Revista Brasil Construção Ed 8

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Índice Editorial

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Transparência nas obras públicas: sim, nós queremos

Fato concreto

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16 empresas apresentarão projetos para o Novo Anhembi

Artigo

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O engenheiro dentro do sistema

Capa

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Trecho Leste do Rodoanel de São Paulo, uma obra viária sustentável

Mobilidade Urbana

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Linha 4 do metrô do Rio: uma obra correndo contra o tempo

Máquinas e Equipamentos

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Alta tecnologia a serviço da cadeia da construção

Expediente: Editor: Alexandre Machado Jornalista: Katia Siqueira Comercial: Carlos Giovannetti, Sueli Giovannetti, Luís C. Santos, José Roberto Santos, Suelen de Moura Cosentino Mídias Digitais: João Rafael Fioratti Projeto Gráfico e Editoração: Mônica Timoteo da Silva Endereço: Rua São Bento, 290 - 2ª sobreloja - Sala 4 Cep: 01010-000 - São Paulo - SP Telefone: (11) 3241-1114 Contato: redacao@brasilconstrucao.com.br A Revista Brasil Construção é uma publicação mensal de distribuição nacional, com circulação controlada, dirigida a todos os segmentos da indústria de construção imobiliária e industrial, ao setor público e privado de infraestrutura, à cadeia da construção envolvida em obras de transporte, energia, saneamento, habitação social, telecomunicações etc. O público leitor é formado por profissionais que atuam nos setores de construção, infraestrutura, concessões públicas e privadas, construtoras, empresas de projeto, consultoria, montagem eletromecânica, serviços especializados de engenharia, fabricantes e distribuidores de equipamentos e materiais, empreendedores privados, incorporadores, fundos de pensão, instituições financeiras, órgãos contratantes das administrações federal, estadual e municipal.

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Editorial

Um dos destaques desta edição é o andamento das obras da Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, considerado o principal legado para a sociedade dos Jogos Olímpicos de 2016. De acordo com os dois consórcios responsáveis pela execução do empreendimento, tudo corre dentro do cronograma oficial, embora o Tribunal de Contas do Estado identifique alguns pontos onde se verificam atrasos. Segundo balanço da prefeitura do Rio de Janeiro, anfitriã do evento, divulgado no início de agosto, das 16 novas instalações que estão sendo construídas para a Olímpíada, 13 já igualaram ou ultrapassaram 80% de sua execução. Os palcos mais adiantados para receber os atletas até o momento são o Campo de Golfe (98%), a Arena Carioca 3 e o IBC (Centro de Mídia) - ambos com 95% - e a Arena Carioca 2 (93%). O Parque Olímpico, cenário de diversas greves, já está em 87% de seu total, o que representa um aumento de 5% do número divulgado no levantamento anterior, da última semana de julho. As obras mais atrasadas são as do Velódromo, no Parque Olímpico, com 63% de conclusão, e as da Arena da Juventude, no Parque de Deodoro, com 64%. Faltando menos de um ano para o início dos jogos, cabe ainda discutir os benefícios reais que tais investimentos trarão para a sociedade. Para o Rio de Janeiro, esse legado deverá vir sob a forma de melhorias das condições de mobilidade urbana e infraestrutura de transportes, da requalificação dos setores de hotelaria, gastronomia e demais serviços. Mas muitas outras conquistas estão em jogo. Sediar os jogos será a oportunidade de apresentar ao mundo uma região que abriga um enorme potencial para o turismo. Mas, talvez, o principal legado seja na área da segurança pública. A maior expectativa da sociedade é de que os esforços integrados dos governos estadual e federal possibilitem transformar o Rio em um lugar próspero e seguro, com o controle pelo estado de comunidades antes dominadas pelo crime organizado. O que se espera é que as forças de segurança trabalhem

Transparência nas obras públicas: sim, nós queremos de forma integrada com o Judiciário, em um planejamento exemplar, adotando tecnologia de ponta para monitorar o “mapa do crime” no estado. Outro legado, igualmente importante, seria a formação de um pacto nacional pela transparência nos gastos públicos. Em todo o País crescem as pressões para ampliar a transparência exigida para as obras de infraestrutura de que tanto o Brasil precisa, tornando isso uma prática comum, de caráter permanente e extensivo a todo empreendimento a ser bancado com recursos públicos. A população está cada dia mais interessada em participar e apoiar os gestores na fiscalização e acompanhamento dos investimentos realizados pelo poder público. Abrir essas informações de forma clara e ampla aproxima o órgão da sociedade e atende aos preceitos legais de transparência pública. Graças à evolução da tecnologia da informação e as facilidades de comunicação proporcionadas pela internet, a gestão mais eficiente das obras já é uma realidade. No entanto não basta a utilização de planilhas ou sistemas de gestão de obras privadas, há a necessidade de utilizar ferramentas especializadas, realmente aderentes à realidade e às práticas de gestão de obras públicas. A questão que fica é: conseguiremos aproveitar esse momento histórico para inaugurar um novo período de transparência nas obras públicas, com ampla participação da sociedade? Sim, nós podemos. Basta que queiramos.

Carlos Giovannetti, diretor editorial

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Fato Concreto

16 empresas apresentarão projetos para o Novo Anhembi Foi publicada no Diário Oficial, no dia 27 de junho, a lista de empresas que estão aptas a apresentar projetos de revitalização e modernização do complexo Anhembi.

Ao todo, 16 interessadas apresentaram a documentação completa exigida e estão autorizadas a realizar os projetos executivos que devem ser entregues até dia 26 de setembro para análise da São Paulo Turismo (empresa municipal de turismo e eventos, SPTuris), responsável pela administração do espaço. Entre as cadastradas, estão construtoras, incorporadoras, empreiteiras, escritórios de arquitetura e também consórcios. Para o secretário municipal para Assuntos de Turismo e presidente da SPTuris, Wilson Poit, a quantidade de empresas interessadas superou as expectativas. “Sabemos que esse é um grande projeto. Mas a lista de interessadas foi acima do esperado, o que é uma excelente notícia. Agora vamos aguardar os projetos para enfim elaborarmos uma proposta e lançarmos o edital”, diz. A partir de agora, as empresas

habilitadas têm 90 dias para apresentar os estudos. Durante esse período, serão realizadas reuniões com os interessados para esclarecimento de dúvidas e também visitas técnicas ao local. A área objeto do chamamento público tem cerca de 300 mil m² e inclui o tradicional Pavilhão de Exposições, o Palácio das Convenções e o estacionamento. Nos estudos, além de revitalizar os atuais espaços para eventos, as empresas poderão também propor a construção de hotéis, estacionamento vertical, novos espaços para eventos, restaurantes e outros. A interligação com o transporte coletivo também deverá estar contemplada. Uma das alternativas poderá ser uma ligação por trem elevado ou VLT, capaz de transportar 15 mil pessoas por hora, em um trajeto de pouco mais de um quilômetro entre o complexo e a estação Tietê doMetrô. “Já fomos procurados por inte-

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ressados que afirmaram que vão nos entregar projetos grandiosos, capazes de tornar o Anhembi um destino turístico dentro da própria cidade. Será um marco para São Paulo”, afirma Poit. O Polo Cultural e Esportivo Grande Otelo (Sambódromo) não será incluído. Apesar do Anhembi ser tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), não há impedimentos para a reforma. Em janeiro deste ano, foi lançado um chamamento para outra área do complexo, um terreno de mais de 21 mil m² ao lado da Concentração do Sambódromo, que hoje possui apenas parte da sede administrativa da SPTuris. O local poderá abrigar uma arena multiuso indoor para 20 mil pessoas, inédita no país.


ArcelorMittal otimiza operação com tecnologia aplicada pela Metso Em junho de 2014, a ArcelorMittal, maior fornecedora de aço do mundo, renovou o contrato para a manutenção de válvulas automáticas e de segurança da unidade de Tubarão, em Vitória (ES). O escopo do projeto incluiu seis técnicos da Metso no local, responsáveis pelas atividades internas, entre elas, monitorar, inspecionar, calibrar e planejar recursos para manutenção de cerca de 700 válvulas automáticas e 900 válvulas de segurança. A parceria que teve início em 2001, com contratos spots, evolui em 2003 com a inclusão de 01 técnico residente na área de lingotamento contínuo e outro na área de utilidades. A ascensão aconteceu em 2007, com a ampliação das atividades para toda Usina. As tecnologias de análise da Metso são essenciais para definição das necessidades de reparo. Com as ferramentas inteligentes da fabricante, a equipe da usina é capaz de monitorar a condição e o

estado da válvula enquanto a mesma executa sua função no processo, evitando os métodos convencionais de planejamento de paradas na planta. Hoje, a ArcelorMittal conta com cerca de 282 válvulas com posicionadores inteligentes ND9000 instalados em válvulas críticas de processo. “Nós sabemos que esses desligamentos podem ser extremamente caros e a Metso trabalha justamente para evitar essas perdas”, conta o Gerente de Controle de Processos de Manutenção da ArcelorMittal Tubarão, Marcelo Mendes. Ele explica que, com os serviços da Metso, é possível planejar o cronograma de manutenção com antecedência, minimizando qualquer interrupção do processo. Além disso, os funcionários locais também podem utilizar as ferramentas de predição para reduzir o número de manutenções desnecessárias durante as paradas, uma vez que conseguem saber quais válvulas necessitam maior atenção.

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Brasil só tem 12% de rodovias asfaltadas Há muito o que fazer em matéria de rodovias no Brasil. Os motoristas de caminhões, ou simplesmente quem viaja de carro, sabe muito bem disso. O País possui quase 1,7 milhão de quilômetros de rodovias (desse total, 87,9% não têm pavimentação), extensão considerada pequena diante do tamanho do território, mas responsável por 90% do transporte de cargas. De acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), somente 12% de nossas rodovias são asfaltadas. Para efeito de comparação, esse índice chega a 40% na Colômbia e 85% em países europeus. A situação é pior nas estradas municipais, com 92,2% sem asfalto. Nas estaduais, quase metade da malha, 43,7%, não é pavimentada. A melhor situação é das rodovias federais. “Esses dados mostram que boa parcela das rodovias brasileiras ainda demandará projetos e obras, o que representa oportunidades para a indústria, que será beneficiada com a grande demanda por equipamentos para a construção de rodovias e estradas de qualidade”, diz Jandrei Goldschmidt, executivo de Marketing na Ciber/Wirtgen Group, que vai comandar, quarta-feira (8/07), na Fiergs, em Porto Alegre (RS), grande reunião sobre máquinas para infraestrutura da mobilidade. Fonte: Jornal do Comércio


Fato Concreto

Cesbe entrega dentro do prazo uma das maiores plantas industriais do Rio Grande do Sul

Em 2012 foi anunciado que o Rio Grande do Sul receberia o maior investimento privado da história do Estado: a CMPC Celulose Riogradense investiria mais de 5 bilhões de reais na expansão de sua fábrica localizada em Guaíba. Agora, três anos depois, a obra foi entregue dentro do prazo e teve a participação da CESBE como uma das construtoras do empreendimento. A Cesbe foi a empresa executora das obras civis das Estações de Tratamento de Água e Efluentes, na condição de contratação ‘back to back’, em uma parceria com a VWS Brasil Ltda. (Veolia), empresa contratrada pela CPMC Celulose Riograndense para o fornecimento. Os trabalhos começaram em novembro de 2013 e no início de maio desse ano entrou em operação a Linha 2. “Desde o início dos trabalhos houve forte compromisso com a manutenção dos prazos, aderente às necessidades dos demais sistemas da Linha 2, para a partida ocorrer na data prevista”,

explica Valdo Pianowski Júnior, Gerente de Contrato da Cesbe e responsável pela obra. No pico das obras, foi ultrapassada a marca de 1.000 colaboradores contratados, sendo que a grande maioria era de outros Estados, por isso, foi preciso disponibilizar alojamentos, transportes, refeições e condições de trabalho seguras para todos. “Todos os desafios encontrados ao longo da execução da obra foram superados através de planejamento minucioso, métodos construtivos inovadores e intensiva dedicação da equipe técnica”, diz o Gerente de Contrato. No total, a Cesbe realizou a construção dos sistemas Estação de Tratamento de Efluentes, com capacidade de 108.000 m³/dia; Estação de Tratamento de Água, com capacidade de 140.000 m³/dia; e Estação de Tratamento de Água para Caldeiras, com capacidade de 630 m³/hora. “Esse projeto tem como principal característica tanques de concreto armado de grandes dimensões, que totalizaram a utilização de

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22.000m³de concreto, 55.000m² de formas e 2.300 toneladas de aço, que foram minusciosamente construídos dentro do prazo com grande investimento em tecnologia”, conta Valdo Pianowski Jr. Até o final desse ano a empresa passa a produzir 1,750 milhão toneladas/ano de celulose fibra curta, sendo que antes da ampliação produzia 450 mil toneladas de celulose por ano. Com sede própria em Curitiba e 69 anos de atuação, a Cesbe atualmente conta com mais de 3.000 colaboradores altamente qualificados, além de um parque de máquinas com mais de 500 unidades. Destaca-se pelo seu comprometimento social e ambiental nas comunidades onde atua, além de fomentar a profissionalização e o empreendedorismo de jovens. A empresa trabalha fortemente nas áreas de geração de energia, saneamento e ambientais, plantas industriais, edificações, urbanismo e obras viárias.


Edra comemora 40 anos com investimentos em tecnologia de saneamento A empresa Edra completa 40 anos em 2015 investindo em tecnologia, infraestrutura e capacitação de funcionários. Em quatro décadas de atuação, a Edra se manteve conectada ao mundo e à evolução das técnicas e tecnologias, por isso no seu quadragésimo aniversário novamente se reinventa e busca atender aos setores em franco crescimento, como saneamento básico, abastecimento, sucroalcooleiro e petrolífero (offshore). A data será marcada pelo lançando no Brasil de uma tecnologia suíça de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) compactas, a qual permite total oxigenação do efluente tratado, enquanto as estações atuais retiram até 80% da carga residual da água. No formato compacto, as ETEs podem ser adaptadas para projetos em pequenas áreas utilizando o processo aeróbio (na presença de oxigênio). Trata-se de uma proposta inovadora e atual, que evitará o comprometimento de extensas áreas com lagoas de tratamento de esgoto e aumentará a eficiência do processo. A tecnologia foi exposta pela primeira vez na Brasil Offshore – Feira e Conferência Internacional da Indústria de Petróleo e Gás, que aconteceu em Macaé, no Rio de Janeiro. O evento recebeu neste ano aproximadamente 50 mil visitantes, que conheceram nos estandes dos 800 expositores o que há de mais moderno no seg-

mento. Outra novidade para este ano da Edra é a entrada em funcionamento da CFW 2600, uma máquina totalmente automatizada com tecnologia europeia, que ampliará a produção e oferecerá controle e precisão de 99% para o produto, sendo uma das poucas máquinas do tipo no país.Com capacidade de produzir 300 km de tubos por ano de forma contínua durante 24 horas por dia, a CFW 2600 atinge diâmetros de 300 mm a 2.600 mm, com 12 m de comprimento, uma mudança de padrão para a empresa que trabalhava até agora com até 6 m de comprimento. Outra característica da empresa

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é o investimento na formação de sua mão de obra, sendo que boa parte dos 200 colaboradores foi capacitada na próxima fábrica e, em alguns casos, pelo próprio Reynier. Sob a mesma bandeira do empreendedorismo e com o mesmo gosto por desafios, o novo diretor geral da Edra, João Pirillo, agregou sua expertise à empresa e seu espírito visionário. “Estamos incrementando nosso portfólio com opções que atendem tanto ao setor offshore quanto outros, como o sucroalcooleiro e o de abastecimento. Além disso, temos novidades para os setores que já eram atendidos pela Edra”, destaca João Pirillo.


Fato Concreto

IRWIN lança 400 produtos no Brasil este mês Neste mês, a IRWIN Ferramentas, uma das maiores empresas do setor no mundo e parte da holding Newell Rubermaid, irá lançar cerca de 400 produtos da marca no Brasil, que contam com aprimoramentos importantes para os profissionais da área de construção e indústria. Com o portfólio encorpado, a empresa espera crescer 13% em 2015. Os novos itens estão divididos em 8 categorias: Disco Diamantado, Giz de linha, Lixas, Acessórios de impacto (Pontas e Soquetes), Rebites, Serra de Copo, Soquete de Impacto e a Trena a Laser - o grande destaque do lançamento. Atualmente, o Brasil é o segundo maior mercado da empresa, atrás apenas dos Estados Unidos e conta com 15 mil pontos de venda em todo território nacional. Para estimular o mercado a IRWIN está colocando esforços em publicidade nos principais canais de televisão aberta - que deve impactar mais de 5 milhões de pessoas a partir do dia 26 de julho-, e no aprimoramento de suas linhas. “Desde de 2013, este é o 3º lançamento significativo de produtos que fazemos. O mercado mostrou-se dinâmico para nós: de 2011 a 2014 a IRWIN cresceu 52% somente na venda de dis-

cos diamantados. Para continuar nosso crescimento ascendente, apostamos em inovações e melhorias que elevam a qualidade e usabilidade dos produtos e atraem o consumidor”, conta Joana Kfuri, Gerente Sênior de Marca para América Latina da empresa. Os dois principais destaques do lançamento: As trenas Laser da IRWIN chegaram para trazer maior precisão, agilidade e comodidade nas medições. Com elas, os profissionais terão uma série de vantagens, principalmente em relação à utilização de materiais nas diferentes fases de uma obra ou instalação. Por exemplo, um marceneiro terá medições precisas dos móveis projetados, enquanto gesseiros e pintores conseguirão obter valores precisos de metragens quadradas para a realização de seus trabalhos. Enquanto engenheiros e arquitetos conseguirão realizar levantamentos apenas apertando um botão. A Trena Laser EM30 tem precisão milimétrica de 2mm, realiza a medição de até 30 metros, conta com display iluminado para facilitar a leitura em ambientes escuros e proteção a respingos de água e poeira. Entre seus principais

Romac chega a São Paulo para distribuir as marcas Doosan e Bobcat A gaúcha Romac, uma das principais concessionárias de equipamentos do sul brasileiro, passa a distribuir os equipamentos das marcas Doosan e Bobcat no estado de São Paulo. Para isso, inaugurou recentemente uma filial em Campinas (SP), numa área de 6.200 metros quadrados, com showroom de equipamentos, estoque de peças e ser-

viços pós-venda. Desde 2008 a Romac é distribuidora Doosan e passou a controlar as operações comerciais da marca para o estado de São Paulo a partir do final de 2014, acrescentando a marca Bobcat a sua linha de equipamentos. “É bom destacar que a fábrica da Doosan é instalada em Americana, região próxima à Campinas, onde abrimos a

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diferenciais destacam-se a função de medição contínua (recurso este que permite utilizar a trena laser como uma trena convencional) e medição de área. Já a Trena Laser EM50 realiza medições de até 50 metros, também conta com tela iluminada, medição contínua e medição de área. Além desses recursos, também realiza medições de volume, Pitágoras com 2 pontos de referência e as funções de soma e subtração (podendo ser utilizada juntamente com medições lineares, área ou volume). Seus principais destaques estão nas funções de medição Pitágoras 3 pontos e na classe de proteção. Ambas as trenas já vem com duas pilhas e uma capa de proteção em nylon para utilização no cinto dos profissionais. Além disso, a IRWIN disponibilizou no site um conteúdo exclusivo com animações de todos os recursos disponíveis das trenas laser para auxiliar os profissionais. filial, então tem um significado especial ter participado da M&T EXPO 2015”, afirma Jefferson Recus, diretor administrativo da Romac. A empresa participou da feira no estande das fabricantes Doosan e Bobcat. Para Jefferson, o momento é oportuno para apresentar o trabalho da empresa que está no mercado desde 1986, conquistando a credibilidade dos clientes. “A qualidade desses equipamentos já é conhecida em termos de produtividade e custo benefício, agora queremos mostrar a competência do nosso departamento


Vermeer anuncia no No Dig nova solução para perfuração em rocha A Vermeer marcou presença no No Dig Brasil 2015 com o lançamento do NAVIGATOR® modelo D36x50DR Série II, especializado na perfuração de solos rochosos. O equipamento recém-chegado ao Brasil já contabiliza duas vendas para empresas do segmento de perfuração. O D36x50DR Série II possui 38 mil libras de força, torque de seis mil pés, além de 1500 pés de giro interno para furo em rocha e de operar em outros tipos de solos. A novidade é capaz de carregar até 152 m de barra. Comparada às outras soluções do mercado, é uma máquina de pequeno porte, o que facilita utilização em áreas urbanas. Além do D36x50DR Série II, os visitantes do No Dig Brasil 2015 puderam conhecer outras soluções Vermeer para perfuração horizontal direcional por Método Não Destrutivo (MND), que incluem o NAVIGATOR® D130X150, o sistema de perfuração guiada a laser AXIS®, a ferramenta de localização Digitrak Aurora e soluções para perfuração, além da valetadeira RTX250. Ainda no evento, foi realizado o V CONGRESSO BRASILEIRO DE MND

(MÉTODOS NÃO DESTRUTIVOS) e a Vermeer foi uma das palestrantes. Com o tema “Soluções Inovadoras Vermeer para Perfuração em Rocha e Declividade de Alta Precisão”, o gerente de soluções de perfurações da Vermeer, Nick Liza, detalhou o sistema AXIS®, as aplicações do D36x50DR e antecipar outros lançamentos previstos para 2015. “Vamos trazer para o Brasil os novos modelos de perfuratrizes Série 3 e uma nova linha de máquinas fabricadas em nossa filial na China. São equipamentos que se destacam pela combinação de três fatores: velocidade, simplicidade na operação e

serviços ao cliente”, detalha Nick. “Nossos equipamentos são reconhecidos no mercado por agregar versatilidade, produtividade acima da média de outras soluções disponíveis no mercado e rentabilidade para os proprietários”, lista o gerente geral da Vermeer Brasil, Flávio Leite. A fabricante tem expectativas otimistas para o mercado brasileiro. De acordo com Flávio, os novos projetos de gás natural, saneamento e a infraestrutura para a tecnologia 4G vão demandar soluções de MND para viabilizar as obras e causar menos impactos nos entornos.

pós-venda. Não basta vender máquinas, chegamos aqui para fornecer um bom atendimento aos clientes paulistas, sem deixar nenhuma máquina parada”, garante o diretor. O dealer terá cobertura em todo estado através de seus consultores. “Temos uma loja central em Campinas e estamos garantindo um atendimento de qualidade para quem precisa de máquina e peças”, completa Jefferson. Com a chegada ao estado de São Paulo, a Romac ampliou em mais de 50%

a sua participação no mercado brasileiro e a perspectiva é que tenha um aumento de 25% nas vendas em 2015. A Romac fornece a linha completa das marcas Doosan e Bobcat, equipamentos com tecnologia mundialmente

reconhecida, que aliam elevada produtividade e versatilidade a um excelente custo benefício. A Doosan inaugurou sua fábrica no Brasil em 2012, na cidade de Americana, onde investiu 100 milhões de reais.

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Fato Concreto

O novo receptor GNSS da Spectra Precision traz mais flexibilidade para topógrafos profissionais A Spectra Precision apresentou seu novo receptor GNSS SP60. Projetado para ir de encontro às crescentes necessidades dos topógrafos, o SP60 é uma solução versátil que combina tecnologia GNSS de próxima geração da Spectra Precision, um alto nível de flexibilidade em termos de configuração e um design inovador. O SP60 faz parte do mais recente portfólio de receptores GNSS da Spectra Precision projetados especificamente para as principais aplicações de topografia e construção, como cadastral, topográfico, controle, implantação e RTK de rede. O Spectra Precision SP60 possui a exclusiva tecnologia Cêntrica em GNSS Z-Blade™ rodando em uma nova geração do chipset 6G, de 240 canais. O SP60 faz uso pleno de todos os seis sistemas GNSS disponíveis (GPS, GLONASS, BeiDou, Galileo, QZSS e SBAS), mas também pode ser configurado para utilizar apenas constelações selecionadas em uma solução RTK (GPS apenas, GLONASS apenas ou Beidou apenas). Com capacidade de rastrear através da banda L para ativar o serviço de correção Centerpoint® RTX, o receptor GNSS SP60 pode entregar precisão de centímetros sem a disponibilidade de redes terrestres ou de celular. O

receptor é otimizado para fornecer desempenho de posicionamento de alta precisão em todo o mundo. Com sua flexibilidade de configuração, o SP60 é escalável e pode ser utilizado em várias configurações e modos de funcionamento, desde uma solução de pós-processamento simples até com uma rede RTK ou habilitado pra o sinal CenterPoint RTX. Além disso, o receptor SP60 possui a transmissão por rádio e também por Bluetooth de Longo Alcance incorporado permitindo a utilização do receptor SP60 como sistema de base e móvel. Esta escalabilidade estendida permite que os topógrafos comecem com uma solução simples e, por meio de upgrades de hardware e firmware, adaptem o SP60 para trabalhos de pesquisa mais complexos. O Spectra Precision SP60 é resistente e à prova d’água, mas compacto, leve e ergonômico para facilitar sua utilização no campo. O receptor também

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inclui uma antena UHF montada dentro do bastão de fibra de vidro patenteada. Quando o módulo de rádio de transmissão em UHF é utilizado, sua antena UHF permanece protegida no interior do seu bastão resistente, ampliando, assim, o alcance de rádio. “O Spectra Precision SP60 traz um novo nível de flexibilidade de configuração ao mercado de topografia. Segundo Olivier Casabianca, diretor da área de negócios da Divisão Spectra Precision da Trimble, o SP60 foi projetado para funcionar como um receptor extremamente versátil, permitindo que os topógrafos o tornem adequado para um projeto de topografia específico e, em seguida, atualizem-no para funcionar como uma solução mais complexa, quando necessário”.



Artigo

O engenheiro dentro do sistema Por Ron Beck, diretor de engenharia da AspenTech

Uma avaliação econômica precisa de todo o ciclo de vida do projeto de infraestrutura

O setor de engenharia testemunhou grandes mudanças e turbulências nos últimos anos. A atual geração de orçamentistas e engenheiros está sob pressão para fazer mais coisas com menos recursos e adaptarse rapidamente às mudanças. É essencial que as empresas de engenharia e construção (E&Cs, ou empreiteiras) adotem metodologias para atender às necessidades dos clientes e para lidar com as novas condições econômicas. Estar na vanguarda da tecnologia permite que as empreiteiras sejam mais flexíveis e atendam às necessidades do cliente em um mercado altamente competitivo. Um software integrado de avaliação econômica com conteúdo embutido de custos e de engenharia produz orçamentos conceituais abrangentes e precisos.

Prover os orçamentistas com tecnologia de ponta lhes permite, já no início do processo, orçar rapidamente e com confiança projetos que exigem grande investimento de capital, assim como compreender todas as implicações econômicas das decisões da engenharia e gerir projetos de forma mais eficaz. Às vezes as empresas têm seus próprios sistemas de emissão de orçamentos. No entanto, a grande vantagem de um software robusto e especializado de avaliação econômica integrada é que ele fornece uma plataforma comum para orçar com precisão um projeto ao longo de todo o seu ciclo de vida, desde o início de sua concepção e ao longo de toda a sua execução. As especificações do projeto podem ser rapidamente

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configuradas e os orçamentistas podem focar em comunicar as informações entre os engenheiros e o software de orçamento. Esta comunicação clara sobre o escopo é o ingrediente vital que determina o custo.

Engenheiros no interior do sistema A adoção de um software de estimativa “engenharia-na-caixa” escalável e inteligente e de FEED (sigla em inglês para Front End Engineering Design, ou engenharia de pré-detalhamento) captura o conhecimento durante cada fase do ciclo de vida do projeto. O Aspen Capital Cost Estimator da AspenTech (ACCE) é uma ferramenta completa de design de base de conhecimento de


engenharia que informa custos baseados em princípios. É uma oportunidade de projetar uma planta usando o aplicativo, que pode ser uma referência ao proceosso do projeto do engenheiro no sentido de assegurar precisão e consistência. A ferramenta em si é como ter um engenheiro dentro do computador que seja tão bom quanto toda uma equipe de engenheiros especializados dentro da empresa. Por exemplo, ela pode instruir como desenvolver diagramas unifilares ou ensinar como organizar e montar um sistema elétrico. Ou ser como um engenheiro estrutural que mostrará as melhores práticas para o projeto de estruturas e, da mesma forma, de tubulações. Portanto, todo o conhecimento de engenharia está

incorporado dentro da ferramenta de software e ajuda o orçamentista a fazer estimativas do projeto de engenharia e do custo e a validar as informações fornecidas pelas disciplinas de engenharia. Os anos de conhecimento incorporados no interior da ferramenta ajudam as empreiteiras a reduzir com rapidez e precisão as incertezas na preparação de um orçamento de custos para uma licitação de projeto/construção de uma fábrica de produtos químicos, por exemplo. A comunicação é fundamental ao longo de todo o projeto. O alinhamento entre a E&C e o proprietário-operador é essencial para garantir que os orçamentos sejam precisos e que atendam às especificações do projeto. O ACCE é uma ferramenta poderosa

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que permite que ambas as partes utilizem o mesmo banco de dados e uma linguagem comum. A precisão não vem da régua de cálculo, mas da comunicação daquilo que é inserido no software de avaliação econômica (o ACCE). Isto é o que define a precisão de um orçamento e não, por exemplo, se são 2 ou 3 homens/ hora ou 2 ou 4 homens/hora por metro linear de tubulação. Não são as unidades que determinam o sucesso do orçamento mas as informações claramente incluídas no orçamento, isto é, quantos metros cúbicos de concreto em excesso ou faltantes. A empresa de E&C pode mostrar aos clientes, com total transparência, orçamentos detalhados de um projeto. Com um alto nível de precisão, os orçamentistas proporcionam a necessária confiança aos clientes de que o orçamento atendará às suas necessidades e de que estão trabalhando com um parceiro que pode cumprir o projeto a tempo e dentro do orçamento. Quando ocorrerem mudanças, o ACCE pode lidar com ajustes no orçamento ao clique de um botão e, em poucos minutos, produzir um novo orçamento (em vez de dias ou semanas de quando se utilizam as planilhas tradicionais). A utilização das ferramentas de avaliação econômica da AspenTech permite que as empresas de E&C aumentem os seus rendimentos em até 50%, comparado com quando utilizam as ferramentas tradicionais, porque as funcionalidades podem executar o trabalho de cinco pessoas e serem consideravelmente mais


Artigo precisas ao longo do ciclo de vida do orçamento do projeto. Seja para projetos greenfield ou brownfield (onshore ou offshore), o ACCE é ideal para reformas e aplicação de atualizações para obter maior rendimento de instalações existentes. Devido à sua potência, a ferramenta é capaz de detalhar facilmente as despesas de capital, e os relatórios também podem ser gerados muito rapidamente. Uma vez que o orçamento esteja corretamente configurado dentro do software baseado em modelos, o orçamentista poderá realizar alterações de maneira muito eficaz. Por exemplo, poderia ser o caso de uma área de tanques de um cliente, na qual o tamanho, a localização e a geometria dos tanques e quaisquer outros aspectos da configuração necessitem ser alterados. Usando o ACCE, o orçamentista poderá fazer as alterações em alguns minutos para cada opção indicada pelo cliente. Isto não seria possível utilizando as tradicionais planilhas de cálculo.

Capacitando a próxima geração A atração de funcionários qualificados é hoje um grande desafio para o setor. Existe uma grande população de funcionários próximos da aposentadoria e não há suficientes engenheiros qualificados para preencher a lacuna. As empresas que contratam e treinam os seus próprios orçamentistas precisam fazer com que os menos experientes subam rapidamente na curva de aprendizagem de estimativas. Isto é conseguido em muito menos tempo se os funcionários forem capacitados com o ACCE do que com um sistema mais tradicional. Para os novos usuários, o ACCE é como um processo de autoaprendizagem que ajuda a equipe a se arriscar não apenas com as estimativas, mas também com o conceito geral do projeto. Desse modo, é necessário menos esforço para remover os gargalos nas

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empresas causados pela falta de orçamentistas qualificados e ainda promover a construção do conhecimento e permitir que as pessoas se tornem melhores funcionários. O conhecimento embutido no método proporciona enormes benefícios. O sistema de avaliação econômica da AspenTech capacita os orçamentistas a fazerem mais e a prepararem orçamentos precisos mais rapidamente em colaboração com os engenheiros projetistas de processos. Os modelos e bancos de dados que são gerados pela utilização do ACCE proporcionam à próxima geração de orçamentistas uma tremenda plataforma para agregar valor imediato devido à capacidade inerente dentro desse produto de software. Para muitas empreiteiras de hoje, o ACCE é uma excelente ferramenta para repassar os conhecimentos e habilidades de uma geração para a seguinte.



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Trecho Leste do Rodoanel de São Paulo, uma obra viária sustentável

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Tecnologia aliada à Engenharia permitiram a construção de uma rodovia que atravessa área de preservação ambiental, com baixos impactos para o meio ambiente

O trecho foi construído com investimentos superiores a R$ 4,5 bilhões, custeados exclusivamente pela iniciativa privada, sem um centavo de orçamento público. Mas a principal característica do empreendimento é o fato de ser uma rodovia sustentável. Estudo de engenharia, uso de tecnologia e uma incessante preocupação com o impacto ambiental permitiam que o Trecho Leste do Rodoanel fosse construído na região do Alto Tietê de forma elevada, preservando a riqueza natural da região, as várzeas dos seus rios, além de evitar o desmatamento de uma área equivalente a 90 campos de futebol. A concessionária de rodovias SPMar entregou oficialmente, para inicio de operação em 26 de junho, o trecho final de uma das maiores obras viárias da última década no Brasil: o Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas, fazendo com que, pela primeira vez na história, todas as rodovias que chegam à região Metropolitana de São Paulo estejam interligadas por vias expressas. Com esta inauguração, a SPMar torna-se responsável por 76% do Rodoanel Mário Covas, como parte do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo. Com 43,5 km de extensão e três faixas por sentido, o Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas será a principal via de acesso entre o maior porto do Brasil, o de Santos, e o maior aeroporto do país, o de Guarulhos, passando pelos municípios de Arujá, Itaquaquecetuba, Mauá, Poá, Ribeirão Pires e Suzano. Ao todo são cinco acessos: na Avenida Papa João XXIII

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em Mauá, na interligação com o Trecho Sul (km86); na Estrada dos Fernandes em Suzano, projeto em aprovação (km 104); na Rodovia Henrique Eróles (SP-066) em Suzano (km 115); na Rodovia Ayrton Senna (SP-070) em Itaquaquecetuba (km 124) e na Rodovia Presidente Dutra (BR-116) em Arujá (km 130). Com estimativa de tráfego de 48 mil veículos por dia, a conclusão do Trecho Leste é fundamental para reduzir os custos de logística, aproximar os centros de produção e consumo, além de desafogar o trânsito na Região Metropolitana de São Paulo e diminuir os índices de poluição.

Rodovia Sustentável O trecho foi construído com investimentos superiores a R$ 4,5 bilhões, custeados exclusivamente pela iniciativa privada, sem um centavo de orçamento público. Mas a principal característica do empreendimento é o fato de ser uma rodovia sustentável. Estudo de engenharia, uso de tecnologia e uma incessante preocupação com o impacto ambiental permitiam que o Trecho Leste do Rodoanel fosse construído na região do Alto Tietê de forma elevada, preservando a riqueza natural da região, as várzeas dos seus rios, além de evitar o desmatamento de uma área equivalente a 90 campos de futebol. De acordo com o Diretor Executivo da Concessionária, Marcos Abreu Fonseca, muito mais do que construir uma rodovia, a Spmar criou um novo paradigma em se tratando de obra rodoviária. “Na questão ambiental, fizemos gran-


Capa

A mínima interferência nas áreas de várzea, foi uma das preocupações da concessionária

de parte da via de forma elevada, evitando o contato com as várzeas dos rios Tietê e Guaió, reduzindo drasticamente o impacto ao meio ambiente. Além disso, reaproveitamos toda a brita e rocha retiradas do túnel para fazer o asfalto e o concreto da rodovia, anulando a utilização de bota-fora. No âmbito social, empregamos mais de 12 mil pessoas nas obras e deixamos de desapropriar mais de 300 famílias em relação ao previsto no Edital de Licitação. E, no pilar econômico, a SPMar ganhou a concessão dos Trechos Sul e Leste do Rodoanel apresentando um considerável desconto no valor do pedágio”. Ele conta que, durante os 18 meses de estudos que antecederam a licitação, engenheiros, técnicos e diversos profissionais se preocuparam em planejar e empregar avançadas técnicas de engenharia para melhor aproveitar as características da região e, principalmente, reduzir o impacto ambiental, preservando as várzeas dos rios Tietê e Guaió e diminuindo dras-

ticamente o tráfego de veículos da obra nas comunidades lindeiras. Um dos grandes diferenciais do projeto foi o baixo impacto nas várzeas dos Rios Tietê e Guaió, região de mananciais que integram a Área de Proteção Ambiental do Tietê e que abriga comunidades biológicas importantes para a manutenção da biodiversidade e da qualidade da água. Para privilegiar a conservação dessa área, os engenheiros implantaram um

viaduto de mais 10 km sobre as várzeas dos rios através do método construtivo conhecido como Encontro Leve Estruturado. Neste sistema de construção, a montagem das pistas suspensas ocorreu sem interferir nas várzeas dos rios. Todas as estacas de concreto que dão sustentação ao viaduto foram cravadas direto no solo da várzea de forma aérea, evitando grandes movimentações de terra e restringindo o contato das equipes

Técnicas construtivas evitaram grandes movimentações de terra

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de trabalho com as áreas de preservação. Como resultado, reduziu-se as áreas de aterro na região, o que evitou a movimentação de cerca de 4,5 milhões de m3 de terra, equivalente a dois estádios do Maracanã cheios. Outra tecnologia sustentável desenvolvida e empregada exclusivamente para a construção do Trecho Leste foi o Cimbramento Móvel. O equipamento, inédito na América Latina, permitiu uma produtividade muito elevada para este tipo de obra, realizando 120 metros de tabuleiro – dois equipamentos realizando 60 metros simultâneos - com três faixas de tráfego em cada sentido, por semana. O sistema, formado por uma estrutura de aço que dá suporte à fôrma para colocação do concreto armado e da concepção da estrutura do viaduto, evitou o contato com o solo e aberturas de caminhos de serviço, minimizando o impacto ambiental nesta região alagada que também compõe as várzeas dos rios Tietê e Guaió. Com a construção do túnel Santa Luzia, a engenharia demonstrou que pode não apenas diminuir o impacto ambiental e otimizar os custo de uma obra. Nesse caso, toda brita resultante das detonações e das escavações, cerca de 1,6 milhão de toneladas, foi utilizada na construção dos pavimentos asfálticos e de concreto. O material das detonações, geralmente descartado, foi reaproveitado, evitando trânsito de caminhões e consequentes emissões pelas ruas das cidades próximas. Nas obras do Trecho Leste, deixaram de acontecer 30 mil viagens de caminhões. Devido ao reapro-

Túnel Santa Luzia: material de detonação foi utilizado na pavimentação

veitamento da rocha retirada para a construção do Túnel, a SPMar também evitou a necessidade de criar áreas de bota-fora nas cidades impactadas pelas obras. Além disso, a decisão de construir um túnel na área da Pedreira Santa Clara permitiu não apenas desviar o Trecho Leste do Rodoanel do parque da Gruta Santa Luzia, como também reduzir em 360 mil m2 a supressão vegetal, ou o equivalente a 90 campos de futebol. Em todo Trecho Leste do Rodoanel, a supressão vegetal foi aproximadamente 25% menor do que a prevista.

Surpresas no caminho Os desafios da obra também exigiram agilidade na tomada de decisão. “Durante a construção da rodovia deparamos com uma lagoa que não existia no projeto original. Isso nos obrigou a alterar o método construtivo escolhido inicial-

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mente, optando por substituir as estacas pré-moldadas de 20 metros de comprimento por estacões metálicos de 55 metros que, nesse caso, ainda precisaram ser moldados na própria lagoa e ancorados na rocha. Esta mudança exigiu a mobilização de embarcações e a mão-de-obra especializada de mergulhadores para que a estrutura fosse feita com agilidade e sem impactar o meio ambiente. Com essa alteração, utilizamos 150% a mais de concreto que o previsto, e tivemos um custo, por estacão, 300 vezes maior que o da estaca. Isso sem contar o impacto no prazo para adequar os novos projetos, mobilizar tais equipamentos e modificar a metodologia. Esta mudança exigiu mais que o dobro do tempo previsto inicialmente.” comenta Paulo Paino, Diretor da Engenharia da Contern. As soluções de engenharia também favoreceram a redução do impacto social na região do


Capa Surpresas ao longo da obra exigiram tomada de decisões rápidas

entorno das obras. Para fazer a passagem de 37 metros do Rodoanel sob as linhas férreas em Ribeirão Pires, foi aplicada a técnica de enfilagem, que possibilitou a abertura de caminho sem a necessidade de parar a operação dos trens da região, anulando qualquer impacto nas viagens dos

passageiros e no transporte de cargas dessa via. Desta forma foi possível manter a continuação da rodovia sem causar alterações no trajeto do Rodoanel, como curvas e inclinações da pista. Comparada com obras semelhantes, a construção do Trecho Leste do Rodoanel foi a mais

O pavimento tem grande capacidade para suportar o tráfego pesado

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rápida, com uma velocidade de construção de 1.283 metros por mês. Durante as obras foram abertas 65 frentes de trabalho simultâneas, utilizados mais de 1.100 equipamentos de grande porte, sendo 250 caminhões basculantes e 850 outros equipamentos, como tratores, escavadeiras, rolos compactadores, vidro-acabadoras, britadores fixos e móveis, usinas de solo e asfalto, guindastes, entre outros. O pavimento utilizado no Trecho Leste do Rodoanel possui alta durabilidade, com vida útil prolongada e com capacidade para resistir ao peso dos caminhões que devem passar pela via. São 80 centímetros compostos por diferentes materiais que criam uma estrutura para comportar o impacto do alto tráfego. A estrutura montada no canteiro de obras permitiu a produção diária superior a 5,8 mil toneladas de asfalto, utilizando o material britado obtido na escavação dos túneis.


Para implantar a rodovia foram necessários:

Principais aspectos que diferenciam a obra:

• 8 torres Eiffel em aço (51 mil toneladas);

• Mais de 13 quilômetros da pista construídos de forma elevada evitando impacto ambiental.

• Um aeroporto de Guarulhos em concreto (527 mil m3);

• Toda a rocha e brita retiradas dos túneis foram reutilizadas no pavimento e concreto da rodovia.

• Uma Ponte Rio-Niterói em pista elevada (13,9 km de pontes e viadutos); • Um túnel de extensão equivalente a Avenida Brasil de São Paulo (2,3 km de túneis); • As Marginais Pinheiros e Tietê, ida e volta, em barreiras de proteção (110 km); • Uma rodovia Fernão Dias que liga São Paulo a Belo Horizonte de vigas e estacas pré-moldadas (616 km);

• Atenção especial com impacto social permitiu redução de mais de 1/3 do número de desapropriações. • Geração de mais de 12 mil empregos, principalmente nas cidades vizinhas ao empreendimento. • Eficiência: Com 1.283 metros construídos por mês, a obra teve a maior velocidade de execução em comparação a projetos semelhantes.

• 20 Avenidas Paulista em asfalto (1,2 milhões de m2); • 5 estádios do Maracanã de escavação (19 milhões de m3); • 490 piscinas olímpicas de rochas e brita (1,6 milhões de m3).

• Executado por uma única construtora, o trecho apresenta relação custo/km mais baixa frente a outras obras com as mesmas características.

Um modelo de concessão onde todos ganham O modelo de concessão do Trecho Leste do Rodoanel Mario Covas tem se destacado como um bom exemplo diante da necessidade de viabilizar investimentos rápidos em infraestrutura para diminuir os custos logísticos e aumentar a produtividade do Brasil, possibilitando um crescimento mais expressivo do País. Com investimento superior a R$ 4,5 bilhões, a construção da rodovia foi custeada, exclusivamente, pela iniciativa privada, sem onerar o orçamento público. O retorno do investimento inicial se dará pela arrecadação do pedágio ao longo do tempo de concessão. O modelo de remuneração, mais justo para o contribuinte, prevê que o pagamen-

to da rodovia seja feito apenas pelo usuário que trafega e se beneficia da via. No processo de licitação, venceu a proposta com o menor preço. Neste caso, com um considerável deságio no valor estipulado para andar em uma rodovia de primeiro mundo. Para garantir maior comprometimento com a qualidade, velocidade e impacto da execução, a SPMar contratou a Contern para executar a desapropriação, a construção e a obtenção da licença ambiental do Trecho Leste, sendo a única responsável pelo empreendimento, do início ao fim. O resultado é a melhor qualidade e consequente redução de reparos corretivos no futuro, deixando para a concessionária apenas a preocupação

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com a manutenção adequada da rodovia e a segurança do usuário. A velocidade de execução e entrega das obras permite melhor aproveitamento do período de concessão e retorno mais rápido do investimento. Neste modelo de concessão, a Concessionária precisa ter também um sólido compromisso com a sustentabilidade, pois conviverá por 30 anos com as comunidades do entorno e os usuários da rodovia. Exemplos dessa preocupação são a otimização dos custos e reaproveitamento de material excedente, como as britas e rochas, menor intervenção nas áreas de várzea e redução das áreas desapropriadas entre outros.


Capa

Mais mobilidade no Estado de São Paulo Com a entrega do Trecho Leste do Rodoanel, a cidade de São Paulo alcança um marco idealizado pelo engenheiro Mario Covas: pela primeira vez todas as rodovias que chegam à região Metropolitana de São Paulo estarão interligadas por vias expressas. Hoje as 10 principais estradas que desembocam na capital paulista Anhanguera, Bandeirantes, Castelo Branco, Raposo Tavares, Regis Bittencourt, Imigrantes, Anchieta, Ayrton Senna, Dutra e Fernão Dias – está ultima com acesso pela rodovia Presidente Dutra - estão conectadas. Agora, mais de 19 mil caminhões que só estão de passagem por São Paulo poderão evitar as ruas e avenidas congestionadas da capital, o que além de beneficiar diretamente o motorista do caminhão, reduzirá consideravelmente o congestionamento nas vias paulistanas. Na Zona Norte o impacto direto será na chegada a São Paulo pe-

las rodovias Ayrton Senna e Dutra e, principalmente, na Marginal Tietê. Na Zona Oeste, haverá redução de veículos pesados nas Rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares na chegada a São Paulo e, principalmente, na Marginal Pinheiros. Na Zona Sul, a Marginal Pinheiros e a Avenida dos Bandeirantes devem receber menos caminhões, assim como a área urbana da Rodovia Anchieta e dos Imigrantes. Na Zona Leste, a grande quantidade de caminhões que passam pelo Complexo Jacu Pêssego poderá ser realocada para o Trecho Leste. Hoje, no horário de pico, o percurso entre Guarulhos e o ABC paulista pelo complexo Jacu-Pêssego é feito em

uma hora e meia a duas horas devido às mais de 30 interferências ao longo do percurso, principalmente cruzamentos e semáforos. Pelo Rodoanel Leste, o percurso deverá durar de 25 a 30 minutos com apenas quatro entradas e quatro saídas em cada sentido. A inauguração do Trecho Leste contribuirá, ainda, para a redução de congestionamentos, queda dos níveis de poluição e melhoria logística com acesso facilitado aos principais pontos de transporte do País, como o Porto de Santos e o Aeroporto de Guarulhos, reduzindo em mais de 30% o tempo gasto entre Santos e Guarulhos.

Eficiência na gestão operacional O novo trecho rodoviário entregue pela SPMar corresponde a cerca de 5 km e liga as rodovias Ayrton Senna (SP070) e Presidente Dutra (BR-116). Porém, a concessionária já administra os 60 quilômetros do Trecho Sul desde 2011 e os 38 quilômetros da primeira etapa do Trecho Leste desde 2014. Nos últimos 12 meses (de junho de 2014 a maio de 2015), o índice de acidentes no Rodoanel Sul caiu 6%, o indicador de vítimas reduziu 34% e de mortes 37%, em comparação ao mesmo período de 2013 a 2014. Este resultado

positivo é fruto do trabalho realizado pela equipe da Concessionária. Para a SPMar a manutenção constante da rodovia junto com a implantação e adequação de dispositivos de segurança, tais como barreiras e defensas, sinalização, além de intenso controle de velocidade e fiscalização, estão entre os principais fatores que garantem os excelentes padrões de qualidade da via e impactam diretamente no baixo índice de acidentes e na segurança e tranquilidade do motorista. Os primeiros 38 km do Trecho Leste do Rodoanel já beneficiaram

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mais de 5 milhões de motoristas, com viagens mais curtas, rápidas, econômicas e seguras, ainda mais quando se compara com o trajeto pela Avenida Jacu Pêssego. Nos primeiros 10 meses de operação dos 38 km entregues, a equipe da concessionária realizou cerca de 4.800 atendimentos a veículos com problemas mecânicos ou pane seca, mais de 500 atendimentos médicos na rodovia e mais de 106 acompanhamentos a veículos com carga especial. A média de acidentes do Trecho leste do Rodoanel é baixa - 0,56 por dia ou um acidente a cada 42 horas.



Mobilidade Urbana

Linha 4 do metrô do Rio: uma obra correndo contra o tempo Tatuzão chega ao Jardim de Alah com mais de um mês de antecedência, mas TCE teme que haja atraso na conclusão das obras

Com início de operação comercial prevista para julho de 2016, antes da abertura dos Jogos Olímpicos no Brasil, as obras da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro avançam em ritmo acelerado, registrando cerca de 75% de avanço físico. Até meados de agosto, o Tunnel Boring Machine (TBM), ou Tatuzão, equipamento especialmente importado para o empreendimento, já havia escavado 2km de túneis na Zona Sul carioca, entre as estações General Osório e Nossa Senhora da Paz, em Ipanema. Cerca de 1,2km de trilhos já haviam sido instalados. As estruturas de concreto da ponte estaiada, que permitirá a travessia dos trens sobre o Canal de Marapendi, já tinham alcançado a altura de 50 metros. A caverna que vai conectar o túnel em rocha com o trecho escavado pelo Tatuzão já estava totalmente concluída. E já havia sido finalizada a escavação

do poço que servirá como área de ventilação e saída de emergência da Linha 4, no Leblon. Quatro das seis estações previstas no projeto estão 100% escavadas e em fase de acabamentos. Entre a Barra da Tijuca e Ipanema, já há, inclusive, mais de 14,5km metros de trilhos instalados. A estação de São Conrado, por exemplo, primeira a receber os trilhos por onde passarão os trens, já tinham recebido escadas rolantes. Em julho, a Estação Antero de Quental, no Leblon, foi 100% escavada, juntando-se às estações Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca; São Conrado e Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, todas escavadas e em fase de acabamentos. A Jardim Oceânico, no acesso da rua Fernando de Matos, é a mais avançada, com cobertura de vidro, piso de granito, escada rolante e painel. No dia 10 de julho, o Tatuzão

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chegou ao Jardim Alah, no Leblon, com 35 dias de antecedência. Numa solução inédita na engenharia brasileira, parte da estação foi preenchida com água para receber a tuneladora, que vinha escavando por baixo do canal do Jardim de Alah. Esta técnica chama-se breakthrough submerso e foi utilizada para equilibrar a pressão do terreno e permitir que o Tatuzão continuasse operando em ambiente similar ao que estava sob o canal. O método – comumente utilizado no exterior e empregado recentemente em obras de metrô da Alemanha, China, Itália, Argentina e Estados Unidos – foi utilizado pela primeira vez no Brasil. Para receber a máquina alemã, responsável pela construção do túnel do metrô sob a Zona Sul do Rio, um quarto da estação Jardim de Alah foi preenchida com água. Com isso, o Tatuzão chegou submerso à estação e, agora, finaliza


a construção e vedação do túnel neste trecho. Em seguida, a estação começará a ser esvaziada para que o Tatuzão possa ser arrastado pelo corpo da estação. O equipamento permanecerá por cerca de 40 dias no Jardim de Alah, onde passará por manutenção programada. Em seguida, escavará sob leito da Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, até a Estação Antero de Quental, onde está previsto para chegar na segunda quinzena de outubro. Em dezembro, a tuneladora chega na região do Alto Leblon, onde irá se conectar ao túnel escavado da Barra da Tijuca em direção à Zona Sul. Entre as estações General Osório e Jardim de Alah, o Tatuzão escavou aproximadamente 2 mil metros de túnel. Ao todo, dos 16km de túneis de via – por onde vão passar os trens – entre a Barra e Ipanema, 12km estão completa-

mente abertos. Amplamente utilizado em obras de metrô nas principais metrópoles do mundo, como Nova York, Londres e Frankfurt, o equipamento foi fabricado na Alemanha, sob medida para o solo do Rio de Janeiro. A tuneladora tem 2,7 mil toneladas e 120 metros de comprimento por 11,5 metros de diâmetro, o equivalente a um prédio de quatro andares. Ao mesmo tempo em que escava, a máquina instala as aduelas, anéis de concreto que formam os túneis. Todas as 2.754 aduelas necessárias para a construção do túnel entre Ipanema e Gávea já foram produzidas e estão estocadas na Leopoldina.

Estações em fase de acabamento A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro é uma obra do governo do estado do Rio de Janeiro e vai transportar, a partir de 2016,

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mais de 300 mil pessoas por dia, retirando das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Serão seis estações e aproximadamente 16 quilômetros de extensão. A ligação metroviária entre Ipanema e Barra da Tijuca estará à disposição dos passageiros em junho de 2016, com o início da operação assistida, fora do horário de pico e com intervalos maiores no fluxo dos trens, para que os últimos ajustes operacionais sejam feitos. Com a nova linha, será possível ir da Barra a Ipanema em 15 minutos e, da Barra ao Centro, em 34 minutos, algo impensável para quem hoje perde mais de duas horas neste deslocamento diariamente. Para o Secretário Estadual de Transportes, Carlos Osorio, a Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro é o maior legado em transporte que a população do estado ganhará com as Olimpíadas.


Mobilidade Urbana Na Barra da Tijuca, as obras avançam nos canteiros da Ponte Estaiada e da Estação Jardim Oceânico, que está 100% escavada e em fase de acabamentos. A Ponte Estaiada – suspensa por cabos de aço – ligará os túneis construídos no Morro do Focinho do Cavalo à Estação Jardim Oceânico sobre o canal da Barra da Tijuca, única parte onde os trens da Linha 4 poderão ser vistos fora do subterrâneo. Os dois pilares da ponte, estruturas de concreto onde os estais são fixados, ultrapassaram 50 metros de altura e, ao fim da obra, chegarão a 72 metros. O trecho estaiado terá 250 metros de extensão. Os primeiros conjuntos de cabos de aço (estais) começaram a ser instalados. A ponte terá iluminação cenográfica feita pelo artista das luzes Peter Gasper, responsável pela iluminação do Cristo Redentor, quando o monumento completou 80 anos, e do Planalto Central. Na Estação Jardim Oceânico, as obras alcançaram a última etapa. No mezanino, as bilheterias já foram construídas. Nesta estação, uma solução arquitetônica que valoriza a iluminação e ventilação naturais foi adotada. Trata-se do “céu estrelado”, um arco no vão central da superfície da estação, com 68 metros de comprimento e 10,7 metros de largura, que cobre a área de circulação de passageiros. Feito em concreto, do lado de fora, este arco formará um telhado verde, que tem a vantagem de promover isolamento térmico no subsolo e garantir um diferencial estético e ambiental. Para os pas-

Da Barra da Tijuca a Ipanema em apenas 15 minutos

sageiros, no entanto, a impressão dentro da estação será de um céu estrelado, isso porque haverá mais de uma centena de pontos de captação de luz natural. O acesso de passageiros da Rua Fernando de Matos, onde até as escadas rolantes já foram instaladas, está finalizado, com pastilhas nas paredes, piso de granito, guarda corpo, estruturas metálicas e cobertura de vidro com película antirresíduo, o que contribui para o conforto térmico, melhor visibilidade dos passageiros e integração com o paisagismo do entorno. Na Estação Antero de Quental, no Leblon, 100% escavada, o trabalho se concentra, nesse momento, na aplicação do revestimento das paredes com pastilhas. A fase de acabamentos nas bilheterias, salas técnicas e enfermaria está sendo finalizada. Em julho, o acesso de passageiros na esquina das avenidas Ataulfo de Paiva e Bartolomeu Mitre ganhou cobertura de vidro, com design discreto e película antirresíduo, contri-

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buindo para o conforto térmico, melhor visibilidade dos passageiros e integração com o paisagismo do entorno. Até este momento da obra, foram utilizadas 5.700 toneladas de aço, o que equivale à mais da metade do peso da Torre Eiffel de Paris. Quanto ao concreto, foram consumidos 34 mil metros cúbicos, quase a metade do material utilizado na construção do estádio do Maracanã. O serviço de tratamento de solo (jet grouting) que era realizado na esquina das avenidas Ataulfo de Paiva e Bartolomeu Mitre também terminou e o cruzamento foi liberado no dia 23 de maio. A calçada do local foi recomposta e uma nova sinalização foi implantada para auxiliar condutores e pedestres. A 20 metros de profundidade, a estação vai beneficiar mais de 35 mil pessoas por dia, a partir do primeiro semestre de 2016, quando estiver em funcionamento. O trabalho está sendo feito em etapas coordenadas: enquanto equipes de


colaboradores do Consórcio Linha 4 Sul concluíam a escavação, outras avançavam com montagem da forma e concretagem do fundo da estação, no trecho já escavado pelo Tatuzão. A Estação São Conrado já tem piso de granito assentado nos acessos de passageiros, mezanino e plataformas de embarque e desembarque. As escadas rolantes foram instaladas no piso que levará os usuários aos trens. Em Ipanema, há coberturas de vidro nos acessos de passageiros, guarda-corpo nas escadas, e o mezanino começou a ser concretado.

Telhado verde A Estação Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, começa a receber o seu céu estrelado: uma solução arquitetônica que valoriza a iluminação e ventilação naturais. Esta é a última grande etapa da obra bruta. Feito em concreto, do lado de fora, este arco formará um telhado verde. Para os passageiros, no entanto, a impressão dentro da estação será de um céu estrelado, isso porque haverá mais de uma

centena de pontos de captação de luz de natural. A 12 metros de altura do mezanino da estação, na área de circulação de passageiros, o arco será circundado por vidraças e aberturas laterais. Na calçada, essa cortina de vidro estará a 5,70 metros de altura. No início de julho, os colaboradores do Consórcio Construtor Rio Barra, responsável pelas obras da Linha 4 do Metrô neste trecho, se concentram na montagem do cimbramento, estruturas que servem para escorar as armações metálicas e fôrmas de madeira que receberão o concreto com 40 centímetros de espessura. Os pontos de captação de luz são círculos de tamanhos variados em material transparente, que serão instalados neste momento. A previsão é de que o arco esteja finalizado em julho, uma vez que a laje de teto da estação foi concluída e reaterrada. Em fase de acabamentos, as plataformas de embarque e desembarque recebem piso de granito e no rabicho - área de manobra que permitirá a futura expansão da Linha 4 em di-

reção ao Recreio – os trilhos estão sendo instalados. A Estação Jardim Oceânico vai receber cerca de 91 mil passageiros por dia, a partir de 2016. Serão três acessos, dois deles na Avenida Armando Lombardi: em frente à Unimed, no sentido Recreio, e na esquina da Rua Fernando de Matos, pista sentido Zona Sul, acesso que já está pronto, com pastilhas na parede, escada rolante, guarda corpo e cobertura de vidro com película antirresíduo, contribuindo para o conforto térmico, melhor visibilidade dos passageiros e integração com o paisagismo do entorno. O terceiro acesso ficará conectado ao terminal do sistema BRT. No canteiro central da Avenida Armando Lombardi haverá um gramado florido, que cobrirá toda a extensão da estação multimodal com vegetação e mudas de árvores. Sobre o arco estará o telhado verde, conhecido também como ecotelhado, que tem a vantagem de promover isolamento térmico no subsolo e garantir um diferencial estético e ambiental.

Telhado Verde valoriza a estética e dá conforto ao usuário

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Mobilidade Urbana A ideia foi do diretor de Engenharia da RioTrilhos, o arquiteto Heitor Lopes de Sousa Jr., que sugeriu aproveitar a área do canteiro central sem edificações e circulação de pedestres para construir uma espécie de onda que se eleva suavemente e retorna ao solo a partir da cobertura vegetal existente. Segundo ele, o projeto vai trazer bem estar aos passageiros e à população que passa no entorno, contribuindo ainda para a redução no consumo de energia na estação. “A cobertura vegetal dos ecotelhados permite uma troca de calor e umidade bem mais amena que as coberturas convencionais. A sensação de confinamento natural de construções subterrâneas é bastante amenizada nesta estação. O teto elevado permite que a luz natural penetre no seu interior e estabele-

ça uma integração com o ambiente externo”, explica o arquiteto. “Cores, texturas e painéis artísticos complementam a experiência sensorial de conforto e bem estar sugeridas pela arquitetura”.

Obras adotam silos horinzontais As obras da Linha 4 do Metrô carioca inovaram em vários aspectos. Um deles é a adoção de silos horizontais, da RCO, no canteiro de obras do Consórcio Linha 4 Sul, responsável pelas obras da Linha 4 do Metrô entre Ipanema e a Gávea. Os silos horizontais foram uma opção para a falta de espaço vertical, uma vez que obras em túnel apresentam limitação de altura. A RCO participou do desenvolvimento do silo com as dimensões necessárias para o projeto. Quanto à operação, o sistema

Silos horizontais como solução para falta de espaço

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funciona da mesma forma que os silos verticais. Dos três silos horizontais usados pelo Consórcio Linha 4 Sul na obra, dois são utilizados para estoque de cimento e o terceiro pelo armazenamento de bentonita. Juntos, o trio de equipamentos serve para alimentar o material utilizado na central de grout (argamassa composta por cimento, areia, água, quartzo e aditivos especiais). O grout é a matéria-prima do grauteamento, processo de preenchimento de vazios e juntas de alvenaria industrial. Além da participação ativa da RCO na personalização dos silos, o Consórcio Linha 4 Sul também contou com o valor competitivo dos equipamentos e o suporte comercial e da área de pós-venda da RCO. Leonardo Cavalcante, Coordenador Comercial da RCO, destaca que a tecnologia de silo horizontal fabricado pela empresa incorpora know how europeu e, diferente de outros modelos comercializados no mercado brasileiro, não apresenta problemas para realizar a descarga de materiais. O silo horizontal, segundo ele, é uma alternativa valiosa para as plantas que têm limitação de altura e, portanto, não podem adotar silos verticais, caso da Linha 4 do Metrô carioca. Disponível em modelos de 47 a 150 toneladas de capacidade de armazenamento, o equipamento é indicado para armazenagem de cimento, cal, areia, bentonita, sílicas e diversos outros tipos de materiais em pó. “Eles podem ser utilizados em conjunto com centrais de concreto, ou aplicados isoladamente, no processo produtivo do cliente”,


explica Cavalcante. O especialista lembra que a eficiência do equipamento é garantida pelo sistema de extração de material exclusivo da RCO, onde o processo é realizado através de rosca transportadora tipo calha. Essa tecnologia oferece escoamento perfeito do material devi-

do ao contato que ele tem com a rosca transportadora ao longo de todo o percurso do helicoide (hélice), presente na parte inferior do silo. Além disso, o design diferenciado do silo horizontal da RCO facilita o escoamento do material para a rosca transportadora

e isso supre o efeito da gravidade, que dá a eficiência dos silos verticais. “A mobilidade é a principal vantagem desse equipamento e ela existe porque as ligações elétricas e pneumáticas são feitas na nossa fábrica, permitindo que o silo siga pronto para a montagem no destino”, explica Cavalcante.

TCE teme atraso nas obras Relatório do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro diz que é alto o risco da linha 4, do Metrô Rio, não ser entregue até as Olimpíadas. No mesmo relatório ainda é apontado que a implantação de um tronco coletor de esgoto, além da recuperação ambiental das lagoas da Barra da Tijuca também não devem ser entregues. No caso da linha 4, segundo o TCE, há 3 pontos críticos: a escavação dos túneis pelo tatuzão, a construção da estação Jardim de Alah, no Leblon, e a expansão da estação General Osório, em Ipanema. Em nota, o TCE justificou a classificação de risco alto com base no calendário apertado. Segundo o tribunal, “não poderá ocorrer mais qualquer tipo de atraso no cumprimento do cronograma previsto, para que as extensões do metrô estejam em funcionamento antes do início das Olimpíadas”. O órgão informou que começou uma auditoria específica para a obra. De acordo com o TCE, durante o monitoramento, que

deverá ter o primeiro relatório publicado em setembro, serão examinadas “a legalidade, a legitimidade e a economicidade das contratações de projetos, obras e serviços de engenharia para a Linha 4”. O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, reconhece que a construção da estação Jardim de Alah é motivo de apreensão: “O TCE tem razão quando aponta essa estação como uma preocupação. É a mais complexa em termos de ambiência, por causa das características do solo.” Osorio diz que houve dois

fatores que dificultaram a obra neste trecho: a proximidade com o canal do Jardim de Alah, o que provoca infiltrações no solo, e a presença de uma rocha, que já foi implodida. Em relação à escavação dos túneis, o secretário enfatizou que houve avanço do tatuzão. Segundo ele, a máquina obteve um desempenho superior ao que estava sendo esperado, o que antecipou em um mês a chegada da máquina ao Jardim de Alah. Ele negou que a expansão da estação General Osório seja motivo de preocupação.

TCE diz que a obra pode não ser entregue no prazo estabelecido

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Alta tecnologia a serviço da cadeia da construção

Maior exposição de equipamentos para construção na América Latina reúne 478 expositores, representando indústrias de 25 países da Europa, Ásia, América do Sul e América do Norte. O momento é de crise, com retração de investimentos em várias áreas, inclusive na infraestrutura e construção pesada. Mas nem por isso a cadeia da construção se acomoda, esperando a mudança dos ventos, Ágil e dinâmica, ela enfrenta a crise e se prepara para o período de recuperação, pesquisando novas tecnologias, investindo no desenvolvimento de equipamentos mais eficientes, econômicos e capazes de oferecer melhor desempenho. Isso ficou claro durante a realização da M&T Expo 2015 – 9ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Construção e 7ª Feira e Congresso Internacio-

nais de Equipamentos para Mineração. O evento, promovido pela Sobratema, de 9 a 13 de junho, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center (ex-Centro de Exposições Imigrantes), se consolida a cada edição como a maior feira latinoamericana de equipamentos para construção e mineração, e principal vitrine da tecnologia de ponta para esses setores. Este ano, cerca de 45.755 visitantes passaram pelos 100 mil m2 de área de exposição, onde 478 expositores, representaram as indústrias de 25 países da Europa, Ásia, América do Sul e América do Norte, apresentando o que há de mais novo em tecnologia apli-

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cada em máquinas, equipamentos e soluções para os setores em foco. Esses visitantes puderam conhecer uma grande variedade de equipamentos para terraplenagem, pavimentação, içamento de cargas, perfuração de rochas, mineração, entre outros, além de motores, material rodante, peças e componentes. Em tempos de crise, os principais destaques eram para os equipamentos mais compactos, econômicos e de maior produtividade e, ao mesmo tempo, com reduzido impacto ambiental. Veja a seguir o que os principais players do mercado brasileiro apresentaram na M&T Expo.


Case lança trator de esteiras mais econômico

Lançada na M&T Expo, a nova linha de tratores de esteiras da Case Construction Equipment, garante, segundo o fabricante, uma economia de combustível de 10% quando comparada com a concorrência, o que representa uma redução de R$ 12 mil/ano se a máquina trabalhar oito horas por dia, obtendo 13% mais produtividade e ganho de 20% em eficiência. Os modelos lançados no Brasil e fabricados em Contagem (MG) são o 1150L (com peso operacional de 14.038 kg), 1650L (17.243 kg) - ambos na versão PAT - e 2050M (22.446 kg), na versão PAT e BD (Bulldozer). As máquinas são utilizadas em vários segmentos da economia, como construção civil, infraestrutura, reciclagem e manuseio de lixo, reflorestamento e agronegócio, em atividades como limpeza de terrenos e terraplanagem. Tração Segundo o vice-presidente da Case para a América Latina, Roque Reis a força de tração dos tratores de esteiras está entre as maiores da categoria, com 214 kN, 275 kN e 360 kN, respectivamente, proporcionando maior controle em

todas as operações. Os modelos L são equipados com motor Case commonrail, Tier III e o modelo 2050M, com Tier II, atendendo às normas ambientais européias de baixos níveis de ruídos e de poluentes. Possuem seis cilindros, tecnologia e projetos superiores que garantem respostas rápidas e baixo consumo de combustível. Com a força de tração e lâminas padrão maiores, o desempenho da máquina também é 13% superior à concorrência, com uma movimentação média de 172m³ de material por hora. Quanto ao ganho de eficiência, que mede o volume movimentado por litro de combustível, pode ser até 20% maior. Os três modelos possuem transmissão hidrostática automática e com sensor de carga, que eliminam a necessidade de passar marcha. Cada transmissão é composta por uma bomba de pistão axial de vazão variável, conectada com um motor de pistão axial de eixo curvo e vazão variável. Esse circuito fechado permite que o sistema hidráulico ajuste a potência para cada esteira durante o giro ou contra rotação, gerenciando qualquer carga

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súbita na lâmina, alcançando qualquer raio de giro ou mantendo a direção reta, mesmo em terrenos inclinados, mediante a modulação automática da vazão (velocidade) e pressão (potência) em cada esteira. As máquinas possuem também duas entradas, uma de cada lado da cabine, com portas que se abrem a 180º. Na operação, tanto o joystick direito quanto o esquerdo dispõem de controle eletro-hidráulico, que praticamente elimina a fadiga do operador. O joystick direito controla todos os movimentos da lâmina e inclui a posição de flutuação e o esquerdo controla todos os movimentos da máquina. Para Roque Reis, vice-presidente da Case para a América Latina, o exemplo do desempenho do trator de esteiras tem como intuito reforçar o foco da marca, no Brasil há mais de 90 anos. “As soluções em produtos, tecnologias e serviços garantam ao cliente maior produtividade e economia real. Com o lançamento do trator de esteiras, a Case chega em 2015 com 33 modelos em oito linhas”, diz.


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Caterpillar: 20 máquinas para diversas aplicações A Caterpillar participou da M&T Expo com mais de 20 máquinas para construção de diferentes famílias e portes, desde mini-carregadeiras até escavadeiras hidráulicas de 75 toneladas. Os equipamentos incorporam tecnologias que vão do mais simples sistema de rastreamento do produto até o controle automatizado da lâmina de alta precisão, tudo projetado para ajudar os operadores dos equipamentos, gerentes e proprietários a aproveitar o máximo de cada máquina. No ano passado, a Caterpillar celebrou 60 anos no Brasil, sendo hoje a maior exportadora de equipamentos para construção do país. Juntas, as duas unidades fabris da Caterpillar no país – em Piracicaba-SP e Campo Largo-PR – produzem 40 modelos de oito famílias diferentes de máquinas. Em suas linhas de montagem no Brasil são fabricados carregadeiras de rodas, motoniveladoras, escavadeiras hidráulicas, tratores de esteiras, retroescavadeiras, compactadores e grupos geradores, além de componentes e ferramentas de trabalho para suas máquinas. Além de servirem ao mercado local, os produtos feitos pela Caterpillar Brasil são exportados para mais de 120 países. Durante a M&T Expo 2015, o destaque foi a Pavimentadora de Asfalto AP1055F com a mesa SE60 VT XW, a Retroescavadeira 420F2 e a MiniEscavadeira Hidráulica 302.7D farão sua “estreia” na América do Sul no estande da Cat. As pavimentadoras Série F da Cat Paving apresentam melhorias de desempenho e tecnologias com interface fácil de usar. Várias funcionalidades aprimoraram a economia de combustível ao mesmo tempo em que mantém altos níveis de desempenho. O Eco-mode

(modo ecológico) vem de fábrica nas pavimentadoras da Série F. Quando usado com o controle automático de velocidade do motor, o Eco-mode gerencia com eficiência o RPM do motor para otimizar a economia de combustível, reduzir os níveis de ruído e manter a pavimentadora operando suavemente. Um gerador integrado, a força por trás do novo sistema de aquecimento de mesa, é outra inovação que ajuda a economizar combustível. Telas sensíveis ao toque oferecem flexibilidade aprimorada à operação e para os ajustes da máquina. O novo sistema de alimentação de preenchimento automático do interruptor único simplifica a instalação e oferece consistência ao equipamento. Já as retroescavadeiras da Série F2 foram representadas pelo modelo 420F2. Os novos modelos Série F2 de pivô central apresentam um novo compartimento do operador além de funcionalidades e opções adicionais que aprimoram ainda mais o desempenho

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e a produtividade do operador. Todos os novos modelos da Série F2 vêm com um sistema de implementação hidráulica extremamente poderoso, que utiliza uma bomba de pistão de deslocamento variável com detecção de carga e que oferece potência total de levantamento e escavação em todas as velocidades do motor, alinhando o fluxo hidráulico às demandas de trabalho para oferecer uma operação altamente eficiente. Controles de joystick com mudança de dentro da cabine são padrão na 420F2 e 430F2. Outra novidade da Cat na feira foram as Mini-Escavadeiras Hidráulicas da Série E da Cat, projetadas para trabalho produtivo em espaços apertados e de fácil transporte entre um trabalho e outro. A mini-escavadeira é um contraste com a Escavadeira Hidráulica 374F, a maior máquina no estande da Caterpillar. A 374F é projetada para alta produção com seu motor Cat de 352 kW (478 hp).


Haulotte, soluções interativas A Haulotte exibiu na feira sua nova geração de mastros verticais com lança Star 8 e Star 10. A empresa também apresentou soluções como os modelos articulados a diesel HA20 RTJ e HA20 RTJ PRO, as soluções para grandes alturas HA32, HA41 e HT43 RTJ PRO e os produtos conhecidos como “Best in Class”, incluindo os modelos Optimum 8, Compact 14, e HA15 IP. As vedetes de nosso estande foram as novas HA20 e a STAR 10, desenvolvidas com foco no cliente, a partir de sugestões dos próprios usuários. Queremos que o cliente perceba que fazemos exatamente os produtos que ele está procurando.” Segundo a fabricante, o modelo HA20 RTJ apresenta combinação aperfeiçoada de peso e dimensões, além de incorporar um cesto modular mais robusto, durável e ergonômico. Já os modelos de grande alcance exibem uma nova geração de gaiola

modular (de 2,44 m x 0,91 m), incluindo tampa protetora da bandeja de ferramentas superior da caixa de controle e plástico de alta resistência. Outro chamariz da marca foi a apresentação do dispositivo de segurança secundário Activ’Shield Bar, apresentado em sua versão

padrão europeia. Este recurso foi criado para atender às demandas da indústria para proteger os operadores do risco de aprisionamento e/ou esmagamento superior, reafirmando o compromisso da empresa para garantir condições seguras do trabalho em altura.

JCB: estratégia para enfrentar a crise e manter crescimento Ao assumir o cargo de presidente para América Latina da JCB do Brasil Ltda. há três meses, José Luís H. Gonçalves recebeu uma tarefa nada fácil de ser executada considerando o momento atual da economia brasileira: fazer a companhia continuar crescendo no Brasil e enfrentar o período crítico da indústria, que faz com que a empresa opere, atualmente, bem abaixo da sua capacidade instalada. Atualmente, a empresa opera com 20% a 25% da capacidade instalada, hoje na casa das 6 mil unidades/ano. “Trabalhando com três turnos, a JCB

poderia fabricar 10 mil máquinas. Hoje estamos produzindo 1.500 unidades”, comenta Gonçalves. Segundo ele, uma boa condição seria manter uma produção entre 40% a 50%. O novo presidente da JCB conta que a meta da companhia é aumentar a participação da atual, hoje estimada entre 8 a 9%. A expectativa de vendas e faturamento do novo presidente para o exercício de 2015 ainda é de queda de 25% e 2016 deve ser parecido. “O Brasil está vivendo um momento de recessão, mas não é um País de recessão. Cabe a nós brasileiros fazer acontecer”, diz o executivo.

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Manitowoc destaca gruas e guindastes

Ciber: equipamentos para road building Representante das marcas do Grupo Wirtgen, a Ciber expôs lançamentos recentes, como a nova série de pavimentadoras da marca Vögele e a linha de compactadores Hamm, destacando os modelos GRW280 de pneus e o rolo compactador 3411, produzido no Brasil. A fresadora Wirtgen W100 é outro equipamento produzido em Porto Alegre (RS) e que marcou presença no estande. Da própria marca, a empresa destacou uma usina de asfalto de contrafluxo contínua da série UACF Advanced. Com capacidade de até 200 t/h, a solução é disponibilizada em cinco diferentes modelos e chega para atender a uma tendência em nichos específicos do mercado nacional. “As usinas móveis podem fazer a di-

ferença nas concessões de longa extensão”, afirmou Luiz Marcelo Tegon, presidente da Ciber. Nesse segmento, o executivo projeta uma demanda potencial de 10 a 15 unidades/ ano no país, o que representa um market share de 65% no segmento, mas que não deve ser suficiente para manter o ritmo forte com que a empresa vinha crescendo nos cinco últimos anos. No período, a empresa dobrou de tamanho, sendo que o planejamento era dobrar de novo até 2020, chegando a 1 bilhão de reais em faturamento até 2020. “Mas estamos revendo esses números”, disse Tegon. “A empresa tem capacidade instalada para isso, mas tivemos uma redução de mais de 50% na linha de produção.”

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A Manitowoc destacou na M&T Expo a grua-torre Potain MCT85, agora produzida em Passo Fundo (RS). Com capacidade de 5 t e alcance de 52 m, o equipamento não possui a parte superior, o que facilita a montagem e as manobras. “Este produto tem 75% de nacionalização e é o único dessa linha produzido na fábrica brasileira, que também monta cinco modelos de guindastes RT”, afirmou Mauro Nunes, gerente geral de operações da Manitowoc no Brasil. Outra vedete do estande da empresa foi o cabo sintético KZ100 Samson, que foi mostrado pela primeira vez no Brasil em um equipamento real, no caso, o guindaste RT890E.



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Cummins South America: gama completa de motores No mesmo ano em que a M&T Expo completou 20 anos, a Cummins South America celebrou a maturidade no desenvolvimento de seus produtos, com tecnologias avançadas e soluções que agregam aos seus clientes competitividade requisitada com menor baixo custo operacional, baixo consumo de combustível e pós-venda de qualidade com extensa cobertura geográfica. Figurando entre as maiores fabricantes independentes de motores diesel, componentes e grupos geradores, a empresa apresentou na M&T Expo sua ampla e completa gama de motores destinados aos segmentos que variam de 3.8 até 78 litros e/ou 450 cv a 3.300 cv. A partir de 2016, a Cummins South America introduz nestes mercados o QSK95, motor de maior rotação já produzido. De 95 litros e 16 cilindros em V, desenvolve 3.200 até 4.000 cavalos de potência, com rotação de 1.800 rpm. Vale acrescentar que, desde 2010, todos os motores Cummins atendem à legislação de emissões de poluentes e

ruídos para máquinas agrícolas e de construção denominada MAR- I, incluída no Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) e entrou em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2015. Linha QSB Em exposição no estande da Cummins durante o evento, o motor QSB teve seu desenvolvimento baseado no grande sucesso da versão mecânica dos motores série B. Com intercooler e turbos que disponibilizam alto desempenho e sofisticados controles eletrônicos, que resultam em confiabilidade e durabilidade, garantem operação de um motor de alta potência, mas com menor consumo de combustível, característicos dos motores Cummins. O Cummins QSB atende às normas de emissões e é oferecido pela fabricante nas versões 3.9 e 4.5 litros com 4 cilindros em linha, e nas opções 5.9 e 6.7 litros, ambas com 6 cilindros em linha.

Novo filtro Para os mercados de mineração e construção, a Cummins Filtration apresentou o LF14000NN. O novo produto, com a união das mídias NanoNet® e StrataPore®, ambas patenteadas pela empresa, criou uma nova categoria de filtros com mais eficiência de filtragem, maior capacidade de retenção dos contaminantes e lubrificação mais rápida em partidas a frio a melhor resistência em fluxo a frio disponível, o que resulta na proteção máxima e aumento da vida útil do motor.

Liebherr: soluções para um período de retração A Liebherr levou aos visitantes da feira dois lançamentos para o mercado de construção. Modelo intermediário, a escavadeira R 954 C “Super Mass Excavation” é uma máquina na faixa de 60 t de peso operacional, que preenche um gap no portfólio da marca. A solução utiliza contrapeso maior que o modelo convencional, o que permite a utilização de caçamba maior sem perda de estabilidade. A máquina foi exposta com monobloco de 6,7 m, lança de 2,35 m, caçamba HD de 3,7 m3 e motor diesel Liebherr de 326 hp com seis cilindros em linha. Agora produzida em Guaratingue-

tá (SP), a autobomba de concreto THP 70 D-C é a menor bomba do portfólio da empresa. Equipado com motor diesel e montado sobre caminhão, o pro-

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duto comporta agitador duplo com motorização e oferece capacidade nominal de produção de 71 m3/h e coxo de 600 l.


JLG: 15 anos de Brasil celebrados com novidades Ao comemorar 15 anos de atividades no Brasil, a JLG Industries – uma empresa da Oshkosh Corporation (NYSE:OSK) – aproveitou a M&T Expo para apresentar aos seus clientes o novo manipulador telescópico, modelo 4017RS desenvolvidos para atender o segmento de locação e mercados emergentes da América Latina e Ásia e a recentemente redesenhada plataforma de lança articulada 450AJ e outros produtos da marca. Os operadores vão gostar da simplicidade e conforto da cabine do 4017RS, a qual inclui controles por joystick único, melhor visibilidade e um assento com suspensão mecânica, quesitos desenvolvidos para oferecer maior conforto e produtividade. “O manipulador pode ser equipado com ar condicionado item opcional que pode melhorar ainda mais o conforto do operador da máquina”, diz John Boehme, gerente de Produtos Manipuladores. Segundo ele, a lança do manipulador tem capacidade de receber vários acessórios acopláveis como garfos para paletes, caçambas, extensões de lança, ganchos de elevação e plataformas de trabalho. O equipamento é indicado para mover produtos em áreas onde as cargas não podem ser movidas por empilhadeira tradicional. A manutenção é simplificada pelo fácil acesso a todos os componentes do motor. “O trem de força, que apresenta eixos e transmissão Dana com motor Deutz, e a tecnologia da lança, que utiliza o desingn formato caixa de quatro placas, também contribuem para a confiabilidade da máquina”,

reforça Leandro. O 4017RS possui uma capacidade máxima de elevação de 4.000 kg e 17,10m de altura máxima de elevação. Plataforma 450AJ No caso da redesenhada plataforma de lança articulada 450AJ traz como inovação o aumento da capacidade de elevação de 227 kg para até 249,5 kg. “Esta capacidade é 10% maior que as plataformas de tamanho similar do mercado”, garante Aaron Haynes, gerente de Produtos Plataformas da JLG. Segundo ele, a 450AJ alcança altura máxima 40% mais rápida do que a versão anterior, ou seja, anteriormente a operação era realizada em 65 segundos agora é feita entre 35 a 40 segundos. Os

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desenhos dos sistemas foram aprimorados e os novos capôs, que agora são fabricados em DuraTough oferecem maior durabilidade. A tela MDI apresenta textos em linguagem completa, não apenas códigos de falha, o que torna a resolução de problemas mais rápida e reduz a duração dos atendimentos de serviço. “O DuraTough é um material mais flexível, não amassa igual ao aço e não é tão quebradiço quanto o ABS”, explica Haynes. De acordo com Leandro, esta plataforma emprega menos mangueiras hidráulicas e simplifica o roteamento das mesmas, comparado aos modelos anteriores. Isto reduz o número potencial de pontos de vazamento e minimiza manutenção.


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SDLG tem Finame para escavadeiras “made in” Brasil Considerada uma das cinco maiores fabricantes de carregadeiras de rodas no mundo, a SDLG fez alguns lançamentos na feira e anunciou que as carregadeiras produzidas em sua fábrica de Pederneiras (SP) já podem ser adquiridas através da Finame. “Os clientes podem financiar até 90% do valor dos equipamentos”, explica Enrique Ramirez, diretor da SDLG Latin America. Segundo o executivo, os modelos disponíveis para a modalidade de financiamento são: LG6150E, LG6210E, LG6225E e LG6250E, que cobrem as classes de peso entre 13,8 toneladas e 24,3 toneladas, usadas principalmente nos setores de construção, florestal, agrícola e de extração. “É um grande avanço para a nossa marca e um importante benefício para os clientes brasileiros”, comemora o diretor. Na ocasião, Ramirez apresentou o novo compactador de solos RS7120 (inicialmente comercializado no mercado hispânico-americano), com o qual a empresa passa a competir no segmento de máquinas de construção rodoviária; a carregadeira LG933L de 10 toneladas para clientes do Brasil e América Latina e a escavadeira LG6300E. Com o compactador RS7120 de 12 toneladas de peso operacional, a empresa aumenta seu portifólio de produtos oferecendo um equipamento que vai atender um segmento que segue crescendo em diferentes

países do continente por causa das obras de infraestrutura em curso ou planejadas para os próximos anos. “Identificamos uma oportunidade de negócios, ao mesmo tempo em que oferecemos mais uma máquina com excelente relação custo-benefício”, afirma Ramirez. O compactador RS7120 oferece 360° de visibilidade, o que aumenta a segurança durante a operação. A estrutura e o capô foram desenhados para oferecer uma excelente visibilidade traseira. A cabine vem de fábrica com sistema de ar condicionado, que direciona o ar por meio de aberturas convenientemente localizadas nos dois lados do assento do operador. A cabine está disponível também com estruturas de proteção ROPS/FOPS. “Pensando ainda no conforto do operador, o RS7120 possui controles e console ergonomicamente projetados, convenientemente posicionados e acessíveis. A alavanca de propulsão é de fácil manuseio, garantindo o controle da velocidade de forma precisa”, destaca André Puquevicz, líder de segmento e produto da SDLG Latin America. “É um equipamento que proporciona elevada força centrífuga”, complementa Puquevicz, ao lembrar que a combinação com o maior peso do cilindro possibilita excelente compactação. Por causa desta característica, o grau de compactação é atingido com poucas passadas. Outro atributo importante do RS 7120 é a junta de articulação-oscilação, que permite 35° de articulação e 12° de oscilação e, assim, garantindo mais estabilida-

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de e capacidade de manobra. Outra característica importante dessa máquina é a dupla amplitude do sistema de vibração. O operador precisa apenas selecionar amplitude alta ou baixa, dependendo da espessura da camada ou do tipo de material a ser compactado, o que aumenta a versatilidade do equipamento. Carregadeira LG933L Com o lançamento da carregadeira LG933L para o Brasil e toda América Latina, a SDLG aumenta sua linha de produtos no segmento onde os clientes que precisam de máquinas com grande capacidade de carregamento, elevada capacidade de manobra, pequeno raio de giro, elevada eficiência operacional e facilidade para manutenção. “Trata-se de um equipamento ideal para trabalhar com material solto, mas também muito versátil, pois é capaz de atender a diferentes demandas”, explica Puquevicz. “Outra grande vantagem deste modelo é o baixo custo operacional e a grande facilidade de operação”, afirma o executivo, lembrando que é um equipamento que pode ser utilizado em portos, canteiros de obras civis e na manipulação de material e madeiras. A caçamba da LG933L é equipada com dentes e lâmina de desgaste, característica que resulta em elevado enchimento, confiabilidade e desempenho. O chassi dianteiro e o traseiro foram submetidos a exaustivos testes de fadiga e de resistência, e possuem alta capacidade de carga, proporcionando ótima distribuição de


peso e estabilidade. Outro atributo presente nas máquinas da marca e também na LG933L é a cabine ampla, com grande espaço interno e ótima visibilidade. Escavadeira LG6300E A SDLG está lançando a LG6300E uma escavadeira hidráulica de esteiras de maior porte, para atender os clientes nos países da região hispânica. Segundo Ramirez trata-se de um equipamentos robusto e bastante versátil. “Este é um modelo largamente utilizado em pedreiras, por exemplo. A LG6300E possui chassis superiores e inferiores robustos, características que permitem usá-la em operações contínuas. O modelo LG6300E de 30 toneladas de peso operacional tem lança e braço especialmente projetados para serviços pesados. As partes da

máquina sujeitas a maiores esforços são produzidas em ferro fundido, para garantir mais resistência. “E a maior robustez do conjunto de escavação proporciona uma vida útil mais longa à máquina, mesmo em aplicações mais severas”, observa Puquevicz. A LG6300E é útil em muitas situações, em vários tipos de solo e na escavação de materiais diversos na construção e extração, entre outros. Seu sistema hidráulico inclui funções como soma de fluxos e regeneração, que lhe permitem maior eficiência e rapidez. A tecnologia utilizada para controle eletrônico da máquina, própria da SDLG, garante que a máquina seja operada em diferentes modos para se adequar às diferentes operações e proporciona maior eficiência energética de todo o equipamento - escavação, manuseio de cargas e corte de taludes, entre outras tarefas. “E a

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cabine tem excelente iluminação e é muito espaçosa, oferecendo uma ampla visibilidade”, destaca Puquevicz. O motor com sobrealimentador e Intercooler é equipado com um sistema regulador elétrico Deutz EMR2, de alta potência, permitindo economia de combustível e alta confiabilidade, ainda oferecendo uma melhor adaptabilidade para toda a máquina em atividades de mineração, por exemplo. O chassi mais largo e o carro inferior longo proporcionam boa manobrabilidade e alta estabilidade para toda a máquina. Para o Brasil, a marca também tem uma solução exclusiva por meio da SDLG Financial Services, o braço financeiro da empresa, que oferece financiamentos dos produtos da linha, com modalidade e condições específicas para todos os perfis de clientes.


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Schwing: automação e alto desempenho A Schwing-Stetter Brasil levou para a M&T Expo o novíssimo robô para projeção de concreto via úmida, modelo TSR 30.14, importado da Alemanha. Movido por um motor Cummins B4 5/80 (80Hp) ele é equipado com bomba para concreto projetado, tem capacidade produtiva de 33 m³/h e 59 bar de pressão no concreto, lança telescópica com alcance de até 14m com rotação de até 270º, o que proporciona ao operador melhor operabilidade e auto grau de ergonomia. O equipamento dispõe de um sistema de operação de emergência realizado separadamente do sistema principal por meio de uma bomba de engrenagens acionada pelo motor diesel do veículo, garantindo ao cliente continuidade em seu trabalho. O bico de projeção é composto por três motores hidráulicos, dois deles para ajuste da pistola com movimentos giratórios e o outro motor hidráulico para movimentos oscilatórios.

Outro equipamento presente no estande da Schwing era a Bomba de Pistão Industrial de Alta Pressão – 110 bar com Válvula de Assento Extra Grande (Poppet), Alimentador Duplo Eixo Horizontal e Unidade de Acionamento dedicada com CLP, utilizada em vários setores, como na Mineração, no Transporte de Materiais Pastosos com alta densidade e porcentagem de sólidos de até 70%, também em reaterro de minas subterrâneas – Backfill. No Saneamento Básico, o equipamento pode ser usado para bombear e higienizar o lodo orgânico desidratado. No setor de Óleo e Gás, onde a empresa forneceu 12 bombas para quatro embarcações PSVs (Platform Supply Vessels) da empresa CBO (Companhia Brasileira de Off-Shore), que operam na costa brasileira dando apoio às plataformas de petróleo para o bombeio do DrillCutting – cascalho do petróleo, resíduos proveniente das perfurações dos poços de petróleo que não podem ser descartados no mar.

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Terex: simulador reproduz situações reais de operação

A Terex Latin America (TLA) apresentou uma série de produtos que abrangem as diversas áreas de atuação da empresa, como o simulador Simulift para guindastes RT (Rough Terrain), o guindaste todo terreno Explorer 5800 de 220 t, a lança telescópica Genie SX-180 com eixo em X e a recente ponte rolante Demag Tipo V, que reduz a frequência de ressonância em 30%. Porém, a maior novidade foi do segmento de Utilities, que apresentou o cesto aéreo a bateria SkyCity. Desenvolvido e fabricado em Betim (MG), o equipamento é indicado para manutenção de linhas vivas em grandes centros urbanos e atinge de 10 a 43 m de altura de trabalho, podendo ser aplicado em linhas de 13 mil V a 800 mil V. Para o segmento de construção, o grupo mostrou o primeiro simu-


Solaris aumenta frota de máquinas para locação

lador de guindaste da América Latina. “Também incluímos um treinamento de sinalização com sistema de realidade virtual, que auxilia a balizamento dos movimentos e traz a sensação real de operação, incluindo ventos e quebra de correntes de ar para avaliar a reação do operador”, disse Ricardo Beilke, gerente da área de serviços da TLA. Outro destaque foi o anúncio da aquisição da empresa CBI (Continental Biomass Industries), que produz trituradores e picadores móveis para madeiras. Adquirida em abril, a empresa norte-americana tem foco em reciclagem para a indústria de biomassa. “Em florestas, não é possível utilizar equipamentos fixos”, explicou João Pensa, gerente de vendas da Terex Material Handling & Port Solutions.

Em um ano adverso em que a economia praticamente estacionou, a Solaris Brasil, uma das maiores empresas de locação e vendas de seminovos, continua investindo na ampliação e diversificação de sua linha de produtos. No ano passado, a companhia trabalhou com uma frota composta de 3.700 equipamentos. Esse número representou um crescimento da ordem de 25%, quando comparadas as existentes em 2013. Presente na M&T, a Solaris expôs vários equipamentos das suas representadas marcas JLG, Genie, Skyjack, Cummins, Sky Trak e Haullote. Trata-se de um portfólio variado, composto de tesouras elétricas e diesel, plataformas de lança elétricas e diesel, manipuladores telescópicos, grupos geradores de energia, compressores de ar e torres de iluminação portáteis. Com uma receita líquida da ordem de R$ 211.804 em 2014, a Solaris, segundo Said Saleh El Hajj, responsável pelo departamento de Marketing costuma trabalhar somente com equipamentos com poucos anos de uso. “Procuramos renovar nossa frota a cada cinco anos no máximo para oferecer o que há de mais novo em tecnologia aos nossos clientes. Máquina parada gera custo e prejuízo”, comenta. Segundo Édemi Santos, da área Comercial,k o mercado de locação de plataformas e manipuladores telescópicos está estagnado, o que aumenta a competitividade entre as empresas da área. Para Hajj, ganha quem oferece a melhor opção, um atendimento de

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qualidade e um preço atraente. “Hoje uma pequena diferença no valor, tipo R$ 200,00 influi bastante, por isso o atendimento é um grande diferencial”, diz. Segundo o executivo, as empresas que mais sentiram a retração da economia brasileira que chegou com força total em 2015 foram às que trabalham com obras públicas. As obras em condomínios residenciais e pequenas reformas não sofreram tanto. Vendas Em contrapartida, as vendas de equipamentos usados ou seminovos estão crescendo. Ariana Mambro, da área de Vendas da Solaris conta que dos 100 equipamentos comercializados em 2014, cerca de 70 foram usados e 30 novos. “Em 2015, esperamos ter um ano melhor ou que seja pelo menos igual ao ano passado”, diz ela.


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Volvo CE lança escavadeira EW205D A Volvo Construction Equipment aproveitou a M&T Expo para lançar sua nova escavadeira sobre rodas EW205D no Brasil e América Latina. Equipada com motor D6 da Volvo, a máquina chega ao mercado para proporcionar mais desempenho com grande eficiência de combustível. “É mais uma máquina que garante maior produtividade e rentabilidade na operação”, declara Afrânio Chueire, presidente da Volvo CE. A escavadeira possui a avançada tecnologia Eco, exclusiva da Volvo, criada para diminuir o consumo de combustível, ao mesmo tempo que aumenta a produtividade. Este sistema controla eletronicamente a vazão da bomba hidráulica da escavadeira, de acordo com a necessidade da operação. No modo de trabalho, pode-se ajustar automaticamente a rotação e a potência hidráulica. O operador pode escolher o melhor modo de trabalho para a tarefa a ser realizada entre I (ponto morto), F (Fino), G (Geral), H (Pesado) e P (Potência máxima). O carro inferior (superestrutura) da EW205D permiti e estabilidade em qualquer condição de trabalho. A máquina foi desenhada para suportar terrenos difíceis em uma ampla gama de canteiros de obras, como em construção de estradas, nas instalações de serviços públicos, em terraplenagem ou outra aplicação. A nova escavadeira tem ainda a trava de eixo, que pode ser acionada manual ou automaticamente. O eixo dianteiro se movimenta, quando a máquina está em deslocamento ou operando em terrenos irregulares ou acidentados. Uma lâmina frontal robusta e estabilizadores laterais otimizam a estabilidade durante a operação e

aumentam sua versatilidade. Isso permite que a escavadeira seja usada na realização de uma variedade enorme de tarefas, incluindo içamento, carregamento, escavação e nivelamento. A estrutura principal rígida é resistente e absorve facilmente os impactos transferidos pelo equipamento de escavação. A solda reforçada entre as estruturas central e lateral, a lança e os suportes dos cilindros da lança aumentam consideravelmente a durabilidade da máquina. O trem de força da escavadeira foi desenvolvido de forma integral para trabalhar em harmonia perfeita. Conforto Com pilares finos e grande área envidraçada, a cabine Volvo com ROPS proporciona visibilidade em toda a volta e o máximo de segurança nas estradas ou fora delas. Para maior conforto do operador, os controles e interruptores estão posicionados de forma ideal e os coxins de borracha da cabine absorvem choques e reduzem a vibração. O monitor colorido de 7 polegadas de LCD exibe informação de condição da máquina, inclusive dados de consumo de combustível e alertas para intervalos de manutenção. Assento foi projetado para aprimorar o conforto do operador durante seus longos turnos de trabalho. Para o máximo de conforto estão disponíveis opcionalmente a suspensão a ar e o aquecimento do assento. O desenho esguio da coluna de direção com ajustes acessíveis facilitam o acesso à cabine e também não atrapalha a visão. O ângulo da coluna de direção pode ser alterado pressionando o pedal. O sistema de climatização Volvo proporciona ao operador um nível superior

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de conforto. O sistema de circulação de ar é muito eficiente, e o desembaçador tem 14 sopradores bem distribuídos, aquecendo ou refrigerando rapidamente a cabine. Escavadeira EC220DL Outro lançamento da marca foi a escavadeira EC220DL para aplicação florestal, que segundo Chueire pode ser adquirida via Finame. A máquina vem equipada com o modo Eco, que contribui para melhorar em até 5% a eficiência no consumo de combustível sem perder produtividade. A Volvo é pioneira no fornecimento de uma escavadeira com a utilização de um cabeçote processador (Harvest) na área florestal e a máquina que serve de base já é consagrada no mercado. A cabine tem para-brisa de policarbonato de 18 milímetros, placas do mesmo material parafusadas nas laterais,


Sany comemora venda de equipamentos na M&T Expo

proteção do capô do motor, passarelas laterais, sistema hidráulico específico para acionar o cabeçote processador, filtro de linha de retorno de alta capacidade e um sistema próprio de refrigeração do óleo hidráulico. A escavadeira vem equipada com a última geração de cabines Volvo com certificado ROPS, e que proporciona excelente visibilidade e controles localizados à mão do operador. Tem, ainda, um sistema de climatização com 14 saídas ajustáveis, permitindo ao operador regular a distribuição interna de ar de acordo com a sua preferência. O sistema hidráulico da EC220DL envia o fluxo hidráulico de acordo com a demanda requisitada pelo cabeçote, tornando assim o ciclo mais curto e rápido, e sem desperdício de energia, proporcionando alta produtividade e um menor consumo de combustível.

A M&T Expo 2015 superou as expectativas da Sany Indústria do Brasil, que participou pela quarta vez do evento. Foram 100 unidades entre equipamentos da linha amarela e guindastes vendidos durante o evento, realizado na cidade de São Paulo entre os dias 9 a 13 de junho. “A feira superou as nossas expectativas, alavancando muitos negócios e consolidando a Sany como um dos principais players do mercado nacional”, diz Elton Wu, representante da marca no Brasil. Segundo a fabricante, o impacto do anúncio das concessões rodoviárias pelo Governo Federal que aconteceu durante a feira não trouxe reflexos imediatos ao mercado, mas os executivos estão esperançosos quanto os desdobramentos a médio e longo prazo. “A expectativa em curto prazo é de uma leve melhoria no mercado. A reação expressiva só ocorrerá no segundo semestre de 2016”, declara o executivo. Para o diretor comercial da empresa, Rene Porto, ainda é cedo para dizer, mas se realmente for realizada parte dos investimentos anunciados, será muito positivo para o setor, que se encontra retraído. A venda de 100 equipamentos durante a feira foi feita para compradores de todo o país, mas principalmente por clientes da região Sudeste. Durante a feira, cerca de cinco mil pessoas passaram pelo estande entre

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curiosos, empresários, compradores e imprensa. O estande realizou apresentações artísticas do equipamento todos os dias. “Um fato que chamou a atenção foi a visita de clientes que vieram de longe, como dos estados de Roraima, Amazonas e Rondônia; para fechar negócios na feira”, surpreende-se Rene Porto. Durante coletiva realizada no segundo piso do estande, cerca de 40 jornalistas de veículos sul americanos ficaram encantados com a simpatia do chairman da Sany, Xu Ming. Após a coletiva para a imprensa, foi realizada uma apresentação artística exclusiva para os jornalistas. A fabricante aproveitou o evento para reafirmar o compromisso com o mercado brasileiro de equipamentos, independente do momento econômico que o país vive, lançando três novos modelos: a motoniveladora SAG 200, primeira no mundo com transmissão composta; a retroescavadeira BL 70C; e o guindaste STC 800S, com todos os eixos direcionáveis.


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New Holland lança escavadeira de rodas

A New Holland Construction apresentou durante a feira M&T Expo a escavadeira de rodas WE190B PRO, que oferece desempenho, potência, estabilidade e alta velocidade. Seus principais destaques são o controle multifuncional, de operação suave e precisa, conforto operacional, fácil dirigibilidade e simultaneidade de movimentos, além de fácil manutenção. “O equipamento é fabricado na Itália, mas assim como todas as nossas tecnologias e inovações, está previsto a realização de estudos para nacionalizamos o produto futuramente”, explica Marcos Rocha, gerente de Marketing de Produto da New Holland Construction. A cabine conta com proteção ROPS/FOPS, controles intuitivos e de fácil manuseio, além de motor de alto desempenho e torque, sistema hidráulico de três bombas e uma

bomba de giro exclusiva. Também são destaques o design seguro e confiável e o Power Boost automático. “O investimento em inovação, que faz parte do DNA da nossa marca, e a produção local são duas frentes que mantemos como prioridade no nosso planejamento estratégico para os próximos anos”, completa o executivo. Além de lançamentos e de outras máquinas eficientes para atuar em atividades de construção, infraestrutura e mineração, entre outros, a New Holland apresentou na M&T Expo as soluções de tecnologia disponibilizados FleetForce New Holland e FleetGrade New Holland, que garantem total controle na execução dos trabalhos e alta produtividade. O FleetForce New Holland é uma ferramenta mundial para monitoramento da frota de máquinas da marca, podendo também ser instalado em equipamentos de outras fabricantes.

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Com esse sistema, o usuário consegue ver e controlar pelo computador todo o desempenho de seu equipamento, monitorando sua produtividade e consumo. O sistema envia atualizações regularmente sobre localização de cada máquina e, com isso, caso uma unidade da frota ultrapasse a cerca eletrônica de trabalho pré-determinada pelo gestor, um e-mail de alerta é enviado para o gerente de frota, informando o ocorrido. Da mesma forma, o uso da máquina em horário não autorizado ou movimentação inadequada também gera um alerta para o gerente. É possível ainda identificar as máquinas que não estão sendo utilizadas ou as que estão sendo usadas demais, comparar o desempenho ou a tendência no consumo de combustível ao longo das jornadas e avaliar as notificações da máquina para otimizar o uso.




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