EDITORIAL Chegou a Simplesmente JUDÔ nú mero 21. O judô não para. E nós tam bém não!Janeiro começou com tudo e eventos começaram a ser realizados abrindo a temporada 2022 de competi ções. Nesta edição, o Grand Prix de Por tugal, realizado na cidade de Almada, o primeiro evento da Federação Interna cional de Judô. No Brasil, a Seletiva Nacional Sub18 e Sub21, que definiu a nova geração de judocas para a se
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leção brasileira, abriu o ano competiti vo da CBJ, que promete ser bastante intenso. Flávio Canto é o nosso homenage ado na capa desta edição. Um judoca com conquistas dentro e fora dos tata mis e com importante projeto social no Rio de Janeiro. Nossa missão na revista Simples mente JUDÔ sempre será trazer infor mações sobre judô dentro de nossas possibilidades. Simples assim. Boa leitura.
Organizar um torneio ao mais alto nível é um negócio sério, reservado a profissionais. É a primeira vez que Por tugal organiza um torneio World Judo Tour, mas o país tem experiência com outros eventos e isso ajuda. Bemvindo a Lisboa, onde o judo começa em 2022! Do torneio podemos dizer que são 301 atletas, 179 homens e 122 mulhe res, que lutaram durante três dias. A competição teve início na sextafeira às 10:00 , continuou no sábado e ter minou no domingo. Existem nomes ilustres, como Dis 04
tria Krasniqi. A Kosovar é campeã olím pica nos 48kg, mas veio pelo título nos 52kg, a categoria em que se sen te mais confortável. Há também os dois primeiros do ranking mundial em 66kg, o coreano An Baul e o moldavo Denis Vieru. Isso cheira a uma final de alto quilate. O belga e campeão mundi al, Matthias Casse, aparece como o claro favorito nos 81kg; vamos ver co mo foi nas próximas páginas. Já que estamos falando de cam peões mundiais, aí vem a surpresa. Anunciamos um possível confronto en tre o atual campeão nos 100kg, Jorge
Por Pedro Lasuen Federação Internacional de Judô
Fonseca, que também compete em ca início, destacamos as palavras do Dire sa, e o espanhol Nikoloz Sherazadish tor de Arbitragem da FIJ, Jeon Ki vili, seu colega nos 90kg, que está Young, que disse: "É nossa responsa dando os primeiros passos na catego bilidade garantir que as regras, incluin ria dos pesados. do as recentes atualizações , são Temos uma curiosidade: a presen aplicados, para garantir que temos o ça do novo campeão francês na mes vencedor correto.” ma categoria. Seu primeiro nome é Nenhuma pressão então, como Joris e seu sobrenome é Agbégnénou, muitos diriam; é o que o judô tem em que certamente soa familiar para todos sua versão profissional: se fosse fácil, vocês. Ele é o irmão mais novo de Cla todos poderiam fazer bem. risse, cinco vezes campeã mundial e Veja como foram as disputas de medalhista de ouro olímpica. cada categoria de peso nas páginas a Para terminar bemPor: e continuar seguir. Assessoriacom de Imprensa da CBJ Fotos: Lara Monsores o toque de seriedade reivindicado no 05
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Por: Nicolas Messner e Pedro Lasuen IJF Fotos: Gabriela Sabau
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RESULTADOS FINAIS: 1. COSTA Catarina (POR), 2. LEE Hyekyeong (KOR), 3. BERES Lea (FRA), 3. VIEU Melanie (FRA), 5. VENDAS Ellen (BEL), 5. GERSJES Âmbar (NED), 7. AVANZATO Ásia (ITA), 7. LIMA Amanda (BRA)
48kg feminino: Golden Costa assi na para um sucesso português Que melhor maneira de começar a temporada do que entrando na final do primeiro grande prêmio do ano? Foi o que fez a talentosa Catarina Costa e fazêlo em casa certamente teve um sabor ainda melhor para a judoca por tuguesa. Na final, ela encontrou Hyekyeong Lee, uma representante da delegação coreana bemsucedida. Apoiada pelo público, concentrada e determinada, Costa começou a parti da com o ouro como única opção. No tempo normal, um pouco dominada pe la forte pegada da adversária, foi mes mo assim a jogadora mais ativa no tatame e Lee foi penalizada duas ve zes. Quando o golden score começou, Costa também foi penalizada, mas imediatamente após a penalidade, ela executou um deashibarai perfeito pa ra um wazaari que foi confirmado pela reprodução do vídeo. Lee pousou em todo o lado do corpo a 90 graus ou mais para trás. Não houve discussão. Catarina Costa declarou: " Vim aqui 08
para ter sensações. Estou longe de es tar a 100% mas a minha cabeça esta va certa, muito melhor do que o corpo. Ajuda sempre ter a torcida do seu lado mas hoje foi com certeza um vitória mental ” . A francesa Lea Beres (FRA) encon trou a belga Ellen Salens a caminho do pódio no primeiro concurso de meda lha de bronze. Ambas foram qualifica das pela primeira vez para o bloco final de um evento do World Judo Tour e desta vez foi Lea Beres quem venceu, depois que um terceiro shido foi dado a Salens durante o golden score. Então, oficialmente, Beres, que foi treinada pela campeã olímpica e mundial Lucie Decosse, é a primeira atleta da tempo rada 2022 a ganhar uma medalha. Mélanie Vieu (FRA) teve que se contentar com a disputa pela medalha de bronze contra a judoca holandesa Amber Gersjes. Imitando sua compa nheira de equipe, Melanie Vieu no pe ríodo do golden score encontrou uma oportunidade para derrubar sua adver sária.
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RESULTADOS FINAIS: 1. LEE Harim (KOR),2. AGHAYEV Balabay (AZE), 3. BYAMBAJAV TsogtOchir (MGL), 3. NAKAMURA Taiki (JPN), 5. PANTANO Ângelo (ITA), 5. ENKHTAIVAN Sumiyabazar (MGL), 7. GARRIGOS Francisco (ESP), 7. BERNABEU RICO Jaume (ESP)
60kg masculino: Harim Lee liderou no mais puro estilo À primeira vista, Balabay Aghayev parece um recémchegado relativo, mas os especialistas em judô já sabem que o jovem azeri não é qualquer um, pois em outubro passado, durante o cinquentenário do Grand Slam de Pa ris, ele não só chegou à final como venceu na capital francesa. Portanto, não foi surpreendente encontrálo no vamente na final de um evento do World Judo Tour, onde enfrentou o co reano Harim Lee. Muito estável em seus pés, talvez um pouco confiante demais, Aghayev foi lançado pela primeira vez com um enorme moroteseoinage do mais pu ro estilo, para wazaari. Apesar do pro testo de Aghayev, a técnica foi executada com perfeição, sem nenhu ma parada, para uma marcação válida. Pouco tempo depois, Lee reproduziu o mesmo esforço para o mesmo resulta do e uma vitória cristalina. No início da competição, o cabeça dechave número um, o espanhol 12
Francisco Garrigos, foi eliminado pelo japonês Taiki Nakamura, antes de per der na repescagem para o mongol TsogtOchir Byambajav. Certamente não foi o resultado que Garrigos espe rava, mas a temporada está apenas começando. Com exceção de Balabay Aghayev na final, outro competidor europeu ain da tinha chance de ganhar uma meda lha, já que Angelo Pantano (ITA) enfrentou TsogtOchir Byambajav pela medalha de bronze. Infelizmente para o atleta transalpino, a pontuação de wazaari não foi suficiente quando comparada com as duas pontuações de wazaari de TsogtOchir. Sumiyabazar Enkhtaivan (MGL) enfrentou Nakamura pela medalha de bronze. Este último havia eliminado Garrigos, mas não conseguiu chegar à final. O mongol novamente terminou em quinto ao ser derrotado por Naka mura por ippon, para ganhar uma pri meira medalha de GP para os japoneses.
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RESULTADOS FINAIS: 1. Distria KRASNIQI (KOS), 2. PULJIZ Ana Viktorija (CRO), 3. KOCHER Fabienne (SUI), 3. DIOGO Joana (POR), 5. LOPEZ SHERIFF Estrella (ESP), 5. SIDEROT Maria (POR), 7. TORO SOLER Ariane (ESP), 7. RYHEUL Âmbar (BEL)
52 kg feminino: A Powerhouse Krasniqi está de volta Quando a atual campeã olímpica, Distria Krasniqi, mesmo que estivesse na categoria de peso inferior, está pre sente, definitivamente coloca pressão nos ombros das outras competidoras, mas a pressão é compartilhada porque ser a mulher a ser batida te coloca em uma posição de fragilidade mental que nem todos podem lidar. A Kosovar começou bem e passou as primeiras eliminatórias com facilida de, antes de defrontar Joana Diogo nas semifinais. Diante de sua torcida, a campeã portuguesa superou a si mesma e marcou um wazaari contun dente direto do sino. Krasniqi teve que reorientar e não perder a coragem, pa ra recuperar o controle da disputa. E ela igualou, um wazaari cada, antes de marcar um ippon claro, des truindo as esperanças de Diogo. Kras niqi demonstrou assim toda a maestria que a levou ao topo do Olimpo no ve rão passado, mas também aprendeu 16
uma lição: no judô tudo é possível e você deve estar sempre vigilante, seja qual for o seu nível. Na final, contra Ana Viktorija Puljiz (CRO), com apenas um shido no tabu leiro, dado a croata, a máquina Kras niqi entrou em ação para produzir um osotogari maciço que não deu hipóte ses a Puljiz . Krasniqi foi definitivamen te imbatível. Na primeira luta pela medalha de bronze, Fabienne Kocher (SUI) enfren tou Estrella Lopez Sheriff (ESP) para completar o quarteto de medalhistas. A judoca suíça provou ser a melhor das duas ao lançar seu oponente com um massivo osotogari por ippon. Diogo viuse finalmente em condi ções de subir ao pódio, frente à sua compatriota Maria Siderot e depois de mais de um minuto de golden score, Diogo marcou o wazaari para ganhar mais uma medalha para Portugal no primeiro dia do Grande Prémio.
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RESULTADOS FINAIS: 1. VIERU Denis (MDA), 2. WAIZENEGGER Freddy (SUI), 3. IADOV Bogdan (UKR), 3. UM Baul (KOR), 5. FUKUDA Yamato (JPN), 5. BAYANMUNKH Narmandakh (MGL), 7. OLIVEIRA Gonçalo (POR), 7. IZVOREANU Radu (MDA)
66 kg masculino: Os melhores re tornos de Vieru Baul An (KOR) não era apenas um dos favoritos, mas era o favorito núme ro um da competição. No entanto, não foi ele que se viu na final contra o outro cabeça de chave do torneio, o moldavo Denis Vieru, que teve partidas bastante difíceis para chegar à final. Foi mesmo o suíço Freddy Waize negger, 180º no ranking mundial, sem referência no circuito, que destronou o coreano para enfrentar Denis Vieru (MDA) pela medalha de ouro. Há vitóri as que marcam uma carreira, momen tos que deixam marcas. Para Baul An, essa derrota o deixará com um gosto de incompletude, enquanto para Wai zenegger, o cheiro será mais doce e agradável. Assim que a final começou, parecia que Denis Vieru estava claramente um nível acima de Freddy Waizengger desta vez. Apesar de seu desempenho inacreditável na semifinal, o judoca suí 20
ço não pôde fazer nada contra a força e as habilidades técnicas de Vieru. Es te último executou dois arremessos de wazaari, com estilo, para conquistar o título. Denis Vieru declarou: " Sou o nú mero 2 do mundo e tenho 2 objetivos este ano: ser o número 1 e lutar em to das as finais. Hoje foi um passo adian te para isso. " Na primeira luta pela medalha de bronze, o japonês Yamato Fukuda (JPN) enfrentou a oposição de Bogdan Iadov (UKR) e o ucraniano não teve medo do adversário, avançando para conquistar uma brilhante medalha de bronze. Para a segunda medalha de bron ze encontramos Baul An, com desejo de vingança, contra o mongol Narman dakh Bayanmunkh. O campeão corea no não queria voltar para casa de bolsos vazios! Ele não deu chance a Narmandakh Bayanmunkh de ganhar a medalha de bronze.
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RESULTADOS FINAIS: 1. SILVA Rafaela (BRA), 2. CORNELISSE Pleuni (NED), 3. PARQUE Eunsong (KOR), 3. MONTEIRO Telma (POR), 5. KIM Jaeryeong (KOR), 5. FAWAZ Martha (FRA), 7. BOI Miriam (ITA), 7. ZEMANOVA Vera (CZE)
57kg feminino: Rafaela Silva, o re torno Ausente do circuito por muitos me ses, Rafaela Silva, Campeã Mundial em 2013 e Campeã Olímpica em 2016, retornou ao Circuito Mundial de Judô por ocasião do Grande Prêmio Portu gal 2022. Foi um bom momento para ela, pois a campeã brasileira chegou ao final, não sem dificuldade às vezes, mas contra atletas dispostas a dar tu do, para enfrentar Pleuni Cornelisse, que alinhou as vitórias na outra metade do sorteio. Como nas melhores horas de sua excepcional carreira, Rafaela Silva executou um movimento de quadril im pecável na beira do tatame, que ater rissou ela e sua adversária no meio da inscrição 'PORTUGAL 2022' para um magnífico ippon. É certo que Portugal ficará para sempre na memória de Sil va como um belo regresso. Jaeryeong Kim e Eunsong Park de 24
ram à Coreia outra chance de medalha quando os dois companheiros de equi pe se encontraram na primeira final pe la medalha de bronze pela vitória de Park. Para a última medalha de bronze do dia, o público português ficou en cantado por ver a grande Telma Mon teiro ainda a disputar uma medalha e que inicia agora um novo ciclo olímpi co, o que a poderá levar a uma sexta participação nos Jogos Olímpicos, em Paris em 2024, um recorde que a im pulsionaria para outro planeta. Montei ro opôsse à francesa Martha Fawaz e durante a primeira parte da partida Fawaz mostrouse mais forte e dinâmi ca do que sua adversária. Mas como um fênix, Monteiro encontrou a energia necessária para impulsionar os france ses em suas costas com força, veloci dade e controle para marcar um ippon com um osotogari. Bravo campeão! Continue indo e colecionando prêmios.
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RESULTADOS FINAIS: 1. YULDOSHEV Murodjon (UZB), 2. CASOS ROCA Salvador (ESP), 3. GABA JoanBenjamin (FRA), 3. LAVJARGAL Ankhzaya (MGL), 5. GUNJINLKHAM SodErdene (MGL), 5. PELIVAN Petru (MDA), 7. LEVIN Ido (ISR), 7. TERASHVILI Giorgi (GEO)
66 kg masculino: Não os suspeitos usuais
Não há nada de incomum em ver um uzbeque em uma final de judô. Ver um judoca espanhol em uma final tam bém é cada vez menos incomum. Ou tra coisa são os nomes. Murodjon Yuldoshev está mais acostumado ao sétimo lugar em torneios do que ao pó dio. Em Lisboa, o uzbeque disse algo como “basta, agora vais ver o que vais ver”. Salvador Cases Roca é um jovem espanhol bastante peculiar, pois não possui uma técnica notável como os grandes campeões. O que ele tem é uma boa base, um quadril forte e um braço sólido. Em Lisboa também teve o que se chama de um bom dia e che gou à final depois de uma jornada ba seada em ippons. De qualquer forma, foi uma final inédita para ambos no World Judo Tour e ninguém quis fazer uma previsão. Aqueles que apostaram em Yuldoshev estavam certos. O uzbeque venceu 28
graças a um poderoso uchimata. A Mongólia há muito vem construin do um futuro promissor, com uma pe dreira grande e diversificada. Os resultados são excelentes e enfrentar um desse time é garantia de dificulda de. SodErdene lutou pelo bronze con tra outra promessa do judô, mas esta da França: JoanBenjamin Gaba. Ao mesmo tempo jovem, rápido e dinâmi co, foi um combate com altas revolu ções, acelerado, quase expresso. O mongol assumiu a liderança com wa zaari. A resposta foi espetacular com um haraimakikomi perfeito e bronze para o francês. Havia outro mongol es perando, candidato ao segundo bronze do dia. Seu nome é Ankhzaya Lavjar gal. Havia também um moldavo igual mente determinado, Petru Pelivan. Lavjargal venceu graças a um morote seoinage, a trinta segundos do final.
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RESULTADOS FINAIS: 1. VAN LIESHOUT Joanne (NED), 2. OBERAN Iva (CRO), 3. ZACHOVA Renata (CZE), 3. IVANESCU Florentina (ROU), 5. KRISTO Katarina (CRO), 5. CABANA PEREZ Cristina (ESP), 7. Melodia TURPIN (FRA), 7. SHEMESH Inbal (ISR)
63kg feminino: Geração Y A judoca holandesa Joanne Van Li eshout tem 19 anos e quando sorri tem cara de menina gentil e responsável, uma boa aluna em quem qualquer ca sal confiaria para cuidar dos filhos. No tatami ela só sorri quando ganha e ulti mamente tem feito isso com frequên cia. Ela venceu o Campeonato Mundial Júnior em 2021 e abre 2022 com uma final no primeiro torneio do ano. Iva Oberan é croata, três anos mais velha, apenas um pouco mais ex periente no mundo sénior, mas com a mesma ambição. Ela não é campeã mundial, não no momento, mas já tem medalhas continentais. Cada uma che gou à final, pronto para entrar total mente no mundo dos sêniors! Van Lieshout resistiu a duas inves tidas de sua rival, mediu o tempo e lan 32
çou um rápido kouchigari. É um pri meiro ouro no World Judo Tour, então ela já é uma veterana! A primeira medalha de bronze foi para a checa Renata Zachova, que conseguiu deter outra jovem promessa da escola croata, Katarina Kristo. A atleta espanhola Cristina Cabaña Pé rez ia como um foguete rumo à final quando cometeu um erro na semifinal e ficou com mel nos lábios. Na disputa pelo bronze contra a romena Florentina Ivanescu, a espanhola cometeu o mes mo erro, perdendo a concentração após marcar wazaari. Cabaña Pérez também concedeu um wazaari e de pois um segundo. Ela ficou sem ouro e sem bronze porque Ivanescu soube aproveitar seu momento.
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RESULTADOS FINAIS: 1. CASSE Matthias (BEL), 2. MAKINEN Oskari (FIN), 3. KIM Jonghoon (KOR), 3. OINO Yuhei (JPN), 5. CHILARD Nicolas (FRA), 5. SCHIMIDT Guilherme (BRA), 7. RAJKAI Robert (HUN), 7. SVIDRAK Mykhailo (UKR)
81kg Masculino: O alívio do campeão O belga Matthias Casse está au mentando seu recorde rapidamente: campeão mundial, bronze olímpico, nú mero um do mundo! Podese dizer que a vida sorri para ele. No entanto, havia uma mancha em seu currículo; Matthi as não é bom com os japoneses e per deu suas últimas quatro lutas contra eles. Em Lisboa veio o quinto, Yuhei Oino, que não é Nagase, mas o japo nês é sempre o japonês e não deve ser menosprezado. Casse ganhou co mo campeões, com um ippon autoritá rio, algo como uma mensagem do tipo: "Eu sou o chefe, caso alguém ainda não tenha ouvido". Era como tirar os saltos ou afrouxar a gravata depois de um dia inteiro no escritório. Por isso chegou à final focado, mas com menos peso nos ombros. Os nervos estavam do outro lado do tatami e sofridos por Oskari Makinen, um finlandês de 22 anos que surpreendeu a todos em Lis boa com uma vontade ilimitada e uma forma excecional. Como ele está em 36
115º no Ranking Mundial, ele não tinha nada a perder contra o chefe da cate goria e essas situações costumam ser as mais perigosas para os peixes gran des. Casse está construindo um cartão de visitas impressionante e como se is so não bastasse, ele olha os japoneses nos olhos novamente. A Coreia está a ser muito ativa em Portugal, a França também. O primeiro bronze foi acertado entre Jonghoon Kim e Nicolas Chilard. O coreano assu miu a liderança com wazaari e depois passou a jogar o relógio com um bom trabalho em newaza. Tiquetaque, ti quetaque, os franceses nunca encon traram um caminho porque os coreanos o fecharam. Para finalizar, um duelo entre Brasil e Japão. Guilherme Schmidt x Yuhei Oino lutaram. Terminou com a elimina ção do brasileiro. Foi importante para o Japão porque o país não brilha em Portugal com seus jovens atletas e is so é uma notícia de última hora.
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RESULTADOS FINAIS: 1. CVJETKO Lara (CRO), 2. GERCSAK Szabina (HUN), 3. PORTELA Maria (BRA), 3. TSUNODA ROUSTANT Ai (ESP), 5. HAN Heeju (KOR), 5. VISSER Jorien (NED), 7. ISSOUFI Kaila (FRA), 7. YEATSBROWN KatieJemima (GBR)
70kg Feminino: Vento de Conto Vêse que no sábado no Grande Prémio de Portugal não havia necessi dade de ser favorito. A brasileira Maria Portela e a espanhola Ai Tsunoda fo ram os espantalhos anunciados, com sorteios relativamente acessíveis, ser semeado tem que ser para alguma coi sa, talvez um futuro de ouro. Essa era a teoria! Na prática, a Portela cruzou se com o holandês Jorien Visser. Já dissemos que a Holanda superou em muito os excessos do final do ano. Vis ser estava a caminho da final quando colidiu com Szabina Gercksak. A última vez que vimos o húngaro no pódio do World Judo Tour, Ronaldinho e John Terry ainda estavam ativos. Pouco ou nada se sabe sobre ela. Em Lisboa chegou ao último degrau com um judo poderoso, ofensivo e divertido para o público. Por sua vez, é claro que a Croácia não se limita à campeã mundi al Barbara Matic. Há mulheres de qua 40
lidade e todas já vimos isso em Portu gal. Para enfrentar Gercksak, a Croá cia enviou Lara Cvjetko, 20 anos, vicecampeã do Mundial de Juniores e prata em um Grand Slam que já está pendurado na parede de seu quarto. Assim, o regresso contra um represen tante da equipa croata em ascensão e como parece que o vento está sopran do a favor da Croácia, o ouro voltou a Zagreb após uma final francamente chata, decidida por um acúmulo de shi dos. Quanto ao bronze, Portela e Tsuno da trouxeram à tona o orgulho que os grandes atletas valorizam quando as coisas dão errado. Eles não queriam sair de mãos vazias e com sentimentos ruins em seus corpos. A brasileira der rotou a coreana Heeju Han e a espa nhola administrou o lado dela. Ouro e bronze não são a mesma coisa, mas uma medalha é uma medalha.
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RESULTADOS FINAIS: 1. SMINK Jesper (NED), 2. FALAR Cristão (ITA), 3. CRET Alex (ROU), 3. USTOPIRIYON Komronshokh (TJK), 5. MOCANU Iurie (MDA), 5. GOGOLADZE Imeda (GEO), 7. BUBYR Artem (UKR), 7. GOTONOAGA Dorin (MDA)
90kg Masculino: Primeira vez para Jesper Smink Graças aos bons resultados obti dos no ano passado, Christian Parlati (ITA) alcançou o 11º lugar no ranking mundial com 81kg. Nesta temporada, ele decidiu passar para a próxima cate goria, na qual não tem resultados até agora e, portanto, menos experiência. Bom para ele, pois para sua estreia no circuito internacional, chegou à final, onde foi contestado por Jesper Smink (NED), que até hoje nunca havia che gado à final de um evento do World Ju do Tour, embora já estivesse cinco vezes medalhista no circuito. A partida foi bastante equilibrada e os dois atletas estiveram ativos o sufi ciente para não ganhar uma única pe nalidade, até os últimos quarenta segundos quando Parlati lançou um o 44
sotogari mal preparado que foi imedia tamente contraatacado com osoto gaeshi por Jesper Smink pela primeira vez. medalha de ouro nesse nível. 159º no ranking mundial, Iurie Mo canu (MDA) se classificou para a pri meira disputa de medalha de bronze contra Alex Cret (ROU), 71º do mundo. Este último marcou um primeiro waza ari antes de derrotar seu oponente por ippon, para uma primeira medalha de bronze neste nível. Imeda Gogoladze (GEO), sem ne nhuma referência no circuito até agora, conheceu um competidor mais conhe cido, classificado em 12º, Kom ronshokh Ustopiryon (TJK) na segunda prova de medalha de bronze. O tadji que marcou um wazaari com um seoi nage durante a pontuação de ouro, pa ra ganhar a medalha de ouro.
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RESULTADOS FINAIS: 1. YOON Hyunji (KOR), 2. BELLANDI Alice (ITA), 3. LEE Jeongyun (KOR), 3. LANIR Inbar (ISR), 5. REID Emma (GBR), 5. PACUT Beata (POL), 7. TURCHYN Anastasia (UKR), 7. KURBANBAEVA Iriskhon (UZB)
78 kg Feminino: Yoon, também pela primeira vez 12º do mundo, Hyunji Yoon (KOR) havia conquistado duas medalhas no World Judo Tour antes de chegar a Portugal, ambas de bronze. Ao entrar na final, ela teve a oportunidade de es crever uma nova linha em seu cartão de visita. Ela enfrentou a campeã mun dial júnior de 2018, Alice Bellandi, que mostrou um judô muito bom durante as rodadas preliminares. Rapidamente um shido foi dado a cada um para evitar agarrar e tanto Yo on quanto Bellandi começaram a ser mais ativos. Foi o coreano que parecia mais perigoso, perto de marcar algu mas vezes antes do italiano receber seu segundo pênalti. Na pontuação de ouro, Yoon concluiu com um soberbo wazaari de um uranage para confir mar seu domínio. Esta é também a pri meira medalha de ouro da coreana em um Grande Prêmio. 48
Vencedora do Abu Dhabi Grand Slam 2021, no final da temporada pas sada, Emma Reid (GBR) esteve nova mente presente no bloco final mas desta vez na busca pela medalha de bronze. Ela enfrentou a segunda core ana da categoria, Jeongyun Lee, que até agora tinha duas medalhas de bronze no WJT. Depois de ter sido pe nalizada duas vezes, Lee marcou um wazaari, mas ainda estava em perigo, pois mais um pênalti poderia significar o fim da partida, mas ela continuou atacando. Reid também foi penalizado duas vezes e Lee Jeongyun pôde co memorar sua segunda medalha de Grand Prix. Inbar Lanir (ISR), bronze em Abu Dhabi 2021, foi contestado pela cam peã europeia de 2021, Beata Pacut (POL). Não demorou muito para Lanir marcar um primeiro wazaari com uma técnica de kosotogari antes de imobi lizar seu oponente por ippon.
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RESULTADOS FINAIS: 1. FONSECA Jorge (POR), 2. SEU Daniel (SUI), 3. BERIASHVILI GIORGI (GEO), 3. SMITH III LA (EUA), 5. KUMRIC Marko (CRO), 5. Feira MISTA (AZE), 7. BUZACARINI Rafael (BRA), AGBEGNENOU Joris (FRA)
100 kg Masculino: Fonseca, claro Todos esperavam um duelo entre o campeão mundial de 100kg, Jorge Fonseca (POR), e o campeão mundial de 90kg, Nikoloz Sherazadishvili (ESP), ambos coroados em Budapeste no ano passado, na segunda rodada em Portugal, mas depois que Nikoloz perdeu para Khangal Odbaatar (MGL), o caminho para a final estava aberto para o craque local Jorge Fonseca, que exibiu seu judô poderoso e explo sivo ao longo da manhã. Provavelmen te não na sua melhor forma, uma vez que os principais objectivos da tempo rada ainda estão longe, a bola de mús culo portuguesa executou, no entanto, algumas das técnicas mais espectacu lares do fimdesemana. Fonseca é um showman e seu judô é sempre diverti do. Com certeza o público teve o mes mo sentimento. 52
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RESULTADOS FINAIS: 1. KIM Hayun (KOR), 2. BASTAREAUD Stessie (FRA), 3. AMARSAIKHAN Adiyasuren (MGL), 3. KAMPS Marit (NED), 5. ADLINGTON Sarah (GBR), 5. MARANIC Ivana (CRO)
+78 kg Feminino: Hayun Kim leva o ouro A última final feminina do torneio viu a medalhista de bronze do World Judo Masters, Hayun Kim (KOR), en frentando Stessie Bastareaud (FRA), que apareceu pela primeira vez nesse nível de competição. A final foi rápida quando Stessie Bastareaud aplicou uma técnica proibi da no braço da adversária e foi des classificada. Foi uma medalha de ouro para Hayun Kim. Sarah Adlington (GBR) e Adiyasu ren Amarsaikhan (MGL) se opuseram no primeiro concurso de medalha de bronze. Adlington entrou no período de pontuação de ouro com dois shido em seu nome, enquanto Amarsaikhan ti 56
nha apenas um. Depois de menos de um minuto de prorrogação, o mongol pegou o competidor britânico com um osaekomiwaza por ippon. Ivana Maranic (CRO) e Marit Kamps (NED) se enfrentaram para a segunda luta pela medalha de bronze. Como Ivana Maranic não pôde partici par, Marit Kamps foi designada a ven cedora da medalha de bronze. Pouco antes do bloco final, a atleta holandesa, Marit Kamps, também rece beu sua medalha de ouro do Campeo nato Mundial Júnior Olbia 2021, das mãos do Diretor de Arbitragem da IJF, Ki Young Jeon.
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RESULTADOS FINAIS: 1. KIM Minjong (KOR), 2. NAKAMURA Yuta (JPN), 3. NDIAYE Mbagnick (SEN), 3. SIPOCZ Richard (HUN), 5. PUUMALAINEN Martti (FIN), 5. KONOVAL Christian (USA), 7. ANDREEV Guerman (FRA), 7. KOKAURI Ushangi (AZE)
+100kg Masculino: Último ouro vai para a Coreia A seleção japonesa foi bastante discreta durante o fim de semana e até o último, nenhum de seus atletas che gou à final. Yuta NAKAMURA (JPN) acabou tendo a oportunidade de fazer ouvir o hino japonês, ao enfrentar Min jong Kim (KOR), medalhista de bronze no Campeonato Mundial de 2019. Foi Minjong Kim quem ganhou a úl tima medalha de ouro do dia. Após uma tentativa de uchimata, ele mudou de direção para cair sob o centro de gravidade de seu oponente com um surpreendente kataguruma para ip pon. Mbagnick Ndiaye (SEN) represen tou orgulhosamente o continente afri cano no bloco final do peso pesado masculino, contra Martti Puumalainen (FIN), medalhista de bronze em Zagreb 60
no ano passado. Sem dar chance ao finlandês, Ndiaye executou um osoto otoshi perfeito para um ippon claro e uma primeira medalha em um grande prêmio para o gigante senegalês. Bra vo! Mbagnick Ndiaye disse: " Há 2 coi sas que explicam esta medalha: o tra balho árduo com os meus treinadores e o facto de competir contra os melho res há muito tempo. A partir de agora sei que posso fazer melhor, por isso espero que não seja o fim, mas apenas o começo. " Christian Konoval (EUA) tem ape nas 18 anos e já alcançou a medalha de bronze em um grande prêmio, con tra Richard Sipocz (HUN), medalhista de prata no último Mundial de Juniores. Após uma longa rodada de observa ção, Richard Sipocz marcou ippon para ganhar o bronze.
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Por: Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Anderson Neves/ClickCerto 63
Ponto de partida do calendário de competições do judô brasileiro em 2022
O novo processo de formação das Seleções Brasileiras Sub18 e Sub21 de Judô teve início em 03 de fevereiro, quintaferia, no SESI Osasco, em São Paulo e foi até domingo, 06 de feveiro. Como medida de prevenção à Co vid19, o evento não foi aberto ao pú blico. O sorteio realizado na quarta defi niu as chaves de disputa da classe Sub18. A cerimônia foi conduzida pela gerente de Competições da CBJ, Thia ra Bertoli, e prestigiada por autorida des, como o presidente da Confederação, Silvio Acácio Borges, por Marcel Miri dos Santos, diretor do SESI Osasco, Marcelo Theotonio, ge rente das equipes de Transição da 64
CBJ, e pelo coordenador nacional de arbitragem, Edison Minakawa. “Gostaria de desejar as boasvin das a todos em nome do nosso supe rintendente Alexandre Pflug, que é nosso apoiador imediato do esporte. Hoje, o SESI tem 14 atividades esporti vas olímpicas e nessa sequência toda a gente tem a honra de recebêlos. É sempre muito bom a gente receber pessoas como vocês na nossa casa. O SESI está à disposição. Muito obrigado e uma boa Seletiva a todos”, disse o diretor do SESI, Marcel dos Santos. Ele aproveitou a oportunidade ain da para homenagear a CBJ entregan do o troféu de Mérito Esportivo do SESI ao presidente Silvio Acácio e aos
gerentes Thiara Bertoli e Marcelo The otonio. “Uma alegria muito grande poder estar dentro de uma estrutura como essa. Fui recebido há pouco na sala do Marcel e falávamos da estrutura que o SESI tem para alavancar o esporte. Ele acabou de citar a quantidade de modalidades que eles investem. E, pa ra nós, é uma tranquilidade muito gran de podermos ter uma parceria e já começar o calendário de 2022 com um dos maiores eventos dessa categoria”, elogiou o presidente da CBJ, Silvio Acácio Borges. A Seletiva Nacional é o ponto de partida do calendário de competições do judô brasileiro em 2022. Ela selecio nará os oito melhores atletas de cada categoria para a disputa do Meeting Nacional Sub18 e Sub21, que acon tecerá nos dias 12 e 13 de março. Além disso, a Seletiva é uma das eta pas que distribuirão pontos no Ranking Nacional das classes Sub18 e Sub21. Todos os critérios e detalhes do pro cesso das equipes de transição foram explicados na cerimônia do sorteio por Marcelo Theotonio. “Confesso que estava bastante an sioso por esse momento. Foi um inter valo muito longo para a retomada do nosso processo. E, hoje, oficialmente, estamos retomando as categorias de base através dos eventos de ranquea mento e classificação para campeona 65
tos panamericanos e mundiais. Tive mos um número muito positivo de 800 atletas inscritos e tenho certeza que vai ser um evento muito bom”, pontuou Theotonio. No sistema de disputa da Seletiva Nacional Sub18 e Sub21 não houve cabeçadechave para a classe Sub 18, apenas separação por clubes. O sistema de disputa foi por eliminatórias (chaves) para categorias com mais de cinco atletas inscritos. A repescagem foi dos semifinalistas e houve uma dis puta entre os terceiros colocados para definir o terceiro e o quarto lugar para fins de pontuação no ranking nacional. Para as categorias que tiveram até cin co atletas inscritos, o sistema de dispu ta foi por rodízio. Na seletiva, não existe cerimônia de premiação e pó dio. Três atletas estavam dispensados da Seletiva Os três atletas Sub21 que entra ram na seleção principal em 2022 Ryan Conceição (60kg/A.Nagai/RJ), Luana Carvalho (70kg/Umbra/RJ) e Beatriz Freitas (78kg/ECPinheiros/SP) foram dispensados da Seletiva Sub 21 por mérito. Freitas estava na Euro pa, onde participou do Grand Prix de Portugal e lutou o Grand Slam de Paris ocorrido no mesmo fim de semana da seletiva. Já Ryan e Luana estão se preparando para representar o Brasil no Grand Slam de Tel Aviv.
Instituto Reação lidera classificação final da Seletiva Sub18 no feminino e no masculino
A Seletiva Nacional de Judô para a classe Sub18, que definiu os classifi cados para o Meeting Nacional e tam bém para os inéditos Jogos SulAmericanos da Juventude Rosário 2022. A competição reuniu ao todo, 480 atletas participaram da disputa nessa classe e o Instituto Reação, do Rio de Janeiro, liderou a classificação geral com três campeões, dois vices, um terceiro, um quinto e quatro séti mos colocados. Os oito melhores judo cas de cada categoria lutarão o 66
Meeting, marcado para os dias 12 e 13 de março, em Porto Alegre, Rio Gran de do Sul. Na quintafeira, 03, primeiro dia de competição, entraram no tatame do Sesi Osasco, em São Paulo, os judo cas das categorias masculinas e, na sexta, as categorias femininas. No Sub18, são oito categorias, já que nesta classe disputase o Superligeiro (50kg e 40kg) também, diferentemente do Sub21 e Sênior.
Campeões da Seletiva Sub18
50kg: Guilherme Coronetti Ass. Videirense de Judô/SC
63kg: Maria Avelino CR Flamengo/RJ
55kg: Carlos Santos AD São Caetano/SP
70kg: Mary Silva CA Paulistano/SP
60kg: Calebe Santos Clube Paineiras do Morumby/SP
+70kg: Emilly Santos Ass. Esportiva Juventus/PR
66kg: Ernane Neves AD Olhar Futuro/ADPM S.J.Campos
Classificados para Rosário 2022
73kg: Antonio Neto Instituto Reação/RJ
44kg: Thayssa Assis Instituto Reação/RJ
81kg: Matheus Abreu Instituto Reação/RJ
52kg: Agatha Benedicto Clube Paineiras do Morumby/SP
90kg: Alexandre Albano Instituto Nintai do Brasil/PR
63kg: Bianca Reis Corpo e Arte/DF
+90kg: Vitor Fagundes Grêmio Náutico União/RS
78kg: Mary Silva CA Paulistano/SP
40kg: Caroline Soares A.B.Hebraica/SP
55kg: Marcus Ramos Clube Paineiras do Morumby/SP
44kg: Thayssa Assis Instituto Reação/RJ
66kg: Ernane Neves AD Olhar Futuro/ADPM S.J.Campos
48kg: Isabeli Barreto Ass. Namie de Judô/SP
81kg: Matheus Abreu Instituto Reação/RJ
52kg: Agatha Benedicto Clube Paineiras do Morumby/SP 57kg: Bianca Reis Acad. Corpo Arte de Cultura Física/DF 67
100kg: Jesse Barbosa Umbra/Vasco da Gama/RJ
Flamengo e Grêmio Náutico União lideraram classificação final na Seletiva Sub21 de Judô Gaúchos ficaram em primeiro no masculino, enquanto rubronegros cariocas lideraram feminino Júnior
Mais de 300 atletas da nova gera ção do judô brasileiro passaram pelo tatame do Sesi Osasco, em São Paulo, para a disputa da Seletiva Nacional Sub21, que definiu os classificados para o Meeting Nacional. Cerca de 150 clubes estiveram representados na dis puta e os grandes destaques dessa classe foram o Clube de Regatas do Flamengo, do Rio de Janeiro, e o Grê mio Náutico União, do Rio Grande do Sul, que lideraram a classificação final no feminino e masculino, respectiva mente. Com três campeões, o carioca rubronegro ainda ficou em primeiro lugar geral. “Esse desempenho é fruto de um treinamento muito bem feito, muito bem adaptado baseado em conheci 68
mento científico. Fizemos um trabalho de sistema energético de acordo com cada atleta que a gente tem e também um trabalho estatístico de estudo. A gente estudou muito as atletas, estuda mos uma forma de fazer a transição do que as adversárias fazem pro nosso treinamento do dia a dia e tentar che gar mais próximo da realidade nesse treinamento”, explicou Vinícius Morato, o Taz, treinador do Flamengo. “Nós somos um clube formador de atletas. Pegamos eles desde criança vamos formando até chegar às catego rias de base, adulto. A gente tem uma equipe muito homogênea por causa disso, por formarmos o atleta desde muito cedo. Eu sempre digo que so mos uma família, porque eles se co
nhecem desde muito cedo e temos uma união muito grande. Nós conse guimos fazer uma bolha com um grupo de atletas e treinamos todos os dias da pandemia. Só não treinamos quando o clube estava fechado. Então, quando viemos para essa competição, viemos muito tranquilos, pois sabíamos o
quanto trabalhamos por esse resulta do”, avaliou Rafael Garcia, técnico do Grêmio Náutico União. Os oito melhores de cada categoria classificaramse para a disputa do Me eting Nacional de Judô, que acontece rá em Porto Alegre (RS), nos dias 12 e 13 de março.
Campeões da Seletiva Sub21 48kg: Aléxia Nascimento Associação Atlética Judô Futuro/MS
60kg: Henrique da Silva Grêmio Náutico União/RS
52kg: Jaqueline Nascimento Minas Tênis Clube/MG
66kg: Paulo Rodrigues KiaiAssociação Canoense de Judô/RS
57kg: Bianca Reis Acad. Corpo Arte de Cultura Física/DF
73kg: Ryan Santos Acad. Espaço Marques Guiness/DF
63kg: Maria Eduarda Diniz CR Flamengo/RJ
81kg: Kauã Jorge Santos CR Flamengo/RJ
70kg: Giovana Galkowski SESISP/SP
90kg: Guilherme Morais A.D. São Caetano/SP
78kg: Eliza Ramos CR Flamengo/RJ
100kg: Kayo Santos Minas Tênis Clube/MG
+78kg: Luana Oliveira São João Tênis Clube/SP
+100kg: Vitor Fagundes Grêmio Náutico União/RS
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Flávio Vianna de Ulhôa Canto, o Flávio Canto, é um judoca que perten ceu a seleção brasileira de judô e den tre suas conquistas como competidor a medalha de bronze na olimpíada de Atenas em 2004. Nasceu em Oxford, Inglaterra, on de seu pai fazia doutorado em física nuclear. Aos 2 anos chegou ao Brasil, mas dos 9 aos 11 acompanhou a famí lia durante o pós doutorado do pai e passou a morar na Califórnia, nos Es tados Unidos, onde começou a surfar. Quando criança, devido à asma, come çou a praticar natação, mas aos 14 anos Flávio resolveu acompanhar seu irmão mais novo nos treinos de judô, também influenciado pelo campeonato olímpico de Aurélio Miguel em 1988.
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Flávio ingressou no judô com uma idade considerada avançada em rela ção aos praticantes do esporte. Pas sou a se dedicar e a treinar ainda mais que o normal, conseguindo integrar a seleção brasileira após cinco anos. Ao longo da carreira ganhou notori edade e respeito entre os atletas brasi leiros. Assumiu o posto número um da categoria no ranking mundial entre os anos de 2006 e 2007, sendo eleito pelo Comitê Olímpico Brasileiro como me lhor atleta de judô em 2006. Considerado um dos melhores do mundo em sua divisão de peso, deixou os tatames em 2011, quando foi con tratado pela Rede Globo e passou a comandar os programas "Corujão do Esporte" e o "Sensei", no canal Sportv.
Atuante ao lado de outros profissionais da emissora na área esportiva, passa a comandar, durante a Olimpíada Rio 2016, o programa "Balada Olímpica" ao lado da jornalista Carol Barcellos. O medalhista olímpico não somen te inspira crianças e jovens no judô, mas também investe em novos talen tos, dando oportunidade de inserção no esporte através do Instituto Reação, entidade sem fins lucrativos que atua em comunidades de baixarenda no Rio de Janeiro. Canto começou a dar aulas de judô em um projeto social na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro. Algum tempo depois o projeto passou por sé rias dificuldades e foi cancelado. Para manter as aulas, Flávio fundou, junto
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com o seu técnico Geraldo Bernardes e amigos, o Instituto Reação, ONG sem fins lucrativos que atua em comu nidades de baixa renda no Rio de Ja neiro. Hoje o projeto conta com os pólos Rocinha, CDD Taquara, Rocha Miranda, Pequena Cruzada, Cidade de Deus – Iniciação e Solar Meninos de Luz, no Rio de Janeiro. Em Mato Gros so conta com os pólos Três Barras e Cidade Alta. No Rio Grande do Norte conta com o pólo Tibau do Sul. Seu objetivo com o projeto é a pro moção do desenvolvimento humano e da inclusão social por meio do judô e de atividades complementares — pas seios culturais, atendimento fisiotera pêutico, aulas de inglês e reforço escolar, entre outras.
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O instituto atende cerca de duas mil crianças e jovens, entre quatro e 25 anos de idade, e tem assumido papel de destaque em competições, inclusive tendo revelado a campeã mundial júni or de judô em 2008 e campeã olímpica de 2016 nos Jogos do Rio Rafaela Sil va.
Principais Títulos de Flávio Canto: Bronze nas Olimpíadas de Atenas em 2004 Ouro nos Jogos PanAmericanos de Santo Domingo em 2003. Quinze medalhas em Copas do Mun do. Ouro nos Jogos SulAmericanos em 2002. Heptacampeão sulamericano (1995, 1996, 1997, 1998 e 2000,2002, 2004) Hexacampeão panamericano (1997, 1999, 2003, 2004, 2006 e 2010) Prata nos Jogos PanAmericanos de Winnipeg em 1999 Bronze nos Jogos PanAmericanos de Mar del Plata em 1995 Quatro vezes vicecampeão mundial por equipes (98, 2007, 2010 e 2011)
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