Bradutch Business Magazine -issue#01 Brazil | The Netherlands

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BRADUTCH

BUSINESS MAGAZINE

Maria Paula Santos Andersen é a Coordenadora do Minor: “Estudos de Negócios da América Latina” na Escola Internacional de Negócios de Amsterdã (AMSIB).

ste ano, a Universidade de Ciências Aplicadas de Amsterdã (AUAS) celebrou 50 anos de educação na Holanda. Muitos dos ex-alunos são proeminentes profissionais do país e do exterior. Ex-estudantes do minor “Negócios na América Latina” estiveram presentes entre os ex-alunos durante a semana de celebração. Na ocasião foi apresentada a importância da criação de uma rede de ex-alunos latinoamericanos. Grandes Expectativas Uma parte integrante do ensino superior holandês é seu aspecto internacional. Em 2016, cerca de 80.000 estudantes internacionais seguiram programas em tempo integral (bacharel e mestrado) e 20.000 seguiram programas de educação em tempo parcial (bacharel e mestrado). Eles representaram quase 8% do total de estudantes de ensino superior no país. De acordo com o Nuffic (A Organização Holandesa para Internacionalização na Educação), a taxa de crescimento vem aumentando constantemente. O crescente número de estudantes internacionais que vêm para a Holanda está vinculado à legislação aprovada pelo Ministério da

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Educação em 2015, que criou soluções atraentes para estudantes internacionais para estudar na Holanda, permitindo que universidades (tanto de pesquisas como de ciências aplicadas) reduzissem, ou até mesmo não cobrassem taxas de matrícula para estudantes que seguissem curso em estudos combinados, em uma instituição na Holanda e uma instituição no exterior. Durante os últimos anos, muitos estudantes de intercâmbio brasileiros encontraram caminho em universidades holandesas, em áreas como negócios, ciências e tecnologia. Um pequeno número também se juntou como estudantes de tempo integral, iniciando seu primeiro ano de educação na Holanda. O crescente número de estudantes estrangeiros também cria desafios em muitas cidades holandesas. As dificuldade de moradia devido alta procura, e o aprendizado da língua estrangeira são os desafios mais comuns. Estudantes locais e internacionais são afetados pela situação habitacional holandesa. Alguns estudantes internacionais encontram uma vida adequada antes do início do estudo, mas muitos começam o semestre sem um endereço fixo, especialmente na cidade

de Amsterdã. A cidade atende cerca de 180 nacionalidades diferentes. O número exato de estudantes brasileiros de ensino superior que vivem na cidade é de difícil definição, mas acredita-se que o número seja de cerca de 50. O desafio da linguagem é principalmente tratado nos departamentos de línguas das universidades. Embora estudantes estrangeiros se inscrevam em programas educacionais oferecidos na língua inglesa, as aulas de língua holandesa são oferecidas durante todo o ano. Escritórios internacionais motivam estudantes estrangeiros a seguir essas classes para integração. O resultado é que, após alguns meses de treinamento em holandês, estudantes já usam o idioma local para por exemplo comprar lanches na cafeteria da universidade e já se engajam em pequenas conversas na sala de aula. Aprender a língua ajuda na vida social fora da escola. Entrevista com estudantes estrangeiros da AMSIB, incluindo alguns brasileiros, revelou que as listas de espera para as aulas de idiomas podem ser longas, portanto, os estudantes estrangeiros tendem a se juntar a sociedades internacionais onde se comunicam em inglês e já iniciam sua


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