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“ideia genial”
ex-parlamentar propôs um plano de golpe de Estado.
“Eu indaguei ao senador se ele reafirmaria isso e colocaria no papel, que eu tomaria imediatamente o depoimento dele.
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O senador me disse que isso era uma questão de inteligência e que infelizmente não poderia confirmar”, disse o ministro durante participação virtual em uma conferência do Lide em Lisboa.
“Então eu levantei, me despedi do senador, agradeci a presença – até porque, o que não é oficial, para mim, não existe”, acrescentou.
Moraes também ridicularizou a ideia proposta por Silveira e relatada por Do Val. “A ideia genial que tiveram foi colocar uma escuta no senador para que o senador – que não tem nenhuma intimidade comigo, conversei três vezes na vida com ele – pudesse me gravar e, a partir dessa gravação, solicitar a minha retirada da presidência do TSE”, declarou.
O ministro classificou o plano como “uma tentativa de operação Tabajara, que mostra exatamente o quão ridículo chegamos a uma tentativa de um golpe no Brasil”, completou.
Em sua mensagem para a abertura do ano legislativo, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu diálogo permanente e trabalho harmônico com o Congresso Nacional, reforçando que a busca do consenso é essencial para a reconstrução do País.
Na mensagem, lida pelo 1º secretário da Mesa Diretora do Congresso, deputado Luciano Bivar (União-PE), Lula elogiou duas demonstrações de “compromisso com o povo brasileiro”: a aprovação da PEC da Transição para viabilizar a execução do Orçamento deste ano, principalmente para o pagamento do Bolsa Família de R$ 600; e a rápida e firme reação ao ato golpista de 8 de janeiro, inclusive com a aprovação da intervenção na segurança do Distrito Federal.
Moraes pontuou que, nesta quinta, determinou a oitiva de Marcos Do Val, que prestou depoimento à Polícia Federal (PF).
“As investigações por parte da PF seguirão para que possamos analisar a responsabilidade de todos aqueles que se envolveram na tentativa de golpe”, concluiu.
Senador Vai Pedir Afastamento De Moraes Da Relatoria Do Inqu Rito Dos Atos Democr Ticos
Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (3), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes não orientou que ele formalizasse o seu depoimento sobre a reunião com Daniel Silveira (PTB-RJ) e o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que vai pedir o afastamento de Moraes da relatoria do inquérito dos atos antidemocráticos.
Ele disse que mandou uma mensagem ao ministro logo após a reunião com um resumo do que havia se passado, e que teve um encontro presencial com Moraes
QUEBRA DE SIGILO
Legislativo
“Reitero minha convicção de que o povo brasileiro rejeita a violência. Ele quer paz para estudar e o direito de sonhar um futuro melhor para si e para os que virão. É urgente enfrentar a fome e as desigualdades, olhando para todos, mas principalmente para os mais pobres, senão jamais conquistaremos verdadeiramente a real democracia”, afirmou Lula. O presidente da República criticou a gestão do governo anterior, inserindo na mensagem o relatório resumido da equipe de transição que constatou o que ele considerou um desmonte das políticas públicas, com falta de recursos para saúde, educação e ciência e tecnologia, “além dos ataques aos povos indígenas e o ataque à proteção da biodiversidade”. Para Lula, “a gestão do Estado foi relegada, e a transparência deu lugar ao sigilo desproporcional”.
alguns dias depois e “em momento algum ele me disse para fazer um registro oficial da situação”.
“Não fui orientado nem em mensagens, nem no encontro presencial”, disse Do Val.
Ele também falou que vai pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento de Moraes da relatoria do inquérito dos atos democráticos. O senador disse que suas mensagens com o ministro passarão a fazer parte dos autos do inquérito.
“Como ele [o ministro Alexandre de Moraes] vai entrar nos autos, não poderá mais ser relator”, disse.
CGU avalia derrUbar seGredos impostos pelo Governo bolsonaro a 234 proCessos
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, informou nesta sexta-feira (3) que o órgão vai analisar se derruba os sigilos impostos pelo governo Jair Bolsonaro a 234 processos. Os sigilos foram considerados “indevidos” pelo órgão.
Carvalho anunciou a medida
ACENO em uma entrevista coletiva à imprensa, em Brasília, na sede da CGU. Entre os processos que serão analisados, estão os relacionados ao cartão de vacinas do ex-presidente Jair Bolsonaro; aos gastos públicos com as chamadas “motociatas”; e informações sobre visitas dos filhos de Bolsonaro ao
Palácio do Planalto. Conforme o ministro, os processos são das seguintes áreas: segurança nacional: 111; segurança do presidente e familiares: 35; informações pessoais: 49; atividades de inteligência: 16; outros: 23.
Pela norma, estão protegidas pelo período de até 100 anos todas as informações caracteri- zadas como pessoais, relativas, por exemplo, à intimidade, vida privada, honra e imagem de um cidadão.
A CGU informou que, no total, foram analisados 1.335 processos que tiveram sigilos impostos no governo Bolsonaro. Desses, 234 terão a derrubada do sigilo avaliada.

Mensagem foi lida na sessão de abertura do ano legislativo no Congresso
“POST INFELIZ” COB SUSPENDE JOGADOR WALLACE APÓS ENQUETE SOBRE ‘TIRO NA CARA DO LULA’
O jogador de vôlei Wallace, que publicou nas redes sociais uma enquete para saber se deveria dar um tiro na cara do presidente Lula, foi suspenso cautelarmente de todas as atividades do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) até a finalização do processo que examina sua conduta.
Na decisão, o conselheiro de ética do COB, desembargador Ney Bello, ressalta o papel que atletas desempenham na sociedade: “Roberto Dinamite, Pelé, Maria Lenk, Esther Bueno não tiveram apenas a honra e a glória de serem campeões. Todos tiveram a responsabilidade de educar gerações que precisavam pautar-se por princípios éticos e morais para seguirem na luta pela construção de uma sociedade melhor para todos, não obstante as opções políticas de cada um”.
A decisão impõe que o jogador não pode participar de nenhum campeonato organizado pelo COB, pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) ou treinar com a seleção brasileira. A suspensão não o impossibilita de treinar em clubes, mas o Cruzeiro decidiu afastá-lo “por tempo indeterminado”. E repete sobe a postura de Wallace: “Que exemplo é possível extrair de um post como esse que os autos mostraram? Que tipo de exemplo fica para uma geração quando um atleta de alto rendimento confessadamente faz o que os autos dão notícia?”.
“Sugerir, perguntar, incitar o uso de armas e, pior, a detonação no rosto da autoridade máxima do país – por nenhuma razão e sob nenhum critério – se amolda ao comportamento esperado, exigido e aguardado de um campeão olímpico”, afirma o desembargador.
O jogador, que se desculpou pela postagem nas redes sociais, tem cinco dias para apresentar sua defesa e recorrer da decisão.
PLANALTO ATENDE LIRA E VAI PAGAR R$ 2,8 BILHÕES A NOVOS DEPUTADOS
O Palácio do Planalto vai atender a um pedido do presidente reeleito da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e destinar R$ 2,8 bilhões em emenda parlamentares a 218 deputados novatos da casa.


Como chegaram agora na Câmara, os novos deputados não indicaram emendas na Lei Orçamentária Anual de 2023. Com o gesto, porém, o governo acaba acenando tanto para parlamentares quanto para
Lira e tenta consolidar sua base aliada para aprovar projetos de seu interesse.
O pedido é um dos primeiros da lista de Lira para o Planalto após a vitória dele na eleição.
Há porém outras demandas do que vem sendo chamado no governo de “consórcio do Lira”, seu grupo político que transcende partidos políticos. É formado por parlamentares de legendas diferentes, mas tem no seu eixo o PP, PL, Republicanos e o União Brasil.
As demandas não necessariamente são feitas diretamente por Lira ao governo, mas por interlocutores.
O grupo por exemplo deve ficar com três diretorias do Correios. O União Brasil deverá fazer as indicações. Diretorias de bancos estatais também estão no alvo.
O governo porém resiste a entregar todos os pedidos.
Havia demandas por exemplo para ocupar por completo alguns órgãos, em um modelo chamado se “porteira fechada”, quando todas as indicações são feitas pelo partido.
O “consórcio de Lira” pediu por exemplo este formato para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, a Codevasf e o Banco do Nordeste. A ideia no Palácio do Planalto é não entregar tudo, mas lotear os órgãos para diferentes legendas.