Simplesmente JUDÔ #17

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EDITORIAL A Simplesmente JUDÔ número 17, basicamente, é uma compilação do Grand Prix de Zagreb, primeiro evento IJF pós Olimpíada Tóquio 2020. Já dei­ xaremos os créditos dos textos e fotos desta edição para os correspondentes e fotógrafos da Federação Internacio­ nal de Judô e da Assessoria de Im­ prensa da CBJ, que mais uma vez deram um show na cobertura deste evento. Confira nas próximas páginas os detalhes de cada categoria de peso, no

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masculino e feminino, tudo dividido por categorias de peso. Na capa desta edição a nossa ho­ menagem vai para o multi medalhista olímpico Leandro Guilheiro. Nossa missão na revista Simples­ mente JUDÔ sempre será trazer infor­ mações sobre a modalidade onde quer que esteja acontecendo e dentro de nossas possibilidades. Simples assim.

Boa leitura.


Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabaram. Fazem parte da história, uma grande história, e agora todos os olhos estiveram voltados para a Croá­ cia, conhecida oficialmente como Re­ pública da Croácia. Durante três dias, atletas de todo o mundo competiram na Arena Zagreb. Já no aeroporto de Zagreb as delegações foram calorosa­ mente recebidas pela comissão organi­ zadora, antes de terem de passar pelo já normal procedimento Covid que ga­ rantiu a segurança de todos os partici­ pantes. Zagreb recebeu o primeiro Grande Prêmio após os Jogos Olímpicos de Tóquio. Existem muitas razões pelas quais a Federação Internacional de Judô optou por retomar seu circuito in­ ternacional neste País. Em primeiro lu­ gar, a Croácia é um país que se encontra na encruzilhada da Europa Central e do Sudeste, no Mar Adriático e é de fácil acesso. Cercado pela Eslo­ 04

vênia a noroeste, Hungria a nordeste, Sérvia a leste, Bósnia e Herzegovina e Montenegro a sudeste, o país também compartilha uma fronteira marítima com a Itália a oeste e sudoeste. Todos são territórios que provaram ser terras de judô nos últimos anos. Uma década atrás, a Croácia teria sido considerada um pequeno país do judô, mas isso é passado e não é mais o caso. A vitória de Barbara Matic du­ rante a última edição do Mundial, em Budapeste, em junho, pouco antes das Olimpíadas de Tóquio, é a prova de que a Croácia é um país que conta com o Circuito Mundial de Judô. Outro sinal da posição que a Croá­ cia agora ocupa entre a família do judô foi a nomeação do Dr. Sanda CORAK, presidente da Federação Croata de Judô, para o Comitê Executivo da IJF no início deste ano. Ela disse: "O Gran­ de Prêmio de Judô Zagreb 2021 é uma excelente oportunidade para a Federa­


ção Croata de Judô dar as boas­vindas a toda a família do judô em nossa capi­ tal e estender nossa hospitalidade a to­ dos, tanto competidores quanto dirigentes esportivos e membros de se­ leções nacionais. No período em que ainda estamos testemunhando muitas restrições de saúde, nosso primeiro dever é manter todos os competidores e todos os ofici­ ais que vêm a Zagreb, seguros e sau­ dáveis. Após os Jogos Olímpicos de Tó­ quio, um novo ciclo olímpico começou e a batalha por uma posição melhor no ranking mundial da IJF recomeçou, com o objetivo de dar a cada judoca uma chance justa de realizar um sonho de competir e vencer uma medalha olímpica ou mundial. Como anfitriões, esperamos criar um ambiente hospitaleiro e uma at­ mosfera esportiva positiva em nosso pavilhão esportivo 'Arena Zagreb', mas 05

também gerar possibilidades para que todos os oficiais de judô se encontrem e discutam suas idéias para o desen­ volvimento do judô em todo o mundo. A Federação Croata de Judô tem se concentrado em dar forma a um evento que você irá se lembrar, promo­ vendo nosso esporte como um esporte de combate moderno e dinâmico com muitos valores e colocando nossa cida­ de de Zagreb sob os holofotes. Para cumprir esta tarefa necessita­ mos do apoio e ajuda dos nossos pa­ trocinadores, da cidade de Zagreb e de muitos voluntários e gostaria de apro­ veitar esta oportunidade para agrade­ cer a todos. Eu também gostaria de expressar meu respeito e apreciação ao Presidente da IJF, Sr. Marius Vizer, por apoiar os esforços da Federação Croata de Judô em contribuir para a Turnê Mundial de Judô da IJF. "


Em Zagreb, treinamento para árbitros define padrões de incen­ tivos educacionais. Portanto, foi o primeiro dia da primeira competi­ ção do novo ciclo olímpico. Hou­ ve novos judocas, novas equipes, novas estratégias, novos locais e também alguns novos árbitros. Bem, meio novo! Eles são judo­ cas experientes, árbitros alta­ mente qualificados, mas agora eles entram ou reentraram no World Judo Tour, prontos para assumir o manto pós­Tóquio. Os árbitros de judô são um grupo especial porque o judô é um esporte especial. Todos que trabalham na comunidade devem ficar em contato com suas ori­ gens, seus fundamentos de judô. Isso não para no nível superior e em Zagreb, imediatamente antes do início do torneio, os Diretores de Árbitro Principal, Florin Daniel Lascau, Ki­Young Jeon e Armen Bagdasarov, conduziram uma reunião e sessão de treinamento no tatame no hotel oficial. Houve uma longa discussão em torno das regras, com situa­ ções sendo jogadas de forma prática, perguntas sendo feitas e respondidas e uma linha clara e unificada sendo traçada. Este tipo de treinamento para árbitros é essencial e faz parte do planejamento estratégico da Co­ 06


missão de Arbitragem da IJF. É uma educação de valor inestimável que ga­ rante o desenvolvimento profissional contínuo para todos os que trabalham neste nível. A IJF Academy continua a crescer e melhorar sua oferta e com o Seminário Anual de Arbitragem e Coa­ ching, o treinamento no local e os cur­ sos durante todo o ano, oportunidades de educação estão se tornando espe­ radas e integradas nas carreiras de to­ dos os árbitros da IJF. Ele está alinhado com as filosofias originais de Jigoro Kano e garante que os padrões continuem a melhorar em todos os ní­ veis. Andre Mariano Dos Santos, árbitro olímpico de Tóquio 2020, brasileiro, apoia de todo o coração a educação contínua, formal e informal dos árbi­ tros: “É muito importante. Acho que é necessário que todos os árbitros conti­ nuem praticando judô. Os Diretores de Arbitragem Chefe ficam felizes quando podem ver que o árbitro tem uma boa impressão em seu corpo para a situa­ ção. Quer se trate dos Jogos Olímpicos ou do primeiro Grande Prêmio, as re­ gras são as mesmas e devemos ter um entendimento consistente delas. No treino de Zagreb fizemos alguns exercícios para reafirmar o nosso sen­ timento de nervosismo, por exemplo. Discutimos e treinamos em situações de mergulho de cabeça, sobre a dife­ rença entre ataques ruins e ataques falsos. Discutimos técnicas que tam­ 07

bém são menos comuns. Devemos entender, aprender e re­ petir, assim como os atletas repetem seu uchi­komi. ” O Diretor de Arbitragem Principal Florin Daniel Lascau explicou como es­ se tipo de treinamento faz parte de uma visão mais ampla: “Estamos nos preparando tanto para Paris quanto pa­ ra Los Angeles agora, como um técni­ co prepara sua equipe para mais de um ciclo olímpico. O foco está em Pa­ ris, mas com preparação para Los An­ geles e além. Nem todos os árbitros que trabalham agora estarão prontos para Paris; Tínhamos de enfrentar uma pandemia e, por isso, devemos ter pa­ ciência. Os árbitros do World Judo Tour são de dois grupos: os do ciclo anterior e os novos. Os padrões devem ser man­ tidos para ambos os grupos e eles po­ dem, é claro, ajudar um ao outro. Devemos trabalhar muito para que as situações de judô sejam avaliadas da mesma forma para todos os árbi­ tros, pois embora estejamos olhando as mesmas regras, não somos todos oriundos da mesma formação. Os mesmos padrões e qualidade devem estar em todas as esteiras de competi­ ção. Portanto, antes de cada competi­ ção, realizaremos uma sessão obrigatória com base em tapete para esclarecer quaisquer áreas cinzentas e para tornar as soluções concretas.


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RESULTADOS FINAIS: 1º PONT Blandine (FRA), 2º VIEU Melanie (FRA), 3º NIKOLIC Milica (SRB), 3º GERSJES Âmbar (NED), 5º TANZER Katharina (AUT), 5º FERREIRA Natasha (BRA), 7º PLATTEN Amy (GBR), 7º SALENS Ellen (BEL)

Já se pode dizer que os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 fazem parte da história do judô mundial; uma histó­ ria magnífica que terminou da maneira mais bela após cinco anos de batalhas ferozes, primeiro para obter uma quali­ ficação olímpica e segundo para che­ gar ao pódio. Ccom a abertura do Grande Prêmio de Zagreb de 2021, na Croácia, o judô global apresentou um novo capítulo que foi emocionante. Nos próximos meses e semanas, atletas de todo o mundo vão, para os mais velhos e bem­sucedidos, tentar recuperar o nível da Olimpíada anteri­ or, enquanto os mais jovens vão tentar ganhar lugares valiosos no ranking mundial para abrir as portas para os próximos Jogos Olímpicos de Paris em 2024. O encontro com Paris é daqui a menos de três anos. As novas táticas e estratégias, portanto, terão que ser im­ plementadas rapidamente pelas fede­ rações nacionais. Não há tempo a perder! Assim, mesmo que o Grande 10

Prêmio de Zagreb seja colocado em um período de transição, ele já permite traçar linhas para este atual ciclo olím­ pico. O presidente da Federação Croata de Judô, Dr. Sanda Corak, disse: " Após uma au­ sência de um ano, bem­vindo de volta à Croácia e Zagreb para o Grande Prêmio. Te­ mos a honra de ter a presença do Primeiro­ Ministro da Croácia e do Presidente da IJF. Estamos muito felizes em receber um GP que permite que jovens atletas abram um novo ci­ clo. Desta vez, decidimos fazer algo um pou­ co diferente e é por isso que este será um GP organizado como um evento amigo do ambi­ ente. Assim, calcularemos a nossa pegada de carbono e será o primeiro evento organizado desta forma. Desejo­lhe boa sorte e que fi­ quem seguros em Croácia e em Zagreb. "

­48kg: PONT confirma a boa forma da França A primeira final do dia enfrentou dois atletas franceses, já que a cam­ peã européia de sub­23 Mélinie VIEU enfrentou Blandine PONT, também


medalhista de bronze no Campeonato da Europa de sub­23. A seleção francesa teve um de­ sempenho tão bom durante os Jogos Olímpicos, mas também tem uma re­ serva incrível de atletas de ponta, es­ pecialmente entre as mulheres. Isso foi demonstrado novamente hoje com a vitória final de Blandine PONT (FRA) que incomodou VIEU, vencendo com três shido claros. A jovem Katharina TANZER (AUT) se opôs à experiente Milica NIKOLIC da Sérvia, que até agora já conquistou 17 medalhas no Circuito Mundial de Judô. O primeiro minuto foi gasto prin­ cipalmente no chão, com um belo pe­ daço de ne­waza da austríaca, mas ela não conseguiu finalizar a partida lá. Até 11

os últimos 45 segundos a partida pare­ cia bastante equilibrada, mas NIKOLIC produziu um forte trabalho no final das mangas para marcar um waza­ari, completado com uma imobilização pa­ ra o ippon. Para o segundo concurso de me­ dalha de bronze, Amber GERSJES (NED), campeã mundial junior em 2017, encontrou Natasha FERREIRA (BRA) para uma vaga no pódio. Com um waza­ari para cada um no final do tempo normal, os competidores entra­ ram no placar de ouro. Após três minu­ tos da prorrogação, GERSJES marcou um segundo waza­ari com um uchi­ mata canhoto, ganhando sua primeira medalha em um Grande Prêmio.


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RESULTADOS FINAIS: 1º HALL Samuel (GBR), 2º PANTANO Angelo (ITA), 3º FLORIMONT Jolan (FRA), 3º LIMARE Vincent (FRA), 5º STARKEL David (SLO), 5º KOKOLAYEV Matan (ISR), 7º JARING Emiel (NED), 7º KHALMATOV Dilshot (UKR)

­60 kg: HALL conclui seu dia com ouro Samuel HALL (GBR), de 26 anos, medalhista de prata no Campeonato Europeu Júnior de 2015, faz parte de uma geração de atletas que já têm um pouco de experiência, sem ainda terem realmente se destacado a nível inter­ nacional e que vieram a Zagreb para se testar no circuito mundial no início deste novo ciclo. Foi uma boa ideia pa­ ra o HALL, pois subiu à final, onde co­ nheceu o italiano, dois anos mais novo que ele, Angelo PANTANO, campeão europeu junior em 2014. Foi com um movimento de quadril em câmera lenta que PANTANO mar­ cou um waza­ari para assumir a lide­ 14

rança. Calma mas seguramente, HALL permaneceu concentrado para final­ mente pegar seu oponente no chão e empurrá­lo para finalizar com um hada­ ka­jime para ippon e uma bela primeira vitória para ele em um Grande Prêmio. Jolan FLORIMONT, duas vezes medalhista de ouro no aberto continen­ tal, pode ser um daqueles atletas fran­ ceses promissores que podem brilhar no futuro. Na primeira disputa pela me­ dalha de bronze ele enfrentou outro atleta sem recorde no World Judo Tour, David STARKEL da Eslovênia. Embora FLORIMONT sempre tenha parecido um pouco dominado e atrasa­ do em termos de ritmo, ele foi realmen­ te o mais perigoso e um oportunista ao marcar dois waza­ari claros para con­


quistar sua primeira medalha no Gran­ de Prêmio. A segunda disputa pela medalha de bronze contou com um veterano, em comparação com os demais com­ petidores da categoria, Vincent LIMA­ RE, enfrentando o israelense Matan KOKOLAYEV, de 20 anos. Com uma medalha de prata no World Judo Mas­ ters e duas medalhas de Grand Slam em seu nome, LIMARE foi vice­cam­ peão na última qualificação olímpica, perdendo uma seleção para Tóquio. Será que essa nova bicicleta vai sorrir para o francês leve? Apesar de apenas 15

um shido exibido no placar, os dois atletas ofereceram uma partida real­ mente boa, cheia de ação e jogadas acrobáticas, mas que não foi suficiente para discernir a diferença e um período de pontuação de ouro foi necessário para determinar o vencedor. Após 1 minuto e 47 segundos, a LI­ MARE finalmente encontrou a solução para marcar um waza­ari libertador. Esta é a terceira medalha em um Grande Prêmio para o judoca francês e uma ótima recuperação ao nível supe­ rior.


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RESULTADOS FINAIS: 1º Amber RYHEUL (BEL), 2º GNETO Astride (FRA), 3º WURFEL Annika (GER), 3º PULJIZ Ana Viktorija (CRO), 5º BALLESTEROS GONZALEZ Izaskun (ESP), 5º CASTAGNOLA Martina (ITA), 7º KUZNETSOVA Alesya (RUS), 7º JARRELL Katelyn (EUA)

­52kg: RYHEUL queria mais Montada na GNETO não é desco­ nhecida no World Judo Tour, pois ela já experimentou subir ao pódio oito ve­ zes, especialmente notável que ela fez isso duas vezes no pódio World Judo Masters. Seu oponente na final não ti­ nha essa lista de prêmios, mas mos­ trou grande habilidade nas rodadas preliminares. Amber RYHEUL queria mais. Nu­ ma partida em que nenhum dos dois atletas foi realmente capaz de mudar o ritmo para encontrar oportunidades, foi o belga quem se mostrou mais confian­ te. No período de pontuação de ouro, ela finalmente derrotou seu oponente para marcar ippon e ganhar a primeira medalha de ouro em um grande prê­ mio. Na primeira disputa pela medalha de bronze da categoria, Annika WUR­ 18

FEL da Alemanha enfrentou Martina CASTAGNOLA da Itália. Para os dois atletas foi uma estreia nesse nível, qualquer que fosse o resultado final. A vitória foi para Annika WURFEL depois de Martina CASTAGNOLA ter sido pe­ nalizada pela terceira vez. A medalhista de bronze dos Jogos Olímpicos da Juventude Ana Viktorija PULJIZ (CRO) foi a primeira represen­ tante do país­sede a conseguir uma medalha. Para a disputa pela medalha de bronze, ela se opôs ao vencedor do Aberto da Europa de Zagreb no início deste ano, Izaskun BALLESTEROS GONZALEZ (ESP). Após 26 segundos no placar de ouro, a judoca espanhola foi desclassificada por um mergulho de cabeça, oferecendo a primeira meda­ lha para o país anfitrião a Ana Viktorija PULJIZ.


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RESULTADOS FINAIS: 1º VIERU Denis (MDA), 2º ABDULZHALILOV Abdula (RUS), 3º GRIGORYAN Aram (RUS). 3º MARANDIAN Karo (UKR), 5º BUNCIC Strahinja (SRB), 5º PEREZ ROMANO Daniel (ESP), 7º IADOV Bogdan (UKR), 7º BUNESCU Vadim (MDA) ­66kg: VIERU está de volta!

Número 18 no Ranking Mundial, Denis VIERU, medalhista de bronze no campeonato mundial, é um daqueles atletas experientes que vieram a Za­ greb para relançar sua carreira. O mol­ davo estava entre os outsiders para uma medalha olímpica em Tóquio, mas as coisas não correram como planeja­ do. Com apenas 25 anos, VIERU ago­ ra tem alguns anos para se preparar para se apresentar em Paris. Na final foi contra Abula ABDULZHALILOV (RUS), já com 30 anos e vencedor de dois grand slams na carreira. VIERU, com seu belo estilo de judô, esperou a tempestade de ABDULZHALILOV pas­ sar, controlando os ataques de seu oponente com calma, antes de encer­ rar no chão com uma bela tentativa de sankaku­jime, seguida de uma imobili­ zação para ippon e um segundo Gran­ de Prêmio de ouro medalha. A primeira disputa pela medalha de bronze viu Strahinja BUNCIC (SRB), 22

quinto no último Campeonato Europeu e Karo MARANDIAN (UKR), segundo no Aberto de Varsóvia em 2020, com­ petindo por um lugar no pódio. Ambos os competidores claramente careciam de precisão em seus movimentos. Mesmo assim, Karo MARANDIAN con­ seguiu acertar um waza­ari com ippon­ ko­uchi­gake, que protegeu até o final da partida, para conquistar sua primei­ ra medalha de bronze em um grande prêmio. A segunda medalha de bronze foi disputada entre Aram GRIGORYAN (RUS), quinto lugar no Grand Slam de Kazan nesta temporada e Daniel PE­ REZ ROMAN (ESP), quinto no Grand Slam de Osaka em 2020. No meio do caminho, GRIGORYAN marcou um pri­ meiro waza­ari com um o­soto­gari, se­ guido alguns segundos depois por outro arremesso, desta vez para ippon, para colher a quinta medalha em um Grande Prêmio.


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RESULTADOS FINAIS: 1º GNETO Priscilla (FRA), 2º CORNELISSE Pleuni (NED), 3º FRITZE Caroline (GER). 3º KAJZER Kaja (SLO), 5º STARKE Pauline (GER), 5º LOXHA Flaka (KOS), 7º TOPRAK Acelya (GBR), 7º LIBEER Mina (BEL)

­57 kg: GNETO ganha um segundo ouro para a equipe da França A medalhista mundial júnior de 2019 Pleuni CORNELISSE (NED) con­ seguiu chegar à primeira final do Gran­ de Prêmio de sua carreira, onde conheceu Priscilla GNETO (FRA), me­ dalhista olímpica de bronze em Lon­ dres 2012. A última final do dia também foi a mais curta, já que a GNETO, não cha­ teada com a derrota de sua irmã na fi­ nal da categoria inferior, impulsionou CORNELISSE ao teto com um contra­ ataque soberbo para encerrar o dia com uma segunda medalha de ouro para a equipe França . Campeã europeia junior em 2016, Pauline STARKE (GER) chegou à dis­ puta pela medalha de bronze contra sua companheira de equipe Caroline FRITZE (GER), medalhista de bronze em um aberto continental até agora. 26

Esta última não deu nenhuma chance para seu oponente, marcando duas ve­ zes com ataques massivos, o primeiro depois de apenas alguns segundos pa­ ra um waza­ari e o segundo com um enorme morot­seoi­nage destro, desta vez para ippon. Kosovo se tornou um dos principais jogadores do judô internacional, agora com três campeões olímpicos no país. Flaka LOXHA (KOS) pode representar a nova geração de grandes futuros campeões de Kosovo. Hoje ela alcan­ çou a disputa pela medalha de bronze contra Kaja KAJZER (SLO), já detento­ ra de seis medalhas em nível de Gran­ de Prêmio. Depois de quase um minuto de pontuação de ouro, KAJZER mar­ cou um waza­ari com um movimento de ombro para ganhar a medalha de bronze. Flaka LOXHA terá que esperar um pouco mais até atingir o nível de seus ilustres companheiros, mas sua hora chegará.


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RESULTADOS FINAIS: 1º HEYDAROV Hidayat (AZE), 2º STERPU Victor (MDA), 3º MAKHMADBEKOV Makhmadbek (RUS), 3º Marca HRISTOV (BUL), 5º KHAZHALIEV Ayub (RUS), 5º RAICU Alexandru (ROU), 7º HOJAK Martin (SLO), 7º CASOS ROCA Salvador (ESP)

­73kg: HEYDAROV assina o retorno Sendo 11º na lista do ranking mun­ dial e cabeça­de­chave aqui em Za­ greb, Victor STERPU (MDA) chegou à final da categoria derrotando Jeroen CASSE (BEL), Ayub KHAZHALIEV (RUS) e Mark HRISTOV (BEL) na se­ mifinal. Na segunda metade do sorteio, Hidayat HEYDAROV chegou também à final após quatro lutas intensas. Não há dúvida de que uma competição como o Zagreb é sempre boa para recuperar a confiança. 3'57 dos 4 minutos de tempo aloca­ do foram necessários para que a HEY­ DAROV encontrasse uma minúscula oportunidade, depois do que parecia ser uma dança entre os dois atletas e poderia ter acontecido de qualquer ma­ neira. No final, foi o campeão do Azer­ baijão quem marcou um ippon libertador. Os dois russos Ayub KHAZHALIEV e Makhmadbek MAKHMADBEKOV 30

(RUS) se encontraram na primeira dis­ puta pela medalha de bronze por ape­ nas uma vaga no pódio. Foi Makhmadbek MAKHMADBEKOV quem conquistou esse lugar depois de marcar duas vezes, a segunda pontua­ ção sendo uma mudança brilhante na direção do movimento do quadril para o sutemi­waza. Esta é a primeira me­ dalha de MAKHMADBEKOV em um Grande Prêmio. O segundo concurso de medalha de bronze viu Alexandru RAICU (ROU) e Mark HRISTOV (BUL). Não parecia imediatamente claro por que Mark HRISTOV foi premiado com ippon, mas o vídeo da arbitragem era indiscutível. Enquanto RAICU tentava aplicar uma técnica de sacrifício, HRISTOV envol­ veu sua perna por dentro e pontuou com um o­uchi­gari. Esta é a primeira medalha para o judoca búlgaro, neste nível.


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RESULTADOS FINAIS: 1º LESKI Andreja (SLO), 2º VAN DEN BERG Geke (NED), 3º ZACHOVA Renata (CZE), 3º FAZLIU Laura (KOS), 5º SHEMESH Inbal (ISR), 5º SZYMANSKA Angelika (POL), 7º DEKETER Manon (FRA), 7º BAZYNSKI Nadja (GER)

­63 kg: Clever LESKI ganha ouro Sendo as duas atletas mais bem colocados da categoria, Andreja LESKI (SLO) e Geke VAN DEN BERG (NED) chegaram à final sem muitos proble­ mas. Depois de uma primeira luta con­ tra Annabelle WINZIG (GER), LESKI venceu mais duas lutas por ippon, en­ quanto VAN DEN BERG venceu todas as suas rodadas preliminares antes do tempo integral. A maior parte da final foi uma forte oposição de guarda entre as duas ju­ docas, VAN DEN BERG parecendo mais forte do que LESKI, mas a eslo­ vena estava estável e não temia estar sob pressão. À medida que a partida se aproximava do fim, LESKI habil­ mente tentou um movimento de quadril antes de mudar de direção em um pis­ car de olhos para mergulhar sob o cen­ tro de gravidade de seu oponente por um sumi­gaeshi para waza­ari e uma segunda medalha de ouro em um grande prix. 34

Inbal SHEMESH chegou à disputa pela medalha de bronze e enfrentou Renata ZACHOVA (CZE), campeã eu­ ropeia junior de 2020, por uma vaga no pódio. Depois de pouco mais de um minuto, ZACHOVA assumiu uma forte liderança com um waza­ari em um con­ tra­ataque baixo, mas alguns segundos depois, SHEMESH marcou de volta com um ippon­seoi­nage canhoto. Era então a hora do golden score! Depois de 5'16 que ZACHOVA finalmente con­ seguiu um segundo waza­ari. Com apenas 20 anos, Laura FAZ­ LIU é mais um novo membro da pode­ rosa equipe Kosovan, que pode brilhar no futuro. Ela alcançou a disputa pela medalha de bronze contra Angelika SZYMANSKA (POL). FAZLIU nunca olhou realmente sob a ameaça de seu oponente e depois de algumas tentati­ vas de uchi­mata, ela implantou seu movimento aéreo para marcar ippon e ganhar um poço merecida medalha.


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RESULTADOS FINAIS: 1º GRIGALASHVILI Tato (GEO), 2º SCHIMIDT Guilherme (BRA), 3º GOTONOAGA Dorin (MDA), 3º RAJKAI Robert (HUN), 5º PIERRE Baptiste (FRA), 5º HEIJMAN Jim (NED), 7º URQUIZA SOLANA Alfonso (ESP), 7º MENDIOLA IZQUIETA Jose Maria (ESP)

­81kg: GRIGALASHVILI Sinaliza au­ toconfiança Tato GRIGALASHVILI (GEO) era sem dúvida o atleta mais aguardado da categoria, senão de toda a competição. Competindo sozinho, sem treinador, aquele que tinha tanta esperança as­ sociada ao seu nome mas ao mesmo tempo tanta pressão, entrou relaxado no seu primeiro jogo. Com apenas 11 segundos para colocar seu oponente em órbita com um incrível ura­nage. As rodadas seguintes foram quase tão fá­ ceis para o georgiano, que parecia in­ tocável. Na segunda metade do sorteio, outro competidor impressionou com sua capacidade de arremesso e luta. Guilherme SCHIMIDT (BRA) mos­ trou ótimo judô. Tato GRIGALASHVILI rapidamente assumiu a liderança com um primeiro gol de waza­ari em um contra­ataque, mas pela primeira vez no dia, o judoca georgiano teve que passar mais de dois minutos no tata­ 38

me, com SCHIMIDT oferecendo uma forte resistência. Na verdade, o último minuto e meio da partida foi até difícil para GRIGALASHVILI, que estava sob pressão permanente do corajoso brasi­ leiro. Este último não teve medo ne­ nhum e GRIGALASHVILI teve que se manter muito concentrado para não co­ meter erros, tarefa que acabou cum­ prindo, para conquistar a medalha de ouro. Para a primeira luta pelo bronze, Baptiste PIERRE (FRA) e Dorin GO­ TONOAGA (MDA) se enfrentaram para completar o pódio.GOTONOAGA, que já havia marcado um waza­ari, concluiu faltando dez segundos, com um segun­ do waza­ari para conquistar a medalha de bronze. A segunda medalha de bronze foi disputada por Robert RAJ­ KAI (HUN) e Jim HEIJMAN (NED). A medalha de bronze foi para a Hungria com a vitória clara de Robert RAJKAI.


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RESULTADOS FINAIS: 1º POGACNIK Anka (SLO), 2º PETERSEN POLLARD Kelly (GBR), 3º LENGWEILER Alina (SUI), 3º SOBIERAJSKA Katarzyna (POL), 5º YEATS­BROWN Katie­ Jemima (GBR), 5º JAGER Hilde (NED), 7º GALANDI Marlene (GER), 7º HOELTERHOFF Julie (GER)

­70kg: Bravo PETERSEN­POLLARD, mas a vitória vai para POGACNIK É uma característica bem conheci­ da que ser um atleta de ponta não é 100% garantido para chegar à final, mas ajuda muito e foi o que aconteceu com Anka POGACNIK (SLO). Sem re­ gistro no WJT, Kelly PETERSEN­POL­ LARD (GBR) não tinha medo de ser uma azarona. Ela também chegou à fi­ nal para abrir sua lista de prêmios nes­ se nível. PETERSEN­POLLARD começou a final com bravura e não teve medo da primeira posição de seu oponente na semeadura. Decorridos quatro minutos, como nada estava registrado no placar, começou o período do golden score e novamente a britânica lançou vários ataques fortes. A última não estava preparada o suficiente e devido a um controle potencialmente perigoso no braço da oponente, PETERSEN­POL­ LARD foi desclassificada, oferecendo o 42

ouro para POGACNIK pela segunda vez em sua carreira. Uma segunda atleta britânica che­ gou ao bloco final. Katie­Jemina YE­ ATS­BROWN (GBR) se opôs a Alina LENGWEILER (SUI) por um lugar no pódio, para se juntar a sua companhei­ ra de equipe, mas isso não aconteceu porque YEATS­BROWN foi lançada duas vezes para waza­ari pela judoca suíça. Na segunda disputa pela medalha de bronze, campeã europeia 2017 u23, Hilde JAGER (NED) se reuniu com Ka­ tarzyna SOBIERAJSKA (POL), para garantir a primeira medalha em um grande prêmio para uma delas. Isso acabou sendo para SOBIERAJSKA, já que a competidora polonesa oportunis­ ticamente marcou depois de alguns se­ gundos no período de pontuação de ouro, com um ippon­seoi­nage clássico destro de seus joelhos.


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RESULTADOS FINAIS: 1º MEHDIYEV Mammadali (AZE), 2º MAISURADZE Luka (GEO), 3º BORCHASHVILI Wachid (AUT), 3º KHALMURZAEV Khusen (RUS), 5º GUNCHENKO Stanislav (UKR), 5º SMINK Jesper (NED), 7º KALJULAID Klen Kristofer (EST), 7º GOZ Roland (HUN)

­90kg: MEHDIYEV ganha o segundo ouro para o Azerbaijão A primeira final do dia foi contra Mammadali MEHDIYEV (AZE), meda­ lhista de bronze no Grand Slam de Tashkent 2021 e Luka MAISURADZE (GEO), medalhista de bronze algumas semanas depois em Kazan. Sob a pressão de ter dois pênaltis contra ele, Mammadali MEHDIYEV, no entanto, foi o primeiro e último a mar­ car, com um ko­soto­gake preciso para ippon, não deixando nenhuma fuga possível para MAISURADZE. Esta é a segunda medalha de ouro do evento para o Azerbaijão. Na primeira disputa pela medalha de bronze Wachid BORCHASHVILI (AUT), cujo irmão foi medalhista de bronze olímpico neste verão em Tó­ quio, enfrentou Stanislav GUNCHEN­ KO (UKR), que não tinha histórico neste nível de competição até o mo­ 46

mento. Um minuto e 49 segundos do período de golden score foram neces­ sários para Wachid BORCHASHVILI marcar ippon após uma partida muito disputada que só foi decidida nos pê­ naltis. Com quatro medalhas de bronze no Grande Prêmio já em seu nome, Jesper SMINK (NED) teve a possibili­ dade de adicionar mais uma, competin­ do contra KHALMURZAEV Khusen (RUS), medalhista de prata no Grande Prêmio de Tashkent em 2019 e irmão gêmeo do Campeão Olímpico de 2016 Khassan KHALMURZAEV. Este último conquistou a medalha de bronze de­ pois que seu adversário recebeu um terceiro shido, um segundo antes do fi­ nal da partida, por um ataque falso, er­ ro que lhe custou aquele degrau final ao pódio.


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RESULTADOS FINAIS: 1º STEVENSON Karen (NED), 2º BROLIH Patricija (SLO), 3º ZENKER Teresa (GER), 3º REID Emma (GBR), 5º BERGER Sophie (BEL), 5º VAN HARSELAAR Renee (NED), 7º DZIOPA Paulina (POL), 7º SCHMID Lea (GER)

­78 kg: Uma vitória sorridente para STEVENSON A medalha de prata em Tbilisi este ano, Karen STEVENSON (NED), teve uma nova chance de chegar ao ouro ao enfrentar Patricija BROLIH (SLO) na final, que até agora não tinha nada me­ lhor do que um quinto lugar em um grande prêmio em seu nome. Vimos essa combinação várias ve­ zes durante o dia: sumi­gaeshi e traba­ lho de solo. Depois que ela pisou no tatame, totalmente relaxada e sorriden­ te, essa foi a tática que STEVENSON aplicou perfeitamente na final, derro­ tando Patricija BROLIH com facilidade para ganhar o ouro. Número 41 do mundo, Sophie BERGER (BEL) e Teresa ZENKER (GER), do 50º lugar, foram as concor­ rentes à primeira medalha de bronze. 50

Demorou mais de três minutos para ZENKER vencer com um arremesso waza­ari seguido imediatamente por uma imobilização para ippon, mas a alemã dominou claramente seu opo­ nente durante toda a partida. Esta é a primeira medalha em um Grande Prê­ mio da competidora alemã. A medalha de prata mundial júnior de 2019 Renee VAN HARSELAAR (NED) enfrentou a vencedora do Sara­ jevo European Open 2021, Emma REID (GBR), pela segunda medalha de bronze. Após dois minutos, REID assu­ miu a liderança com um sumi­gaeshi para waza­ari e então foi trabalhar no chão, liberando sua perna e imobilizan­ do VAN HARSELAAR por ippon para ganhar sua primeira medalha em um Grande Prêmio.


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RESULTADOS FINAIS: 1º ADAMIAN Arman (RUS), 2º KURBJEWEIT GARCIA Dario (GER), 3º CATHARINA Simeon (NED), 3º KUMRIC Marko (CRO), 5º PETERSILKA Falk (GER), 5º GONZALEZ Asley (ROU), 7º ZEKAJ Shpati (KOS), 7º EICH Daniel (SUI)

­100 kg: ADAMIAN ganha o primeiro ouro para a Rússia Arman ADAMIAN (RUS) fez seu maior esforço na semifinal contra o ex­cam­ peão mundial do Cuba Asley GONZA­ LEZ, agora competindo sob a bandeira da Romênia. Depois de uma partida muito disputada, ADAMIAN teve que esperar até o placar de ouro para final­ mente conseguir um waza­ari. Na final, ele se opôs a KURBJEWEIT GARCIA Dario (GER), que só tinha um quinto lugar em um grande prêmio em seu nome antes do início do evento de Za­ greb. Depois de apenas 17 segundos, ADA­ MIAN marcou, registrado primeiro co­ mo ippon, mas baixou para waza­ari depois que o vídeo da arbitragem con­ firmou que KURBJEWEIT GARCIA não caiu de costas. A partida parecia um pouco mais equilibrada então, pelo me­ nos até restarem 44 segundos. ADA­ MIAN então contra­atacou seu 54

oponente para marcar um segundo wa­ za­ari que lhe ofereceu a medalha de ouro. O país­sede teve outra chance de con­ quistar uma medalha, com Marko KUMRIC (CRO) que enfrentou Asley GONZALEZ (ROU) pelo bronze. Não foi uma tarefa fácil, mas Marko KUM­ RIC, apoiado totalmente por um com­ panheiro presente nas arquibancadas, teve uma ótima atuação, marcando um waza­ari com sumi­gaeshi, provavel­ mente a técnica do dia e depois man­ tendo a vantagem até o final. KUMRIC ganhou a segunda medalha para o país de origem aqui em Zagreb. Falk PETERSILKA (GER), de 23 anos, competiu contra o vencedor do Grand Slam de Kazan nesta temporada, Si­ meon CATHARINA (NED), também de 23 anos. Eri­seoi­otoshi e kata guruma combinados para o bilhete vencedor para Simeon CATHARINA ganhar a medalha de bronze.


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RESULTADOS FINAIS: 1º TOLOFUA Julia (FRA), 2º SZIGETVARI Mercedesz (HUN), 3º LUCHT Renee (GER), 3º FUSEAU Laura (FRA), 5º RADIC Tina (CRO), 5º VUKOVIC Helena (CRO)

+ 78 kg: Uma vitória fácil para a TO­ LOFUA da França Julia TOLOFUA (FRA) é membro da escola francesa de peso pesado fe­ minino. Ela entrou na final contra Mer­ cedesz SZIGETVARI (HUN), a segunda, há uma semana, em Saraje­ vo, por ocasião do Aberto da Europa. Julia TOLOFUA realmente não teve que fazer um grande esforço, ela ape­ nas teve que deixar Mercedesz SZI­ GETVARI cometer erros e coletar os benefícios. Depois que a judoca hún­ gara foi penalizada três vezes, Julia TOLOFUA pôde desfrutar do sabor do ouro. A Croácia classificou outra atleta, Tina RADIC, para o bloco final. Ela en­ frentou Renee LUCHT da Alemanha para ganhar um lugar no pódio. RADIC 58

sonhava em imitar seu companheiro de equipe Marko KUMRIC, mas infeliz­ mente foi derrotada com uma conten­ ção, mandando a medalha para o competidor alemão. A segunda francesa da categoria, Laura FUSEAU se classificou contra Helena VUKOVIC (CRO) por uma vaga no pódio. Ninguém parecia ser capaz de encontrar a menor solução para ar­ remessar até o período de pontuação de ouro, quando FUSEAU eventual­ mente aplicou um pequeno o­uchi­gari para fazer seu oponente reagir com um passo para trás, deixando espaço para FUSEAU lançar um forte o­soto­gari canhoto para ippon, destruindo o so­ nho de VUKOVIC de chegar ao pódio.


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RESULTADOS FINAIS: 1º SPIJKERS Jur (NED), 2º SIMIONESCU Vladut (ROU), 3º BALYEVSKYY Yevheniy (UKR), 3º PUUMALAINEN Martti (FIN), 5º DRAGIC Vito (SLO), 5º ZORN Daniel (GER), 7º CULUM Zarko (SRB), 7º MARINIC Enej (SLO)

+ 100kg: Ouro para SPIJKERS para concluir o fim de semana A última final do dia e da competi­ ção viu Jur SPIJKERS da Holanda e Vladut SIMIONESCU (ROU) disputa­ rem o ouro. Eles foram os melhores colocados na categoria e venceram to­ das as lutas pelo ippon. Sempre em movimento, Jur SPIJ­ KERS estava assediando SIMIONES­ CU com todos os tipos de pequenas técnicas destinadas a preparar ataques mais fortes, um dos quais eventual­ mente veio: um o­uchi­gari massivo que achatou SIMIONESCU para ippon. Ouro para SPIJKERS! No primeiro concurso de medalha de bronze, Yevheniy BALYEVSKYY (UKR) encontrou Vito DRAGIC (SLO). 62

Após 2'51 de placar de ouro e duas pe­ nalidades distribuídas de cada lado do placar, Yevheniy BALYEVSKYY final­ mente fez o gol do ippon com uma téc­ nica oportunista de shime­waza. Daniel ZORN (GER) e Martti PUU­ MALAINEN (FIN) foram os últimos atle­ tas que tiveram a chance de ganhar uma medalha na edição de 2021 do Grande Prêmio de Zagreb. PUUMA­ LAINEN não deixou a chance fugir de­ le. Enquanto estava continuamente atacando e correndo riscos, ZORN foi penalizado três vezes e, portanto, des­ classificado, oferecendo uma merecida medalha ao competidor finlandês.


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Guilherme Schimitd

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Yasmim Lima

Natasha Ferreira

Millena Silva

Luana Carvalho

Matheus Takaki

Michel Marcelino

O Grand Prix de Zagreb, ocorrido nos dias 24, 25 e 26 de setembro, na Croácia, foi a primeira competição do Circuito Mundial IJF pós­Tóquio a con­ tar com judocas brasileiros. De olho nos novos nomes do judô nacional e na renovação da seleção principal, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) convocou oito atletas para esse Grand Prix, em sua maioria, judocas jovens que vieram das equipes Sub­21 e Sub­ 23. Nas chaves masculinas, o Brasil contou com Matheus Takaki (60kg), Michael Marcelino (73kg), Guilherme Schimidt (81kg) e Edu Lowgan Ramos (81kg). Já entre as mulheres, o país foi representado por Natasha Ferreira (48kg), Yasmim Lima (52kg), Luana 66

Carvalho (70kg) e Millena Silva (70kg). Dos oito convocados, quatro fize­ ram parte da equipe de apoio na pre­ paração da equipe olímpica: Takaki, Schimidt, Yasmim e Luana, que viaja­ ram ao Japão e deram suporte aos treinos da seleção em Hamamatsu. “A experiência como atleta de apoio da equipe olímpica foi incrível. Pude participar dos mesmos treinos que a seleção principal e eu precisava estar tão preparado quanto eles para que pudesse agregar valor aos treinos. Foi muito intenso e aproveitei cada mi­ nuto”, lembrou o ligeiro Matheus Taka­ ki, estreante no Circuito Mundial Sênior. “Quando soube que seria con­ vocado para lutar meu primeiro Grand


Prix fiquei muito feliz e estou me sen­ tindo confiante e com bastante vontade de ganhar títulos para Brasil, pois a corrida para classificação de Paris 2024 começa agora.” "Ir pra Tóquio como apoio é como se tivesse uma chama olímpica dentro de mim e depois dessa experiência es­ sa chama incendiou tudo aqui por den­ tro. Essa primeira competição pós­Olimpíada tem um significado mui­ to forte, pois passei essa pandemia to­ da treinando muito. Mesmo quando tudo parou eu me reinventava e conse­ guia me manter treinando dentro dos protocolos. Estou muito feliz e motiva­ da para começar essa corrida em bus­ ca da tão sonhada vaga em Paris 2024", projeta a meio­leve Yasmim Li­ ma (52kg). Quinta colocada em seu primeiro Grand Prix

Natasha Ferreira vê evolução e motiva­se para corrida rumo à Paris 2024 com a quinta colocação no GP de Zagreb. Brasileira de 22 anos disputou me­ dalha de bronze no Grand Prix de Za­ greb, na sexta, 24, melhor desempenho da seleção no primeiro dia de competição. Com a aposta em novos nomes para o Grand Prix de Za­ greb, uma das novatas já apresentou seu “cartão de visitas” na competição. Peso Ligeiro (48kg) de 22 anos, Na­ tasha Ferreira, em sua segunda partici­ pação apenas em etapas do Circuito Mundial Sênior, garantiu o Brasil nas disputas por medalhas do Grand Prix e ficou muito perto do pódio, terminando em quinto lugar. 67

“Depois do início da pandemia, eu não tive oportunidade de participar de competições sênior nem no Brasil. Mas, me dediquei ao máximo nos trei­ namentos de campo e sempre mantive o foco na minha preparação”, conta. A medalha em Zagreb escapou por muito pouco. Depois de passar pelas preliminares com vitórias seguras so­ bre Lois Petit, da Bélgica, e Katharina Tanzer, da Áustria, a brasileira caiu na semifinal diante da francesa Melanie Vieu. Na disputa pelo bronze, ela enfren­ tou uma adversária mais experiente, a holandesa Gersjes Amber, de 24 anos, campeã mundial júnior em 2017. Mais alta, Amber conseguiu projetar Na­ tasha para abrir um waza­ari de vanta­ gem. A brasileira não recuou e empatou o duelo com uma bela técnica de pernas. No golden score, Natasha ainda impôs maior volume de ataques, for­ çando uma punição à holandesa. De­ pois de quase 7 minutos de luta no Golden score, Amber encaixou um uchi­mata e venceu a luta por ippon. Essa foi a primeira competição de Natasha Ferreira com a seleção princi­ pal desde que subiu da classe Sub­21 para a Sênior. Em 2019, ela integrou a equipe júnior do Brasil que lutou o Grand Slam de Brasília, em sua primei­ ra experiência em eventos desse nível. “Faltou pouco para a medalha. (Do júnior para o sênior) Não senti tanto na força e na preparação física, mas tal­ vez, a maior diferença seja a parte da experiência, que foi o que eu senti. Vim para Zagreb com o objetivo de meda­ lhar. Infelizmente, a medalha não veio.


Mas, acredito que tenha sido uma boa estreia em Grand Prix e já senti uma evolução do Grand Slam de Brasília que lutei quando ainda era Sub­21. Mi­ nha maior motivação é alcançar a vaga olímpica de Paris, em 2024, e treino to­ dos os dias pensando nisso. Quero chegar nos pódios o quanto antes”, projetou a judoca da Sociedade Morge­ nau, do Paraná. O Brasil ainda teve outros dois atle­ tas em ação no primeiro dia de Zagreb. Matheus Takaki (60kg) parou no waza­ ari do esloveno David Starkel, enquan­ to Yasmim Lima (52kg) caiu para a rus­ sa Alesya Kusnetsova por ippon. Guilherme Schimidt garante prata para o Brasil no GP de Zagreb O judô brasileiro começou o ciclo Paris 2024 da mesma forma como en­ cerrou o de Tóquio 2020: no pódio. No sábado, 25, o novato Guilherme Schi­ midt, de 20 anos, conquistou a meda­ lha de prata na final do peso meio­médio masculino (81kg) do Grand Prix de Zagreb, na Croácia. Ele venceu três lutas e só parou na final diante do número um do mundo, Tato Grigalash­ vili, da Geórgia. Essa foi a primeira me­ dalha do brasileiro em Grand Prix. “Conquistei a medalha de prata na 68

primeira competição pós­Tóquio. Estou muito feliz. Essa medalha vai em ho­ menagem ao meu Sensei que faleceu, Sensei Carlinhos. Obrigada a todos que torceram. Que essa seja a primeira de muitas que virão pela frente”, come­ morou o judoca brasileiro, que somou 490 pontos no ranking mundial e deve melhorar sua 35ª posição. Schimidt estreou nas oitavas­de­fi­ nal, batendo o francês Tizie Gnamien por ippon com uma chave de braço. Nas quartas, superou Jose Maria Izqui­ eta, da Espanha, por waza­ari, e avan­ çou à semifinal, onde superou o moldavo Dorin Gotonoaga, por ippon. Na luta pelo ouro, Schimidt encarou uma pedreira, o atual número um do mundo, Tato Grigalashvili, da Geórgia, vice­campeão mundial e quinto coloca­ do nos Jogos de Tóquio. O adversário conseguiu um waza­ari de vantagem logo no início da luta e administrou o placar. O brasileiro se manteve agres­ sivo no combate, conseguiu forçar du­ as punições em Grigalashvili, mas não alcançou a pontuação para ficar com a vitória. Guilherme Schimidt é uma das caras novas do judô brasileiro para es­ te ciclo olímpico. Entre seus principais resultados, estão o ouro no Pan­Ameri­ cano Sênior de Guadalajara, neste


ano, e o bronze no Mundial Júnior de 2019. Ele passou pelos dojôs do SESI­ Taguatinga e Academia Espaço Mar­ ques Guiness, do Distrito Federal, e, hoje, representa o tradicional Minas Tênis Clube, trilhando caminho pareci­ do ao de seus conterrâneas e ídolos do judô nacional, Ketleyn Quadros, Érika Miranda e Luciano Corrêa, que atuou como técnico da seleção, orientando o pupilo em Zagreb. “O Schimidt fez uma competição muito boa, com variação de pegada, fazendo pontuações com vários golpes diferentes, mostrando versatilidade, pontuando em diferentes direções. É muito importante começar o ciclo com uma medalha e, mais ainda, com um bom desempenho, fazendo uma final com o número do ranking mundial lu­ tando de igual para igual”, avaliou Luci­ ano, que atuou como técnico da equipe

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neste Grand Prix ao lado de Alexandre Katsuragi. Outros três brasileiros também lu­ taram neste sábado, mas não conse­ guiram avançar em suas chaves. Luana Carvalho (70kg), caçula da equi­ pe com apenas 19 anos, estreou com boa vitória sobre Shaked Amihai, de Is­ rael, por ippon, mas parou na experien­ te Anka Pogacnik, da Eslovênia. Ainda nos 70kg, Millena Silva, de 21 anos, não conseguiu passar por An­ dela Violic, da Croácia, na primeira lu­ ta, assim como Michael Marcelino (73kg) parou em Jeroen Casse, da Bél­ gica, nas punições (3­2). O time brasileiro foi composto por judocas Sub­23, em sua maioria, que começam a ganhar experiência inter­ nacional em competições adultas e a somar os primeiros pontos no ranking mundial.


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Leandro Marques Guilheiro nasceu em 07 de agosto de 1983, em Suzano, mas foi radicado em Santos, onde vive até hoje. Em sua vitoriosa carreira esportiva conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004. Foi medalha de prata no Pan do Rio de Janeiro em 2007. Nos Jogos de Pe­ quim em 2008 ele conquistou sua se­ gunda medalha olímpica de bronze. Em 2010, Guilheiro ganhou a prata no Mundial de Tóquio, em outra categoria, a até 81 kg. Em 2012 foi campeão Pan­Americano de judô. Quando Leandro Guilheiro conquis­ tou a medalha olímpica em Atenas­ 2004, virou a grande aposta do judô brasileiro para o futuro. Quatro anos depois, em Pequim, o judoca confirmou as expectativas ao subir novamente ao 72

pódio. Guilheiro tornou­se o primeiro judoca a trazer duas medalhas conse­ cutivas para o Brasil em Olimpíadas. Logo após as Olimpíadas de 2004, sofreu duas operações sérias, no pulso e no quadril, e só voltou a competir em 2005. No Mundial do Egito, no mesmo ano, ainda lutou com tendinite no om­ bro direito. Guilheiro começou a lutar aos 5 anos e, nessa época, já fazia as contas para estar na disputa de uma Olimpía­ da. Um ano antes de sua estréia, po­ rém, temia pela vaga. Mesmo embalado pelo ouro no Mundial júnior de 2002, ele perdeu a seletiva para o Pan de 2003. O escolhido foi Luiz Camilo, irmão do campeão mundial e medalhista olímpico Tiago Camilo. O rival terminou com o ouro no Pan e seria o favorito à


vaga em Atenas. Uma lesão, porém, colocou a vaga nas mãos de Leandro. Em 2008, Guilheiro era o favorito e conquistou sua vaga disputada contra Vitor Penalber. Leandro se aposentou das compe­ tições em 2020 e assumiu, juntamente com Tiago Camilo, a função de técnico da equipe de judô do EC Pinheiros. No mesmo ano, junto com mais quatro judocas medalhistas olímpicos, recebeu sua promoção ao 6º Dan, tor­ nando­se um judoca Kôdansha. Sarah Menezes (ouro em Londres 2012), Tia­ go Camilo (prata em Sydney e bronze em Pequim 2008), Flavio Canto (bron­ ze em Atenas 2004) e Carlos Honorato (prata em Sydney 2000) foram os judo­ cas olímpicos que também receberam suas faixas pretas de 6º Dan na mes­ ma cerimônia organizada pela Confe­ deração Brasileira de Judô (CBJ). Ao 73

lado deles, esteve também o presiden­ te da Federação de Judô do Rio Gran­ de do Norte, Tibério Maribondo, que também recebeu sua promoção ao 6º Dan. Na outorga da nova graduação Le­ andro Guilheiro disse: “É um pouco surpreendente. Nunca imaginei que aconteceria tão rápido assim. E acaba vindo num momento bem oportuno pa­ ra mim, porque, de certa forma, simbo­ liza muito a minha aposentadoria dos tatames, que é uma coisa que muita gente ainda não tinha entendido o que tinha acontecido, não sabia. E, para mim, representa, simbolicamente, real­ mente o meu adeus ao judô competiti­ vo. É um momento que eu olho minha carreira, esses 32 anos de dedicação ao judô e que, de certa forma, acaba sendo coroada por essa promoção.”



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