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Urubu-de-cabeça-amarela, um grande reciclador

Texto e Fotos:

João Sérgio

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O urubu-de-cabeça-amarela (Cathartes burrovianus) é uma grande ave (pode chegar a 1,5 kg e 1,60 m de envergadura) encontrada em toda bacia do Piracicaba.

Graças a seu olfato apurado (talvez esse gênero tenha o mais apurado entre as aves), consegue detectar as menores carniças. Observem suas narinas, elas são poderosos detectores de odor.

Os urubus do gênero

Cathartes são excelentes planadores, conseguindo percorrer longas distâncias sem bater as asas.

Observar seu grande domínio dos ares realmente é algo fantástico.

Costumam voar a baixa altura e não se congregam em grandes bandos, diferentemente do urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) ou urubu-comum, o urubu que todos estamos acostumados a ver voando a grandes altitudes e reunindo-se em grandes bandos.

Na nossa bacia podemos encontrar também seu “primo”, o urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura), muito parecido, mas maior e com a cabeça de um vermelho vivo.

Esses cathartídeos podem caçar pequenos animais, por isso ambos também são conhecidos como “urubu-caçador”. Outro hábito interessante de se observar, tanto em Cathartes, quanto em Coragyps, é o costume de secar as asas, abrindo-as ao sol, geralmente após precipitações ou do orvalho da manhã.

O urubu-de-cabeça-amarela, como todos os urubus, desempenha um papel de extrema importância para o meio ambiente, fazendo uma verdadeira reciclagem de cadáveres de animais mortos, evitando assim a proliferação de micro-organismos que poderiam afetar a saúde pública, o que o torna uma das aves mais úteis ao homem.

O preconceito que envolve não só os urubus, mas várias outras espécies de aves, como corujas e mães-da-lua, é totalmente infundado e só transparece a ignorância de quem os detêm. Todos os seres vivos trabalham para o equilíbrio natural e devem ser reconhecidos como mantenedores da vida nesse planeta.

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