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A água e o nosso crescimento insustentável
PASSADOS MAIS DE MEIO SÉCULO DA CRIAÇÃO DO TERMO “DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”, A MAIORIA DA POPULAÇÃO, INEBRIADA COM O CRESCIMENTO ECONÔMICO, NÃO CONSEGUE ENXERGAR O AMANHÃ.
Água é a base de tudo –foi responsável pelo início da vida e é responsável pela manutenção de toda vida na terra.
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A própria origem da palavra – “aqua” do latim que derivado do grego seria “aqua vinimus” traduzido é: “nós viemos pela água”, portanto, origem da vida.
Apesar da grande importância desse mineral, a maioria de nós, aqui no Brasil, em Minas Gerais – (já teve o título de “Caixa D´Água do Brasil”) e especificamente na Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba, com seu maciço do Caraça, berçário de águas, só demos valor ao precioso líquido quando abrimos a torneira e esse não sai.
Diante dessa situação passamos a questionar os serviços de água da cidade, reclamar do prefeito e por aí vai, mas ninguém se pergunta o que ele próprio faz pela água, que é a base de sua vida. Mais que isso, além de nem atentar para os problemas que vem causando a escassez de água, contribui para o agravamento do risco hídrico nas mais diversas formas – algumas simples como lavar calçadas e outras mais complexas como ser parte da especulação imobiliária ou do crescimento insustentável.
Desmatamento de topo de morros e das matas ciliares, loteamentos em áreas de preservação com des- truição de nascentes, mineração e agronegócio insustentáveis – crescimento econômico, mas não desenvolvimento econômico.
“Desenvolvimento sustentável é o uso racional dos recursos naturais em prol do bem-estar social, garantindo o desenvolvimento econômico necessário para suprir as nossas demandas e as necessidades das futuras gerações”.
A nossa região produz grandes riquezas, mas a maioria da população é pobre - essa a maior prova da insustentabilidade. Qual a diferença entre crescimento econômico e desenvolvimento sustentável?
O termo desenvolvimento sustentável surgiu em
Foto Capa
1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, em Estocolmo. O evento é considerado o marco das discussões globais sobre sustentabilidade e, a partir daí, foi possível estabelecer qual a diferença entre crescimento econômico e desenvolvimento sustentável.
Depois disso, em 1987, o Relatório “Nosso Futuro Comum” retomou o debate sobre o assunto, lançando oficialmente o conceito de desenvolvimento sustentável.
Em 1992, com a conferência Rio-92, estabeleceram-se estratégias globais, nacionais e locais para a promoção do desenvolvimento sustentável em todo o planeta, com a chamada Agenda 21. Ainda assim, muitas pessoas não compreendem, de fato, qual a dife- rença entre crescimento econômico e desenvolvimento sustentável.
A principal diferença entre crescimento e desenvolvimento é que o primeiro não leva em consideração a igualdade social, pois não se interessa em nada além da produção de riquezas. Já o desenvolvimento preocupa-se sim com a geração de riquezas, mas tem como principal objetivo distribuí-la para a população, levando em conta a qualidade ambiental e a preservação dos recursos naturais. Em termos práticos, significa que o crescimento econômico tem foco na expansão da economia, aumento da produção, consumo, vendas, PIB, PNB e outros indicadores.
Enquanto isso, o desenvolvimento sustentável visa atender às necessi- dades das populações, sem comprometer as futuras gerações, para um crescimento equilibrado e estável. Além disso, o crescimento econômico depende fundamentalmente das produções, mas o desenvolvimento sustentável requer a participação da população. Inclusive, para alcançá-lo, é preciso: atender às necessidades básicas da sociedade, preservar os recursos naturais, efetivar os programas envolvidos, elaborar um sistema social de dignidade humana, e ter solidariedade com as gerações futuras.
Ou seja, o desenvolvimento sustentável depende da integração de diversas ações, indo muito além da produção econômica ou meramente da preservação dos recursos.
Referências: https://www.concur.com.br
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Caiaques tentam navegar em Santa Rita Durão durante Expedição Piracicaba em 2019, mas, assoreado e com pouco volume de água, profundidade do Rio Piracicaba não passava de 50 cm.

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