Brasil Rotário - Abril de 2007

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Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil. Attila Szücs

CAPA 05 Mensagem do Presidente William B. Boyd 06 Paige chega ao Brasil 08 A Família Rotária Alberto Bittencourt

09 Atitude amistosa e amizade Carlos Enrique Speroni

10 À espera de um convite Ramah Kudaimi

12 Vale a pena esperar Tiffany Woods

14 Síndrome pós-poliomielite

O PARQUE Nacional de Arches: desafios impostos pela natureza ao visitantes são compensados pelo cenário magnífico

José Domingos Zanco

Pág.

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18 Simpatia do casal Boyd cativa os brasileiros Isaltino Bezerra e Nuno Virgílio Neto

23 A Amazônia começa no IRB de Belém Fernando Quintella Ribeiro

28 Auto-suficiência em hemoderivados Isaltino Bezerra

FELIZ EM nosso país, Paige, ainda no aeroporto de Guarulhos, faz um contato com a sua mãe Debbie, em De Forest, no Wisconsin Pág.

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31 Onde há justiça não há pobreza Charles B. Holland Sérgio Afonso

32 Viva uma aventura em Salt Lake City Janice Chambers

40 Os 5 Browns 41 William Gates Sr. é atração em Salt Lake City 42 Fanáticos por festa 64 Rotary também é beleza

SEÇÕES 04 27 46 47 48 49 59 60 63

Rotarianos que são notícia Interact e Rotaract Coluna do chairman da FR ● Os 50 mais Livros Informe do RI aos rotarianos Distritos em revista Senhoras em ação Novos Companheiros Paul Harris Relax

NA ENTREVISTA transmitida ao vivo pela internet, o EGD Carlos Henrique Fróes, vice-presidente jurídico da Cooperativa que edita esta revista, fez a tradução simultânea para o inglês das perguntas formuladas pelo companheiro Roberto Flávio. Ao lado, Roberto Petis Fernandes, DRI Carlos Speroni, governador do distrito Waldir Nunes Ribeiro e o DERI Themístocles Pinho. Pág. Capa: Foto de Nick Sokoloff, The Rotarian

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ROTARY INTERNATIONAL ONE ROTARY CENTER

CONSELHO DIRETOR 2006-2007 PRESIDENTE

William B. Boyd PRESIDENTE-ELEITO 2007-08

Wilfrid J. Wilkinson VICE-PRESIDENTE

Jerry L. Hall TESOUREIRO

Frank N. Goldberg DIRETORES

Anthony F. de St. Dalmas Barry Rassin Carlos E. Speroni Donald L. Mebus Horst Heiner Hellge Ian H. S. Riseley Kjell-Åke Åkesson Kwang Tae Kim Masanobu Shigeta Michael K. McGovern Noraseth Pathmanand Örsçelik Balkan Raffaele Pallotta d’Acquapendente Robert A. Stuart, Jr. Yoshimasa Watanabe

CURADORES DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA, 2006-07 CHAIRMAN

Luis Vicente Giay CHAIRMAN-ELEITO

Bhichai Rattakul VICE-CHAIRMAN

Mark Daniel Maloney

1560 SHERMAN AVENUE

EVANSTON, ILLINOIS, USA

GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL 2006-2007 DISTRITO 4310 José Domingos Zanco Rotary Club de Americana-Integração, SP

DISTRITO 4600 Marco Antonio Toledo Piza Rotary Club de Aparecida, SP

DISTRITO 4390 Carlos Fernandes de Melo Filho Rotary Club de Aracaju-Norte, SE

DISTRITO 4610 Clóvis Tharcísio Prada Rotary Club de São Paulo-República, SP

DISTRITO 4410 Pedro Carlos Sabadini Rotary Club de Colatina-São Silvano, ES

DISTRITO 4620 Valter Zamur Rotary Club de Sorocaba-Manchester, SP

DISTRITO 4420 Marcelo Demétrio Haick Rotary Club de Santos-Praia, SP

DISTRITO 4630 Maria da Penha Oliveira Surjus Rotary Club de Paranavaí-Moema, PR

DISTRITO 4430 Paulo Eduardo de Barros Fonseca Rotary Club de São Paulo-Liberdade, SP

DISTRITO 4640 Dalva Figueiredo dos Santos Rigoni Rotary Club de Cascavel-União, PR

DISTRITO 4440 Adão Alonço dos Reis Rotary Club de Várzea Grande-Centro, MT

DISTRITO 4650 Sergio dos Santos Correa Rotary Club de Herman Blumenau, SC

DISTRITO 4470 Gener Silva Rotary Club de Araçatuba-Oeste, SP

DISTRITO 4651 Eloir André Kuser Rotary Club de Araranguá, SC

DISTRITO 4480 Beninho Dalto Rotary Club de Catanduva, SP

DISTRITO 4660 Jayme Maia Pereira Rotary Club de Santa Maria-Sul, RS

DISTRITO 4490 Júlio Jorge D’Albuquerque Lóssio Rotary Club de Fortaleza-Meireles, CE

DISTRITO 4670 Ana Glenda Viezzer Brussius Rotary Club de Canela, RS

DISTRITO 4500 José Jorge Indrusiak da Rosa Rotary Club de João Pessoa, PB

DISTRITO 4680 Antonio Carlos Pereira de Souza Rotary Club de Porto Alegre, RS

DISTRITO 4510 Alonso Campoi Padilha Jr. Rotary Club de Bauru-Norte, SP

DISTRITO 4700 Eronilde Ribeiro Rotary Club de Passo Fundo-Norte, RS

DISTRITO 4520 Domingos Souto Rotary Club de Belo Horizonte-Cidade Jardim, MG

DISTRITO 4710 Oswaldo Aparecido Favaro Rotary Club de Bela Vista do Paraíso, PR

DISTRITO 4530 Luiz Gustavo Kuster Prado Rotary Club de Brasília-Lago Norte, DF

DISTRITO 4720 Adélio Mendes dos Santos Rotary Club de Ananindeua, PA

DISTRITO 4540 Nivaldo Donizete Alves Rotary Club de Franca-Imperador, SP

DISTRITO 4730 Paulo Augusto Zanardi Rotary Club de Curitiba-III Milênio, PR

DISTRITO 4550 Iracy Pereira Santos Rotary Club de Guanambi, BA

DISTRITO 4740 Clara Frida Pereira Rotary Club de Otacílio Costa, SC

DISTRITO 4560 Huáscar Soares Gomide Rotary Club de Itaúna-Cidade Universitária, MG

DISTRITO 4750 Joel Rodrigues Teixeira Rotary Club de Niterói-Pendotiba, RJ

DISTRITO 4570 Waldir Nunes Ribeiro Rotary Club de Nilópolis, RJ

DISTRITO 4760 Adauto Mansur Arabe Rotary Club de Belo Horizonte-Santo Agostinho, MG

DISTRITO 4580 José Eduardo Medeiros Rotary Club de Juiz de Fora, MG

DISTRITO 4770 Johannes Alphonsus Maria Kasbergen Rotary Club de Uberaba, MG

DISTRITO 4590 Anthony Kasenda Rotary Club de Atibaia, SP

DISTRITO 4780 Antonio Planella Rotary Club de Livramento, RS

CURADORES

Carolyn E. Jones Dong Kurn Lee Glenn E. Estess, Sr. Jayantilal K. Chande Jonathan B. Majiyagbe K.R. Ravindran Michael W. Abdalla Peter Bundgaard Robert S. Scott Ron D. Burton Rudolf Hörndler Sakuji Tanaka

ÉTICA 2

Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais elevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil

ABRIL DE 2007


Ano 82 Abril, 2007 nº 1018

Leia

Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário CNPJ 33.266.784/0001-53

I

Inscrição Municipal 00.883.425

CARO LEITOR LEITOR,

Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria Rio de Janeiro – RJ I Tel: (21) 2509-8142 / FAX: (21) 2509-8130 E-mail: revista@brasil-rotario.com.br

CONSELHO EMÉRITO Archimedes Theodoro (Belo Horizonte-MG) EDRI 1980-82 Mário de Oliveira Antonino (Recife-PE) EDRI 1985-87 Gerson Gonçalves (Londrina-PR) EDRI 1993-95 José Alfredo Pretoni (São Paulo-SP) EDRI 1995-97 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2005-07 Diretoria Executiva Presidente: Roberto Petis Fernandes Vice-Presidente de Operações: Jorge Costa de Barros Franco Vice-Presidente de Administração: Guilherme Arinos Lima Verde de Barroso Franco Vice-Presidente de Finanças: José Maria Meneses dos Santos Vice-Presidente de Planejamento/ Controle: Ricardo Vieira L. M. Gondim Vice-Presidente de Marketing: José Alves Fortes Vice-Presidente de Relações Institucionais: Carlos Jerônimo da Silva Gueiros Vice-Presidente Jurídico: Carlos Henrique de Carvalho Fróes Membros Efetivos: Adelia Antonieta Villas Américo Matheus Florentino Antonio Hallage Fernando A. Quintella Ribeiro Fernando A. P. Magnus Flávio A. Queiroga Mendlovitz José Moutinho Duarte Membros Suplentes: Bemvindo Augusto Dias Pedro Maes Castellain Gerente Executivo: Edson Avellar da Silva ASSESSORES Abel Mendes Pinheiro Júnior Ary Pinto Dâmaso (Publicidade) Cleofas Paes de Santiago (CER) Edson Schettine de Aguiar (Cultural) Eduardo Álvares de S. Soares (Sul) Enrique Ramon Perez Irueta (Traduções) Geraldo Lopes de Oliveira (Especial) Jorge Bragança (Sudeste) José Augusto Bezerra (Nordeste) Valério Figueiredo R. de Souza (Nordeste) Waldenir de Bragança

Hipólito Sérgio Ferreira (Belo Horizonte-MG) EDRI 1999-01 Alceu Antimo Vezozzo (Curitiba-PR) EDRI 2001-03 Luiz Coelho de Oliveira (Limeira-SP) EDRI 2003-05 Carlos Enrique Speroni (Buenos Aires-Argentina) DRI 2005-07

CONSELHO FISCAL 2006-2007 Membros Efetivos: Jorge Manuel R. Monteiro (Coordenador do CF) Antônio Vilardo (Secretário) Haroldo Bezerra da Cunha Membros Suplentes: Dulce Grünewald Lopes de Oliveira Geraldo da Conceição CONSELHO CONSULTIVO Membros Natos Efetivos: Governadores 2006-07 Suplentes: Governadores eleitos 2007-08 CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO Presidente: Roberto Petis Fernandes Secretário: Edson Avellar da Silva Membros: Lindoval de Oliveira Nuno Virgílio Neto Luiz Renato Dantas Coutinho CONSELHO EDITORIAL CONSULTIVO ● Roberto Petis Fernandes ● Carlos Henrique de Carvalho Fróes ● Carlos Jerônimo da Silva Gueiros ● Guilherme Arinos Lima Verde de Barroso Franco ● Jorge Costa de Barros Franco ● José Alves Fortes ● José Maria Meneses dos Santos ● Ricardo Vieira L. M. Gondim COBRANÇA Para agilizar a comunicação com o Departamento de Cobrança, queiram utilizar o seguinte e-mail: cobranca@brasil-rotario.com.br

DIRETOR RESPONSÁVEL: Roberto Petis Fernandes EDITOR: Lindoval de Oliveira - Jorn. Prof. Mtb. 3.483/9/144 REDAÇÃO E DEPTO. DE MARKETING: Av. Rio Branco, 125 - 18º andar - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20040-006 - Tel: (21) 2509-8142; Fax: (21) 2509-8130. E-MAIL DA REDAÇÃO: redacao@brasil-rotario.com.br REDAÇÃO: Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, Maria Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré. DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira IMPRESSÃO: Gráfica Ediouro HOMEPAGE: http://www.brasil-rotario.com.br * As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

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oda a magia do velho Oeste americano – que tanto encantou nossa juventude através dos filmes de John Wayne – é relatada com absoluta fidelidade por Janice Chambers, editora sênior da The Rotarian, na matéria de capa desta edição. Com a leitura desse texto, você que estava indeciso em comparecer à Convenção Internacional do RI em Salt Lake City, capital do estado de Utah, certamente vai concluir que será um excelente investimento de tempo e dinheiro participar desse encontro. Leia o texto entremeando-o com lindas e suaves recordações deixadas pelos filmes. ● Contrastando com essas boas lembranças, vem o alerta perigoso de que uma nova ameaça está atacando as pessoas que já contraíram a pólio. É o que o governador do distrito 4310, José Domingos Zanco, chamou de “Síndrome pós-poliomielite”, que você encontra na página 14 em A luta continua. ● A visita do casal presidente do Rotary International ao nosso país, de 6 a 12 de março, é um dos destaques da edição. Bill Boyd e sua encantadora Lorna fizeram da simplicidade um instrumento sincero de comunicação nas cidades que percorreram: Recife, Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Sem nenhum favor, o título da matéria de cobertura da visita é Simpatia do casal Boyd cativa os brasileiros. Deixaram saudades. ● Quantos ex-bolsistas do Rotary você convidou para ingressar na nossa instituição? Antes de responder, leia, a partir da página 10, o texto que veio da sede do RI, amparado com dados de pesquisa, e você, seguramente, verá que não está sozinho. Muitos rotarianos esquecem esse precioso segmento para ampliar o quadro social de seu clube. Título da matéria: À espera de um convite. ● Uma atenção especial para a Mensagem do presidente, quando o simpático presidente Bill Boyd se ocupa com o meio ambiente e encerra dizendo: “No que concerne à responsabilidade com o meio ambiente, e também com todos os outros assuntos, temos que liderar pelo exemplo, fazendo as escolhas que tragam um futuro melhor”. ● Já o DRI Carlos Speroni, em sua Coluna do diretor, focaliza um aspecto muito interessante no relacionamento entre rotarianos: atitude amistosa ou amigos? ● Acompanhe a segunda reportagem sobre a intercambiada norte-americana que veio de De Forest, pequena cidade do estado de Wisconsin: Paige chega ao Brasil, nas páginas 6 e 7. “Nossa grande tarefa não é ver o que está obscuro à distância, mas fazer o que está claramente à mão”- THOMAS C ARLYLE . L. O. BRASIL ROTÁRIO

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O EGD Flávio Buzaneli, companheiro do Rotary Club de JundiaíOeste, SP (D.4590) foi homenageado com a medalha Barão de Jundiahy, em solenidade realizada no 12º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) – Grupo Barão de Jundiahy. Na foto, ele está ladeado pelo comandante do 12º GAC, tenente-coronel Orlando Roque de Simone, e pelo presidente da Associação Amigos do 12º GAC – Grupo Barão de Jundiahy, João Carlos Valentim.

Rotarianos que são notícia ○

OSVALDO PEREIRA Rocha, expresidente do Rotary Club de São Luís-Praia Grande, MA (D.4490) foi reeleito presidente do Instituto Histórico da Maçonaria Maranhense, entidade cultural da Maçonaria Unida do Maranhão.

O COMPANHEIRO Raimundo Nonato Siqueira, do Rotary Club de João Pessoa-Sul, PB (D.4500) foi homenageado com o Título de Cidadão Pessoense em Sessão Solene da Câmara Municipal local e na presença de sua família.

Gazeta de Toledo

DARVI BOMBONATTO, do Rotary Club de Toledo-Integração, PR (D.4640) recebeu a medalha Willy Barth, ladeado pelo prefeito do município, José Carlos Schiavinato, e pelo vice-prefeito Lúcio de Marchi.

COMPANHEIRO DO Rotary Club do Rio de Janeiro-Ramos, RJ (D.4570) Casimiro Vale assumiu a presidência do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro, transmitida a ele pelo presidente da gestão anterior e atual diretor tesoureiro, Antonio Rocha, sócio do Rotary Club de Niterói-Leste, RJ (D.4570).

Gazeta de Toledo

JOSÉ CARLOS Martins, sócio do Rotary Club de ToledoIntegração, PR (D.4640) recebeu o Título de Cidadão Honorário do Município de Toledo, nas presenças do prefeito do município, José Carlos Schiavinato, e dos vereadores Winfried Mossinger, Renato Reimann, Eudes Dallagnol e Luiz Fritzen.

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O COMPANHEIRO Milton Vianna Baptista, ex-presidente do Rotary Club de Primeiro de Maio, PR (D.4710) foi homenageado com o Título de Cidadão Honorário por iniciativa dos vereadores Fernando Shigueru Matsuki e Jerubaal Matusalen Arruda. O primeiro é rotariano do mesmo clube e foi eleito presidente da Câmara Municipal local.

RERIVALDO DE Souza Marques, sócio do Rotary Club de Ituiutaba-16 de Setembro, MG (D.4770) tomou posse como conselheiro estadual da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de Minas Gerais (OAB/MB), em solenidade realizada no Salão Nobre da OAB/MG. Na foto, o companheiro recebe os cumprimentos do presidente da OAB Federal, Roberto Antônio Busato, observado pelo presidente da OAB/MG, Raimundo Cândido Júnior. COMPANHEIRO DO Rotary Club de Campo MourãoGralha Azul, PR (D.4630) José Turozi assumiu a presidência da Federação das Apaes do Estado do Paraná.


Mensagem do Presidente Caros Rotarianos,

termo meio ambiente pode evocar significados diferentes para cada um de nós. Uma pessoa poderia pensar em florestas verdejantes, outra em oceanos e montanhas, e uma terceira em planícies cobertas de ervas e vida selvagem. Quando raciocinamos sobre os desafios que cercam o meio ambiente, podemos pensar em reciclagem ou conservação de energia, a deposição de dejetos industriais, ou mudanças climáticas. Tendemos a pensar em temas que são muito maiores do que nós, como indivíduos, e por isso as coisas às vezes podem parecer abstratas. Mas para cada um de nós, o meio ambiente é literalmente o que nos cerca: o ar que respiramos, a água que bebemos, a terra em que pisamos. O nosso meio ambiente é a nossa casa, o nosso jardim, a nossa rua. É a nossa comunidade, o nosso país e o nosso planeta. A pureza da água que está a centenas de quilômetros de distância pode afetar a que sai das nossas torneiras. A pureza do ar numa cidade distante pode afetar – e certamente afeta – os nossos pulmões. Os gases que emanam dos nossos carros, das chaminés e das usinas de energia não atingem somente as nossas famílias, mas todas as famílias do mundo e durante as gerações futuras. O meio ambiente preocupa-nos tanto no âmbito local como no global. Um riacho onde se jogam os dejetos afeta principalmente aqueles que dele se servem para obter água potável, mas também prejudica todo um ecossistema. Uma cidade altamente poluída prejudica a saúde dos seus habitantes, mas também a dos que moram longe. À medida que aprendemos mais e mais acerca das mudanças climáticas, ficamos mais conscientes de que não há soluções locais. Tudo o que fazemos influencia as demais pessoas. Quando pensamos no que queremos fazer, e nas mudanças que queremos promover para solucionar um problema ambiental, devemos nos lembrar que as nossas decisões não dizem respeito unicamente a nós. Uma das lições que aprendemos no Rotary é que uma pessoa pode fazer a diferença. Vemos isto nos nossos clubes, nos nossos distritos, e no Polio Plus, em particular. Quando trabalhamos em pequenos projetos que ajudam a poucas pessoas, pode ser difícil distinguir como estamos mudando o mundo. Pode ser difícil divisar como a reciclagem de jornais, de um recipiente de plástico, andar a pé em vez de dirigir ou economizar água poderiam significar um futuro melhor. Mas se muitas pessoas perfazem estas mesmas ações, estas pequenas mudanças acabarão por fazer uma grande diferença, para nossos filhos e netos. Como rotarianos, sabemos que essas pequenas mudanças – as escolhas privadas e individuais – podem se transformar em atos grandiosos. Nossas decisões podem parecer insignificantes, mas não o são. Peço-lhes não se esquecerem do fato de que são líderes em suas comunidades, e que adotaram o lema Mostre o Caminho para um futuro melhor. No que concerne à responsabilidade com o meio ambiente, e também com todos os outros assuntos, temos que liderar através do exemplo, fazendo as escolhas que tragam um futuro melhor.

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NA REDE

Para ler os pronunciamentos e notícias do presidente do RI Bill Boyd, visite sua página no endereço www.rotary.org/president/boyd

WILLIAM B. BOYD Presidente 2006-07 do RI BRASIL ROTÁRIO

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Paige chega ao Brasil

Conforme estava previsto, a intercambiada norte-americana Paige Nichole Gundlach, da cidade de De Forest, em Wisconsin, chegou em fevereiro a São Paulo

PAIGE, SORRIDENTE, ao deixar a sala da Aduana no aeroporto de Cumbica

Parte 2 companhe nessas fotos os primeiros momentos vividos pela estudante que escolheu o nosso país para se beneficiar do Programa de Intercâmbio de Jovens do Rotary. Paige desembarcou no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, no dia 07 de fevereiro. De lá, em vôo doméstico, seguiu para São José do Rio Preto, seu destino no Brasil. A intercambiada teve festiva recepção prestada por uma caravana que incluía o governador do distrito 4480, Beninho Dalto, da cidade de Catanduva; Mário Peres, coordenador de Intercâmbios daquele distrito; presidentes de clubes e companheiros de São José do Rio Preto; todos os membros da família que a está hospedando e rotarianos da cidade de Guarulhos.

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O PRIMEIRO contato da estudante com sua nova família, que lhe oferta um buquê de flores: Miguel Zerati Filho, pai; Valéria Cabrera, mãe; Aparecida Berdinaski, avó; e Daniel Cabrera, irmão

A INTERCAMBIADA com o governador do distrito anfitrião, Beninho Dalto


GRUPO À frente da casa que hospeda a estudante de Wisconsin

AINDA NO aeroporto, o grupo que recebeu Paige. Em pé, a rotariana Maria Luiza Vasconcelos, da comissão de Intercâmbio de Jovens do RC de São José do Rio Preto; Ivonir Marchini, do RC de Olímpia-Integração; Sueli Noronha Kaiser, do RCSJRP; Alessandro Marzano, do RCOI; Mário Peres, chairman do intercâmbio do distrito; Paige; Kátia Ricardi de Abreu, presidente do RCSJRP; governador Beninho Dalto; Valéria Cabrera; Miguel Zerati Filho; Aparecida Berdinaski; à frente, Rioto Takata, do Japão (D.2580), intercambiado já no final do programa de curta duração, RC de Olímpia-Integração; Alexandre, filho de Mário Peres; Daniel Cabrera; e Wilson Peres, da comissão de Intercâmbio de Jovens do RCSJRP

PAIGE NO quarto que lhe foi destinado pela família brasileira

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DQS ○

A Família Rotária Há quem ache que a retenção do sócio é uma tarefa importante, porém difícil de ser executada. Veja como fica mais fácil integrar o novo sócio quando há a participação da família Alberto Bittencourt*

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posse de um novo sócio é Ninja um momento solene, que pode ser comparado a um ritual de batismo, cercado de alegria e festa. Em minhas Visitas Oficiais aos clubes, quando fui governador do distrito 4500 em 2004-05, um dos pontos altos era sempre quando um novo companheiro recebia a companhia de seu cônjuge e, não raro, de toda a sua família durante a cerimônia de sua posse. Cumpridas as formalidades iniciais, eu e Helena, minha mulher, nos levantávamos para, com grande entusiasmo, colocar no casal o distintivo Celebremos Rotary, lema daquele ano. Dizía- O terreno e a semente mos a eles: “Parabéns! Agora vocês Com o apoio da família, torna-se integram o Rotary International. A mais fácil nutrir o espírito rotário do partir deste momento vocês po- novo sócio. Ao contrário, se ele não dem contar com o apoio da Famí- tiver ninguém que o compreenda lia Rotária. Sejam bem-vindos.” e o encoraje na trilha do serviço, Com isso, procuseu empenho pode rávamos transmitir o esmorecer. Os líderes conceito de que o e padrinhos são imO Rotary é Rotary é cada vez mas, na prácada vez mais portantes mais um movimento tica, nossos irmãos e familiar, uma grande um movimento irmãs da Família Rofamília que recebe e tária são o principal infamiliar, uma acolhe em seu seio grediente para que tegrande família nhamos sucesso. A Fauma nova família. Como afirmou Glenn mília Rotária é o terque recebe e Estess Sr., o presidenreno e o novo rotariaacolhe em te do RI naquele ano no é a semente. Nesdo Centenário: “Não se caso, não importa o seu seio uma queremos que o Roquanto a semente é vinova família tary seja visto como gorosa: se o terreno uma obrigação a ser não provê nutrição, a cumprida, uma organização que semente morrerá. Ao contrário, se afasta as pessoas das famílias. Os o terreno for fértil, ele irá suprir a clubes devem promover um am- semente dos nutrientes essenciais biente familiar onde prevaleçam de que ela precisa para germinar, a amizade e a confraternização crescer, florescer, dar frutos e, por para que todos possam participar fim, multiplicar-se. de seus eventos e projetos ”. Esses nutrientes essenciais que 8

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transformarão o novo companheiro na verdadeira liderança rotária são três: ● Trabalho: o novo companheiro chega aos nossos clubes cheio de boa vontade, ansioso para ser útil e servir ao próximo. Ele vem para trabalhar. Cumpre à Família Rotária integrá-lo, bem como ao seu cônjuge e familiares, atribuindo-lhes funções, tarefas, missões e ajudando-os a desempenhá-las. ● Informação: como ninguém ama aquilo que não conhece, é importante que a Família Rotária supra o novo sócio com conhecimentos e informação rotária para que ele não apenas conheça, mas compreenda o que é o Rotary, e adquira uma visão elevada do que representa esse clube de serviços e sua missão de paz e compreensão mundial. ● Companheirismo: o mais importante dos três. Ninguém pode crescer e desenvolver-se fechado em si mesmo. A transformação só é possível quando se está em contato com os outros. O novo sócio precisa saber que pode contar com os amigos que escolheu. Ser rotariano significa depositar confiança numa comunidade cujo convívio é sempre uma fonte de inspiração, solidariedade e felicidade. Vamos dizer aos nossos companheiros: “Sejam bem-vindos à Família Rotária!” Juntos, fortes e unidos como um feixe de varas, podemos vencer as dificuldades de nossos tempos e caminhar em direção à paz. * O autor é EGD e sócio do RC do Recife-Boa Viagem, PE (D. 4500).


Coluna do Diretor do

CARLOS ENRIQUE SPERONI

Rotary International ATITUDE AMISTOSA E AMIZADE

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significado da amizade apresenta uma conotação muito profunda toda vez que se refere a um caminho longo de vivências diversas e sentimentos compartilhados. A ingenuidade da filosofia do gaúcho, o habitante de nossas generosas pradarias, fazia com que, ao se expressar, dissesse que a amizade “era a sensação de sentir-se dentro da pele do outro”. Aristóteles, em sua Ética a Nicômano, concebe a amizade sob três óticas distintas. Duas delas se localizam em zonas de sombra, como são as que se sustentam por meio do prazer e do interesse; desde o tratamento ligeiro, ao criar relações que podem parecer intensas, mas que são efêmeras e se sustentam em conveniências pessoais ou relações comerciais. A terceira, a amizade perfeita para o filósofo grego, era que se baseava na virtude. Também Voltaire concordava com esta definição, ao expressar que “a amizade é a união da alma entre homens virtuosos, porque os maus somente têm cúmplices; os voluptuosos, companheiros de vício; os interesseiros, sócios; os políticos, partidários; os príncipes, cortesões. Somente os homens honrados têm amigos”. E para concluir essas referências e opiniões de origens diversas, lembremo-nos desta máxima: “Os amigos que tu tens e cuja amizade já puseste à prova, trata de prendêlos com ganchos de aço”, como diz o insigne dramaturgo e poeta inglês William Shakespeare. No âmbito de alguns clubes e em boa parte da nossa literatura rotária, notamos a rapidez com que, em muitos casos, se confunde amizade com uma simples relação amistosa, nascida em um ambiente no qual seguramente nem todos são amigos, mas apenas foram convocados para sê-lo.

“Fazer um amigo é um privilégio Ter um amigo é um dom Conservar um amigo é uma virtude” NINJA

neste mês de abril, o Projeto de Resolução 07-143, solicitando ao Conselho Diretor que estude a possibilidade de modificar a tradução para o espanhol da primeira parte do Objetivo de Rotary, que passará a ser “el desarrollo de relaciones personales amistosas como una oportunidad de servicio”, ou seja, “o desenvolvimento de relações pessoais amistosas como uma oportunidade de serviço”.

É a “magia dos amigos por conhe-

cer”, de que nos falou o presidente M.A.T. Caparas na Assembléia Internacional de Nashville, quando fomos treinados para servir como governadores de distritos, há mais de 20 anos! A própria tradução para o espanhol da primeira parte do Objetivo de Rotary International – “el conocimiento mutuo y la amistad como ocasión de servir” – não é a mais adequada, pois se observarmos a redação do texto oficial em inglês, “the development of acquaintance as an opportunity for service”, devemos entender que diz: “o desenvolvimento do conhecimento mútuo como uma oportunidade de serviço”. Encontramos esse conceito nas traduções para outros idiomas, nos quais não aparece a palavra “amizade”, e foi exatamente isso que levou o Rotary Club de Quilmes, do meu distrito 4910, na Argentina, a apresentar ao Conselho de Legislação,

Boa parte da psicologia mantém uma clara diferenciação que é fundamental nas relações amistosas entre as pessoas. Referindose aos conhecidos e aos amigos, a diferença repousa na profundidade de tal relação. Afinidade para os primeiros e lealdade, compreensão e solidariedade para os amigos. Qual seria a nossa resposta se nos perguntassem como vemos a amizade no Rotary? Minha resposta seria simples: como um horizonte, uma meta, que alcançaremos tão logo entendamos que o caminho que nos leva a eles deve estar sempre assentado em lealdades recíprocas. Sem personalismos vãos, sem invejas, repelindo as intenções obscuras daqueles que buscam tirar proveito do nosso afeto ou das nossas fraquezas. Vejo a amizade no Rotary como um sol nascente, cuja ascensão dependerá de nós mesmos, de nossa amizade, nossa fraqueza e nossa autenticidade. Um sol nascente que, em seu desenvolvimento, nos ajude a compreender que irmãos podem ser os amigos que nos dão o sangue, porém, sempre, os nossos amigos serão os irmãos que nos são presenteados pela vida. BRASIL ROTÁRIO

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À espera de um convite

Muitos ex-bolsistas gostariam de entrar para o Rotary, mas os clubes estão desperdiçando esse potencial Ramah Kudaimi*

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m 2001, depois de voltar de uma viagem aos EUA como participante do Intercâmbio de Grupo de Estudos, a argentina Maria Elena Ocaño de Herrero sentou-se em casa para rever seu filme favorito, “O Guarda-Costas”. Foi aí que ela reparou numa cena que não havia notado antes: no final da história, o personagem interpretado pelo ator Kevin Costner participa de uma reunião do Rotary, muito parecida com aquela à qual ela, Maria Elena, havia comparecido semanas antes. O mais interessante era que a bandeira do Rotary Club que aparece no filme traz bordado o nome do estado norte-americano de Iowa, o mesmo que Maria Elena havia conhecido durante a viagem. Para ela, parecia que o filme, assistido tantas vezes anos anteriores, antecipava seu futuro. “Acho que era o Rotary me chamando”, brinca. A viagem de Maria Elena aos EUA durou cinco semanas. Professora de inglês na cidade argentina de Resistencia, atualmente ela é sócia do RC de Barranqueras (D.4790) – e um caso que pode ser considerado raro, pois os ex-bolsistas do Rotary International e da Fundação Rotária não costumam ser convidados para fazer parte dos nossos clubes. Isso apesar de cerca de dois terços dos ex-bolsistas afirmarem ter o interesse de se tornar rotarianos, de acordo com recente pesquisa realizada pela Divisão de Desenvolvimento do Quadro Social do RI. Não custa lembrar que os bolsistas do Rotary 10 10

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têm o perfil ideal para um dia tornarem-se rotarianos: eles conhecem nossa organização, compartilham os mesmos valores e têm potencial para serem líderes em suas comunidades.

Quem quer ser rotariano? O alemão Jürgen Wente teve que se esforçar muito para um dia ser rotariano. “Sempre fui fascinado pelo ideal rotário”, ele conta. Jürgen estudou na Universidade da Pensilvânia, nos EUA, em meados dos anos 80, com uma bolsa patrocinada pelo RC de RotenburgMelsungen, Alemanha (D.1820). Apesar dessa experiência e de todo o seu entusiasmo, quando ele voltou para casa foi difícil conseguir sua entrada num Rotary Club. “No meu retorno à Alemanha, tentei manter contato com o Rotary, mas isso não foi fácil. Não existia nenhuma organização que reunisse os ex-bolsistas e eu não tinha um contato mais aprofundado com nenhum rotariano”, ele lembra. O caso de Jürgen Wente não é isolado. A pesquisa feita pela Divisão de Desenvolvimento do Quadro Social mostra que 20% dos ex-bolsistas que se tornaram rotarianos precisaram insistir muito para receberem um convite dos clubes e entrarem para seus quadros sociais. Depois de distribuir seu cartão a todos os rotarianos que encontrava, Jürgen finalmente achou alguém que trabalhava com os ex-bolsistas e recebeu o tão esperado convite. Foi então que ele se tornou sócio do RC de Munique-Land, Alemanha (D.1840) em 1990 e mais tarde presidiu a comissão do clube dedicada aos ex-bolsistas. “Nove anos depois de ter sido selecionado para uma bolsa de estudos, finalmente eu estava do outro lado da cerca”, recorda. Em 1998, também na cidade de Munique, ele ajudou a organizar um grupo destinado a compartilhar informações dos clubes e distritos – como sua agenda de eventos – com os ex-bolsistas da Fundação Rotária. Jürgen acrescenta que nem sempre é fácil convencer os clubes a aceitar ex-bolsistas. Na Alemanha, a maioria dos bolsistas pertence ao sexo feminino, e muitos clubes ainda hesitam em aceitar mulheres em seus quadros. A pesquisa mostra ainda que, à medida que o tempo passa, os ex-bolsistas vão perdendo o interesse de fazer parte dos clubes. Jürgen pôde experimentar isso pessoalmente no dia em que recebeu a


resposta de um ex-bolsista a um clube rotário que finalmente aprovava seu ingresso. “Sinto muito, mas vocês demoraram demais. Há dois anos, pertenço a um clube de Lions”, dizia a carta.

Experiência e entusiasmo Assim que entrou para o RC de Bloomington Sunrise, EUA (D.6580) aos 27 anos, Paige Weting tornouse uma rotariana bastante ativa, chegando a coordenar por duas vezes o Programa de Intercâmbio de Jovens no distrito. “Devo muito do meu envolvimento à minha experiência no exterior como bolsista”, ela explica, lembrando o tempo em que morou no Japão como intercambiada, quando tinha 16 anos, no começo dos anos 90. Muitos ex-bolsistas do Rotary desejam retribuir e ajudar outros jovens a desfrutarem da mesma experiência enriquecedora que eles tiveram um dia. A pesquisa concluiu que 81% dos ex-bolsistas que se tornaram rotarianos já ocuparam posições de liderança em seus respectivos clubes, e que 23% deles desempenharam funções de liderança distrital. Como coordenadora distrital do Intercâmbio de Jovens, Paige Weting contribuiu para um aumento de 40% no número de bolsistas inbounds e de 200% de outbounds. “Aproveito todas as oportunidades disponíveis para promover o programa”, ela diz. Paige escreveu um artigo sobre o Intercâmbio de Jovens publicado nas Cartas Mensais de diversos distritos e que – nas palavras dela – “desafiou muitos estudantes a mostrarem sua excelência.” Aproveitando o fato de também falar italiano e alemão, a argentina Maria Elena Ocaño de Herrero envolveu-se cada vez mais com o programa de IGE, chegando a liderar uma equipe numa viagem à Austrália. A exemplo de Jürgen Wente e Paige Weting, ela usa a experiência de ter participado de um programa educacional do Rotary para enfatizar a importância deles – e dos bolsistas – junto aos seus companheiros de clube. “Os rotarianos estão ficando mais velhos, e os jovens são geralmente mais dinâmicos e cheios de energia”, ela afirma. “Precisamos dos jovens. Se nós temos a experiência, eles têm a energia”.

A ARGENTINA Maria Elena Ocaño de Herrero (acima, segunda à esquerda) viajou à Austrália como líder de um grupo de IGE. Ao lado, o alemão Jürgen Wente no campus da Universidade da Pensilvânia, em 1985

ANOS DEPOIS de morar no Japão como bolsista do Rotary, a norte-americana Paige Weting (à esquerda) tornou-se rotariana e ajudou seu distrito a aumentar em 200% o número de estudantes em viagem ao exterior. Hoje ela também ajuda a receber e adaptar os bolsistas do Rotary que chegam aos EUA

*A autora, ex-estagiária da The Rotarian, está concluindo seu curso de jornalismo na Northwestern University, em Evanston .

§ B BRASIL RASIL R ROTÁRIO OTÁRIO

11 11


Existem alguns caminhos para o recrutamento dos ex-bolsistas

Como atraí-los

Vale a p

Ex-bolsista aust

N

Tiffany Woods*

Convide-os

D

a maioria dos casos, recrutar ex-bolsistas é simples: basta que eles sejam convidados pelos clubes. Mas a pesquisa indicou que mais da metade dos bolsistas qualificados para tornarem-se rotarianos – e com vontade de que isso aconteça – nunca foram procurados por um Rotary Club. Os resultados desse levantamento mostram também que os clubes e distritos deveriam adotar algumas medidas para transformar ex-bolsistas em rotarianos:

Muitos estão esperando ansiosamente. E isso deveria acontecer o mais rápido possível, tão logo os ex-bolsistas estivessem capacitados para ingressar num Rotary Club.

Construa relacionamentos Todos os meses, planeje uma reunião familiar e convide os atuais e ex-participantes dos programas educacionais – e tente envolver todos eles nos projetos de seu clube. Comemore o aniversário dos intercambiados e a data de fundação dos Rotaract Clubs. Estimule os rotarianos a freqüentar as reuniões dos Rotaract e Interact Clubs.

O INTERESSE PODE PASSAR A taxa de interesse dos ex-bolsistas em entrar para um Rotary Club cai ao longo dos anos Anos decorridos desde a participação nos programas de bolsa

Porcentagem de interesse

1-3

72%

4-6

68%

7-9

62%

10-14

58%

15-19

48%

20 ou mais

30%

Mantenha contato Se algum ex-bolsista não aceitar o convite para tornar-se rotariano, ou se ainda não estiver qualificado para tal, não apague o nome dele da lista. Continue enviandolhe os boletins do clube, as Cartas Mensais do distrito e também a Brasil Rotário – e mantenha os dados dele atualizados em seus arquivos.

QUANTO ANTES, MELHOR Interesse em aderir aos demais programas rotários Programas Rotaract

Atuais bolsistas 93%

Ex-bolsistas 59%

Bolsas de estudo

84%

56%

IGE

80%

54%

RYLA

90%

75%

Intercâmbio de Jovens

83%

71%

Interact

86%

85%

Planeje Crie uma comissão voltada aos ex-bolsistas. Entreviste-os ao final dos programas de bolsa e acompanhe seus passos daí em diante.

A POSTOS Participantes de programas rotários que têm vontade de tornar-se rotarianos Programas

Interessados

Que fizeram contato espontaneamente 67% 24%*

Promova os ex-bolsistas

Rotaract Bolsas de estudo

81%

82%

25%*

Inclua os atuais e ex-bolsistas no catálogo de seu distrito. Apresente-os nos clubes e nas Cartas Mensais, convidando-os para participar das palestras, reuniões e demais eventos rotários.

IGE

89%

58%

17%*

12

71%

Não procurados

*Do total de ex-bolsistas que procuraram pessoalmente os clubes, somente a metade recebeu uma resposta positiva.

PARA SABER MAIS Acesse o site <www.rotary.org/newsroom> e leia na íntegra a pesquisa feita com os nossos bolsistas.

ABRILADE 2007 BRIL DE 2007

os campos de trigo em Oklahoma, nos EUA, às montanhas do Paquistão, o Rotary tem sido uma força poderosa na vida de Jenny Horton desde que ela saiu de sua casa, na Austrália, para participar do Programa de Intercâmbio de Jovens. Atualmente, a vida dela é dedicada à luta contra a paralisia infantil. Em novembro do ano passado, Jenny recebeu da Fundação Rotária o Prêmio de Serviço Internacional por um Mundo Livre da Pólio. “Se não fosse a experiência que tive no Intercâmbio de Jovens, o Rotary não faria parte da minha vida, nem da minha família”, ela conta. Hoje Jenny é sócia do RC de Kenmore, Austrália (D.9600), e sua trajetória de serviços estimulou o pai e o irmão a também tornarem-se rotarianos. Aos 16 anos, ela chegou à pequena cidade rural de Frederick, no estado de Oklahoma, nos EUA, imbuída do espírito de aventura. “Eu era teimosa, extremamente ativa e impaciente, queria participar de tudo”, conta. Jenny logo tornou-se uma participante entusiasmada da rotina da comunidade, trabalhando como voluntária num hospital e no serviço comunitário de uma igreja, e participando da torcida organizada de sua escola. Além disso, ela fez palestras em clubes sociais e de serviços e correu na equipe de atletismo da escola.

O começo da jornada Os moradores de Frederick ficavam curiosos ao ver aquela estudante estrangeira tão entusiasmada. O desafio de se adaptar a um novo país e o seu envolvimento com o Rotary naquele ano foram apenas o começo da jornada de Jenny. Depois de servir como enfermeira na Austrália e tornar-se uma Voluntária do Rotary na Tailândia, ela foi parar no Paquistão, onde atualmente trabalha como consultora da Organização Mundial da Saúde na Iniciativa Global pela Erradicação da Pólio. Ela passou a concentrar seus esforços no combate à paralisia infantil depois de ter feito uma viagem à Índia em 2000


pena esperar

ustraliana vem fazendo a diferença (um ano depois de tornarse rotariana), onde foi colaborar na realização de um DNI – Dia Nacional de Imunização. Profundamente sensibilizada pelo que viu e vivenciou na Índia, Jenny retornou ao país mais duas vezes para participar de outros dois DNIs: “O combate à pólio tornou-se minha razão de viver. Eu queria, a qualquer custo, colocar minhas mãos na massa para trabalhar em prol de um mundo livre da paralisia infantil. A dor que eu sentia ao ver alguém afetado pela doença me dava forças para seguir em frente com o trabalho”.

JENNY HORTON, a jovem estudante australiana que no começo da década de 70 foi morar nos EUA como bolsista do Rotary, hoje em dia é uma mulher envolvida na luta contra a paralisia infantil, como mostram as fotos de algumas de suas viagens ao Paquistão, onde ajudou a vacinar crianças, bebês e participou de Dias Nacionais de Imunização ao lado dos paquistaneses

Nada é mais importante Jenny Horton também integrou uma iniciativa internacional que leva voluntários profissionais da área de medicina a países em desenvolvimento para ajudar nos programas de imunização contra a pólio e o sarampo. Há muitos anos, ela mantém um informativo com detalhes sobre seu trabalho, chamado Manna for Pakistan. Em agosto do ano passado, ela escreveu: “A vida para mim é o trabalho... Às vezes são longas jornadas, mas eu sou apaixonada pelo que faço, e nada é mais importante para mim”. Ao refletir sobre sua vida, a australiana diz que tudo o que conquistou pode ser creditado àquela viagem inicial aos EUA como bolsista: “Tudo isso aconteceu por causa do Rotary. Posso dizer que essa história começou com o Programa de Intercâmbio de Jovens”. *A autora é editora sênior da The Rotarian.

Anos decisivos de uma vida 1954

Jenny Horton nasce na cidade de Walcha, na Austrália

1971

Chegada a Frederick, em Oklahoma, nos EUA, como intercambiada

1972

Retorno à Austrália

1975

Jenny torna-se enfermeira

1998

O marido dela, o rotariano John Horton, morre

1999

Jenny é admitida no RC de Paddington-Red Hill, na Austrália

2000

Viagem para seu primeiro DNI – Dia Nacional de Imunização; viagem como voluntária a Ubon Ratchatani, Tailândia

2002

Viagem à Índia, para mais dois DNIs; Jenny assume a presidência de seu clube

2003

Viagem de serviços à Etiópia

2004

Viagem de serviços a Botsuana

2005

Mudança para a cidade de Karachi, no Paquistão, para trabalhar como consultora da Organização Mundial da Saúde

2006

Jenny é admitida no RC de Kenmore, na Austrália, e recebe o Prêmio de Serviço Internacional por um Mundo Livre da Pólio, entregue pela Fundação Rotária.

Tradução de Eliseu Visconti Neto. BRASIL ROTÁRIO

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A luta continua Ainda pouco conhecida pelos médicos, síndrome pós-poliomielite é uma ameaça aos sobreviventes da paralisia infantil Armando Santos

A SPP – Síndrome PósPoliomielite – é uma desordem do sistema nervoso que pode acometer as pessoas que um dia foram vítimas da paralisia infantil. Sua incidência e prevalência ainda são desconhecidas, mas a OMS – Organização Mundial da Saúde – estima que cerca de 12 milhões de pessoas em todo o mundo convivam com algum grau de limitação física causada pela pólio, o que faz delas um grupo suscetível à ameaça da SPP. Caracterizada por fraqueza muscular progressiva, fadiga, dores musculares e nas articulações, e pela diminuição da capacidade funcional do paciente ou no surgimento de novas incapacidades, a doença ainda é pouco conhecida no Brasil, o que torna urgente a sua divulgação. Essa é mais uma forte razão para contribuirmos decisivamente para a campanha Polio Plus nesta reta final da erradicação global da doença.

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ABRIL DE 2007


A

partir do começo desta década, o CVE – Centro de Vigilância Epidemiológica Professor Alexandre Vranjac, em São Paulo, tomou a iniciativa de pesquisar a existência da SPP no Brasil e de realizar seminários para divulgá-la entre médicos e equipes de vigilância sanitária, estabelecendo algumas parcerias para o dimensionamento do problema no estado. Dessa forma, o CVE vem colaborando para a organização da assistência médica voltada ao acompanhamento dos casos diagnosticados pela Rede Pública de Saúde. Hoje em dia, já sabemos que há várias hipóteses para o surgimento da SPP. A mais aceita é a de que a doença não é causada por uma nova manifestação do vírus da pólio, mas pelo esgotamento dos neurônios motores da pessoa que convive com as seqüelas da paralisia infantil. O vírus da poliomielite pode danificar até 95% dos neurônios motores do corno anterior da medula, matando pelo menos a metade deles. Com a morte desses neurônios, os músculos de sua área de atuação ficam sem enervação, paralisando-se e atrofiando-se. Embora danificados, os neurônios remanescentes compensam o dano, enviando ramificações para ativar esses músculos órfãos. Com isso, a função neuromuscular é recuperada parcial ou totalmente, dependendo do número de neurônios envolvidos nesse processo de “substituição”. Um único neurônio pode lançar derivações para conectar de cinco a dez vezes mais neurônios do que fazia originalmente. Assim, um neurônio enerva um número muito maior de fibras neuromusculares do que normalmente faria, restabelecendo a função motora. No entanto, ao ficar sobrecarregado, após muitos anos de estabilidade funcional esse neurônio começa a se degenerar, o que ocasiona um novo quadro sintomatológico. O diagnóstico clínico da SPP é feito por exclusão, a partir de sua diferenciação em relação a outras doenças neurológicas, ortopédicas ou psiquiátricas que podem apre-

sentar quadros semelhantes. No entanto, existem critérios que fundamentam seu diagnóstico: ● confirmação de poliomielite paralítica com evidência de perda de neurônio motor, por meio de histórico de doença paralítica aguda, sinais residuais de atrofia e fraqueza muscular ao exame neurológico, e sinais de desenervação na eletroneuromiografia; ● período de recuperação funcional, parcial ou completa após o quadro de poliomielite aguda, seguido por um intervalo de função neurológica estável de 15 anos ou mais (em média, 40 anos); ● início de novas complicações neurológicas, como uma nova e persistente atrofia, e fraqueza muscular; ● persistência dos sintomas por mais de um ano; ● exclusão de outras condições que poderiam causar os novos sinais e sintomas. A prevenção da SPP deve ser iniciada ainda durante a poliomielite aguda, período em que se deve evitar a atividade física intensa. A recuperação se baseia em fisioterapia, com exercícios de resistência e atividades aeróbicas que podem permitir uma reenervação compensatória. As deformidades também devem ser tratadas para se evitar o desequilíbrio funcional. Na presença da SPP, recomenda-se o tratamento da fraqueza muscular com exercícios aeróbicos e de resistência de pouca carga. É importante evitar o supertreinamento e a fadiga, e fazer hidroterapia em piscinas aquecidas. Para o controle da dor, alguns dos tratamentos preconizados são os exercícios localizados, a aplicação de gelo e de compressas quentes, e acupuntura. Em casos de fibromialgia (desordem que causa dor muscular e fadiga em pontos específicos do corpo), depressão ou ansiedade, são administrados medicamentos orais antidepressivos. Feito o diagnóstico, o paciente deverá freqüentar programas de reabilitação que envolvem, além da as-

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sistência a problemas físicos, acompanhamento psicoterápico e psicossocial. Histórico A doença é relatada pelo menos desde 1875, e está especialmente relacionada a epidemias que ocorreram na primeira metade do século 20 em várias partes do mundo. No entanto, entre a década de 1970 e o início dos anos 80, observou-se um aumento da procura dos serviços de saúde por parte de sobreviventes da paralisia infantil. Esses pacientes relatavam novos sintomas, a princípio interpretados como de natureza psicológica. A SPP só foi reconhecida como síndrome em 1986, mas ainda não foi incluída na Classificação Internacional de Doenças, e por isso não possui o devido código para identificação e registro do diagnóstico nos sistemas de informação. Nos EUA e na Europa, os laudos médicos nos casos de SPP representam a base para a aposentadoria dos pacientes. A falta de um código na CID, no entanto, dificulta o registro de informações mais precisas, importantes para o acompanhamento dos portadores da síndrome e, principalmente, para o desenvolvimento de ações programáticas. Situação em São Paulo Os dados disponíveis sobre a SPP no estado de São Paulo são o resultado de uma pesquisa desenvolvida pelo médico Abrahão Quadros, sob a orientação do professor Acary Oliveira, da EPM/ Unifesp – Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. A pesquisa teve o apoio e o acompanhamento da Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar. Ao mesmo tempo em que se desenvolveu o processo de coleta e análise de dados, os casos de SPP diagnosticados passaram a usufruir das ações de saúde na rede de reabilitação 16

ABRIL BRIL DE DE 2007

Apenas três casos de paralisia infantil ocorreram na faixa etária acima de 12 anos – e todos em pessoas não vacinadas

do SUS – Sistema Único de Saúde, em unidades gerenciadas pelos municípios, especialmente no de São Paulo, que (como era previsto) concentra o maior número de casos da síndrome. Na primeira etapa do estudo, foram avaliados 167 pacientes com diagnóstico de poliomielite paralítica prévia, sendo 64 do sexo masculino e 103 do feminino, com idades entre 14 e 72 anos. Com base em critérios clínicos de diagnóstico, foi verificado que 129 deles (77,2% do total) apresentavam a SPP. Os outros 38 pacientes foram caracterizados como portadores de seqüela tardia de poliomielite. Segundo o estudo, os pacientes que se recuperaram funcionalmente da paralisia infantil mantiveram-se estáveis por um período médio de 38 anos. As principais manifestações clínicas observadas no grupo analisado foram: nova fraqueza (em 100% dos casos); cansaço (92,2%); ansiedade (82,9%); dor articular (79,8%); fadiga (77,5%); dor muscular (76,0%); distúrbio do sono (72,1%); intolerância ao frio (69,8%); cãibra (66,7%); desvio de coluna (55,3%); aumento de peso (58,1%); fasciculação muscular (52,7%); nova atrofia (48,8%); cefaléia (48,1%); depressão (48,1%); problemas respiratórios (41,1%), e disfagia (20,9%). Observou-se que na maioria dos casos analisados (83,2%), a poliomielite aguda ocorreu quando os pacientes estavam na faixa de idade entre zero e dois anos. Apenas três casos de paralisia infantil ocorreram na faixa etária acima dos 12 anos – dois na Bahia e um em São

Paulo, e todos em pessoas não-vacinadas. Dos 167 casos estudados, 56 (33,5%) residiam em São Paulo quando adquiriram a poliomielite, 49 (29,3%) em outras cidades do interior paulista, 60 (35,9%) em outros estados, e 2 (1,2%) em outros países. O histórico de antecedentes vacinais foi baseado nos relatos dos pacientes, e não em documentos como a carteira de vacinação. Cento e quarenta e três dos pacientes estudados (85,6%) informaram não ter feito a vacinação prévia. Dos 129 pacientes diagnosticados com SPP, 89 (69,0%) residiam na cidade de São Paulo, 30 (23,3%) em outros municípios paulistas, 9 (7,0%) em outros estados e um (0,8%) na Inglaterra. Atualmente, estão participando desse estudo 364 pacientes com SPP (80% deles moradores do estado de São Paulo). Parcerias no atendimento Entre os casos recrutados, a grande maioria reside na capital paulista. O atendimento às pessoas que tiveram poliomielite – incluindo aí todos os casos estudados – tem sido feito no ambulatório de doenças neuromusculares da Unifesp. A Associação de Assistência à Criança Deficiente também acompanha os casos atingidos pela poliomielite, contribuindo para a identificação da SPP entre os portadores de seqüelas. O Instituto do Sono disponibiliza exames e procedimentos voltados aos pacientes com dificuldade de dormir. A Coordenadoria de Serviços de Saúde e a Coordenadoria de Regiões de Saúde da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo autorizam e custeiam os exames para o diagnóstico das doenças neurológicas e a confecção de próteses e órteses para todos os deficientes físicos atendidos no SUS pela rede credenciada de reabilitação física. O atendimento aos deficientes é feito em toda a rede


credenciada do SUS no estado, sob a responsabilidade dos municípios. O pagamento de exames, equipamentos e procedimentos é custeado pela Secretaria da Saúde do estado, seguindo os procedimentos de rotina estabelecidos para o SUS. Vigilância e acompanhamento A estratégia de vigilância epidemiológica para a prevenção da poliomielite destaca a importância de se estar atento às paralisias flácidas para detectar precocemente a doença. Os objetivos são a identificação oportuna dos casos de poliomielite por meio da investigação de ocorrências de paralisias flácidas agudas (com o objetivo de evitar a reintrodução do poliovírus) e o monitoramento permanentemente da doença, da cobertura vacinal e do impacto da vacina. A vigilância incluiu medidas como a notificação imediata de todos os casos de paralisia ou de paresias flácidas agudas em menores de 15 anos (ou em pessoas de qualquer idade que apresentem a hipótese diagnóstica de poliomielite) e a vacinação de todas as pessoas que chegam ou vão para países onde o poliovírus selvagem ainda se manifesta.

E

ssa matéria foi enviada pelo companheiro José Domingos Zanco, governador do distrito 4310 e sócio do RC de AmericanaIntegração, SP(D.4310), com informações extraídas da edição de outubro de 2006 da Revista de Saúde Pública.

O CVE – Centro de Vigilância Epidemiológica Professor Alexandre Vranjac – propõe a divulgação da síndrome (uma forma de contribuir para melhorar e acelerar seu diagnóstico) e o monitoramento dos casos atendidos pelo SUS. No ano passado, o CVE elaborou material técnico e planejou seminários para a avaliação da vigilância de paralisias flácidas agudas e sobre a erradicação da pólio, e para ampliar

parte do sistema de vigilância epidemiológica. Para que uma doença seja de notificação obrigatória, ela deve apresentar algumas características, como risco de propagação, emergência em saúde pública ou representar um perigo grave e imediato para o paciente e outras pessoas, o que não é o caso da SPP, uma síndrome não-transmissível. A identificação do caso, portanto, não requer investigação epidemiológica, pois a doença não se propagará para outras pessoas, ainda que represente um Embora represente grande e sério risco para um grave risco os indivíduos que foram vítimas da pólio. para as vítimas da No entanto, os casos pólio, a síndrome de SPP devem ser bem atendidos nos serviços não é transmissível de saúde, com garantia de acesso a todo tipo de para outras pessoas terapêutica e reabilitação que necessitem. Os dados registrados e reunidos mensalmente pelos profissionais de saúa divulgação da síndrome e a de serão de grande auxílio para o melhoria do diagnóstico. Além dis- conhecimento do impacto da doso, foi realizado um acompanha- ença. Eles serão fundamentais para mento do processo internacional de a reavaliação de ações, melhoria inclusão da SPP na Classificação In- de programas aos deficientes físiternacional de Doenças, sediado na cos nos municípios e reorganizaFaculdade de Saúde Pública da Uni- ção de ações ou políticas de saúversidade de São Paulo – um pro- de. Para a vigilância epidemiolócesso que terá a duração de cerca gica, o monitoramento de casos de dois anos. permitirá compreender melhor a Ao contrário da poliomielite, a evolução dos quadros de poliomieSPP não é uma doença de notifica- lite e trazer conhecimentos comção compulsória, e por isso não faz plementares sobre a doença. ● Para obter mais informações sobre a síndrome pós-poliomielite, escreva para: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo Av. Dr. Arnaldo, 351 – 1º andar, sala 135 São Paulo, SP CEP: 01246-901 E-mail: agencia@saude.sp.gov.br

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Simpatia do casal Boyd cativa os brasileiros Em visita ao nosso país, Bill e Lorna colecionaram amigos e sorrisos Quando estiveram em São Paulo em 2006, durante o Instituto Rotário de Atibaia, Bill Boyd e sua mulher, Lorna, ficaram com vontade de voltar e conhecer melhor nosso país e os brasileiros. A promessa de retorno feita por eles foi cumprida agora em março, durante a visita que o casal presidente do RI fez às cidades do Recife, Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre, sempre na companhia do casal diretor do RI, Carlos Enrique Speroni e Lilia, com quem depois viajaram à Argentina e ao Chile. Por onde passaram, Bill e Lorna mostraram que a simplicidade pode ser uma arma extraordinária de comunicação, e a melhor maneira de se colecionar sorrisos e amigos, como os muitos que deixaram por aqui. Nas páginas a seguir você vai acompanhá-los em duas escalas dessa viagem, Recife e Rio de Janeiro.

RECIFE As trinta horas que Bill e Lorna passaram no Recife, primeira cidade visitada em sua volta ao Brasil, foram suficientes para que eles conhecessem as belezas naturais da terra e cumprissem o programa, organizado pelo EGD José Ubiracy Silva, presidente da comissão de recepção na capital pernambucana. Ao longo de todo o roteiro do casal, esteve presente o diretor 2007-09 do RI, Themístocles A.C. Pinho, e a mulher dele, Gilda. Com sua simplicidade, afabilida18

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de e acentuado carisma, Boyd conquistou a simpatia dos quase 700 rotarianos que compareceram à recepção proporcionada a ele e à mulher na noite do dia 6, no bufê Blue Angel, onde foi montada uma exposição com mais de 1.000 peças do acervo pessoal do EDRI Mário de Oliveira Antonino, encarregado de saudar os ilustres visitantes em nome dos rotarianos do distrito 4500, vindos de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba. Bill e Lorna assistiram a uma apresentação do rico folclore

COM BANDEIRAS do Brasil, da Nova Zelândia e da Argentina – país de Speroni, que acompanhou os visitantes em toda a viagem – as crianças saudaram o presidente do RI em sua chegada ao Recife

pernambucano, que incluiu bumbameu-boi, caboclinhos, frevo, maracatu e um número do Balé Popular do Recife. Em seu discurso, durante a assembléia festiva, o presidente sublinhou o conteúdo de seu lema, Mostremos o Caminho, e estimulou os rotarianos a apoiarem a


Fundação Rotária e seus projetos. “Em todas as partes do mundo, temos visto iniciativas de sucesso que foram lançadas pelo Rotary e idealizadas pelos rotarianos, que enxergaram uma necessidade e não tiveram receio de pensar grande para saná-las. Hoje esses projetos levam benefícios extraordinários àqueles que sofrem com a fome, as doenças, a pobreza e o analfabetismo”, disse o presidente.

Esperança e arte Um grande exemplo desse tipo de iniciativa foi testemunhado pelo casal Boyd no Abrigo Cristo Redentor, onde os visitantes conheceram os resultados de um extraordinário investimento da Fundação Rotária, que através da doação de US$ 250 mil possibilitou a aquisição de um ônibus-hospital totalmente equipado, onde foram realizadas cerca de 3.500 cirurgias de catarata somente nos últimos dois anos, devolvendo a visão a pessoas carentes de 55 municípios nordestinos. Cem médicos oftalmologistas (residentes e da equipe) prestam serviços voluntários na Unidade Hospitalar Móvel da Fundação Altino Ventura, também conhecida como Ônibus da Esperança, onde Bill Boyd conversou com o médico e rotariano Marcelo Ventura, que entre outras coisas explicou os investimentos de mais de US$ 300 mil para a manutenção e renovação dos equipamentos do veículo, feitos pela Fundação Altino Ventura como contrapartida para a realização do projeto. Na companhia do governador Jorge Rosa e da mulher dele, Cecília, o casal presidente do RI visitou o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Antonio Camarotti Filho, e conheceu as belezas de Olinda, cidade que é Patrimônio Cultural e Histórico da Humanidade. Os visitantes também conheceram o ateliê do artista Francisco Brennand e sua academia, considerada a maior oficina de cerâmica artística do Brasil. Bill Boyd encerrou sua visita ao Recife participando de um almoço com os casais ex-governadores do distrito e os integrantes da comissão de recepção. “O Rotary é forte porque vocês são fortes”, disse ao despedir-se do governador José Jorge Indruziak Rosa e da equipe distrital que coordenou a visita. Cobertura: Isaltino Bezerra, jornalista e sócio do RC do Recife, PE (D. 4500). Fotos: Gelson Mattana.

AINDA NO aeroporto, Bill recebeu do EGD José Ubiracy Silva uma manta dos caboclos de lança do grupo Maracatu Rural, observado por Carlos Speroni, pelo governador José Indruziak Rosa e por Lorna

O PRESIDENTE do RI com um grupo de intercambiados

OS CASAIS Bill Boyd e Lorna e Carlos Speroni e Lilia em sua visita ao Tribunal de Justiça de Pernambuco, onde foram recebidos pelo desembargador Antonio Camarotti Filho

BOYD COM Francisco Brennand durante a visita ao ateliê do artista

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RIO Depois do Recife, Bill e Lorna estiveram em Brasília, seguindo para o Rio, onde chegaram no começo da tarde de sexta-feira, dia 09 de março. O primeiro compromisso deles na Cidade Maravilhosa foi uma visita ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde foram recebidos e homenageados pelo presidente, desembargador José Carlos Murta Ribeiro, sócio do RC do Rio de Janeiro, (D. 4570). Em seguida – e sempre na companhia do EDRI José Alfredo Pretoni e do diretor 2007-09 do RI Themístocles Pinho, respectivamente presidente de honra e presidente da comissão de recepção ao casal Boyd no Rio – eles foram recepcionados pelo presidente Roberto Petis Fernandes na sede da Cooperativa Editora Brasil Rotário, onde Bill foi entrevistado (veja ao final desta matéria) e inaugurou uma placa. A visita à Brasil Rotário foi encerrada com um vin d’honneur, reunindo a diretoria da Cooperativa, autoridades rotárias e companheiros de vários clubes. Na manhã de sábado, o casal presidente do RI visitou a Escola Padre Doutor Francisco da Motta, administrada pela VOT – Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, com a ajuda do Rotary e da Fundação Rotária, que através de diversos projetos de Subsídios Equivalentes, e a mobilização de dezenas de clubes rotários e parceiros do Brasil e do exterior, já investiram cerca de US$ 1 milhão na ampliação e manutenção da escola – o que a torna uma das maiores iniciativas educacionais de nossa organização em todo o mundo. Depois de uma cerimônia cívica para receber os convidados, Bill e Lorna inauguraram a Casa de Cultura do Morro da Conceição, que passa a integrar o complexo de oficinas e cursos profissionalizantes mantidos pela VOT e seus parceiros em benefício dos alunos e moradores do bairro da Saúde, uma região carente do Centro do Rio. Em sua caminhada até a escola, eles conheceram a Escola Popular de Música, a biblioteca comunitária, uma clínica odontológica para gestantes e inauguraram o Curso de Iniciação ao Mercado de Trabalho feito em parceria com a APAR – Associação Patrulha Jovem – onde conversaram sobre esta entidade com seu presidente, o EGD Edson Avellar da Silva, gerente executivo da Cooperati20

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NO TRIBUNAL de Justiça do Rio de Janeiro, o diretor 2007-09 do RI, Themístocles A. C. Pinho; o presidente do Tribunal, desembargador e rotariano José Carlos Murta Ribeiro; Bill Boyd; Meton Soares, presidente do RC do Rio de Janeiro; e o diretor do RI Carlos Enrique Speroni

ROBERTO PETIS Fernandes, presidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário, descerrando com Boyd a placa em homenagem à visita dele e de Lorna à sede da revista

NA COMPANHIA dos EGDs Carlos Henrique de Carvalho Fróes e Hertz Uderman, Bill veste a camisa do Flamengo que ganhou durante a visita à escola e que será leiloada na Nova Zelândia em benefício da Fundação Rotária


NA CERIMÔNIA cívica que abriu a visita à Escola Padre Doutor Francisco da Motta, os alunos emocionaram Bill e Lorna cantando o hino da Nova Zelândia em inglês e maori

MURTA RIBEIRO entregando a Bill Boyd uma medalha em sua homenagem

OBSERVADO PELO DRI Carlos Speroni e pelo governador do distrito 4570, Waldir Nunes Ribeiro, Boyd planta uma árvore no Jardim Botânico

BILL E Lorna com os alunos e a EGD Adélia Villas

va Editora Brasil Rotário. Na escola, o casal presidente do RI visitou as salas de aula e conversou com os alunos, que fizeram uma bonita apresentação de música e dança. A agenda seguiu com um plantio de uma árvore originária da Nova Zelândia – país de origem de Bill e

Lorna – no Jardim Botânico e um passeio pelos principais pontos turísticos da cidade. À noite, foi realizado um jantar em homenagem ao casal no hotel onde ficaram hospedados, em Copacabana. Em homenagem à presença do casal Boyd no Rio, o coordenador

da Fundação Rotária no distrito 4570, EGD Bemvindo Augusto Dias, promoveu uma “arrecadação relâmpago” entre os companheiros locais, que chegou a um total de quase US$ 18 mil em contribuições à Fundação num período de apenas 24 horas. BRASIL ROTÁRIO

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Bill Boyd na tela do seu computador Em sua visita à Brasil Rotário, o presidente Bill Boyd foi entrevistado pelo radialista e rotariano Roberto Flávio. Transmitida ao vivo pela internet, com tradução do EGD Carlos Henrique de Carvalho Fróes, vice-presidente jurídico da Cooperativa que edita a BR – e assistida por companheiros de pelo menos 17 distritos brasileiros – a entrevista foi a primeira do gênero com um presidente do RI em nosso país e marca mais um capítulo da Brasil Rotário WebTV, o canal de televisão via internet da revista, lançado no começo do ano. Na conversa, Boyd falou de suas ênfases presidenciais, do papel dos clubes na condução da missão humanitária do RI e deixou uma mensagem para os companheiros brasileiros. Para assistir na íntegra à entrevista, acesse o site da Brasil Rotário: www.brasil-rotario.com.br

ROTARIANOS E convidados no Auditório Paulo Viriato Corrêa da Costa, na Brasil Rotário, assistindo ao vivo à entrevista

Cobertura: Nuno Virgílio Neto, jornalista

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Fotos: Sérgio Afonso.

Quantos Somos NO MUNDO: Rotarianos: 1.201.094; Clubes: 32.455; Distritos: 530; Países e regiões: 205. Rotaractianos: 162.679; Clubes: 7.073; Países: 157. Interactianos: 249.343; Clubes: 10.841; Países: 120; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 6.206; Voluntários: 142.738; Países: 73. Número de rotarianas: 172.256.

NO BRASIL: Rotarianos: 49.849; Clubes: 2.268; Distritos: 38. Rotaractianos: 15.203; Clubes: 661; Interactianos: 15.900; Clubes: 695. Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 257; Voluntários: 5.865. Número de rotarianas: 8.171.

Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil.

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BELÉM MOSTRA bem como ocorreu a colonização do Norte e Nordeste

Instituto Light Informa-nos o DERI Themístocles A. C. Pinho, convocador do Instituto, que as atividades do evento ocorrerão em um só turno – 9h às 14h – em todos os dias. Os debates sobre os principais temas rotários ficarão a cargo dos vários Grupos de Trabalho. Teremos apenas uma palestra por dia. Isto possibilitará o planejamento dos passeios diários à maior floresta do mundo. Será, portanto, um Instituto Light. E mais: estão sendo negociados com as agências de viagem pacotes de uma semana para o casal, incluindo passagens aéreas e diárias do hotel, com preço diferenciado e seguramente ao nosso alcance: cerca de R$ 1.300 com café da manhã, e o pagamento em dez vezes sem juros.

A Amazônia começa no IRB de Belém

Conheça o estado paraense Visitar o Pará é dar um mergulho profundo na colonização do Norte do Brasil. Entreposto de compra de produtos extraídos da floresta, principalmente a borracha, herdou os traços da arquitetura portuguesa, não só em Belém, mas também em algumas cidades próximas. Os nomes de alguns municípios homenageiam cidades de Portugal, como Bragança, Óbidos, Santarém, Vizeu. Na capital, prédios centenários conservam as características de séculos passados, em contraste com a arquitetura moderna do final do século 20.

Fernando A. Quintella Ribeiro*

Chegou a oportunidade que muitos companheiros aguardavam para juntar o útil ao agradável: comparecer ao XXX Instituto Rotário do Brasil, em Belém, Pará, de 6 a 9 de setembro, para ampliar e reciclar nossos conhecimentos sobre a organização e, finalmente, realizar o acalentado sonho de conhecer a Amazônia. O maior evento do calendário regional do Rotary é agora aberto não só aos governadores – atuais, antigos e indicados – como também aos demais líderes rotários. Tudo isso em condições muito especiais de tempo e de dinheiro.

Museus Os museus guardam a história paraense para a posteridade. O mais famoso é o Museu Emílio Goeldi, criado em 1861, famoso por seu acervo de história natural. Em seus mais de 52 mil metros quadrados de área física, impressiona pelos exemplares animais e botânicos ali concentrados para visitação, estudo e pesquisa. Cientistas de todas as partes do mundo passam por lá todos os anos, em busca de informações para seus trabalhos profissionais ou mesmo em viagens de lazer. Só o Parque Zoobotânico reúne mais de 2 mil animais e perto de 800 exemplares de árvores raras. Conheça, nos aquários, as espécies de peixes da Amazônia. Sinta a força da natureza. Ainda entre os museus, vale a pena dar uma conferida em outro orgulho paraense: o Museu do Círio. Criado há pouco mais de uma década no subsolo da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, mantém exposições regulares sobre uma das principais manifestações religiosas do país: o Círio de Nazaré. BRASIL ROTÁRIO

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O Círio Saiba um pouco mais desse momento fantástico. O Círio tem seu ponto alto no segundo domingo de outubro, quando Belém torna-se a capital da religiosidade brasileira. No último ano, mais de 2 milhões de pessoas acompanharam a procissão da padroeira, quer seja no cortejo fluvial, realizado no sábado, ou mesmo no domingo encantado. Encerrada a cerimônia, sai um almoço tipicamente paraense, com muito pato no tucupi, maniçoba (também conhecida como a feijoada paraense), o tacacá e muitos outros pratos especiais da saborosa e variada culinária local. Visite a basílica. O interior é todo de mármore carrara e ouro, exceto o forro, em madeira de lei paraense. Em suas colunas internas, granito rosa importado de Baveno, Itália. No altar-mor, um nicho rodeado de anjos de mármore para guardar a imagem original da Virgem de Nazaré. Suas torres laterais guardam os mais famosos carrilhões eletrônicos do Brasil. Possui 53 vitrais coloridos que retratam passagens bíblicas. Foi tombada pelo patrimônio Histórico e Cultural, em 1992. Culinária Se o assunto é comida, prepare seu estômago para a sobremesa. A Sorveteria Cayru oferece centenas de sabores aos apreciadores do bom sorvete. Se quiser experimentar o exótico, vá de açaí, tapioca, murici, cupuaçu. Mas se você prefere o convencional, há sabores tradicionais à disposição. O Mercado Ver-o-peso é passeio à parte nesse roteiro. Inaugurado em 1907, era onde as mercadorias tinham seus pesos conferidos (daí o nome). Em suas barracas os vendedores oferecem de tudo. Há produtos bastante exóticos. Juram os vendedores de beberagens diferentes que os efeitos prometidos por eles são tiro e queda para os mais diversos tipos de problemas. Mesmo que você não acredite em conversa de vendedor, percorra toda a extensão da feira para ouvir as estórias e se encantar com o folclore local. Sinta o aroma das frutas no ar. Lembre-se que você visita um Brasil diferente, mas tão brasileiro quanto as demais regiões. Estação das Docas Na baía de Guajará você encontra o Complexo Turístico e Cultural Estação das Docas, instalado nos antigos armazéns da Companhia Docas do Pará. O moderno complexo, inaugurado na virada do milênio, contrasta com sua estrutura antiga, que remonta o ano de 1902. O espaço multiuso permite ao visitante desfrutar da história do estado, enquanto ouve música ou 24

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O CÍRIO de Nazaré é uma das grandes manifestações religiosas do país, reunindo cerca de 2 milhões de pessoas no segundo domingo de outubro

O AÇAÍ, fruta da Amazônia, dá origem a uma bebida fermentada muito apreciada no Pará e em todo o Brasil


degusta os mais diversos cardápios oferecidos pelos inúmeros restaurantes existentes, incluindo uma choperia onde o brinde ao prazer de estar na Amazônia é obrigatório. Os três armazéns recuperados abrigam, ainda, lojas de artesanato, jóias e bijuterias. Através de suas portas envidraçadas, você curte a paisagem da Baía de Guajará. Os guindastes franceses ocupam o espaço externo. A iluminação cênica idealizada durante a reforma dá um ar rétro ao espaço. Na parte interna, você se surpreenderá com uma ponte rolante em constante deslocamento. Onde as cargas pesadas eram antes transportadas, agora existe um palco móvel, local de trabalho de artistas locais. Um verdadeiro show de ousadia e criatividade. Enfim, o Pará é tudo isso e muito mais. Você acompanhará nas páginas das próximas edições informações essenciais à sua viagem à Amazônia, em setembro. O Instituto Light de Belém reserva grandes emoções aos participantes. Mas antes confira se você fez mesmo a sua inscrição. É o seu passaporte para um mundo mágico de companheirismo, reciclagem rotária e, acima de tudo, prazer.

A ESTAÇÃO das Docas é o lugar ideal para admirar a capital paraense e fazer um lanche acompanhado de um bate-papo sem hora para acabar

*O autor é jornalista, sócio do RC de Boa Vista-Caçari, RR, EGD do distrito 4720 e Coordenador do Rotary International para a América Latina da Comissão da Imagem Pública do Rotary.

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ara se inscrever, basta tirar uma cópia xerox da Ficha de Inscrição, que você encontra na página 26, ou acessar:

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www.institutorotario.org

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Interact & Rotaract ○

DEPOIS DE realizar uma campanha por três sábados, os integrantes do Interact Club de Paraguaçu Paulista, SP(D.4510) montaram 30 cestas básicas e as entregaram a famílias da cidade.

EM PARCERIA com a empresa Rápido São Paulo, os jovens do Rotaract Club de Rio Claro, SP(D.4590) levaram as crianças residentes do Lar Espírita Esperidião Prado para uma tarde de passeio no Parque Ecológico Dr. Antonio T. Vianna, no município paulista de São Carlos. A empresa também presenteou as crianças com roupas, calçados e brinquedos.

O ROTARACT Club de Concórdia, SC(D.4740) realizou o 6º Charact, Chá com Bingo do Rotaract. O evento é beneficente e parte do lucro foi doada ao Recanto do Idoso, que está sendo construído no município com o objetivo de servir de moradia para idosos desabrigados.

O ROTARACT Club de Dracena, SP(D.4510) realizou uma campanha junto a supermercados da cidade e arrecadou 1,5 tonelada de alimentos, repassados a quatro entidades beneficentes. OS INTEGRANTES do Rotaract Club de Rio ClaroSul, SP(D.4590) construíram uma loja de venda de artesanatos e uma oficina pedagógica para a Associação dos Deficientes de Rio Claro. Para viabilizar a obra, os jovens conseguiram doações junto à comunidade rioclarense e os próprios rotaractianos finalizaram a construção e pintaram o prédio. Os móveis foram adquiridos por meio de Subsídio Distrital Simplificado, em parceria com o RC local.

A FAMÍLIA rotária cresceu com a fundação do Rotaract Club de Campos-Demerval Paravidino, RJ(D.4750). Na foto, os novos rotaractianos estão acompanhados de sócios do RC de Campos.

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Auto-suficiência em h

Rotary está apoiando a instalação da primeira fáb Fotos: João Marcos

O PRESIDENTE da Hemobrás, João Paulo Baccara, durante sua visita ao Recife, ao lado do casal Celma e Mário Antonino

Isaltino Bezerra*

C

onvidado pelo RC do Recife-Largo da Paz, PE (D. 4500) o presidente da Hemobrás – Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia, João Paulo Baccara, esteve na capital pernambucana no dia 7 de fevereiro para proferir uma palestra sobre a função social da empresa e os esforços que ela vem propondo desenvolver para que o Ministério da Saúde (ao qual é vinculada) reduza a importação de hemoderivados essenciais ao tratamento dos pacientes do SUS – Sistema Único de Saúde, entre eles os portadores de hemofilia, o que hoje representa um custo superior a US$ 450 milhões. A Hemobrás vai instalar sua primeira grande unidade industrial em nível nacional no município de Goiana, localizado na Mata Norte de Pernambuco. Demandando um investimento superior a US$ 80 milhões, a unidade deverá entrar em funcionamento nos próximos três anos, e vai ocupar uma grande área plana onde o governo do estado irá implantar o pólo farmoquímico, tendo a fábrica da Hemobrás como âncora. A Hemobrás foi criada a partir de uma autorização do Congresso Nacional ao Poder Executivo em dezembro de 2004. Sua efetivação ocorreu pouco depois, em setembro de 2005, com a nomeação da diretoria e o início do processo de implantação da empresa, que tem como principal objetivo substituir a importação dos hemoderivados, possibilitando que o Brasil alcance a auto-suficiência na produção de albumina, imunoglobulina e dos concentrados do fator VIII e IX de coagulação. Dessa maneira, a Hemobrás ampliará em todo o país a oferta de produtos essenciais e de alto custo para os pacientes portadores de doenças graves como hemofilia, câncer, Aids e patologias infecciosas, entre outras, além de pesquisar e desenvolver novos produtos e insumos através da biotecnologia.

Estado pioneiro “Saúde, Desenvolvimento e Inclusão Social” foi o tema da palestra que 28

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HENRIQUE FENELON, prefeito de Goiana, e João Baccara durante a inauguração do Quiosque da Cidadania

JOVEM UTILIZANDO equipamento doado pela Hemobrás para o projeto de Inclusão Digital

o presidente da Hemobrás proferiu para um auditório de mais de uma centena de rotarianos e convidados durante a reunião plenária do RC do Recife-Largo da Paz, atualmente presidido por Celma Antonino, mulher do EDRI Mário de Oliveira Antonino. João Paulo Baccara explicou que a Hemobrás terá por finalidade produzir hemoderivados a partir do fracionamento do plasma sangüíneo excedente do uso em transfusões, observando-se sempre a prioridade para o tratamento dos pacientes do SUS. A empresa vai fabricar produtos biológicos e reagentes obtidos por engenharia genética ou por processos de biotecnologia na área de hemoterapia, além de executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de caráter científico e tecnológico. Segundo ele, a Hemobrás cumprirá suas finalidades com excelência de qualidade e responsabilidade sócioambiental. João Paulo também falou

sobre as características naturais da área onde a fábrica será instalada em Pernambuco, uma região em que predomina a monocultura do açúcar, não havendo qualquer possibilidade de agressão ao meio ambiente. Demonstrando conhecer a realidade de Pernambuco, o palestrante lembrou que o estado é pioneiro no desenvolvimento de ações relacionadas ao sangue, pois o Hemope – Hemoterapia de Pernambuco – é uma instituição que vem realizando serviços de hematologia e hemoterapia desde 1970. João Paulo Baccara recordou que foi por meio de um projeto apoiado pela Fundação Rotária do RI em 1976, e estimado em US$ 42 mil, que o RC do Recife (o mais antigo das regiões Norte e Nordeste, com 76 anos de existência) importou dos EUA equipamentos para crioscopia e conservação sangüínea. Todos esses equipamentos foram doados ao Hemope, hoje uma bem-sucedida fundação que realiza um importante trabalho nessa área, sob a liderança de competentes profissionais da medicina, destacando-se o pioneirismo de Luiz Gonzaga dos Santos e a relevante atuação dos médicos Cândida Cairutas, Aderson Araújo e Alita Azevedo.


hemoderivados

ábrica da Hemobrás, em Pernambuco Conversa com o presidente Em entrevista, o presidente da Hemobrás afirmou que o Brasil recebe anualmente 4,5 milhões de doações de sangue, o que resulta num volume de plasma excedente da ordem de 500 mil litros, quantidade que poderia ser utilizada na produção de hemoderivados. Ele contou que em 1996 o Brasil iniciou a compra e a distribuição dos fatores VIII e IX, utilizados no tratamento dos pacientes hemofílicos, e que hoje o gasto anual com a compra desses produtos gira em torno dos US$ 120 milhões. Se considerarmos a demanda nacional por imunoglobulina poliespecífica e albumina, o gasto chega a cerca de US$ 450 milhões. Segundo João Paulo Baccara, a

Orçada em mais de US$ 80 milhões, a fábrica deve ficar pronta em três anos Hemobrás está trazendo a solução definitiva para esse problema ao criar condições para que o país fracione seu próprio plasma, uma decisão que, além de representar economia, vai gerar desenvolvimento tecnológico regional, desconcentração de conhecimento e ganhos sociais, com a criação de 230 empregos diretos. Por todos esses motivos, disse o presidente, justifica-se o custo de mais de US$ 80 milhões para a implantação da fábrica em Pernambuco, que terá a capacidade de fracionar 500 mil litros de plasma anualmente, tornando-se auto-sustentável num prazo estimado de três anos após o início de seu funcionamento. Finalizando, João Paulo informou que já foi iniciado o processo de seleção de transferência de tecnologia, e que apenas 10 países e 22 empresas em todo o mundo detêm a tecnologia para o fracionamento do plasma nos moldes solicitados pela Hemobrás. O processo, segundo ele, é muito com-

JOÃO PAULO Baccara e o prefeito Henrique Fenelon

O JORNALISTA e rotariano Isaltino Bezerra entrevistando João Baccara

plexo, por tratar-se de tecnologia de ponta e acesso a segredo industrial. Cumprindo-se o cronograma estabelecido no planejamento estratégico da empresa, no início de 2010 a equipe técnica estará treinada, e a planta industrial pronta e equipada. No início do segundo semestre daquele ano, os processos deverão estar validados, assim como a fábrica e os equipamentos, e os três primeiros lotes aprovados e, posteriormente, registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Espera-se que no último trimestre de 2010 os primeiros produtos resultantes do fracionamento do plasma brasileiro possam ser entregues ao Ministério da Saúde. Ainda em 2007, através de uma parceria com o Hemope, a Hemobrás estará entregando ao SUS os primeiros lotes da cola de fibrina – um produto muito utilizado em cirurgias ortopédicas e transplantes hepáticos. Com a parceria de outras entidades, como a Bio-Manguinhos (da Fundação Osvaldo Cruz), a Universidade Federal do Rio de Janeiro e Instituto de Biologia Molecular do Paraná, a Hemobrás vai finalizar o desenvolvimento e a validação do NAT – Teste de Ácido Nucléico – utilizado na detecção dos vírus da Aids e da hepatite C. O exame será

utilizado em toda a rede de bancos de sangue e hemocentros do país.

A parceria do Rotary O Rotary fechou uma parceria com a Hemobrás e a prefeitura de Goiana ao participar da inauguração de um Quiosque da Cidadania, onde funcionará uma biblioteca. Os primeiros 500 títulos colocados à disposição da população foram doados pelo RC do Recife-Largo da Paz. Para viabilizar o programa de Inclusão Digital, idealizado pelo Ministério da Integração Nacional, todos os equipamentos foram doados pela Hemobrás. O projeto já está em funcionamento num amplo espaço cultural onde, antigamente, funcionava um presídio público, e que foi cedido pelo prefeito de Goiana, Henrique Fenelon. Lá, jovens carentes estão sendo preparados para conquistar espaço no mercado de trabalho, o que, segundo o EDRI Mário de Oliveira Antonino, é coerente com a filosofia do Rotary ao representar uma significativa contribuição à causa do Servir, fomentando o desenvolvimento e a inclusão social da comunidade. *O autor é jornalista e sócio do RC do Recife, PE(D. 4500). BRASIL ROTÁRIO

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Conjuntura ○

Onde há justiça não há pobreza O título deste artigo é uma frase de Confúcio, dita 500 anos a.C., e que explica parte das razões dos problemas brasileiros

NINJA

Charles B. Holland* Uma razão para tanta pobreza em nosso país é decorrente dos desvios em relação à Prova Quádrupla de valores éticos do que nós pensamos, dizemos ou fazemos, praticada por mais de 1,2 milhão de rotarianos, em cerca de 32 mil clubes e 200 países e regiões, que diz: 1. É a verdade? 2. É justo para todos os interessados? 3. Criará boa vontade e melhores amizades? 4. Será benéfico para todos os interessados? Todos os dias lemos ou ouvimos histórias de atrocidades, de pessoas sendo presas, assaltadas, espancadas e até de pessoas presas há anos pelo roubo de um pote de margarina e outros pequenos delitos sem grande importância. Por outro lado, há ainda grandes e comprovados ladrões livres e soltos, enquanto milhares de pequenos ladrões estão enclausurados. E todos os dias lemos histórias nos jornais de gastanças e de iniciativas do poder público que fogem dos valores explicitados na Prova Quádrupla. Quando se quer corrigir um problema, é essencial procurar as causas, e não as suas conseqüências. Vejamos alguns exemplos de razões da falta de entendimento e de adoção de “nossos valores éticos” na nossa sociedade, tão bem resumidos na Prova Quádrupla. 87 parágrafos Nossa Constituição, com seus 250 artigos, todos bem intencionados, são a nossa definição de valores. Lá existem muitos artigos brilhantes, tais como o Art. 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.” Ali, nossos legisladores de 1988 optaram em engessar o artigo com 87 parágrafos detalhando o significado e alcance da matéria, inserindo-lhe “seus sentimentos de justiça”, “desejos” e “formas de gestão” de maneira bem detalhada. Nossa Constituição, com nossos valores, desejos, boas intenções e formas de gestão, está anotada em mais de 80 mil palavras, e em 7.300 linhas. Nos EUA, a constituição deles está anotada em 7.600 palavras, ou seja, menos de 10% em relação à nossa Constituição. Sem emitir comentários, os valores explicitados nos 10 mandamentos de Deus estão contidos em 66 palavras e em 12 linhas. E a Prova Quádrupla de valores éticos dos rotarianos está anotada em 21 palavras, e em quatro linhas. Para mostrar que menos palavras autênticas e verdadeiras são fonte de inspiração para a solução de nossos problemas, compartilho uma história instigante que ouvi no sermão de um padre. Segundo ele, no Velho Testamento cada osso do corpo humano era representado por um mandamento. Como temos 206 ossos, há 3500 anos tínhamos o mesmo número de mandamentos. Então, se-

gundo a interpretação da Bíblia, todos os ossos são imprescindíveis. Da mesma forma, os 206 mandamentos, de todas as tribos da época, também eram essenciais e importantes. O problema é que com tantos mandamentos, poucos sabiam distinguir os essenciais dos não-essenciais. Ninguém tinha paciência para tantos mandamentos. Finalmente, em torno de 1400 a.C., Moisés subiu o Monte Sinai para dialogar com Deus. Desceu da montanha com uma versão enxuta de 10 mandamentos, que foi aceita pelos seus seguidores. A aceitação dos 10 mandamentos foi vertiginosa, certamente influenciada pela inteligência e pelo conteúdo de valores expressos naqueles mandamentos. Temos atualmente bilhões de seguidores e praticantes dos 10 mandamentos, na nossa religião cristã e nas outras. Impacto da Prova Quádrupla Atualmente, todos os orçamentos e gastos dos poderes Executivo, Legislativo e do Judiciário estão dentro dos parâmetros emanados da nossa Constituição. Como seriam afetados e modificados esses orçamentos se fossem disponibilizados de forma clara, entendível e transparente pela nossa sociedade, para avaliação também pública de aderência em relação à Prova Quádrupla? Moisés e Jesus Cristo difundiram as 66 palavras contidas nos Dez Mandamentos, trazendo mais harmonia, justiça e benefícios para bilhões de pessoas no mundo, incluindo todos nós no Brasil. Qual seria o impacto social e econômico de uma melhor divulgação e adoção por todos da Prova Quádrupla na nossa sociedade? Resumindo, uma tarefa oportuna para todos nós é promover com mais vigor e entusiasmo a adoção da Prova Quádrupla na sociedade. Quem sabe se, com mais justiça, não encontraremos os recursos disponíveis para promover de fato a redução da pobreza? Enfim, onde há justiça não há pobreza. *O autor é sócio do RC de São Paulo-Alto de Pinheiros, SP(D.4610). BRASIL ROTÁRIO

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A exemplo da maioria dos moradores da região, ele chegou aqui há muitos anos à procura de um novo tipo de vida. Homem elegante e bem-sucedido, ele perseguia um sonho de infância: ter um rancho. Depois de alguns anos e diversos acontecimentos inesperados, Colin Fryer é hoje dono de um vinhedo, de um resort, de estábulos para montaria 34

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e de um museu do cinema, que fica próximo ao seu salão para degustação de vinhos. Mesmo sendo de fora, ele dá a impressão de sempre ter vivido aqui. Colin é um dedicado sócio do RC de Moab, cidade que mistura forasteiros como ele, aposentados ricos, praticantes radicais de mountain bike, velhos

hippies, ex-esquiadores e alguns mineradores remanescentes do tempo em que a cidade era a capital mundial do urânio. O pequeno centro de Moab ainda guarda um pouco do antigo encanto – um tanto kitsch, é verdade – como uma loja gigantesca encravada numa rocha que vende ossos de dinossauro e um bar que,


dono de uma loja de equipamentos para excursão, foram obrigados a pensar em uma outra vocação econômica para a região. Foi então que eles tiveram a idéia de promover Moab como a capital mundial do mountain bike. O plano deles deu tão certo que atualmente a Slickrock, uma trilha extenuante feita de arenito, e que leva quatro horas para ser concluída, é a mais conhecida do mundo. Não demorou para que chegassem outros apaixonados por esportes ao ar livre. Cheia de acidentes geográficos e terrenos de tirar o fôlego, Moab é muito procurada por praticantes de caiaque e caminhadas, ciclistas, observado-

res de pássaros e amantes de qualquer tipo de excursão em terrenos Acima, o museu de áridos. A região é filmes do ainda o ponto de Velho Oeste parada de ônibus do rotariano cheios de turistas Colin Fryer que visitam o Par(à esquerda) que Nacional de Canyolands (onde os rios Colorado e Green se encontram) e o Parque Nacional de Arches. Procurada por aposentados e pessoas que querem uma casa de veraneio, Moab está numa fase de se reinventar outra vez. Os moradores vêm discutindo temas como a utilização de veículos motorizados na região e os interesses de mineração despertados pelo novo crescimento do mercado mundial de urânio. SOBRE A SELA

além de vender margarita (um drink feito à base de tequila), também é um cyber café. Com o passar dos anos, a região sofreu muitas modificações. As ruínas mais antigas, deixadas pelos povos indígenas, possuem milhares de anos. A partir de 1877, quando os mórmons começaram a se fixar na

região, só os nômades Utes viviam aqui, às margens do rio Colorado. Em meados do século 20, Moab prosperou com o boom do urânio, mas quando o mercado mundial do produto caiu, a cidade acompanhou sua decadência. As lojas ao longo da rua principal foram fechando, e alguns empresários locais, como Bob Jones,

Voluntarismo Fundado em 1957, o RC de Moab representa um corte vertical da comunidade local, uma ponte entre o novo e o antigo. Seguindo a tradição da maioria dos companheiros de Utah, BRASIL ROTÁRIO

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que ostentam o maior grau de volun- sível não gostar dela quando se mora tarismo entre os rotarianos dos EUA, o aqui”, ele lembra. A tarde começa a clube de Moab está envolvido ativamen- cair e nós vamos jantar na casa de te em diversos projetos comunitários Hans, encravada na rocha, no alto de locais e internacionais. Muitos desses uma colina. Antes de irmos para a rotarianos ainda se lembram da época mesa, ele me leva para ver umas pinem que o mercado de urânio entrou turas rupestres (ecos de vizinhos em crise e Moab virou uma cidade-fan- muito antigos) descobertas recentetasma. Um deles é Hans Weibel, um mente num canto próximo à porta de suíço que se mudou para Utah na dé- entrada da casa. Durante o jantar, Hans cada de 1970, vindo de Vail, no conta sobre o trabalho que teve para Colorado. No meu primeiro dia em construir um abrigo para os gatos selMoab, Hans me levou para uma rá- vagens. “Há sempre muito trabalho vopida viagem de luntário para se jipe ao longo de fazer por aqui”, sua trilha preferiacrescenta. da, a Fins and No dia se Things. Ao subir guinte, o rotariaaquelas rochas no Bob Jones – quase verticais, aquele que é minha sensação proprietário de era a de estar num uma loja de mados caminhões terial para excurde brinquedo do sões e um dos meu filho, daqueque primeiro noles que sobem pataram a vocação redes. Hans ria de Moab para os dos meus sustos esportes radicais enquanto fazia as – me presenteia CENÁRIO manobras calmamente. com um passeio de jipe por DESLUMBRANTE De volta à cidade, agouma trilha. Sou acompaA rotariana ra ele me apresenta a Terenhada por um casal que Laura Joss e as paisagens sa King, ex-presidente do comprou os tíquetes para o do Parque clube. Em 2004, durante passeio através de uma Nacional de a conferência distrital reacampanha de arrecadação Arches (acima), lizada em Moab, ela queria de fundos para a Youth administrado fazer uma entrada triunfal Linc, uma organização sem por ela que combinasse com o cefins lucrativos baseada em nário da região. Resultado: Salt Lake City e que se deTeresa chegou ao evento de pára-que- dica a levantar recursos para a realidas. Ela lembra como Hans acabou zação de viagens humanitárias à Áfri“amarelando” no último minuto e ca e à América Latina. Nosso trajeto desistiu do salto. inclui os deslumbrantes cenários do Logo em seguida, é a vez de co- Parque Nacional de Canyonlands, ao nhecer outro sócio do clube, Joe sul da cidade, local onde os rios Green Kingsley, o inventor do Glo Germ, um e Colorado escavaram cânions com produto largamente utilizado no com- mais de 500 metros de profundidabate a germes e bactérias em hospi- de. Para mim é um alívio não estar tais e na indústria alimentícia dos ao volante nesta verdadeira montaEUA. Joe mudou-se para Moab em nha-russa. 1968, no tempo em que ainda usaÀ tarde, descemos algumas das fava um longo rabo de cavalo. Em al- mosas corredeiras do lugar. No fim das guns projetos desenvolvidos pelo clu- contas, o que mais assusta nelas são be, grandes quantidades de Glo Germ mesmo os nomes: Garganta do Diabo foram doadas a países em desenvol- e Corredeira da Caveira. Aquele é o pasvimento, que utilizam o produto em satempo predileto de Bob, que gosta programas de educação em higiene. de descê-las sozinho, à noite, deixanA parada seguinte de nosso passeio do a correnteza levá-lo. “Nessa hora é é a praça do Rotary, um lugar extraor- possível ver as majestosas sombras das dinário, cheio de instrumentos gigan- escarpas e todas as estrelas”, ele contes criados por um escultor local. Hans ta. “Alguns dos passarinhos ainda esWeibel (aquele, o do jipe) brinca de tão fora de seus ninhos, e produzem fazer música com eles. um som maravilhoso”. O espetáculo termina quando começa a chover e somos obrigados a Natureza respeitada É por isso que ele sempre arruma nos abrigar no jipe. Comento sobre a farra feita pelas crianças, que conti- uma forma de incluir o respeito ao meio nuam brincando na chuva. “Impos- ambiente em todos as suas atividades. 36

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Por exemplo: Bob não utiliza seu barco a jato quando precisa atravessar o rio Green, e conseguiu convencer outros moradores da região a fazerem o mesmo. “Nós procuramos trabalhar em conjunto e nos ajudarmos mutuamente. Essa é uma das características mais notáveis de nossa região”, ele explica. Bob é um rotariano dedicado, muito envolvido em programas destinados aos jovens de Moab. 38

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Na manhã seguinte, é a vez de conhecer o Parque Nacional de Arches, na companhia de sua superintendente, a rotariana Laura Joss. Nossas primeiras paradas são o novo centro para visitantes e o escritório de Laura, que trabalhou em diversos parques nacionais dos EUA, inclusive o do Grand Canyon. Apesar das freqüentes mudanças, ela sempre se associa a um Rotary Club – para ter

contato imediato com a comunidade, ela explica. Uma das grandes preocupações dos administradores do parque é manter os visitantes atentos, seja através de conselhos ou com a distribuição de folhetos informativos. O perigo existe em qualquer lugar onde há vida selvagem, mas em Arches os desafios são ainda maiores por causa do sol e do calor que não dão trégua, da


“Os Três Boatos”. Nosso destino final é o arco mais comprido do conjunto, com cerca de 100 metros. No trajeto de volta à cidade, Laura explica que os povos Hopi acreditam que os arcos são sagrados e habitados por espíritos – e por isso jamais passam por baixo deles. “Muitos descendentes diretos dos povos indígenas ainda vivem na região”, ela conta. “Os arcos de pedra são os protagonistas de várias histórias contadas por eles”. Passo a última noite da viagem no chalé Red Cliffs. À medida que o sol se põe e o brilho das rochas vermelhas vai desaparecendo, Colin Fryer fala de sua experiência como rotariano, das amizades que fez no clube e de como o Rotary ajuda as vidas a mudarem – a

dele, inclusive. “Minha dica é que os companheiros aproveitem a viagem e venham até Moab depois da convenção. Aqui eles poderão relaxar e conversar sobre as experiências que viverão juntos em Salt Lake City”, ele sugere. “Essa mistura de deserto, montanhas e belezas naturais que marca a geografia de nossa região é um prato cheio para que as pessoas se inspirem, reflitam e tenham boas idéias”. Confesso que deixo Moab com uma certa relutância. Ao chegar em casa, abro um livro sobre a região e me encanto ao ler o que o autor diz sobre ela: “Quando temos um espaço aberto, temos tempo livre para respirar, sonhar, ousar e brincar. Tempo para falarmos mais com Deus e nos mexermos com mais liberdade. Será que é nesse espaço que nasce a inspiração?”

INTERVALO Acima, o companheiro Hans Weibel na praça do Rotary Club de Moab. À esquerda, Bob Jones faz uma pausa durante a travessia do rio Colorado

escassez de água e dos animais venenosos. O cenário, no entanto, compensa os riscos. As diferentes tonalidades das rochas vermelhas formam esculturas surpreendentes, que estão lá há milênios. O problema é que, à medida que mais gente descobre a existência do lugar, o aumento do número de visitantes passa a representar uma ameaça ao ecossistema – mesmo no caso das pessoas preo-

cupadas em preservá-lo. “Nosso maior desafio é encontrar formas de proteger os arcos de pedra para evitar danos e vandalismos, mas sem coibir as visitações”, declara Laura Joss. Depois de reforçar nossos estoques de água, vamos até o Landscape Arch, um dos 2.000 arcos de arenito do parque. No caminho, passamos por fantásticas formações rochosas, algumas com nomes curiosos, como

Fotos: Nick Sokoloff. Tradução de Eliseu Visconti Neto. BRASIL ROTÁRIO

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Convenção do RI ○

Os 5 Browns U “Uma família – formada por cinco pianos e 50 dedos – figura entre as maiores sensações da música clássica nos últimos anos”, escreveu o jornal New York Post sobre o grupo Os 5 Browns. “Quando estes jovens executam Rachmaninoff, eles nos fazem esquecer de que existem os amplificadores Marshall”

m jovem quinteto de irmãos e irmãs, todos virtuoses do piano, Os 5 Browns sacudiram o mercado mundial da música clássica há dois anos com seu primeiro CD, lançado pela RCA Red Seal. Batizado com o nome do conjunto, o CD chegou ao topo da lista semanal dos mais vendidos da Billboard, levando-os a serem reconhecidos como os maiores destaques da música clássica em 2005. Com o álbum seguinte, “No Boundaries”, lançado recentemente, Os 5 Browns começam a realizar o sonho de despertar o interesse pela música clássica e levá-la a um público cada vez mais amplo, maior e mais interessado. Os Fab Five – como a revista People descreveu os perfis de Ryan, 20 anos; Melody, 21; Deondra, 25; Gregory, 23; e Desirae, 27 – juntam cinco diferentes e perceptíveis talentos do teclado, trabalhados na Juiliard School, de Nova York, onde estudaram juntos por cinco anos. Atração na Convenção O grupo será a grande atração musical da convenção de Salt Lake City. Os rotarianos sairão de lá com a certeza de que nunca ouviram música clássica daquela forma. A energia e o som dos 5 Browns – como as apresentações do grupo vêm demonstrando – têm aberto as portas da música clássica a platéias mais diversificadas, principalmente as mais jovens.

OS IRMÃOS estudaram juntos numa escola de música de Nova York

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William Gates Sr. é atração em Salt Lake City

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altam menos de dois meses para a Convenção do RI de Salt Lake City, e você acaba de arranjar uma razão a mais para comparecer ao evento. William Gates Sr., pai do fundador da Microsoft, Bill Gates, será um dos oradores convidados especiais na convenção. Gates, que é sócio honorário do Rotary Club de Seattle, concordou em falar aos companheiros sobre o tema “Papel das fundações caritativas no mundo atual.” Gates, advogado aposentado, é um dos administradores da Fundação Bill & Melinda Gates, que trabalha em prol da “redução dos desequilíbrios e da melhoria de vida no mundo.” Ele já foi curador, oficial e voluntário de mais de duas dúzias de organizações, inclusive da Greater Seattle Chamber of Commerce e da United Way of King County. Em 1955, ele fundou a Technology Alliance, uma iniciativa de

WILLIAM, PAI do fundador da Microsoft, é sócio honorário do Rotary Club de Seattle

caráter regional para expandir o emprego baseado na tecnologia, em Washington. Gates é um ardoroso defensor da educação, e dirigiu a campanha para levantamento de recursos para a escola pública de Seattle, em 1971. Ele é, ainda, membro do Conselho de Regentes da Universidade de Washington desde 1997 e fundador da Iniciativa para o Desenvolvimento Global, um grupo de líderes políticos e ci-

vis que atua junto ao governo norteamericano para injetar mais recursos no combate à pobreza global. Seu pronunciamento será na terceira sessão plenária da convenção, na terça-feira, 19 de junho, sob o tema Fundação Rotária. A sessão terá lugar no Salt Palace Convention Center, Halls A-D, das 9h30 às 11h45. Tradução de Eliseu Visconti Neto.

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FANÁTICOS POR

FESTA

Rotary Club do Rio de JaneiroGuanabara

Muitas vezes sentimos o desejo de dançar. O melhor lugar para satisfazer esta vontade é o Rio de Janeiro, durante o Carnaval, quando a cidade parece explodir ao som do samba. “É raro encontrar alguém que não goste do Carnaval,” afirma a EGD e sócia do Rotary Club do Rio de Janeiro-Guanabara, Adélia

SAMBA! SÃO milhões de participantes na festa do Carnaval, evento que antecede a Quaresma

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Villas. “Se você gosta de ritmo e de dança, esta pode ser uma boa experiência, pois tem autenticidade.” No intervalo dos sambas, você poderá recuperar no Rotary Club do Rio de Janeiro-Guanabara, na Ilha do Governador. Embora os sócios do clube apreciem se divertir – como todos os cariocas – a vigorosa programação do clube servirá para desfazer qualquer concepção errônea que possa haver devido a esse espírito festeiro dos cariocas. O clube já contribuiu para cerca de 20 projetos de Subsídios Equivalentes, através da Fundação Rotária, a maioria deles voltados para as necessidades das mulheres e das crianças. Clubes parceiros na França, Alemanha, Índia, Holanda, EUA e outros países enviam sócios ao Rio de Janeiro com freqüência para acompanhar o resultado desses projetos. Adélia, que foi a primeira governadora brasileira (1998-99), mostra sempre com prazer a Cidade Maravilhosa – como é chamado o Rio de Janeiro – e os projetos do clube. Caso você queira constatar o que torna o Rio de Janeiro tão especial, é necessário chegar lá durante o Carnaval, em fevereiro ou em março. Adélia Villas, que iniciou a sua carreira como profes-

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RIO ADMIRÁVEL RICA FANTASIA de plumas de destaque de uma escola de samba

A ROTARIANA canadense Ingrid Brestler visita a China em companhia do marido e da filha. Ela não deixou de comparecer a uma reunião do RC de Beijing, no ano passado

OS JOGOS Olímpicos de Beijing estão a apenas a um ano de distância

sora de música, tem uma afinidade muito especial pelo samba, gênero que comanda a festa com quatro dias de duração. “Todos têm que assistir ao Carnaval ao menos uma vez na vida, porque é algo de diferente – algo de grandioso e maravilhoso”, afirma ela. Grande como? Os participantes somam milhões, e não se surpreendam se encontrarem rotarianos no meio dessa multidão. “Por vezes, os rotarianos também dançam”, conta Adélia. “Está no sangue. Vem de dentro. Quando ouvimos o samba, gostamos de dançar.”

QUANDO

& ONDE

SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H Restaurante La Playa

Rotary Club de Beijing Estará em boa companhia quem estiver planejando ir a Beijing (Pequim) para os Jogos Olímpicos de Verão de 2008. A cidade

está se preparando para receber centenas de milhares de visitantes. Recupere em Beijing quando estiver por lá, e você também encontrará boa companhia. É freqüente os visitantes superarem em número os sócios daquele clube, onde se fala inglês e abriga companheiros de mais de 20 países diferentes. Trata-se de um Rotary Club de uma cidade que conta com mais de 15 milhões de habitantes, e cujo rol de palestrantes é deveras impressionante.

Alguns dos oradores mais recentes foram o economista-chefe do Banco Mundial, os embaixadores da Alemanha, Israel, Kuait e Ruanda. É bem verdade que foi fácil convidar o diplomata deste último país, pois ele é sócio do RC de Beijing.

QUANDO

& ONDE

TERÇAS-FEIRAS, ÀS 12H30 Kempinski Hotel Beijing BRASIL ROTÁRIO

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Rotary Club de ValênciaMediterrâneo Recupere no clube espanhol de Valência-Mediterrâneo entre 23 de junho e 7 de julho e assista, de perto e ao vivo, uma das mais prestigiosas competições de iates do mundo. O clube reúne-se num hotel defronte ao Mar Mediterrâneo, onde os competidores disputarão a 32ª Copa América. Este ano marcará a primeira vez em que um país europeu será palco da contenda, em mais de 150 anos, e os sócios do clube estarão a postos.

VELEJANDO! A tripulação do veleiro suíço Alinghi, vencedor da America’s Cup de 2003, luta com o velame. Em junho, a 32ª America’s Cup será na Espanha

QUANDO

& ONDE

QUINTAS-FEIRAS, ÀS 21H30 Hotel Sidi Saler

Rotary Club de Nova Orleans Milhares de rotarianos estarão presentes à Convenção 2011 do RI. Mas se você estiver ansioso por uma boa jambalaia. (N.E.: prato típico de Nova Orleans) e por dançar ao ritmo da zydeco (N.E: dança típica) vá até Crescent City no mês que vem, para 44

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assistir ao New Orleans Jazz and Heritage Festival. Esta festa anual, que junta muitos músicos, comida Creole abundante, e um estande de cervejas dirigido por rotarianos, tem início na manhã de sexta-feira. Chegue alguns dias antes, para evitar a multidão. Os rotarianos reúnemse pontualmente às 12h12 para honrar a história do clube: em 1910, o clube foi

QUANDO

& ONDE

QUARTAS-FEIRAS, ÀS 12H12 Plimsoll Club, Nova Orleans

o 12º do mundo a ser fundado.

Rotary Club de Waregem Os sócios do clube de Waregem, na Bélgica, movem-se mais à custa dos cavalos-vapor do que das próprias pernas. O principal evento anual do clube, para levantamento de fundos, é uma corrida clássica de automóveis. Mas eles também estarão aguardando os fãs que acorrem à cidade para o 94º Tour de France. A terceira e mais longa etapa do

circuito tem início em Waregem em 10 de julho, antes de rumar ao sul da França. Caso você esteja seguindo o circuito de 20 etapas e 3.500 quilômetros, interrompa e chegue a Waregem um dia antes, para recuperar.

QUANDO

& ONDE

SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 12H15 Restaurant’t Landhuis, Nokere

Tradução de Eliseu Visconti Neto


Escritório Contábil Nova Visão Ltda. CONTABILIDADE – DESPACHANTES LEGALIZAÇÃO DE FIRMAS

Imp. de renda p/Física e Jurídica Rua Álvaro Alvim, 31 - 16º andar - Centro Fone: (21) 2533-3232 G Fax: (21) 2532-0748 Cep: 20031-010 - Rio de Janeiro - RJ Direção: Joaquim Silva e José Soares

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Coluna do chairman da Fundação Rotária

The Rotarian e a FFundação undação RRotária otária

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o longo dos anos, a revista The Rotarian tem oferecido apoio inestimável à Fundação Rotária. Cada realização da entidade e cada evento ou aniversário recebem cobertura abrangente. Um dos artigos publicados por ocasião do cinqüentenário da Fundação destacou este marco significativo em nossa história. Em novembro de 1967, uma matéria de autoria do EPRI A. Z. Baker, intitulada “Encaremos o futuro”, incentivou o desenvolvimento de programas de maior âmbito. Em 1991-92, a The Rotarian comemorou o 75° aniversário da Fundação Rotária com 75 velas que simbolizavam a luz que a entidade emana sobre a vida de tantas pessoas necessitadas. Um dos artigos destacou o histórico Intercâmbio de Grupos de Estudos entre um distrito da Argentina e um da GrãBretanha após a guerra das Malvinas, em 1982. Uma matéria marcou o lançamento do programa Saúde, Fome e Humanidade, enquanto outra exaltou os tremendos esforços do governador de 1984-85 do distrito 6380, Richard Pearce, que percorreu a pé, juntamente com sua mulher Lois, de 70 anos de idade, uma distância de quase 6.000 km de uma ponta a outra do Canadá, de White Rock, na Colúmbia Britânica, a Halifax, na Nova Escócia, em 260 dias, com o objetivo de promover a Fundação Rotária. Cada uma dessas 75 velas representou uma história de compaixão, heroísmo, perspicácia, serviços, sucesso, paixão, sabedoria e amor. Este ano, a nossa Fundação comemora 90 anos. Já começamos a elaborar o livro que registrará os primeiros cem anos da entidade quando alcançarmos esse marco em 2017. Nossa Fundação continua a avançar, altiva e soberana. LUIS VICENTE GIAY EPRI e presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária

EM SETEMBRO, está chegando aos 54 anos de vivência rotária o companheiro Diomédis José Secchin, sócio e ex-presidente do RC de Cachoeiro de Itapemirim, ES (D.4410).

JÁ O EGD Pompilio de Albuquerque, sócio do RC de São Luis-Praia Grande, MA (D.4490) construiu uma apreciável folha de serviços nesses seus 57 anos de Rotary. Entre os muitos reconhecimentos recebidos, destaca-se o de Serviços Meritórios da Fundação Rotária. MAIS UM EGD, Nilmo José Sírio, formado em medicina no Rio de Janeiro, é sócio do RC de Santo Anastácio, SP (D.4510) e está completando 53 anos de ótimos serviços prestados à nossa organização.

OUTRO COM 53 anos de produtiva vida rotária é Guilherme Levy, que em todos esses anos tem mantido 100% de freqüência, e que teve a alegria de, recentemente, ser eleito sócio emérito do clube do qual foi presidente, o RC do Rio de Janeiro, RJ (D.4570). VEM DO RC de São PauloOeste, SP (D.4610) a boa notícia dos 50 anos rotários de Herculano Bressiani. O querido companheiro aparece desfilando com a bandeira do seu clube, acompanhado da mulher Beibe.

O CAMPEÃO do mês, com os seus 60 anos de serviços rotários, é do RC de Pádua, RJ (D.4750) e atende por José Mozart Perlingeiro Lavaquial. Parabéns a todos esses extraordinários companheiros! Se você tem 50 anos de Rotary ou mais, envie sua foto para a Brasil Rotário: ● E-mail: redacao@brasil-rotario.com.br Endereço postal: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar Centro – Rio de Janeiro – CEP: 20040-006

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Os filhos da meia-noite Salman Rushdie Companhia das Letras O muçulmano de família abastada Salim Sinai, que narra em primeira pessoa sua história, nasceu na cidade de Bombaim à meia-noite de 15 de agosto de 1947, no instante em que a Índia se tornava uma nação independente. A trajetória de Salim estará ligada à complexa e conturbada saga de seu país. Para complicar, ele descobre que foi trocado na maternidade por outro recém-nascido, e que na verdade deveria ser um hindu de família pobre. Todos os 1.001 indianos nascidos entre a meia-noite de 15 de agosto e a uma hora da madrugada de 16 de agosto de 1947 desenvolveram poderes extraordinários. O de Salim é a telepatia, que lhe permite reconstituir a história de sua família desde 1910 e examinar os acontecimentos políticos e culturais da Índia.

O inocente John Grisham Rocco Em 1971, Ron Williamson era o melhor jogador de beisebol de Oklahoma. Ao mesmo tempo que ganhava notoriedade por belas jogadas, ficava famoso por beber demais, usar drogas e envolverse com muitas mulheres. Esse comportamento, junto com um braço lesionado, acabou lhe custando a carreira. Quando voltou para sua cidade natal, Ada, em 1977, tinha perdido tudo. Da vida de glamour, restavam apenas as bebedeiras, que acentuavam o comportamento maníaco-depressivo do ex-jogador. Acusado de estupro por duas vezes, Williamson tinha uma ficha na polícia preenchida por vários outros pequenos delitos. Em 1982, ocorreu o assassinato de uma garçonete na cidade. Depois de um julgamento equivocado, Ron e seu amigo Dennis Fritz, principais suspeitos do crime, foram

Livros ○

presos e condenados – Williamson, ao Corredor da Morte; e Fritz, à prisão perpétua. Em seu novo livro, Grisham relata as formas de investigação empregadas pelos policiais e o tratamento dispensado aos condenados à morte em Oklahoma.

A Batalha de Salamina Barry Strauss Record Ocorrida em 480 a.C., a Batalha de Salamina foi o confronto naval mais importante do mundo antigo. No exíguo estreito entre a Ilha de Salamina e as terras da Grécia, a frota grega, em grande desvantagem numérica, derrotou a armada persa em uma brilhante vitória, até hoje analisada por estrategistas militares. Ao combinar seu conhecimento de história clássica com o talento natural para contar histórias, o autor torna a inexplicável vitória grega não somente explicável, mas também cativante. Com base em novas descobertas arqueológicas, ciência forense e até meteorologia, além de sua própria experiência como remador (é preciso lembrar que os navios da época eram impulsionados a remo), Strauss oferece uma nova versão da famosa batalha.

Cultura, consumo e identidade Lívia Barbosa e Colin Campbell FGV Por que as pessoas sentem tanto prazer em consumir e tanta vergonha e culpa em admiti-lo? Quais as especificidades do consumo em uma sociedade capitalista de mercado, como a nossa, e em uma sociedade socialista de mercado como a China?

Vale a pena ler MINHAS VIAGENS

É necessário investigar as diversas modalidades que as atividades de adquirir, fruir, manipular e conhecer bens e serviços adquirem na vida das pessoas e dos grupos sociais da sociedade moderna em oposição a outros universos sociais. Neste livro, os pesquisadores buscam fundamentar as relações entre cultura, consumo e as diversas concepções de pessoa, relações sociais, formas de mediação e comunidades a que o consumo está ligado no mundo contemporâneo. O objetivo dos pesquisadores é explorar alguns pressupostos fundamentais que podem ser considerados subjacentes ao fenômeno do consumo moderno.

Educação sustentável Mozart Neves Ramos Altana O autor é secretário de Educação do Estado de Pernambuco e presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação. No livro, Mozart traça um panorama inédito da educação básica e superior no Brasil e aponta o principal desafio para o futuro: colocar na mesma equação quantidade e qualidade. “Com quase 100% de suas crianças na escola – e, portanto, com acesso ao ensino fundamental universalizado – resta ao país levar essa universalização para toda a educação básica, e enfrentar a questão da qualidade e da sustentabilidade do ensino”, afirma o autor.

COM HERÓDOTO – Ryszard Kapu´sci´nski

– Cia. das Letras

O LIVREIRO DE CABUL – Asne Seierstad – Record AS VOZES DE MARRAKECH – Elias Canetti – Cosacnaify HISTÓRIA NATURAL DE PABLO NERUDA – Vinicius de Moraes – Cia. das Letras

ÁLBUM DE VIAGENS – Michael Crichton – Rocco

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Informe do RI aos rotarianos

Números do êxito

Giay relacionou os mais recentes sucessos da FR: I

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As contribuições e resultados dos investimentos em 2005-06 totalizaram US$ 162,1 milhões; O Fundo Permanente superou rapidamente a casa dos US$ 500 milhões e deverá chegar à meta do US$ 1 bilhão antes do prazo; Excluídos os investimentos do Programa Polio Plus, foram aprovados 2.640 subsídios para os Programas Humanitários, totalizando o recorde de US$ 30 milhões; O número de Subsídios Equivalentes aprovados, sustentados pelo Fundo Mundial, aumentou 19% e seu valor médio cresceu 28%; o uso dos FUDCs (Fundo Distrital de Utilização Controlada) cresceu 24%; Mais de 25 mil projetos já foram financiados, desde a criação dos Subsídios Equivalentes;

Escritório do RI no Brasil Home page: http://www.rotary.org.br

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Quadro Social (Assistência aos Governadores de Distrito e aos Clubes) Carlos A. Afonso carlos.afonso@rotary.org

Gerente Celso Fontanelli celso.fontanelli@rotary.org

Supervisora Financeira Sueli F. Clemente sueli.clemente@rotary.org Encomendas de Publicações, Materiais e Programas Audiovisuais Elton dos Santos elton.santos@rotary.org Tel.: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575

Endereço Rua Tagipuru, 209 São Paulo SP – Brasil – CEP 01156-000 Tel: (11) 3826-2966 Fax: (11) 3667-6575 Horário: 2ª a 6ª, de 8h00 às 17h00

Melhor momento da FR A Fundação Rotária ultrapassou as suas metas para 2006-07, sendo reconhecida por sua credibilidade e confiabilidade, afirmou o presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária Luis Vicente Giay (no alto), durante a Assembléia Internacional de 2007, em San Diego, EUA. “A nossa Fundação, sem sombra de dúvida, está vivendo o maior momento da sua história”, assegurou Giay. Existem mais de 200.000 fundações nos EUA, e a Fundação Rotária situa-se entre as maiores. Este ano, a Charity Navigator, que costuma classificar as instituições do gênero, colocou a FR entre as 50 melhores organizações,

Supervisor da Fundação Rotária Edilson M. Gushiken edilson.gushiken@rotary.org

A Seu Serviço

Este ano, os participantes dos Intercâmbios de Grupos de Estudos já ultrapassaram a casa dos 515, um recorde na história dos IGEs. Além disso, a Fundação conta, atualmente, com mais de 1 milhão de Companheiros Paul Harris. “Em breve, o número de Companheiros Paul Harris irá ultrapassar o número de rotarianos”, diz Giay em tom de brincadeira.

Inscrição para o Crei Informa o Rotary International Brazil Office: a Fundação Rotária está à procura de candidatos para a Bolsa Rotary pela Paz Mundial. Todos os distritos podem escolher seu candidato para participar do processo de seleção que, anualmente, concede em torno de 60 bolsas de estudo para um dos Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos. A data limite para o envio do formulário de inscrição do candidato selecionado pelo distrito é o dia 1º de julho de 2007.

com a classificação de quatro estrelas, que é a máxima. Os critérios para essa classificação compreendem a eficiência administrativa, a solidez dos investimentos e a excelência do controle sobre os seus programas, conta Giay. “Hoje em dia, há uma palavra que define, à perfeição, o que é a nossa Fundação: credibilidade”. Tal credibilidade, melhor do que qualquer outro atributo, foi o que atraiu novos doadores, que elevaram o nível das atividades de levantamento de fundos. De fato, o Fundo Anual de Programas estabeleceu em 2006-07 a sua meta mais ambiciosa: US$ 120 milhões.

Boyd recebe prêmio real A Rainha Elizabeth II (abaixo), da Grã-Bretanha, conferiu recentemente ao presidente do Rotary International, William B. Boyd, o Prêmio da Ordem de Companheiro do Serviço à Rainha (Companion of Queen’s Service Order Award). Esse prêmio é outorgado a residentes da Nova Zelândia que tenham prestado serviços voluntários relevantes à comunidade. A rainha escolhe 30 pessoas por ano. “Lorna e eu sentimo-nos honrados em receber o prêmio, mas temos consciência de que esse reconhecimento é feito pelo que o Rotary representa em nossa comunidade”, disse Boyd. Russell Clarke, presidente d o R C d e P a k u ranga, D.9920 (clube de Boyd), Nova Zelândia, afirma que todos os sócios sentiram-se muito felizes com o prêmio recebido pelo presidente do RI. “O clube está extremamente orgulhoso pelo trabalho de Bill e Lorna pelo Rotary”. A cerimônia de premiação será marcada após o término do mandato de Boyd. Ele receberá uma citação pelo serviço prestado à comunidade, bem como um distintivo e uma medalha.

Rotary International Secretaria (Sede Mundial) 1560 Sherman Avenue,Evanston, Il 60201 USA Phone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554 Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)


Companheiros doam carro para Apae Veículo transporta pessoas atendidas pela associação RC DE Patos-Norte, PB – As carroças, carrinhos de mão, bicicletas e cadeiras de rodas usados para levar até a Apae local os portadores de necessidades especiais agora fazem parte do passado dessas pessoas. Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de High Wycombe, Inglaterra (D. 1090) – o clube entregou um Fiat Ducato à associação. A entrega do veículo foi celebrada na cidade com programação especial. Constantemente necessitando da ajuda de voluntários para sobreviver, a Apae de Patos já fechou duas vezes. Com o objetivo de ajudar os assistidos pela associação, os companheiros, ao longo de dois anos, realizaram o projeto de Subsídios Equivalentes batizado de Apaexonante. Para viabilizar parte dos recursos, o clube editou e vendeu uma revista em que foi narrada a história de superação das crianças atendidas pela Apae. A entrega do veículo contou com a presença do casal governador José Jorge da Rosa e Maria Cecília e foi comemorada com desfile ao som da Filarmônica 26 de Julho até a Catedral de Nossa

D. 4500

O CASAL governador José Jorge da Rosa e Maria Cecília esteve na cidade especialmente para prestigiar a entrega do veículo

A APAE de Patos agora tem veículo para transportar portadores de necessidades especiais

Senhora da Guia, onde o bispo Dom Manoel dos Reis de Farias proferiu uma benção especial, além de missa em ação de graças, culto evangélico e apresentação da Fanfarra Dionísio Marques de Almeida, do Sesi.

FANFARRA DIONÍSIO Marques de Almeida, do Sesi, se apresenta como parte da programação especial

BRASIL ROTÁRIO

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D. 4310 RC DE ItuConvenção, SP – Para homenagear o Dia do Farmacêutico, o clube recebeu a farmacêutica Mariana Cintra Francischinelli, neta do companheiro Octávio Cintra, para proferir uma palestra.

OS 13 intercambiados que cumprem o Programa de Intercâmbio de Jovens no distrito 4410 ensaiaram para desfilar na Escola de Samba Mocidade Unida da Glória, no carnaval de Vitória, capital do ES.

D. 4410

RC DE Capela, SE – Os companheiros comemoraram o terceiro aniversário do time mirim de futebol, batizado de Azul e Amarelo pelos próprios jogadores e formado por crianças de oito a 12 anos de idade. A celebração incluiu a realização de uma missa.

D. 4390

RC DE Domingos Martins, ES – O clube utilizou parte dos recursos obtidos com a Festa da Boneca Viva, realizada em parceria com a Casa da Amizade local, e adquiriu quatro cadeiras de rodas, três cadeiras de banho e quatro muletas para dar início ao Banco Ortopédico.

D. 4430

RC DE São Paulo-Vila Carrão, SP – Com o empenho da Associação das Famílias de Rotarianos de Vila Carrão, o clube reuniu 200 estojos, canetas e outros tipos de material escolar para a campanha Volta às Aulas, organizada pelo distrito.

50

ABRIL DE 2007

RC DE Guarulhos, SP – Lançou a Campanha para Arrecadação de Livros Usados e instalou pontos de coleta pela cidade com o objetivo de reunir livros para o Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário Jardim Testai e para a creche Pingo de Amor.


D. 4470

RC DE Rondonópolis, MT – Em parceria com a primeira dama do município Rose Sachett, os companheiros entregaram 200 cobertores para a Casa Esperança.

D. 4440

RC DE AraçatubaCentenário, SP – Em nome do clube, o companheiro Ossamu Watanabe e a presidente Cida Caretta homenagearam os jornalistas Valdivo Pereira e Roberto Alexandre, do jornal Folha da Região, que receberam o Prêmio Esso de Jornalismo pela reportagem A Rota das Mulas, sobre o preparo, embalagem, transporte e distribuição de drogas da Bolívia para o Brasil.

RC DE Fortaleza-Benfica, CE – O clube tem como prioridade a assistência a creches em bairros da periferia da cidade, e hoje cuida de mais duas, além da Creche Vó Estefânia (foto). Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Toulon-Levant, França (D. 1730) – o clube adquiriu material escolar, um bebedouro e uma copiadora para a Creche Escola Crianças do Nordeste. Em parceria com o empresário José Dimas Diniz Rufino, o clube vem doando alimentos, material de limpeza, remédios e produtos de higiene pessoal para a Creche Vida Esperança. Além disso, os companheiros também têm coletado roupas e sapatos usados para moradores de rua assistidos pelo Recanto do Sagrado Coração.

D. 4490

RC DE Ibitinga, SP – Intercambiada do Brasil nos EUA, a jovem Carolina Colautti Vergaças esteve na cidade de Gulfport, no Mississipi, região atingida pelo furacão Katrina, para trabalhar como voluntária na reconstrução de casas, junto com companheiros do RC de Four Peaks, EUA (D. 5510).

D. 4480

D. 4500

RC DE Itápolis, SP – Por meio de Subsídio Distrital Simplificado, o clube doou um oxímetro à Santa Casa local. O aparelho serve para medir o nível de oxigênio no sangue.

RC DE São José do Egito, PE – Com os recursos obtidos com uma feijoada beneficente, o clube presenteou as 40 crianças da Creche São João.

BRASIL ROTÁRIO

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RC DE Dracena, SP – Realizou uma cerimônia para comemorar a conclusão do curso de alfabetização de adultos, que beneficiou 19 alunos. Em uma outra ocasião, o presidente Valdomiro Nunes, em nome do clube, entregou ao provedor da Santa Casa local, Lúcio Sacco, três cadeiras de rodas, adquiridas por meio de Subsídio Distrital Simplificado.

D. 4510

RC DE Bom Conselho, PE – Em Visita Oficial ao clube, o casal governador José Jorge Indrusiak da Rosa e Maria Cecília posou com os companheiros diante do Marco Rotário.

D. 4500

D. 4520

RC DE Jequitinhonha, MG – Os companheiros entregaram 500 cestas básicas a famílias carentes do município. A ação é realizada desde 2002 e as cestas são doadas pela Tropical Cosméticos, da cidade mineira de Betim.

RC DE Caratinga-Leste, MG – No atual ano rotário, os companheiros já atenderam a 47 famílias com empréstimos de cadeiras de rodas, colchões de ar e muletas. Fundado em 2000, o Banco de Cadeiras de Rodas do clube já beneficiou cerca de 450 famílias desde então.

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ABRIL DE 2007

RC DE Belo Horizonte-São Lucas, MG – O clube capacitou 24 professoras na metodologia CLE para contribuírem com o projeto Lighthouse. As profissionais receberam o certificado em festiva com as presenças do governador Domingos Souto e do EGD Geraldo Eustáquio Alves.

RC DE Itabira, MG – Os companheiros presentearam os alunos da Escola Municipal Virgílio José Gazire com cestas de alimentos. Em outra ocasião, organizaram uma reunião de companheirismo em uma chácara para comemorar o 102º aniversário do RI.


D. 4570

RC DE Brasília-Lago Sul, DF – Com a doação de cerca de 3.500 livros, o clube criou uma biblioteca na Igreja Santa Luzia, localizada na cidade de São Sebastião, DF. Também naquela igreja, mas em outra ocasião, o RC promoveu o 25º Bazar Beneficente, em que vendeu brinquedos, roupas, calçados, eletrodomésticos e móveis a preços simbólicos para destinar a renda a reformas na paróquia. Em mais uma ação, desta vez junto com o RC de Brasília-Oeste, os companheiros doaram cadeiras de rodas para deficientes físicos carentes, na sede da Fundação de Rotarianos de Brasília.

D. 4530

OS RCs do Rio de Janeiro, Rio de JaneiroGlória e Rio de Janeiro-Vila Isabel, RJ (D. 4570) estão trabalhando juntos no Projeto de Aparelhos Auditivos e recentemente beneficiaram 40 crianças. Os aparelhos de última geração foram adquiridos com financiamento dos RCs de Bad Neuenahr-Ahrweiler, Alemanha (D. 1810) e Singapura, Singapura (D. 3310), Fundação Rotária e Fundação dos Sócios do Rotary Club do Rio de Janeiro, em parceria com a empresa Starkey do Brasil e Siemens da Alemanha. Além deles, o RC de Kleve, Alemanha (D. 1870) também contribuiu, doando aparelhos. Os presidentes dos RCs de Bad Neuenahr-Ahrweiler, Klaus Platz, e Dortmund-Neutor, Alemanha (D.1900), Jochen Schroer, vieram especialmente para a entrega dos aparelhos, que também contou com a presença do diretor da Starkey do Brasil, Marco Antonio Ferreira, do coordenador da Fundação Rotária no distrito 4570, EGD Bemvindo Augusto Dias, e de companheiros dos três clubes brasileiros.

D. 4580

RC DE Santa Rita do Passa Quatro, SP – Apoiado pelos atiradores do Tiro de Guerra, o clube realizou a Campanha do Óleo e doou um total de 1.435 unidades de óleo para o Colégio Dom Luiz Carbulotto, Apae local, Lar São Vicente de Paulo e instituição de reabilitação Casa Dia.

RC DE Rio Pomba, MG – Os companheiros arrecadaram roupas, alimentos não-perecíveis e brinquedos para os desabrigados em conseqüência das enchentes na cidade mineira de Miraí.

RC DE Itabuna-Sul, BA – Em parceria com a indústria têxtil Trifil, o clube doou 50 cestas básicas para entidades assistenciais do município em dezembro. Desde janeiro, 20 cestas básicas estão sendo doadas a cada mês. Na foto, os companheiros com o diretor da Trifil Antônio Bueno (penúltimo a partir da esquerda), no pátio da empresa.

RC DE São Pedro, SP – O clube patrocinou a capacitação de professoras da rede municipal de ensino no método CLE para trabalharem com o projeto Lighthouse. As professoras receberam certificados fornecidos pela Universidade Federal de Ouro Preto.

D. 4540

D. 4550

D. 4590

BRASIL ROTÁRIO

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Clube patrocina casas Moradias são construídas na zona norte de Londrina

RC DE Londrina-Norte, PR – Graças a uma arrecadação mensal entre os companheiros, realizada de março a dezembro do ano passado, o clube patrocinou dez casas do programa Onde Moras. As novas moradias foram construídas no Jardim São Jorge, na zona norte de Londrina, em benefício de famílias carentes não qualificadas para nenhum outro projeto de moradia de interesse social oficial, por possuir renda muito baixa. Idealizado pelo engenheiro Maurício Costa, o programa Onde Moras completou sua primeira década de existência em 2006 e ao longo desse período construiu e entregou 219 casas de 40,69 m2 com dois quartos, banheiro, sala e cozinha. No início do programa, o Onde Moras funcionava em sistema de mutirão, reunindo dez famílias que deslocavam um de seus membros para trabalhar na construção das dez casas durante os três meses geralmente necessários para a conclusão dos trabalhos. As moradias eram totalmente construídas com materiais reaproveitados. Hoje, o programa ainda reaproveita sobras de demolições, mas conta com o apoio da Caixa Econômica Federal, o que fez com que as casas passassem a ter 80% de materiais novos. Além de construir casas, o Onde Moras qualificou diversos trabalhadores cedidos pelas famílias para os seus projetos de casas próprias e agora essas pessoas possuem emprego e renda.

D. 4710

AS CASAS são construídas segundo um modelo padrão de 40,69 m2

O PROGRAMA Onde Moras recebe o apoio da Caixa Econômica Federal para erguer as moradias

O ONDE Moras qualificou trabalhadores que hoje possuem emprego e renda

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O PROGRAMA beneficia famílias não qualificadas para nenhum outro projeto de moradia


D. 4600 RC DE Paraíba do Sul, RJ – Graças a uma parceria com a Petrobras, a Associação dos Deficientes Auditivos de Paraíba do Sul (Adaps), que conta com a participação da maioria dos rotarianos do clube, vem realizando gratuitamente o teste da orelhinha em bebês, além de exames de audiometria (exame que avalia a audição quantificando-a em grau e tipo) e impedanciometria (exame utilizado para fornecer informações objetivas sobre a integridade funcional do ouvido), entre outros. Paralelamente a esse trabalho, a Adaps criou o Instituto de Educação, patrocinado pela Petrobras e com equipamentos doados pelo RC. O projeto realiza o diagnóstico da surdez desde o nascimento, cuida da reabilitação, encaminha para escola e oferece curso profissionalizante.

D. 4610

RC DE São Paulo-Barra Funda, SP – Com o Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Riverbank, EUA (D. 5520) – os companheiros entregaram ao superintendente da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Antonio Carlos Forte, um Oxylog 2000 (ventilador de urgência que serve para respiração artificial) para a ambulância da instituição, além de equipamentos periféricos que são ligados ao aparelho. RC DE São PauloButantã, SP – Aos 102 anos de idade, Elvira Meirelles Breves tomou posse como sócia honorária do clube. A homenageada é mãe da ex-presidente Marly Meirelles Breves Baruffaldi e do EGD do distrito 4510 Raul Meirelles Breves. Na foto, ela está acompanhada do presidente Arnaldo Tadeu Poço e do governador Clovis Prada.

RC DE Paracambi, RJ – O clube patrocinou e sediou a 1ª Expoflora de Orquídeas e Bromélias de Paracambi. O evento recebeu a visita de mais de 2.000 pessoas da cidade e de municípios vizinhos. Durante a exposição, foi oferecido um curso sobre cultivo de orquídeas.

RC DE Taubaté-Sul, SP – Em Visita Oficial, o casal governador Marco Toledo de Piza e Neuza Maria conheceu o Banco de Leite Humano, mantido pelo clube em parceria com o Serviço de Proteção à Criança, Universidade de Taubaté, Fundação Universitária de Saúde e a prefeitura municipal. O casal também visitou o Comando da Aviação do Exército e foi homenageado com uma festiva no RC.

RC DE MaringáColombo, PR – Os companheiros entregaram ao Núcleo Social Papa João XXIII os R$ 90 mil obtidos com a Campanha de Antecipação do Recolhimento do Imposto de Renda, realizada em favor do Fundo Municipal da Criança e da Adolescência.

D. 4630

BRASIL ROTÁRIO

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D. 4640 RC DE Marechal Cândido RondonBeira Lago, PR – Pelo segundo ano consecutivo, os companheiros realizaram o projeto Rio Limpo, Rio Vivo e limparam as margens do rio Arroio Fundo e as sangas Borboleta, Matilde Cuê e Ajuricada, com apoio da Associação de Senhoras de Rotarianos, Interact Club, prefeitura municipal, Faculdade Rui Barbosa, grupo de escoteiros 25 de Julho, Associação de Moradores do Guarani, Associação dos Técnicos Agrícolas de Marechal Cândido Rondon e Itaipu Binacional. Os voluntários também trabalharam na conscientização ambiental da população ribeirinha e, junto com a secretaria de estado do Meio Ambiente, repovoaram o rio com milhares de alevinos. Em outra ocasião, o clube promoveu o Dia da Saúde, em parceria com a União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer, prefeitura municipal e Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor, oferecendo consultas médicas e odontológicas e venda de produtos naturais a 600 pessoas.

RC DE Tubarão-Cidade Azul, SC – Em Visita Oficial, o governador Eloir André Kuser (centro) esteve na Fundação Educacional Joana de Angelis junto com companheiros do clube. A instituição atende hoje a 150 crianças de até seis anos de idade. Em uma outra oportunidade, o sócio honorário José Alcino Alano recebeu do vereador Edson Firmino uma Menção Honrosa pelo projeto de utilização de materiais recicláveis na fabricação de painéis aquecedores de água, que beneficia entidades da região.

D. 4651

D. 4650

RC DE Hermann Blumenau, SC – O clube assinou as peças publicitárias e apoiou a divulgação do concerto Gidon Kremer & Orquestra Kremerata Báltica. O violinista e a orquestra apresentaram-se no Teatro Carlos Gomes, com patrocínio da Bunge Alimentos. O evento cultural viabilizou a reforma da ala pediátrica do Hospital Santa Isabel. Em outra ocasião, o RC homenageou o empresário Osvaldo Luciani, em alusão ao Dia do Gráfico.

D. 4660 RC DE Três Passos, RS – Distribuiu alimentos nãoperecíveis a 29 famílias carentes da comunidade. Os alimentos foram adquiridos com a renda obtida com um baile beneficente e as famílias beneficiadas foram escolhidas e cadastradas por agentes de saúde.

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ABRIL DE 2007

RC DE Balneário Camboriú, SC – Em parceria com o Senac, o clube realizou o Programa de Educação para o Trabalho, com o objetivo de preparar jovens de famílias de baixa renda para o primeiro emprego. Com duração de quatro meses, o projeto beneficiou 30 alunos da Escola Municipal Presidente Médici.

D. 4670 EM VIAGEM ao Japão, o presidente do RC de Porto AlegreAeroporto, RS (D. 4670), Nolci Paulo Baptista dos Santos, e o governador indicado 2008-09 Eliseu Gonçalves, participaram de uma reunião no RC de Tóquio, Japão (D. 2580).


D. 4670 RC DE Sapiranga, RS – Junto com a Casa da Amizade local, o clube participou da campanha de vacinação contra a poliomielite. RC DE Campos-São Salvador, RJ – Distribuiu cestas básicas para vítimas da enchente na localidade de Azurara, no Morro do Coco, em Campos.

D. 4750

RC DE Santa Cruz do Sul-Avenida, RS – Entregou três computadores com impressoras para a Escola Felipe Becker. Em uma outra oportunidade, os companheiros doaram fraldas, banheiras, toalhas e compressas para a maternidade do Hospital Santa Cruz.

D. 4680

O PROJETO Matas Ciliares, desenvolvido pelo distrito 4680 em parceria com clubes, prefeituras municipais e a iniciativa privada em benefício do meio ambiente, foi agraciado com o Prêmio Responsabilidade Ambiental/RS, instituído pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, idealizado e organizado pelo Instituto LatinoAmericano de Proteção Ambiental Borboleta Azul e apoiado pela Associação Riograndense de Imprensa. Em nome do distrito, o EGD e coordenador do projeto, Benito Boni, recebeu o prêmio no Theatro São Pedro, na cidade de Porto Alegre.

RC DE Patos de MinasParanaíba, MG – O clube construiu a Unidade de Repouso Chilon Gonçalves, erguida no Centro Terapêutico Shalom (Fazendinha Senhor Jesus). A entrega da unidade possibilitou a internação de outros 36 residentes com dependência química.

D. 4760

RC DE Bagé-Campanha, RS – Na presença do governador Antonio Planella, entregou os certificados de conclusão do curso aos alunos do projeto comunitário Informática para Todos, desenvolvido com o objetivo de promover a inclusão digital na região da Campanha.

D. 4780

BRASIL ROTÁRIO

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RC DE Olímpia, SP – Junto com a família rotária e com apoio de empresas locais, promoveu o 3º Arrastão da Solidariedade, coletando alimentos para entidades assistenciais do município, e o 4º Mutirão da Cidadania, em que ofereceu prestação de serviços e um bazar de roupas usadas, brinquedos e utilidades. Em outra ocasião, participou da realização da Semana da Saúde, organizada pela Pastoral da Saúde da Paróquia de São João Batista com o objetivo de cadastrar possíveis doadores de medula óssea na cidade.

D. 4480

RC DA Bahia, BA – Receberam o Prêmio Saúde da Editora Abril, na categoria Saúde da Mulher, as campanhas para a detecção precoce do câncer de mama patrocinadas pelo clube e realizadas em 2003 e 2005 no Colégio Rotary de Itapuã, em Salvador, em parceria com a Clínica de Mastologia e Mamografia Anna Paola Noya Gatto.

D. 4550

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O RC de Salvador-Pituba e o Rotaract de Salvador-Porto da Barra, BA (D. 4550) promoveram uma manhã de ludoterapia para os idosos do Lar Irmão Gabriel, na Baixa do Bonfim, em Salvador, e doaram mais de 80 kg de biscoitos, roupas, toalhas de banho, lençóis e utensílios de cozinha para a instituição. O evento contou com a participação dos EGDs Elizabeth Cunha e José Antonio da Cunha, intercambiados e fisioterapeutas convidados.

Siglas rotárias Conheça abaixo o significado de algumas siglas que você vai encontrar com freqüência na literatura sobre o Rotary e nas páginas da Brasil Rotário: Apar – Associação Patrulha Jovem B R – Brasil Rotário CCFR – Conselho de Curadores da Fundação Rotária CDRI – Conselho Diretor do Rotary International CIEE – Centro de Integração Empresa-Escola Crei – Centros Rotary de Estudos Internacionais da Paz e Resolução de Conflitos CRFR – Coordenador Regional da Fundação Rotária D. – Distrito DERI – Diretor eleito do Rotary International DNI – Dia Nacional de Imunização (campanha de combate à pólio) DRI – Diretor do Rotary International EDRI – Ex-diretor do Rotary International EGD – Ex-governador de distrito EPRI – Ex-presidente do Rotary International EVPRI – Ex-vice-presidente do Rotary International FDUC – Fundo Distrital de Utilização Controlada FR – Fundação Rotária GA – Governador assistente Gats – Seminário de Treinamento para Governadores Assistentes Gets – Seminário de Treinamento para Governadores Eleitos IGE – Intercâmbio de Grupos de Estudos NRDC – Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário PER – Presidente eleito do Rotary International Pets – Seminário de Treinamento para Presidentes Eleitos PLD – Plano de Liderança Distrital R C – Rotary Club RI – Rotary International Ribi – Rotary na Grã-Bretanha e na Irlanda Ryla – Prêmios Rotários de Liderança Juvenil 3-H – Subsídio Saúde, Fome e Humanidade

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ABRIL DE 2007

VEJA SEU CLUBE NA BRASIL ROTÁRIO

A

BR é uma das revistas rotárias que mais dedicam espaço às ações realizadas pelos clubes e distritos. Todos os meses, publicamos diversas páginas com fotos que ilustram o que vem acontecendo nos Rotary Clubs, Casas da Amizade, Rotaracts e Interacts de todo o país. Para que isso aconteça, nós contamos com sua colaboração, leitor. É fundamental que suas cartas e e-mails sejam enviados à redação de forma correta, incluindo o nome completo do clube, o local e a data em que foram realizados os projetos e um breve relato sobre a importância deles para sua comunidade. Lembramos que a Brasil Rotário não publica posses ou fatos que possam obter o merecido destaque nos boletins do clube. Se o seu projeto foi feito com a ajuda de parceiros, envie seu nome completo – sejam eles outros Rotary Clubs, entidades ou empresas públicas e privadas do Brasil e do exterior. No caso das siglas, explique-nos o que elas significam. Um detalhe importante: a Brasil Rotário não extrai matérias nem fotos de boletins e informativos enviados à redação pelos clubes. Envie os textos e imagens que você quer ver publicado por e-mail, seguindo as recomendações desta página. Não esqueça de enviar também um telefone de contato do seu clube (com o código de DDD) para que possamos falar com você em caso de dúvida. As matérias são publicadas na revista por ordem de chegada, e às vezes é preciso ter um pouco de paciência até a publicação, pois há mais de 2.200 Rotary Clubs no Brasil que também esperam ver seus projetos estampados em nossas páginas. FOTOS Dê preferência às imagens que demonstrem movimento. Quanto menos posada a foto, melhor. É indispensável que as fotos tenham foco e nitidez (cuidado com a contraluz!) e estejam completamente identificadas, contendo o nome e o sobrenome de todos os fotografados (no caso dos grupos de até seis pessoas, nominados a partir da esquerda). Uma boa dica é que seja contratado um fotógrafo profissional para fazer a cobertura dos eventos mais importantes. Se a sua foto for de papel, não escreva nada no verso, e tenha o cuidado de protegê-la bem ao enviar pelo correio. Quando as fotos forem digitais – enviadas por e-mail, disquete ou CD – é necessário que elas tenham pelo menos 300 DPIs de resolução. Se o envio for feito por e-mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. Se você tiver alguma dúvida, entre em contato com a redação: e-mail:redacao@brasil-rotario.com.br telefone: 21-2509-8142 endereço: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar CEP: 20040-006 / Rio de Janeiro – RJ Nós e os rotarianos de todo o Brasil estamos esperando para ver o seu clube na revista.


Senhoras em Ação ○

EM NOME da Casa da Amizade de Domingos Martins, ES(D.4410) a presidente Marluce Nunes e a integrante Terezinha Valente entregaram 32 lençóis para a enfermaria da Fundação Hospitalar e de Assistência Social de Domingos Martins. A doação foi adquirida com parte do lucro obtido com a Festa da Boneca Viva, promovida anualmente com o apoio do RC local.

A CASA da Amizade de Pirassununga, SP(D.4590) doou kits de higiene pessoal ao Asilo Nossa Senhora de Fátima, que funciona há 90 anos.

EM PARCERIA com a secretaria municipal de Assistência Social e para celebrar o Dia do Idoso, a Associação de Senhoras de Rotarianos de Cruzeiro do Oeste, PR(D.4630) realizou o projeto Cuidado Corporal e Sexualidade na Terceira Idade. Foram ministradas três palestras na Sociedade Beneficente de Apoio ao Idoso de Cruzeiro do Oeste (Sobaico) e ao final de cada uma delas foi servido lanche e houve sorteio de brindes e cestas básicas, doados pelas senhoras e pela Sobaico. O evento contou com a presença do prefeito José Carlos Becker de Oliveira e Silva e de outras autoridades políticas locais.

A CASA da Amizade de Votuporanga, SP(D.4480) destinou à Fundação Rotária os recursos obtidos com a venda do livro de receitas produzido pelas senhoras. A doação foi entregue ao EGD Márcio Sansão durante o 1º Seminário de Treinamento de Líderes do Rotary, no município paulista de Ibirá.

AS INTEGRANTES da Casa da Amizade de Caconde, SP(D.4590) doaram 180 enxovais para a maternidade local. A doação foi entregue ao rotariano e provedor da Santa Casa do município, Carlos Augusto de Oliveira Zerbini.

AS SENHORAS da Casa da Amizade de Alto Taquari, MT(D.4770) promoveram uma confraternização para marcar o encerramento do ano letivo do curso de alfabetização de adultos, apoiado pelo RC e pelo Interact Club locais. No encontro, foram realizadas palestras de motivação e sorteios de brindes e cestas básicas.

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Novos Companheiros Paul Harris ○

D. 4410

D. 4470

AGRACIADO: MIGUEL dos Santos Costa, sócio do RC de VitóriaJucutuquara, ES, por ocasião da Visita Oficial do governador Pedro Carlos Sabadini e na presença do presidente Jossyl Cesar Nader. AGRACIADO: LUIZ Euzébio Polotto, sócio do RC de Itápolis, SP, acompanhado da mulher, Cleonice. ENTREGUE POR: presidente Gisele Buttarello.

AGRACIADO: OSMAR Paulo Dias, companheiro do RC de Ivinhema, MS, ladeado pelo EGD Oswaldo Casarotti e pelo presidente José Alberto Ronchesel.

D. 4480

AGRACIADO: FRANCISCO Gonçalves Filho, do RC de Itápolis, SP, acompanhado da mulher, Oneide. ENTREGUE POR: presidente Gisele Buttarello.

D. 4530

D. 4510

AGRACIADO: ELIAS de Oliveira Motta, do RC de Brasília-21 de Abril, DF, ladeado pelo companheiro Francisco de Castro Morato e pelo EGD Sylvio Santinoni.

AGRACIADO: WALDIR Max, companheiro do RC de Assis, SP. ENTREGUE POR: presidente Elizeo Mazo.

D. 4540

AGRACIADO: UDISON Moreira de Carvalho, sócio do RC de Duartina, SP. ENTREGUE POR: ex-presidente Leonel Artur Carvalho.

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ABRIL DE 2007

AGRACIADOS: PAULO Delibo, Paulo dos Santos, Vinicius Scovini, Marcio Arantes, Carlos Paladini, Savio Ferreira, e Jesualda Tavares, companheiros do RC de Ribeirão PretoCampos Eliseos, SP, Aparecida Sturaro e Maria Luiza Figeira, integrantes da Casa da Amizade local, companheira Gilsa Matineli, que doou os títulos à neta, Julia, e à filha, Renata, Dinalva Legnari e Aparecida Duarte, da Casa da Amizade, e companheiro Gilberto Pádua, nas presenças do casal ex-presidente Sylvio Ortega e Maria Luiza e do casal EGD João Carlos Cazú e Magda.


Novos Companheiros Paul Harris ○

D. 4600 AGRACIADO: MÁRIO de Carvalho Joaquim, companheiro do RC de TaubatéOeste, SP. ENTREGUE POR: presidente Nório Inaba e governador Marco Antonio Toledo de Piza.

AGRACIADA: SILVIA Mara Martins, do RC de Caraguatatuba, SP. ENTREGUE POR: governador Marco Antonio Toledo de Piza.

D. 4630 AGRACIADO: KLEBER Luís Floés, sócio do RC de MaringáColombo, acompanhado da mulher, Sandra, e dos dois filhos. ENTREGUE POR: governadora Maria da Penha Oliveira Surjus, nas presenças do EGD Ludovico Axel Surjus e do presidente Cícero Luiz Moser.

D. 4660

AGRACIADO: SÉRGIO Dautartas (esquerda), companheiro do RC de Tupanciretã, RS. ENTREGUE POR: governador assistente e companheiro do mesmo clube Leopoldo Pich.

D. 4670

D. 4700

AGRACIADOS: JAIRO Viegas e Manoel Serafim, companheiros do RC de CanoasIntegração, RS, na presença do presidente José Carlos Freitas.

AGRACIADA: IRMA Rossi, mulher do EGD Romeu Rossi. ENTREGUE POR: governador Eronilde Ribeiro, na presença de Maria Pacheco.

D. 4730 AGRACIADOS: ROBERTO Francisco de Oliveira e José Virgílio de Avellar, no RC de Curitiba-III Milênio, PR. ENTREGUE POR: casal governador Paulo Zanardi e Luly.

AGRACIADOS: LUIZ Carlos Silveira Bittencourt e Karen Ellen Moritz, no RC de Curitiba, PR. ENTREGUE POR: casal governador Paulo Zanardi e Luly.

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Novos Companheiros Paul Harris ○

D. 4730 AGRACIADO: HENRIQUE Anibal Correa, companheiro do RC de Guaratuba, PR. ENTREGUE POR: presidente Luciane Lima Ferraz.

D. 4770

AGRACIADA: IRIA Néia Eberhardt, companheira do RC de Santa Rita do Araguaia, GO, e Alto Araguaia, MT. AGRACIADO: JANKIEL Rodrigo Niedermeier. ENTREGUE POR: Jacson Marlon Niedermeier, companheiro do RC de Santa Rita do Araguaia, GO, e Alto Araguaia, MT.

D. 4750 AGRACIADA: IRACEMA Lameiras Vaz da Silva, sócia do RC de Saquarema, RJ. ENTREGUE POR: casal governador Joel Rodrigues Teixeira e Suely.

D. 4780 AGRACIADO: VALMOR Lindolfo Schott, expresidente do RC de Paraíso do Sul, RS. ENTREGUE POR: Edor Bernardo Lüdtke e Aldo Valdemar Grelmann May.

AGRACIADO: JACSON Marlon Niedermeier, companheiro do RC de Santa Rita do Araguaia, GO, e Alto Araguaia, MT, com uma safira.

AGRACIADA: MARIA Josineide Lopes, companheira do RC de Santa Rita do Araguaia, GO, e Alto Araguaia, MT, com uma safira. ENTREGUE POR: companheira Iria Néia Eberhardt.

AGRACIADOS: JOÃO de Deus Pereira e Jane de Almeida Silva, com títulos Companheiro Paul Harris, Joarez Rezende, com uma safira, e Myriam de Andrade Domingues e Álvaro Otávio Macedo de Andrade, também com títulos Companheiro Paul Harris, no RC de Ituiutaba, MG.

Faça sua doação à Fundação Rotária do Brasil 62

ABRIL DE 2007


Löffler, Rotary Magazin

☺ Dois anjos conversam:

– Como vai estar o tempo amanhã? – A previsão diz que será um dia nublado. – Que bom! Assim, vamos ter lugar para sentar!

☺ Um paciente do hospital olha com

espanto a refeição frugal que lhe serviram de acordo com as instruções médicas. Depois de comer devagar uma pequena tigela de sopa, três folhinhas de alface e 20 gramas de frango cozido, ele pede à enfermeira: – Por favor, poderia me trazer um selo? – Para quê? – pergunta ela, intrigada. – Gosto de ler depois do jantar. Colaboração do EGD Hertz Uderman.

☺ O caipira comprou uma câmara di-

gital e levou para seu sítio. Chegando lá com aquela novidade que ninguém nunca tinha visto algo igual, ele diz: – Pessoar, todo mundo prá perto da cerca de arame farpado ali que eu vou tirá uma foto. Ele programou o temporizador e correu para junto de todos. Quando os outros o viram correr, saíram correndo se rasgando na cerca... E ele perguntou: – O que aconteceu, uai? Sua tia respondeu: – Se ocê que conhece esse negóço ficou com medo, imagina nóis que num conhece. Colaboração de Eliseu Visconti Neto (RC de Presidente Prudente-Norte, SP).

☺ A professora perguntou:

– Quem quer ir para o céu? Todos levantaram a mão, menos Joãozinho. – Por que você não que ir para o céu, João? – perguntou a professora com ar desconfiado. E o menino retrucou: – É que a minha mãe pediu para que quando acabasse a aula eu fosse direto para casa.

☺ – Professora, alguém pode ser cas-

tigado por uma coisa que não fez? – Não. – Ufa, que bom! É que eu não fiz os trabalhos de casa.

☺ – Menino, diga o presente

do

indicativo do verbo caminhar. – Eu caminho... tu caminhas... Ele caminha... – Mais depressa! – Nós corremos, vós correis, eles correm!

☺ Professor: “Chovia”, que tempo é?

Aluno: É tempo muito mau, senhor professor. Colaborações do Companheiro Marcos Buim do RC de São Caetano do SulOlímpico, SP(D.4420).

☺ Um dia um homem muito rico deu

uma festa. Ele tinha uma piscina cheia de jacarés e, como estava bêbado, decidiu desafiar seus convidados: – Quem pular nessa piscina ganhará todos os meus apartamentos! Mas ninguém pulou. Ele decidiu aumentar a oferta: – Quem pular nessa piscina vai ganhar todos os meus apartamentos e carros importados! Ninguém se mexeu. Ele foi ainda mais ousado: – Quem pular nessa piscina vai ganhar meus apartamentos, carros importados e aviões.

Enfim, um homem pulou. Quando ele saiu da piscina, todo machucado das dentadas dos jacarés, o rico perguntou: – Você quer todas as coisas que eu falei? E o homem respondeu: – Não, eu só quero matar o idiota que me empurrou dentro da piscina.

☺ Dois homens estavam conversan-

do na fila da alfândega e um reparou que o outro estava voltando com uma caixa de uvas da Argentina para o Brasil. Aí, ele pergunta: – Pra que essa caixa de uvas argentinas? O outro responde: – É para a minha mulher que está grávida. Ela está com desejo e como não era época no Brasil, tive que ir até a Argentina. O outro diz: – Isso é um absurdo! Não faz o menor sentido! Quando minha mãe estava grávida teve vontade de comer LP já riscado... você acha que o meu pai deu? Você acha que o meu pai deu? Você acha que o meu pai deu? Você acha que o meu pai deu?... Extraído da internet. BRASIL ROTÁRIO

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Rotary também é beleza Misses internacionais ajudam o Rotary de Colombo-East, Sri Lanka, na campanha para arrecadação de fundos

O

Rotary Club de Colombo-East da conhecida Rozanne Dias, Miss Sri (D.3220), em parceria com o Lanka para o concurso Miss Universo Conselho de Turismo do Sri 2005, foram apresentadas como conviLanka, teve o orgulho de apresentar um dadas e tomaram parte na campanha para belo grupo de vencedoras de concursos o levantamento de fundos. de beleza, no que foi o mais glamoroso Em 2006, a ex-presidente do RC evento de modas do país, em fevereiro Colombo-East, Cida Subramaniam, lidede 2007, no Waters Edge, Battaramulla. rou o evento denominado Fashion StaFundado em 13 de maio de 1984, o clutement, que contou com a participação be revelou-se um dos mais dinâmicos do de renomados designers indianos. distrito 3220 do Rotary International, no Sri O Fashion 07, sob a supervisão da preLanka, e um líder nos campos da moda e sidente Ananda de Silva, e da coordedo entretenimento, uma forma inteligente nadora do projeto, a ex-presidente Cida, de arrecadar recursos para seus projetos. é um evento extraordinário, por ser a Beldades internacionais como Aishwara espinha dorsal e a maior fonte de arreRaí, Jacqueline Arguilllera, Irene Skyliva, Miss Alemanha 2006 cadação do clube, em todos os tempos, personalidades internacionais como Imran Khan Bedi, para seus inúmeros projetos destinados a melhorar a a Miss Índia 2006, Amrita Tapar e Sindura Gadde, além qualidade de vida das comunidades locais. Fotos Sérgio Afonso

Rotary no Maracanã (1) – O EGD Bemvindo Augusto Dias (à direita, abaixado), sócio do RC do Rio de JaneiroTijuca, RJ (D.4570) acompanhado de outros companheiros, dá os retoques finais no banner que pede a paz, momentos antes da peça receber os balões para alcançar o céu. Isso ocorreu no domingo, 04 de março, no primeiro de dois jogos entre o Flamengo e o Madureira, para conhecer o campeão da Taça Guanabara. O Rotary realiza esse evento pela paz em várias cidades brasileiras. Rotary no Maracanã (2) – Na quarta, 07 de março, o Rotary novamente se fez presente no estádio do Maracanã, agora para a entrega do bonito Troféu Rotary International ao Clube de Regatas do Flamengo, campeão pelo 17º ano da Taça Guanabara. Na foto, o governador do distrito 4570, Waldir Nunes Ribeiro, passa o

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ABRIL DE 2007

troféu para as mãos do presidente do Flamengo, Márcio Braga, assistido pelo companheiro Luiz Fernando de Almeida, ex-presidente do RC do Rio de Janeiro-Maracanã. Primeira rodada – Um grupo de diretores da Cooperativa Editora Brasil Rotário foi assistir à impressão da edição de março da revista, que pela primeira vez era produzida na nova rotativa da Gráfica Ediouro, uma Euroman, de última geração, fabricada na Alemanha, e que roda 32 páginas de cada vez, com papel no formato de 20,5 cm x 17,5 cm, a uma velocidade de 70 mil exemplares/hora. A partir da esquerda: Carlos Uchôa, diretor comercial da Ediouro, e os diretores da Cooperativa: Roberto Petis Fernandes, presidente; José Maria Meneses dos Santos, vice-presidente de finanças; EGD Edson Avellar da Silva, gerente executivo; e Antonio Vilardo, membro do Conselho Fiscal. Correção – Diferentemente do que saiu na edição de novembro/2006, matéria do EGD Newton Camargo Moraes sobre as atividades do pré-Instituto de Atibaia, o Prêmio Paulo Viriato Corrêa da Costa foi entregue pelo presidente Bill Boyd e pela viúva do presidente 1990-91 do RI, Rita Corrêa da Costa, ao EGD Fernandes Luiz Andreatta.




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