o convite a Edu Dias, outro músico de excelência e também ele amigo de longa data. Formado o trio de músicos, faltava apenas…a voz. E essa Marcos encontrou-a ao seu lado, na companheira com quem partilha a vida: Paula Mel. Apesar de não ter experiência na música, Paula encontra aqui o desafio


certo na hora certa e abraça-o com toda a força. Mas conheçamos melhor os membros dos Linear B. Marcos Sá é guitarrista, compositor, arranjador e produtor, já tendo atuado um pouco por toda a Europa em festivais internacionais.

Daquelas que marcam. Das que nunca se esquecem. Das que nos acompanham desde sempre. Em casa teve excelentes referências musicais e cresceu ouvindo Pink Floyd, Led Zeppelin, U2 ou mestres brasileiros como Gilberto Gil e Caetano Veloso. Sempre gostou de cantar mas Enquanto produtor, trabalhou em estúdios nunca o fez profissionalmente. na Suíça, Holanda, França e Brasil, Nunca…até agora, que integra os Linear tocando diversos instrumentos (guitarra, B. baixo, percussão, teclados, entre outros). Depois de uma pausa na carreira para Juntos os quatro músicos criaram dez estudos universitários, regressa em 2006 faixas que, sabemos agora, vão integrar o com “The First Way”, álbum da banda primeiro álbum da banda. Com vários brasileira The Ways (esse mesmo disco ritmos e sonoridades, este é um registo seria considerado um dos três melhores que espelha os tempos multiculturais que vivemos. Depois de se terem mudado do ano pela imprensa especializada). para Portugal em meados de 2017, os Por motivos pessoais e profissionais, fez Linear B enfrentam mais um desafio: então uma nova pausa na carreira, editar o primeiro disco. Apresentaram-se voltando apenas em 2017 ao criar os com o single “Que Solidão” revelando Linear B. Já Sidney Klautau tem um agora o poderoso “Meu Litoral”. percurso diferente. Baixista e compositor brasileiro, dedicou boa parte da carreira 02.06 | Auditório LEAP, Amoreiras – ao Rock e a grandes projetos Rock Lisboa, 21h, 5€ brasileiros, nomeadamente DNA, Jolly Joker, Alibi de Orfeu, The Ways (com 08.06 | Showcase FNAC Vasco da Gama, Marcos Sá) e ainda à Orquestra de 21h30, Entrada Gratuita Violoncelistas da Amazónia, com quem realizou uma extensa digressão na China, 23.06 | EKA Palace, Lisboa, 21h, 5€ e ao trio de contrabaixos elétricos 4 Groove, com quem atuou por duas vezes 29.06 | Showcase FNAC Almada, 22h, no Festival de Contrabaixo da Amazónia. Entrada Gratuita Edu Dias é baterista e percussionista, versado em ritmos tão díspares quanto Reggae, Forró, Rock, Jazz, Pop, Samba, Blues, entre outros. Ao longo da carreira tocou com artistas como Eloi Iglesias e Markinho Duran, tendo integrado a banda The Ways, com Marcos Sá, com quem se volta a cruzar para formar os Linear B. E quanto a Paula Mel? Bom, aí o caso é diferente. Paula tem uma paixão profunda pela música.

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início." afirma o baixo e letrista Arto.

Unborn Generation lançam o seu primeiro single “Shadow” do próximo álbum ”Vøid”

A banda está a lançar seu próximo álbum full-length intitulado “Void” em 15 de junho de 2018 por meio da etiqueta Inverse Records. A atmosfera deste álbum é mais escura do que antes, incluindo 13 canções de Moer 'n' Roll mais sujo. "Sim, é um álbum bastante mais negro que anterior. Embora eu teria preferido tivesse ainda mais baixo e percursão." diz Herkko. "Vamos até ás profundezas escuras em busca da verdade. O conceito era claro desde o

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O álbum “Void” é o primeiro lançamento com nova formação. Unborn Generation tem sido um trio desde de 2017, quando o vocalista de longa data da banda Bonzo e Herkko Huttunen tem vindo a fazer todo o trabalho desde então.


MACHINERGY Lançam EP "Sangre y Matanza" Os MACHINERGY acabam de lançar um novo trabalho. Depois das capas preta, azul e verde, chegou agora a vez da capa... vermelha!

música é como um rolo compressor, semelhante a um tanque. "Sangre" é a consequência dessa chacina, do domínio dos senhores da guerra, da opressão dos povos."

"Sangre y Matanza" é o título do novo EP de MACHINERGY, "Temos sempre algumas coisas comuns nos nossos lançamentos: uma cor de capa diferente e um objecto power trio oriundo de Arruda dos Vinhos, Portugal. relacionado com música. Na capa, temos um canhão de um tanque a disparar. Na contracapa, temos a mesma imagem mas transformada num disco de vinil. Temos também o 4.º instrumental! 4 lançamentos, 4 instrumentais! Gostamos destes pormenores, ajudam a banda a criar a sua própria identidade." Os MACHINERGY lançaram até ao momento, dois álbuns de estúdio, "Rhythmotion" [2010] e "Sounds Evolution" [2014], o EP "Rhythm Between Sounds" [2012] e o single "I Don't Care" (Ramones) [2015]. *** Ficha Técnica EP *** MACHINERGY "Sangre y Matanza" EP 2018 1. Matanza 04:13 Constituído por dois novos temas – "Matanza" e o instrumental "Sangre" –, este trabalho de MXN vem depois 2. Sangre (instrumental) 02:52 do álbum de 2014, "Sounds Evolution". Edição de Autor (Digital) © + ® A sonoridade apresentada em 2018, enquadra-se na linha Música por MACHINERGY Letra "Matanza" por Rui Vieira habitual da banda, uma mistura de thrash com death Artwork por Helder Rodrigues metal e dentro da identidade da banda mas procurando Foto por Pedro Almeida sempre algo novo e diferente. Produzido por MACHINERGY Misturado e Masterizado por Paulo Vieira "Estas músicas são uma forma de MACHINERGY dizer "presente" na cena metálica. O último álbum é de 2014 e MXN 2018 sentimos que era altura de voltar às edições originais.", afirma Rui Vieira, vocalista e guitarrista de MACHINERGY. Rui Vieira: Guitarra e Voz Helder Rodrigues: Bateria Mais algumas palavras de Rui... Nuno Mariano: Baixo "Matanza" é um hino à guerra e à maldade humana. A Pag 7


Masmorra Fest, a realizar no dia 9 de Junho, no Another Place (Almada). Este ano com um cartaz muito interessante onde se encontram já confirmados os nomes de: - Filii Nigrantium Infernalium - Balmog - Marthyrium - Perpetratör - Summon - Archaic Tomb Em breve a organização irá divulgar outras atividades que estarão ao dispor durante o evento. Chamamos a atenção para: - Filii Nigrantium Infernalium Apresentação do novo álbum Hóstia (lançado pela Osmose Prod.) - Perpetratör - 2º concerto de sempre, e o único para a apresentação do grande álbum que saiu este ano "Altered Beast", pela Caverna Abismal Rec. - Summon - 1º concerto de sempre, para a apresentação do álbum de estreia lançado pela Iron Bonehead agora em Abril. - Archaic Tomb - 1º concerto de sempre, para a apresentação do EP de estreia lançado pela Caligari Records em Janeiro deste ano. - Balmog e Marthyrium - duas bandas espanholas de black metal, que apesar de se moverem no universo underground, têm feito sensação nos mercados internacioanis devido à sua qualidade inegável. Nunca tocaram em Lisboa ou em Almada. Compra de Bilhetes: - Email: caverna.abismal@gmail.com - Bandcamp: https://cavernaabismal.bandcamp.com/ - Lojas físicas: Glamorama Rockshop, Bunker Store, Carbono Amadora, ROCK 'N' RAW estúdios

MASMORRA FEST - 9 Junho 2018



Mal as portas do RCA club tinham aberto e já se encontravam algumas caras conhecidas à entrada para festejar o 7º aniversário da SFTD radio. O arranque das festividades do Louder Than All - Episode II deu-se por volta das 21:15h com os lisboetas Impera a subir ao palco com seu melodic /groovy/ progressive metal numa sala já algo composta. Apesar de estarem a “competir” com o horário do “derby sagrado” a decorrer nas redondezas, os Impera mostraram a sua garra e energia contagiante estimulando o público que retribuiu o entusiasmo havendo até algum mosh. A banda que anunciou recentemente a saída do seu guitarrista Frederico Chaves apresentou-se em palco com David Alves (ex-Adamantine) mantendo assim o seu poder sonoro. Inner Blast foi a banda que se seguiu com o seu gothic metal numa sala já mais preenchida. Numa atuação bastante coesa, a voz incontornável de Liliana e o impacto visual “de encantamento” ao qual já nos habituaram, esta banda mostrou uma vez mais a razão pela qual têm cada vez mais seguidores, numa sala mais tranquila, mas mais atenta, onde foi notória a satisfação dos presentes no final da prestação. A banda portuense Blame Zeus arrancou a todo o gás, apanhando o público desprevenido que ainda se encontrava, na sua maioria no Pag 10


exterior. Mas à medida que a extraordinária voz de Sandra Oliveira ia debitando os temas, a plateia ia crescendo e rendendo-se à excelente prestação da banda. Como bónus tivemos ainda a oportunidade de ouvir pela primeira vez tocado ao vivo o novo tema Déjà Vu. Mantendo o nível de qualidade desta festa vieram de seguida os Primal Attack determinados a agitar as hostes e a “mexer a sala”. Apesar de um ligeiro problema (rapidamente resolvido com a guitarra de Miguel Tereso ) foi sem dúvida um objetivo alcançado com sucesso através de uma performance intensa e implacável terminando com Nuno Santos a ser levado no crowd surfing em Strike Back. Dando oportunidade ao público de recuperar o fôlego, quase toda a team SFTD subiu ao palco para que na pessoa do Nuno Santos, responsável pelo projeto, se pudessem efetuar os devidos agradecimentos pelo apoio dado ao longo destes 7 anos de existência e convidar os presentes a provar uma fatia do seu bolo de aniversário. Childrain subiram ao palco para encerrar as comemorações. A banda de thrash metal espanhola mostrou toda a sua competência e dedicação tanto na visualização em palco com uma luminosidade incrível, como na sonoridade brutal. Não obstante a audiência já demonstrava sinais de cansaço e apesar do interesse não se mostrou tão participativa. E foi assim que chegamos ao fim desta festa de amigos, com amigos e para amigos. Foi com esta sensação que entrámos e foi com a mesma reforçada com que saímos. Uma alegria partilhada entre caras familiares pertencentes à mesma “tribo”. Um ponto extremamente positivo além da disponibilidade e simpatia do staff SFTD foi o som que manteve um registo exemplar em todos os concertos. Long live SFTD radio! Texto de Margarida Salgado e Fotos de Hugo Rebelo


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Entrevista

A propósito do novo lançamento de Amorphis, Queen Of Time, a Hintf Webzine esteve à conversa com Santeri Kallio, que nos falou sobre o novo trabalho, o regresso de Olli-Pekka Laine à banda e fez uma abordagem à evolução da banda ao longo dos seus 28 anos de carreira, passagem por Portugal e gravação do seu último videoclip.

para o estúdio e o prazo para o álbum é definido de acordo com isso. Primeiro de tudo, pedimos ao nosso letrista para criar um balde cheio de histórias, para usarmos no nosso 13º álbum. Nós também sabíamos que trabalharíamos com Jens Bogren novamente.Cerca de seis meses antes do processo se iniciar, começamos a trazer músicas para cima da mesa. Tenho que admitir que ajudou um pouco saber com que tipo de produtor iríamos trabalhar. Também o facto de o Under The Red Cloud ser tão popular entre os nossos fãs, colocou-nos um pouco mais de pressão para fazer um álbum brilhante. No geral, havia apenas uma sensação de que tinhamos de lançar um monte de composições interessantes e frescas para ultrapassar o sucesso de Under the Red Cloud.

Hintf: Obrigada por responderes a esta entrevista, é uma honra falar contigo, sou fã de Amorphis desde os anos 90. 28 anos depois de tudo começar, aqui estão de regresso com um novo álbum pronto a ser lançado. Queen Of Time sai a 18 de Maio, como tiveram a ideia para este novo Hintf: Soa mais pesado do que os trabalhos anteriores e introduz alguns álbum? elementos novos, como orquestrações e Nós não planeamos verdadeiramente coros, mas ainda com a "essência de álbuns. Apenas sabemos quando vamos Amorphis", com belas melodias e Pag 12


elementos folk. Concordas com isso?

naturalmente das nossas cooperações anteriores, por exemplo Chriegel já apareceu Sim, Amorphis nos últimos anos tem trazido em Under The Red Cloud, com grandes novas dimensões para a música a partir de resultados e trabalhamos com Anneke num uma abordagem mais pesada. Parte disso deve concerto especial em Helsinquia há dois anos. -se ao facto de que estivemos em tour e tocamos muitas coisas antigas, como a tour dos 20 anos do Tales From the Thousand Hintf: Jens Bogren, que produziu Under The Lakes, e assim por diante. Tomi Joutsen Red Cloud também produziu este novo também está muito interessado em procurar álbum, como é trabalhar com ele, novas abordagens do lado mais pesado da voz. mencionaste que ele é como um sétimo Também o fato de Jens Bogren ter estado membro da banda ... presente, torna a música mais pesada. Ele gosta de coisas agressivas e growling. Nós Bem, ele tem autoridade para usar as suas temos muitos álbuns no catálogo com um tipo habilidades de produção e visão na nossa pilha de sonoridade hard rockfish e vibrações mais de músicas. Ele cria uma visão sobre o som melódicas, então eu diria que esta é uma geral e trata dos músicos convidados. Ele dimensão muito bem vinda para explorar neste também decide quais músicas são levadas ponto da nossa carreira. para o processo e como elas são apresentadas.Sétimo membro de Amorphis é Hintf: Quais tópicos são mencionados neste uma espécie de afirmação exagerada, mas trabalho, gostarias de falar sobre eles? depois de um longo e exaustivo processo com óptimos resultados, é natural de se dizer. E é Bem, as músicas são sobre sociedades em claro que gostamos de gritar aos sete ventos extinção e como elas se formam novamente a que ele não se limitou a misturar o álbum como partir de pequenas coisas. Tudo é frágil como o alguns produtores tendem a fazer. conhecemos. Tudo isto é feito naturalmente de Definitivamente, havia sete pessoas a trabalhar uma maneira muito metafórica ao estilo de neste projeto, todos com o mesmo objetivo. Amorphis. As histórias variam entre procurar a Jens teve o papel de produtor para o som geral verdade, ir na direção errada e o círculo da e a coleção de faixas, e os membros da banda vida. tiveram a responsabilidade e papel de trazer os blocos de construção para este projeto. Hintf: Vocês trabalharam com alguns Tudo o resto foi mais ou menos coordenado convidados como Anneke Van Giersbergen, pelo produtor. Jens também tratou de organizar como foi a experiência e quem são alguns a maioria dos músicos convidados. Isso, dos outros convidados? principalmente, porque ele tem boas relações com esses músicos profissionais e pode Há alguns convidados no álbum. Chiegel garantir que eles irão trazer profissionalismo Glanzmann nas flautas, Jørgen Munkeby no para a mesa, com um risco mínimo. saxofone, Albert Kuvezin faz o canto de garganta na faixa de abertura. Os coros que entram em algumas faixas são feitos por Noa Hintf: Também Olli-Pekka Laine está de volta Gruman e o seu coro e assim por diante. Bem, à banda depois de 18 anos ... Como é tê-lo nós sempre gostamos de usar músicos de volta? convidados com instrumentos reais para trazer alguns sons orientais e autênticos para cima da É ótimo. É pura sorte para a banda recuperar mesa. É muito mais interessante do que usar um membro original, um grande baixista, teclados ou abordagens digitais. Este processo compositor, com boa performance de palco dos convidados foi coordenado por Jens neste tipo de situação. Não poderíamos estar Bogren. Algumas ideias de convidados vieram mais felizes. Oppu é uma pessoa relaxada e Pag 13


nós nunca tivemos ressentimentos nas vezes em que ele se demitiu de Amorphis. Então ele foi uma escolha muito natural para pedir para se juntar à banda. Tivemos muita sorte e mal podemos esperar para sair em tour com esta nova formação.

Tens de perguntar ao nosso agente de reservas europeu. Nós adoraríamos se Portugal fosse incluído na tour. Espero que seja incluído na primeira etapa. Por outro lado, eu vejo o álbum Queen of Time tão forte, vamos provavelmente fazer uma segunda etapa em algum momento, Hintf: Ele será um membro permanente por isso Portugueses não entrem em Pânico, novamente? não vi nenhuma data europeia ainda. Então vamos fazer figas. Nós certamente esperamos que sim. Só o tempo o irá dizer. De momento, da nossa Hintf: Vocês tocaram aqui no verão passado perspectiva, ele é. Mas no final é uma decisão no festival Laurus Nobilis Music Famalicão , dele querer continuar em tour no futuro. têm boas lembranças desse concerto? Hintf: Queen Of Time, porquê esse título? Havia alguns títulos em cima da mesa. Queen Of Time representa o conceito geral e a atmosfera muito bem. Também se encaixa na arte que Valnoir criou para nós. A capa estava pronta antes de chegarmos a um título, por isso ajudou um bocadinho a criar o título de Queen Of Time. Hintf: Tens uma música favorita no álbum? Isso varia muito. Todas as vezes que me sento no carro e ouço o álbum, a música pode ser diferente de ontem. Eu acho que todas as músicas do álbum são muito boas e é muito difícil dizer qual é a minha favorita, elas são muito diferentes.The Heart Of The Giant está no topo de momento, porque eu adoro a dinâmica na parte do meio com o coro, e o solo que eu e Esa fazemos um após o outro. Esse é um momento matador! Hintf: Podemos esperar uma tour de apoio ao novo lançamento este verão? Vamos começar a tour mundial de Queen of Time com a temporada de festivais. Logo depois disso, faremos a tour USA / Canada e depois faremos uma tour pela Finlândia. A tour europeia está agendada para a primavera de 2019. Ainda não há nenhuma data exacta. Mas haverá algumas com certeza! Hintf: Planeiam tocar aqui em Portugal? Pag 14

Onde? Não me lembro de nada sobre isso. Ah sim, é verdade, lembro-me de antes da chegada ao festival nós termos jantado num sítio oriental muito agradável, um restaurante pequeno adorável. Tive uma boa conversa com o nosso motorista português e até tive a oportunidade de provar um pouco de vinho do porto, algo que eu normalmente não faço antes do festival. Também tivemos pela primeira vez (estivemos no Porto poucas vezes ao longo dos anos) uma boa oportunidade para visitar o Porto. E é uma cidade linda. Eu também me lembro da localização do festival, e foi um belo pit de metal. Ótimos tempos! Hintf: Vocês lançaram um videoclip para a música Wrong Direction, têm alguma história interessante / divertida para contar do making of? Não há nada de engraçado em fazer vídeos, haha. É trabalho duro. Bem, o engraçado foi que Tomi Joutsen esteve quatro dias no norte da Noruega na neve, mas eventualmente o realizador decidiu não usar os seus takes devido a razões contextuais. Eu achei isso meio engraçado, certo? Mas, de qualquer maneira, o vídeo ficou ótimo com essas belas fotos de paisagem conduzidas por drones. E o nosso letrista fez uma performance infernal rastejando na neve em direção à montanha, procurando a “direção certa” da verdade. Hintf: Durante estes 28 anos o vosso som evoluiu gradualmente, para o futuro


podemos esperar uma continuação dessa evolução ou talvez como algumas bandas fazem em algum momento da sua carreira, vocês irão revisitar os velhos tempos e voltar a um som ao estilo de Tales From The Thousand Lakes?

dizer. Nem todos os fãs gostaram, mas tinha que ser feito da perspectiva dos músicos. E se nos divertimos! Ok, não deu muito certo, mesmo que de vez em quando nos lembremos dessas experiências com amor verdadeiro, haha. Depois que Tomi Joutsen se juntou à banda, estivemos mais concentrados em construir a nossa carreira lançando álbuns mais coerentes, apoiados por muitas tours. No passado, há seis a sete anos, também adicionamos arranjos mais complexos à música, e trouxemos mais contribuições pessoais para as músicas. Devo dizer que nunca foi planeado assim, acabou por acontecer. Provavelmente porque todos evoluiram tanto como músicos nestes anos de trabalho duro. Além disso, as nossas ambições pessoais são hoje altamente apoiadas por todos e até pelo produtor, então não é preciso ter tanto cuidado ao colocar algumas coisas loucas e experimentais na música. Estamos muito orgulhosos de como a musicalidade se desenvolveu na banda nos últimos anos, então por que diabos não deixar as pessoas ouvirem isso nos álbuns.

Eu não faço ideia. Claro que como banda podes sempre voltar atrás no tempo e refazer a tua juventude novamente.Podes certamente tentar, é muito difícil dizer se o farás com sucesso. As probabilidades são de que não o conseguirás, eu diria que as pessoas mudam quando envelhecem e não serão mais a mesma pessoa de todo - então é realmente possível voltar no tempo? Eu não sei, muitos tentaram e falharam na maior parte. Ok, vamos colocar desta forma, nós com certeza mudaremos muito no futuro, também é totalmente possível tentar uma abordagem muito underground, como por exemplo gravar um álbum muito rapidamente sem nenhuma camada ou overdubbing .. como live-shot . Nós meio que fizemos a abordagem no estúdio sem nenhum truque com o álbum de aniversário Magic & Mayhem, mas foi apenas uma rápida tentativa. Neste ponto, é impossível dar uma resposta absoluta sobre o Hintf: Não tenho mais perguntas, gostarias futuro, as nossas mentes estão agora muito de deixar uma mensagem para os nossos focadas no Queen Of Time e no que Amorphis leitores? é agora, em 2018. Saudações do norte, Portugal. Espero ver-vos Hintf: Como sentem que foi a vossa em breve! Não se esqueçam de ouvir a nossa evolução pessoal como músicos e também nova obra prima “Queen of Time”, no dia 18 de como banda durante todos estes anos? Maio! Nos tempos depois de Tounela, Am Universum Texto Por: Lígia Ferreira e Far From The Sun, tivemos momentos Fotos Facebook bastante experimentais e inspiradores,devo


Entrevista a Diabolical Mental State

Nascidos em 2011 inicialmente como Dimensions onde desenvolveram os primeiros temas, nessa altura partem também para os palcos tugas onde espalham os seus primeiros momentos de estalada e metalada live...m/ Estão no Som do Rock em entrevista exclusiva. SR: Como começaram os DMS? Apache Neto: Os DMS começam em 2011. Na realidade foi o Diogo Matias, o Fernando e o Jonny Barbosa que começaram esta banda e depois como faltava

um baixista, o Cangas que é um amigo em comum lembrou-se de mim e juntou-nos. Ouvi as malhas do Jonny e fiquei apaixonado. Muitas horas de ensaios no Nirvana Studios depois, muitas horas mesmo… (tínhamos lá uma boxe ) fizemos uma “ pseudo-maquete caseira” e tentámos marcar uns concertos. Demos um concerto ou dois e quando a coisa estava a ficar mais séria, o Diogo Matias e o guitarrista que estava na altura na guitarra rítmica de um momento para o outro decidiram abandonar o projeto, por motivos pessoais. Ficámos um bocado desorientados e tivemos de procurar uma solução. Nesta fase a banda ainda se chamava Dimensions. Para a guitarra foi fácil


de resolver. Já conhecia o mano Isaac há bué anos, foi só dar uma apitadela e acho que ele nem pensou duas vezes, disse-me logo que sim. Apresentou um vídeo para se candidatar e testar a brincadeira e provou que merecia o lugar e ficou. A bateria estava mais difícil, “é o fim do mundo, é o fim do mundo, ninguém consegue tocar isto “dizíamos. Metemos uns anúncios e tal e ainda apareceu pessoal bacano e boa onda, mas ninguém conseguia estar na vibe que a gente queria. E de repente apareceu o Rafinha muito puto, caracolinhos, a começar ainda, com 19 aninhos… chegou lá ao Emídio, no Almada Studios onde ensaiávamos e o sacana tocou logo ali um tema dos mais difíceis e nós pensamos “o puto tem mesmo boa onda, quer aprender, não tem vícios, está a estudar música… é isto.” Aliás é o único músico da banda e o que continua até hoje a estudar. O Rafael acabou por salvar a banda, que é mesmo assim, foi a chave final que faltava e fizemos uma tour espetacular com cerca de 50 concertos.

Pedro Isaac Ribeiro: Houve ali um processo de estagnação da parte de todos. Não estávamos a evoluir, não estávamos a criar música nova, não estávamos a trabalhar para que isto crescesse mais um bocadinho. E depois houve várias coisas que aconteceram. O acidente do Fernando custou-nos um bocado porque ele ficou mesmo mal e ele não conseguiu recuperar ou ficou com um estado de espírito… ele próprio pensava que não iria recuperar a 100% e via-se nele… ele ficou mesmo mal a todos os níveis, mesmo. E em seguida houve mais uma sucessão de eventos e stresses pessoais com todos nós e a banda parou. Até que chegou a um ponto em que falamos com o Fernando e perguntámos o que é que ele queria fazer, nós queríamos continuar.

Apache Neto: Foi quando houve a entrada dos novos membros. O Fernando sugeriu-nos um plano B e nós avançamos para o João Paulo Saraiva. Era amigo da banda e fã, já tinha atuado connosco e é amigo de infância Pedro Isaac Ribeiro: E agora passado 7 anos do Rafa. DMS é uma banda em que não ver o que ele cresceu como músico e como gostamos muito de trazer pessoal de fora à toa, pessoa e o que aprendemos com ele, o que ele isto é família. nos ensinou… tem sido uma jornada brutal. Pedro Isaac Ribeiro: Isto foi para aí em Rafael Santos: Eu vim estudar jazz para Setembo, Outubro e em Dezembro Lisboa e nunca tinha ouvido jazz. o Jonny também optou por sair. Disse-nos que estava um bocado saturado do mundo da Pedro Isaac Ribeiro: Vê lá tu o maluco. música e que tinha uns problemas pessoais. Apache Neto: E eu que estudei jazz 3 anos e Apache Neto: Ele e a guitarra estavam fugi. Eu queria era metal! zangados, uma cena mesmo do Jonny, pessoal. Mas estamos todos bem. Há três SR: Como passaram para Diabolical Mental músicas do álbum que ainda são da altura State? do Jonny e esta é a nossa forma de dizermos também que ninguém está zangado, são cenas Apache Neto: Quando abandonaram o projeto, pessoais que acontecem, é a vida. Seguiu eu e o Jonny ficamos tão fodidos que entramos outro caminho e está a tocar baixo numa banda num estado mental diabólico, queríamos matar que também é família. pessoas. E o Jonny lembrou-se e sugeriu Diabolical Mental State, que era uma SR: E apesar disso vocês continuaram a cena muito forte, apesar de ter 3 nomes. Mas querer dar seguimento ao álbum novo? depois lembramo-nos, DMS, o pessoal abrevia a coisa e tal, começamos a entrar na onda e Apache Neto: Aquela ambição. Já tínhamos ficou. Era o estado de espírito. trabalho feito para trás, tínhamos pessoas novas. O Saraiva quando começou a ensaiar SR: Depois lançaram o EP, Basic Social com a gente trouxe uma vida nova logo à Control, fizeram a tour e entraram em hiato. banda. O que é que aconteceu? João Paulo Saraiva: Ele literalmente


encostou-me logo à parede.

Apache Neto: E sem dúvida alguma que o novo vocalista ainda ajudou mais a que isso Apache Neto: Quem me conhece sabe que tudo acontecesse. comigo é ou não é e a gente chegamos lá puxamos por ele e ele deu. E ele chegou lá e SR: Mas o álbum já estava pensado assim rebentou. Era mesmo que estávamos a inicialmente? precisar, um líder a puxar por nós. O Fernando era um dos melhores frontman da Apache Neto: Sim, sim. O álbum começou a tuga, (e não é por ter sido de DMS) e ocupar o ser pensado ainda com o Fernando até. Hoje lugar do Fernando é muito difícil. Aquela estamos a filmar o vídeo para o single do novo atitude, aquela maneira de estar no palco, álbum e esta música é ainda do tempo do Jonny e do Fernando. E a penúltima vez aquela energia, era inabalável. que tocamos ao vivo tocamos este tema para João Paulo Saraiva: Era para isso que ele testar. Não é com a mesma letra, aliás na altura trabalhava. Ele queria dar tudo lá em cima. a letra nem estava acabada, era uma “pseudoletra”. Termos mudado de line-up, não foi nossa Apache Neto: O Saraiva felizmente também escolha, aconteceu. Este álbum acabou por ser veio nesse espírito e acredito que ainda vá dar composto por nós os seis. Letras, música, um bocadinho mais. É mais novo, não tem métricas, tudo. Há coisas do passado, há ainda problemas graves na vida, não tem coisas misturadas com o passado e o presente filhos… vai dar tudo. A gente vai apertar com e há coisas que são só do presente. ele para isso. E foi assim que ganhamos nova vida. O Jonny infelizmente já não teve João Paulo Saraiva: Basicamente vai ser pau oportunidade de trabalhar com ele, foi quando no cú deles. se deu o breakdown. E foi assim. Mas fomos sempre compondo e acabamos de compor o álbum assim, separados, mas juntos uns em Lisboa outros em Leiria. Ensaiamos de vez em quando. Umas vezes vamos nós a Leiria outras vêm eles cá. Isto não é para quem quer, não é para quem pode é para quem aguenta. Pedro Isaac Ribeiro: E o Saraiva mostrou vontade de estar connosco e acima de tudo de trabalhar… que é algo comum nesta banda. Apache Neto: E é uma mais valia. Um dos objetivos deste álbum era darmos um passo em frente, abranger mais estilos. Nós somos metaleiros de raiz, de gema, mas não somos só metaleiros. O Rafael estuda jazz, o Saraivatambém tem a banda de covers dele onde tocam outras coisas, eu e o Isaac temos outras influências de rock e decidimos explorar mais isto um bocadinho. Com todo o respeito pelos outros álbuns, não queríamos fazer “mais SR: E consegue-se notar no álbum essa alteração do line-up? um álbum de thrash”. João Paulo Saraiva: Aqui nesta banda nota-se mesmo na composição que não há uma etiqueta de ”isto é thrashou isto é hardcore “, não, é apenas música boa que dá para curtir e a malta se divertir.

Apache Neto: Notas e não notas. A primeira vez que ouves é capaz de te soar um bocado estranho porque cada tema sugere cenas diferentes, mas há sempre coisas em comum que é a sonoridade de DMS, o gingar de DMS, o groove de DMS, a atitude


meio chunga e brincalhona de DMS. O primeiro EP foi todo pensado pelo Jonny em termos de riffs de guitarra. O Rafa e o Isaac quando entraram para a banda ajudaram a terminar o tema DMS Crew (agora Diabolical Crew) e já é um bocadinho diferente porque já é com eles. E agora volta a acontecer esse bocadinho novo, mas é DMS. Arriscámos um bocadinho mais. É um álbum thrash-metal- diabolical- mentalstate.

versátil e tens coisas que ouves no novo trabalho que ficas na dúvida dos dois, mas depois acrescenta o lado dele e exploramos uns bocadinhos quase cantados em algumas músicas. Uns bocadinhos, não é emocore, não vendemos a alma ao Diabo. Este álbum tem mais guitarras, mais exploração de voz, o Rafael aqui também participou mais e tecnicamente tem mais brincadeiras. Tem uma intro especial de guitarra e tem um bónus track que tem de se comprar o disco e ouvir e que desafio a ouvir porque está uma João Paulo Saraiva: Quando temos um maluqueira. Temos o amigo Moreira a fazer baterista a estudar jazz não é possível termos magia num baixo de seis cordas. Também cenas “quadradonas”. temos os coros, que chamamos um pessoal amigo para mandar uns berros. Este álbum no Apache Neto: A gente também gosta de cenas fundo é de todos. “quadradonas”, mas ritmicamente que é a minha cena e a doRafael, nós gostamos de SR: Entre músicas também vão surgir avacalhar um bocadinho. E este álbum também aquelas “dicas” como no EP? vai ter umas brincadeiras rítmicas à semelhança do outro. Apache Neto: Sim, sim. Pelo menos 3 temas. Alias o tema que estamos a gravar o vídeo, que Pedro Isaac Ribeiro: Este álbum tem mais é o Home Invasion, que fala da media e das cenas nossas também, mais pessoais. redes sociais e aquelas cenas todas com que O EP baseava-se na critica social e tínhamos o as bandas e as pessoas são bombardeadas e tema Diabolical Crew que era a nossa história nós quisemos brincar um bocadinho com isso. e uma homenagem aos fans. Este está fifty / E no meio do tema ele manda uma dica, uma fifty talvez. critica aos media e aos políticos, a critica social. SR: Que sonoridade se destaca mais do SR: Como correu a gravação do vídeo para álbum? o single? Apache Neto: As guitarras. Aqui o mano Isaac fez um excelente trabalho. O EP tinha bons solos, mas contidos e nos sítios certos e no álbum decidimos dar tudo. E ele como ficou sozinho a gravar o disco teve de ser dois Isaac. Por um lado, ainda bem, porque eu conheço-o muito bem e sei que ele trabalha melhor debaixo de pressão e meti na cabeça que iria apertar mais com ele do que com qualquer um. Pedro Isaac Ribeiro: Eu já trabalhei com bué pessoas e o Neto em termos de produção e ideias ele sabe o que te está a dizer. Ele não te diz as cenas só por pirraça. E isso é bom para um gajo como eu que tem milhões de ideias na minha cabeça e ritmos. E depois também com as ideias do Rafa que participou bastante.

João Paulo Saraiva: Ontem correu comigo a deitar-me à 1:30h com uma grande cabeçada. Mas foi excelente porque o tempo estava bom e fizemos as cenas lá fora e bué pessoal aderiu à cena e a família, foi um dia top e hoje igual. Pedro Isaac Ribeiro: Para mim foram dois dias muitos especiais porque houve uma altura em que pensava se isto iria ou não iria para a frente e o vídeo foi o culminar. Sempre tivemos bué ideias e esta foi para a frente e ficou espetacular. Não só pelas pessoas que aderiram de quem gostamos e que gostam de nós, pelo momento que se viveu e por esta ideia arrojada aqui do Neto que é brutal. Ele quando me falou nisto há 3 meses fiquei parado a olhar para ele.

Apache Neto: Eu tenho tipo visões. Acho que é Apache Neto: E a voz do Saraiva, sem a parte do Apache, do índio. desprimor ao Fernando, tem uma cena mais


João Paulo Saraiva: Tipo o Neto hoje a sair da casa de banho de roupão com uma toalha na cabeça a vir ter connosco “tive agora uma ideia para o vídeo…”. todos a olhar para ele e a dizer “não é má ideia” e foi uma das cenas em que acabei por entrar e fui logo preparar o cenário. Foi tomar banho e teve uma ideia daquelas.

frente. DMS machine. E agora o Gonçalo Assunção, o novo guitarrista que não pode estar presente por motivos pessoais, mas que já está na banda e entrou a 100%, já está a participar e já gravou o videoclip connosco e que é mesmo 5 estrelas. Tivemos dezenas de respostas à procura de guitarrista, mas depois dos vídeos todos tivemos de reduzir a coisa e houve 3 ou 4 pessoas que se destacaram e o Gonçalo destacou-se mesmo logo. Vimos o primeiro vídeo e ele colocou logo a fasquia bué alta. E depois também foi o único que cumpriu o prazo dos dois vídeos. Mandou primeiro Long way down tocada na ginja com o solo fodido do Jonny… Nem estávamos à espera disso, mas ele percebeu qual era o lugar que iria ocupar sem ninguém lhe dizer.

Apache Neto: Eu sou músico há 22 anos e nunca tinha feito um videoclip. Eu trabalhei com Dr. Salazar quase 15 anos, ajudei a fundar a banda e nos 15 minutos em que saí fizeram um vídeo em que não entrei. Já tinha feito tudo menos gravar um vídeo. E tanto o Vinny que gravou e completou a minha visão maluca e as minhas ideias, o Patrício e a Lara que são os personagens principais foram excelentes. Recomendo a toda a gente. João Paulo Saraiva: Ele parece que já está na Às 9h da manhã eu já estava a levantar-me banda há bué.

com a obsessão da banda, mas o Vinny também já estava a mandar mensagem com um excerto do que poderia ser o vídeo com o que tinha sido filmado no primeiro dia. Mas obviamente que se não fossem as pessoas eu seria apenas um índio maluco com uma visão. O Rafael completa as minhas ideias, o Isaacsuporta as minhas ideias e o Saraiva manda as minhas ideias para a

Pedro Isaac Ribeiro: Excelente pessoa, um excelente guitarrista é um gajo que já conhecia a banda o que é muito importante e conhecia já as músicas e tem aquele à vontade que é próprio da banda. Apache Neto: Sobretudo o que nunca nos levou a desistir aos 3 era o sairmos e as pessoas perguntarem-nos pela banda e pelo


álbum novo e depois a entrada do Saraiva… era impossível desistir. Eu próprio pensei em desistir quando o Jonny disse que ia abandonar. Sem desprimorar ninguém eu costumava brincar com o Jonny sobre ele ser o braço direito e eu ser o esquerdo de DMS por eu ser canhoto e ele destro. Só não desisti porque eles os dois não me deixaram. Eu via a motivação deles de querer continuar a fazer coisas. Acreditavam na minha maluqueira, só eu é que já não estava a acreditar. Depois quando o Saraiva entra foi aquele brilho nos olhos… fizemos um ensaio e fiquei “ wow, este gajo está a abafar o PA” … E agora este fim de semana para o vídeo toda a gente que veio de vários sítios e todos os que não puderam vir, amigos músicos porque estavam a tocar, mas que nos têm apoiado… é mágico, é uma cena brutal!

oficial. SR: Como se chama o álbum? Apache Neto: Depois do EP, Basic Social Control vem agora o Diabolical World. SR: Já há data prevista de saída?

Apache Neto: Datas ainda não há. O disco já está todo gravado, faltam apenas dois convidados, mas fizemos agora uma pausa porque estamos com o Hugo Andrade e a Ultrasound Studios Moita e como houve o Moita Metal Fest eles não conseguem fazer tudo ao mesmo tempo. Já tínhamos feito lá o EP e o Hugo também participou bué, trabalha connosco desde o inicio, conhece a banda, sugere cenas, há outras que amua e não nos deixa fazer, porque às vezes a pessoa está tão SR: E data para o vídeo sair cá para fora, já lunática na visão dela que é preciso alguém dizer: espera que essa aí já é mesmo passar há? para o outro lado. E ele conhece-nos muito Apache Neto: Nós estamos a pensar em bem e percebe do que está a fazer e isso lançar dois vídeos cá para fora antes do álbum. transmite-nos confiança. Um é este que estivemos a filmar agora e o segundo também já está na calha que é de um Rafael Santos: Ficou a faltar o Nuno tema chamado Children of the Tides que é Pardal desta vez. uma homenagem às bandas, mas não só a todos os que se desafiam a si próprios, um Apache Neto: É verdade, o Nuno Pardal dá bocado dedicado à malta mais radical que sempre aquela mística à coisa. A seguir é desafia a sociedade. Quem ouvir a letra vai misturar e masterizar que nós ainda não pensar que a letra é sobre o mar e sobre quem decidimos porque felizmente agora no MMF e o desafia o mar, mas na realidade é uma encontrar pessoal houve duas pessoas que se analogia. O primeiro vídeo deverá estar cá fora ofereçam para o fazer e nós vamos agarrar dentro de um mês, mês e meio. Falta misturar e num tema, entregar a cada um e aquele masterizar o tema e depois é mandar cá para gostarmos mais fica connosco para concluir. fora. Nós também estamos com essa fome e Isso vai interferir com a data. A outra questão é que DMS não tem editora, sempre foi “do it sentimos que devemos isto às pessoas. yourself”. Mas temos alguns apoios, do Hell Xis, da Mosher, SFTD… Nós acabamos por SR: E concertos? não ter editora, mas termos muita gente que Apache Neto: Neste momento, concretas nos apoia e o que vamos fazer desta vez que temos dia 09/06 Hell Of A Weekend 2018, não fizemos da outra é quando o disco estiver da Hell- Xis, no RCA. Para além disso o que masterizado enviar para vários sítios e ver se está projetado é fazermos tour quando sair o aparece alguém interessado e se a proposta álbum de Norte a Sul do país. Como isto nos interessar entrarmos em acordo. Se por é underground e é real, se surgir oportunidades acaso formos nós, até é capaz de vir a ser mais de tocar, com a fome de palco que estamos e rápido. Mas a data está dependente deste como estamos praticamente prontos, se calhar processo. Estamos a tentar melhorar o até tocamos algumas vezes antes, só não nosso logo também e a tratar de novo merch. tocamos o álbum todo. Vamos tocando as que Queremos fazer studio report. No EP fiz eu e forem saindo dos vídeos. Temos mais duas desta vez queremos ter mais cuidado e pedir a datas marcadas, mas ainda falta a informação alguém para nos ajudar. O artista gráfico da


capa irá ser o mesmo. Será o nosso “Diabolical man” na mesma, mas também evoluiu. Afinal já estamos a ficar velhos e vamos aprendendo algumas coisas pelo caminho. DMS fez 7 anos este mês, escolhemos o dia 01, mas não há um dia específico e por isso este ano comemoramos neste fim de semana em que estamos a fazer o vídeo. SR: O que poderemos esperar do álbum? Um upgrade de DMS? João Paulo Saraiva: Acho que é mesmo pau no cú. Apache Neto: Epá, eu acho que a critica vai dizer mal. Eu sinto que arrisquei. Eu dei tudo, eles deram tudo, demos tudo o que nos é possível fazer ao vivo. Ao vivo não podemos aldrabar algumas cenas e também não é do nosso espírito e da nossa cultura. O Saraiva quase que canta em alguns bocados, o Isaac faz solos que vai desde Santana a Megadeth… tem influências de todos os estilos. As guitarras fomos buscar de acústicas a 6 cordas… é bué 90’s. Queremos trazer esse espírito. São 9 músicas, ou seja, uma intro, 7 músicas DMS e o bónus. É 90’s com a frescura de DMS, o metal/thrash/chunga do bairro.

acho que conseguimos misturar uma salganhada a soar a DMS. Mas a gente acredita que quem gosta de nós vai gostar. Quem gosta de nós gosta de música. SR: Mensagem que gostariam de transmitir ao público como banda? Apache Neto: Eu criei aquela expressão “stay true, stay diabolical” que é muito importante para mim. Lealdade não é apenas uma palavra é um conceito muito forte. Tens que vive-lo, senti-lo, respira-lo. Diabolical Mental State é o estarmos revoltados com o mundo que não entende essa magia. A lealdade, a arte pela arte, a brotherwood, a amizade verdadeira. Gostarmos uns dos outros sem interesses. O que interessa no fim é perguntarmos uns aos outros: Estás feliz? E tu também? E tu? E estarmos todos bem.

Pedro Isaac Ribeiro: A nossa mensagem é simples e complexa ao mesmo tempo. A simplicidade da nossa mensagem é desfruta a música, Nós nunca fomos pessoas de cobranças, nós gostamos das pessoas, as pessoas gostam de nós, estão connosco e não pedimos nada que não possam dar, DMS sempre foi uma banda verdadeira. Aquilo que tu vês é o que nós somos, seja com quem for. Há pessoas que gostam, há as que não gostam Pedro Isaac Ribeiro: Fomos buscar um e nós respeitamos isso. E sentimos um respeito bocado aquele espírito dos 90’s. Aquela e um privilégio enorme das pessoas virem essência. assistir e acompanharem-nos. E uma felicidade enorme de podermos estar em palco e fazer o Apache Neto: Não é só agressividade. Tem que gostamos. agressividade quando tem de ter porque é DMS, nós somos diabólicos. João Paulo Saraiva: A nossa mensagem é nua e crua, está à frente de toda a gente. Pedro Isaac Ribeiro: Mas também explorar os Somos nós, é o nosso mundo é o músicos que temos. O Rafa que é um baterista álbum Diabolical World que é o mundo de extraordinário que consegue tocar de tudo e todos nós um pouco. A nossa visão. também explorar a nossa vertente de músicos. E sim, para mim é um upgrade enorme. Rafael Santos: E queremos espalhar isso pelo maior número de pessoas possível. Ao vivo. E Apache Neto: Eu oiço vários novos álbuns de acho que vamos conseguir transmitir isso e varias bandas e de estilos diferentes e gosto muito mais e que essas pessoas consigam um bocadinho de tudo e penso porque é que sentir e refletir isso. Quantas mais, melhor. hei de fazer só naquela cena, naquela prateleira? Porque é que eu não posso misturar Texto: Margarida Salgado um bocadinho de tudo na minha música? Então o álbum tem isso e é disso que tenho um Fotos: Facebook da banda bocado de medo, que a malta oiça e diga que está um bocado salganhada, mas também



Banda: Anthrax Titulo: “Kings Among Scotland” Editora: Nuclear Blast Records Data de Lançamento: 27.Abril.2018

o tradicional CD e a opção vinil de 12” com CD. “Cabaret de la Guillotine” vai vingar por variadas razões, entre elas o sugestivo título do álbum que desde logo avisa o festim musical que decorre ao longo dos 52 minutos, também pela sugestiva capa, apelativa e impactante, e acima de tudo a qualidade musical que se soube estruturar em 10 faixas. Cada faixa apresenta-se como o prego que segura esta guilhotina, cada uma por si desempenha um papel crucial e não se consegue conceber este álbum sem uma ou outra música; o encadeamento rítmico e as violentas investidas dos riffs reforçam uma espinha dorsal feita de thrash metal rápido e síncrono, acrescentam-se novos elementos de groove que enfatizam a maleabilidade vocal incansável que nos atira refrões duros e imperativos. É fácil de perceber com temas como ‘The Hum’, que caramba é colante ao nosso cérebro musical, o porquê do carinho e relevância que os Angelus Apatrida têm conseguido reunir ao longo dos seus 18 anos de existência. ‘Downfall Of The Nation’ é soberbo, e mesmo para céticos de fusões, as reminiscências fundidas de uns Slipknot ou Sepultura são evidentes e marca este tema uma certa diferença nos restantes do álbum. Saliente-se ainda a velocidade cruzeiro em que é executado o tema ‘One Of Us’ e que acentua paradoxalmente a linha melódica de todo este registo. Melhor mesmo é darmo-nos o prazer de ouvir, preferencialmente bem alto, este “Cabaret de la Guillotine” e o resultado final será sem dúvida de satisfação e esqueleto bem ginasticado; vai ser tarefa árdua ficar quieto(a) ao ouvir este disco!

Contando já com uma carreira recheada de edições discográficas e muitas atuações ao vivo, e dentre elas algumas em palcos portugueses, os espanhóis Angelus Apatrida que atingem este ano a sua maioridade musical J (18 anos), trazem novas músicas propiciantes a continuados bailaricos de heavy thrash metal. É precisamente com este frenesim musical que se fica logo na escuta dos segundos iniciais do seu ainda por lançar, “Cabaret de la Guillotine”, o vindouro sétimo álbum de longa duração na sua discografia. Será também um excelente presente para o Pontuação: 9,2/10 Dia da Mãe – sim porque isto de sermos fãs de Metal de qualidade não é epíteto do Por: Paula Antunes género masculino…, lançando a sua internacional editora Century Media Records no próximo dia 4 de Maio, em duas versões,


Banda: Dimmu Borgir Titulo: “Eonian” Editora: Nuclear Blast Records Data de Lançamento: 04.Maio.2018

intemporais. Ao longo dos 10 temas escolhidos para integrar este disco, há um fio condutor que leva o ouvinte a aditivar-se à composição musical de “Eonian” e que nos prende, ainda que de inicio um pouco cepticamente, e tal como sugere o tema de abertura ‘The Unveiling’, este é apenas o levante da ponta do véu sob o qual se revela uma bem arquitetada parede sonora, assente em ritmos que transcendem o terreno e se elevam a celestiais, permeando o intenso fulgor musical por entre letras obscuras e carregadas de espiritualidade. É inegável o facto que qualquer ouvinte mais conhecedor da obra musical de Dimmu Borgir não esteja esperançado de em qualquer momento desta cadência rítmica ouvir um irrompante acréscimo de velocidade dos riffs de guitarra que rasguem a melodia proposta ou que uma voz divinalmente limpa surja a entoar o refrão; na falta deste ímpeto há o equilíbrio conseguido em ‘The Empyrean Phoenix’ cujos tremolo pickings conseguem ressaltar e ecoar na nossa mente. Em ‘Lightbringer’ somos ofertados com uma cornucópia musical cheia de volúpia e audácia, com os sintetizadores a provocar uma ambiência de êxtase com sádicas camadas de anticlímax. “Eonian” é um disco de redenção, onde os seguidores antigos se voltam a unir com a sua banda de referência e onde os recémchegados se sentirão confortados e contemporaneamente encaixados, ainda com o brinde de terem em mão uma nova Caixa de Pandora; é inevitável a sensação de se querer voltar atrás até 1995/6 e querer redescobrir com mente aberta álbuns pioneiros como “For All Tid” e “Stormblast” e perceber a evolução e caminho percorridos por Shagrath e seus parceiros.

Percursores da vertente sinfónica do género maldito mas tão bem amado Black Metal, os noruegueses Dimmu Borgir estão de volta às edições discográficas com um novo álbum de originais e que reforça a sua capacidade artística enquanto criativos e a sua capacidade de adaptação a uma nova era, não só como consequência das alterações pelas quais a banda passou na última década, mas também a capacidade de redenção para com o seu público mais acérrimo. “Eonian” é o título do seu 10º álbum e que marca também um novo capítulo na sua carreira musical, a inclusão frontal dos novos elementos do estilo sinfónico, não somente conseguidos por meio do uso de sintetizadores mas também pela constante vocalização de coros de orquestra e que Pontuação: 8,7/10 conferem uma maior magnitude a este disco Por: Paula Antunes e tornam as suas melodias épicas e

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Banda: Crematory Titulo: “Oblivion” Editora: Steamhammer Data de Lançamento: 13.Abril.2018

gótico que se cruza e expande a novos horizontes de melodias mais arrastadas, sem pressas ou limites de tempo e acelerando por vias do industrial, enchendo-se de fôlego e novo ímpeto musical numa direção com tendências estagnantes. Áparte a construção melódica deste álbum que se faz de camadas densas de emoções pessoais que reverberam pelos acordes fervilhantes das guitarras ou de uma linha de baixo grave mas serena, pontuam as cambiantes vocais, numa maturação vocal entre voz limpa e sussurrante e imperativos growls que despoletam a sensação de segurança e conforto com o que já conhecemos de trabalhos prévios. Se em ‘Ghost of the Past’ temos a catarse inicial da descolagem de experiências passadas, musicada de forma vigorosa, enérgica e contemporaneamente industrial, temos em ‘Stay With Me’ a doce balada que reconforta e comporta a vertente melódica com a assinatura bem vincada de Crematory de anos de 1997/1999 (Act Seven / Awake). Há magia neste disco, há um voltar às origens habilmente reinventado, com novos elementos fundindo a agressividade dos riffs industriais com samplers atmosféricos e que cadenciam ambiências dinâmicas e bons hits de radio e pistas alternativas. Para quem gostar de várias opções físicas há ainda disponível a edição em duplo vinil com CD. Um excelente registo para este primeiro semestre de 2018 e a possibilidade de voltarmos a ter Crematory pujantes num palco perto de nós.

27 anos de carreira, 13 álbuns de originais e muitas e variadas outras edições após, o coletivo alemão Crematory está de volta e chegam desta feita com uma nova cartada na manga, para gáudio dos seus seguidores de sempre. “Oblivion” é o seu mais recente trabalho, o 14º álbum de originais que lançado com o selo da editora Steamhammer na supersticiante 6ª feira 13 de Abril, pontua no céu de estrelinhas musicais como uma nova e brilhante luz no já longo caminho destes Pontuação: 8,7/10 praticantes de metal gótico melódico. Por: Paula Antunes “Oblivion” não será um álbum a cair no esquecimento, muito pelo contrário, das 13 faixas inclusas que se escutam em ritmados 53 minutos, todas elas falam ou neste caso sonorizam a carreira solidamente construída, percorrendo a estrada do metal


Banda: Angelus Apatrida Titulo: “Cabaret de la Guillotine” Editora: Century Media Records Data de Lançamento: 04.Maio.2018

o tradicional CD e a opção vinil de 12” com CD. “Cabaret de la Guillotine” vai vingar por variadas razões, entre elas o sugestivo título do álbum que desde logo avisa o festim musical que decorre ao longo dos 52 minutos, também pela sugestiva capa, apelativa e impactante, e acima de tudo a qualidade musical que se soube estruturar em 10 faixas. Cada faixa apresenta-se como o prego que segura esta guilhotina, cada uma por si desempenha um papel crucial e não se consegue conceber este álbum sem uma ou outra música; o encadeamento rítmico e as violentas investidas dos riffs reforçam uma espinha dorsal feita de thrash metal rápido e síncrono, acrescentam-se novos elementos de groove que enfatizam a maleabilidade vocal incansável que nos atira refrões duros e imperativos. É fácil de perceber com temas como ‘The Hum’, que caramba é colante ao nosso cérebro musical, o porquê do carinho e relevância que os Angelus Apatrida têm conseguido reunir ao longo dos seus 18 anos de existência. ‘Downfall Of The Nation’ é soberbo, e mesmo para céticos de fusões, as reminiscências fundidas de uns Slipknot ou Sepultura são evidentes e marca este tema uma certa diferença nos restantes do álbum. Saliente-se ainda a velocidade cruzeiro em que é executado o tema ‘One Of Us’ e que acentua paradoxalmente a linha melódica de todo este registo. Melhor mesmo é darmo-nos o prazer de ouvir, preferencialmente bem alto, este “Cabaret de la Guillotine” e o resultado final será sem dúvida de satisfação e esqueleto bem ginasticado; vai ser tarefa árdua ficar quieto(a) ao ouvir este disco!

Contando já com uma carreira recheada de edições discográficas e muitas atuações ao vivo, e dentre elas algumas em palcos portugueses, os espanhóis Angelus Apatrida que atingem este ano a sua maioridade musical J (18 anos), trazem novas músicas propiciantes a continuados bailaricos de heavy thrash metal. É precisamente com este frenesim musical que se fica logo na escuta dos segundos iniciais do seu ainda por lançar, “Cabaret de la Guillotine”, o vindouro sétimo álbum de longa duração na sua discografia. Será também um excelente presente para o Pontuação: 9,2/10 Dia da Mãe – sim porque isto de sermos fãs de Metal de qualidade não é epíteto do Por: Paula Antunes género masculino…, lançando a sua internacional editora Century Media Records no próximo dia 4 de Maio, em duas versões,


Biografia

Os Dogma formaram-se em Novembro de 1996 e desde os seus primórdios a banda defendeu cantar em português, num género que podemos definir na sua génese como Gothic/ Doom Metal, mas sempre dispostos a abraçar um variado leque de influências musicais. O emprego da metáfora está implícito em todas as letras de Dogma deixando a interpretação da viagem lírica ao encargo de quem a queira assumir sendo que o caos e a tristeza serão sempre o destino final. Os Dogma mostram o pior mundo acompanhado de um som de esperança e agressividade, nunca deixando de expressar o desprezo pelo imposto e pelas instituições que impõem. O sarcasmo está presente quando a oposição ambiciona aquilo a que se opõe, os Dogma tentam transportar esse sentimento quando se fazem acompanhar para dentro do abismo dos seus temas. Entre Novembro e Dezembro de 1997, é gravada a primeira demo com 6 temas originais com o singular título “Weltschmerz”.

A partir daqui os Dogma dão início a um périplo de concertos que os levará a salas como o Marquês da Sé Rock Club, Ritz Club, Bar Rookie e a festivais como o Extremo Open Air, Festival de Musica Moderna de Sobral de Monte Agraço, Festival Maio Jovem de Altura e diversas edições do Festival Tocabrir. Entre Junho e Agosto de 2000 gravam o seu 1.º EP, intitulado “Último Grito”. Em 2001 os Dogma foram selecionados para participar na coletânea “Tocabrir 2001”. Em 2002, a banda grava o seu 2.º EP, “Memorial à Obsessão Pela Dor”. No ano de 2003, e após diversas mudanças de alinhamento, os últimos elementos fundadores que ainda restavam decidem tomar um novo rumo musical e os Dogma dão por terminada a sua existência.


Mas quis o destino, que os Dogma não ficassem apenas na memória de alguns, e em Outubro de 2014, quatro dos seus antigos elementos, Luís Possante (Guitarra), Isabel Cristina (Voz), Miguel Sampaio (Baixo) e Gonçalo Nascimento (Voz), decidem fazem renascer das cinzas os Dogma, voltando de novo aos ensaios, recuperando os primeiros temas da banda, com o intuito de regravar os mesmos em álbum. Por forma a completar o alinhamento da banda, passam a fazer parte da mesma, Rui Nunes (Bateria) aos quais se juntará mais tarde, em 2017, João Marques (Guitarra). Apesar de improvável o nosso regresso, foi com naturalidade que as ideias rejuvenesceram e possibilitaram a gravação dos temas que tinham sido criados na nossa demo “Weltschmerz”, e de outros que não entraram nesse trabalho, mas que lhe eram contemporâneos.

Os Dogma são: Isabel Cristina (Insaniae/Dogma) – voz Gonçalo Nascimento (Dogma) – voz Miguel Sampaio (Dogma) - baixo Luís Possante (Anonymvs/Insaniae/Dogma) guitarra Rui Nunes (FullMoonChild/Incognita/Dogma) bateria João Marques – (Anonymvs/Primite Reason/ Gilbert’s Feed Band/Dogma) - guitarra

Discografia: Weltschmerz (Demo) – 1997 Último Grito (EP) – 2000 Memorial à Obsessão pela Dor (EP) – 2002 Reditum (Álbum) - 2017

Nasce assim em 2017 o álbum. Sejam bem- Contactos: vindos ao “Reditum”. https://www.facebook.com/DogmaPt dogmaptband@gmail.com



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