Distorcendo o Amor de Deus
dam as pessoas indiretamente a apreciar a bondade e o amor absoluto de Deus. Sou bem menos otimista. Tolkien e Lewis ainda viveram em um mundo moldado pela herança judaico-cristã. Embora muitos dos seus leitores não fossem cris tãos em nenhum sentido e, muito menos no bíblico, a "dis simulação" deles foi lida por outros na cultura que também havia sido moldada por esta herança. Mas o ponto de vista de Contacta monístico, naturalista e pluralista (afinal, o filme foi dedicado a Cari Sagan). Ele tem muito mais ligações com a Nova Era e o otimismo panglossiano do que com qualquer outra coisa essencial. De repente a doutrina cristã do amor de Deus se torna mui to difícil, porque toda a estrutura na qual ela está estabelecida nas Escrituras foi substituída. (2) Para colocar isto de outra forma, vivemos em uma cultura na qual muitas outras verdades contemporâneas a respeito de Deus são amplamente ^acreditadas. Realmen te não acho que os argumentos bíblicos sobre o amor de Deus possam sobreviver múito tempo "no front" do nos so raciocínio, se for abstraído da soberania, da santidade, da ira, da providência ou da personalidade de Deus, para mencionar apenas alguns elementos não-negociáveis do cristianismo básico. O resultado, naturalmente, é que o amor de Deus, em nossa cultura, tem sido expurgado de tudo o que ela consi dere desconfortável. O amor de Deus tem sido equilibrado, democratizado, e acima de tudo, sentimentalizado. Este processo tem se desenvolvido por algum tempo. A minha geração foi ensinada a cantar, "O que o mundo precisa ago ra é amor, doce amor", no qual nós fortemente informamos ao Todo-Poderoso que não precisamos de uma outra mon tanha (já temos muitas), mas que seria bom mais um pouco de amor. A arrogância é espantosa.
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