LS_000DR - Livro #03

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A próxima coisa surpreendente — interrompendo a fúria cega que Stefan pôde sentir percorrendo pela aura de Elena — era que Elena estava realmente ganhando a luta, apesar do fato de que ele era bem mais forte do que ela. Parte disso tinha a ver com a toalha, que estava ameaçando cair a qualquer momento. A outra parte era que Elena tinha adquirido um estilo único de luta para oponentes mais fortes — pelo menos, aqueles que tinham consciência. Ela se atirou deliberadamente contra qualquer ponto que pudesse machucá-la e detê-la, e ela não desistiu. Eventualmente, ele teria de escolher entre machucá-la ou soltá-la. Neste instante, porém, Elena parou de se mexer. Ela congelou, a cabeça virada enquanto ela olhava para trás dele. Stefan olhou para lá também, e sentiu um choque elétrico percorrer através dele. Bonnie estava parada diretamente atrás deles, olhando para Damon, seus olhos entreabertos em angústia, lágrimas em seus grandes olhos castanhos escorriam por seus rosto. Instantaneamente, antes mesmo que ele pudesse registrar o olhar suplicante de Elena, Stefan a soltou. Ele entendia: seu humor e sua dinâmica da situação haviam mudado. Elena ajustou sua toalha e virou-se para Bonnie, mas então Bonnie estava correndo corredor afora. Os passos longos de Elena lhe permitiram chegar até Bonnie rapidamente, e ela segurou a menina e a abraçou, não com muita força, mas com um magnetismo fraternal. — Não ligue para aquela cobra — A voz de Elena voltou a ser clara, como se ela quisesse fazer isso mesmo. — Ele é um... E aqui, Elena soltou alguns palavrões bem criativos. Stefan pôde ouvir tudo isso de uma forma clara e notou que as palavras se transformaram em pequenos sussurros enquanto Elena virava-se para o salão de banho. Stefan olhou de soslaio para Damon. Ele não se importaria em brigar com seu irmão neste instante; ele estava cheio de raiva em nome de Bonnie. Mas Damon o ignorou como se ele fosse parte do papel de parede, olhando para o nada com uma expressão de fúria gélida. Neste momento, Stefan ouviu um som fraco de lá do fim do corredor, que estava a uma distância razoável. Mas seus sensores de vampiro o informaram que certamente a pessoa era uma mulher que, consequentemente, devia ser sua anfitriã. Ele adiantou-se para que, pelo menos, ela pudesse ser recebida por alguém que estivesse usando roupas. De qualquer forma, no último instante, Elena e Bonnie apareceram na frente dele, usando vestidos — robes, na verdade — que eram casuais e feitos por um gênio. O de Elena era um robe informal de lápis-lazúli profundo, com seus cabelos secando em uma massa macia e dourada ao redor de seus ombros. Bonnie estava vestindo algo mais curto e mais brilhante: violeta pálida, com tiras em formato de fios prateados, sem nenhum padrão específico. Ambos os trajes, Stefan compreendeu de repente, ficariam tão bem à luz do Sol interminável quanto em uma sala fechada, sem janela e com lâmpadas a gás. Ele lembrou-se das histórias que Elena havia contado sobre Lady Ulma projetar vestidos para ela, e ele percebeu que, o que quer que sua anfitriã fosse, ela era um gênio na costura.


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