Das Artes 3 - AEARS

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Newsletter 3 - Plano Nacional das Artes

“É em nós que Deus se encontra com a Natureza e o ontem se despede do amanhã. O presente é o infinito móvel, a esfera legítima do relativo. A relatividade busca o ajuste e o ajuste á a arte. A arte da vida encontrase num reajuste constante ao que a rodeia. “ (1) Ao longo deste ano em duas publicações anteriores se promoveu um pouco do que o Plano Nacional das Artes tentou desenvolver em determinadas áreas, como o indica o boletim aqui publicado. O ponto de partida foi a procura por operacionalizar aquilo que Fernando Pessoa escreveu e que faz parte da entrada do boletim na 1.ª Folha. Só a Arte fica. A vida contemporânea é ainda uma memória desse caminho de estátuas antigas. Só a Arte é útil. A arte foi durante séculos a resposta do homem para se reconhecer no interior de uma relação entre si e o universo. Essa arte que de algum modo terminou no século XX era um mecanismo para compreender a existência e encontrar algo que era o seu próprio fundamento, a representação do belo. Só a Arte fica. Só a Arte é útil. Sem ela resta uma indiferença que tornará a emoção uma equação de racionalidade, não uma comoção sobre as coisas belas Nestes tempos de globalidade que se vivem, na incerteza das sociedades e dos regimes democráticos, a Arte e a abordagem poética são linhas para uma construção educativa que permitem incentivar o pensamento crítico ligando-o ao contexto local numa formulação de imaginação sobre o real. A sociedade e as opções realizadas têm exaltado o “eu” virado para uma satisfação imediata, onde se verifica a sobrevalorização da ideia de utilidade operacional virada para o imediato. A formação educativa está virada muito para um incerto mercado de trabalho e tem desvalorizado aquilo que se designa como os saberes inúteis. Sem aquilo que é considerada uma rentabilidade imediata, as artes liberais nas suas diferentes expressões têm perdido espaço. A educação tem vindo a ser marcada pelos valores do que é funcional e que tenha uma dimensão mini-

“Só a Arte é útil. Crenças, exércitos, impérios, atitudes — tudo isso passa. Só a arte fica, por isso só a arte vê-se, porque dura.” (1)

malista. É no entanto, conhecendo mais que podemos ousar melhor sobre nós e os outros, naquilo que podemos construir ou sonhar (Barenboim, 2002).

Na verdade, a democracia necessita do que se designou como uma educação das artes liberais. Estas são determinantes para a construção de uma cidadania de participação e de integração das diferenças. As artes liberais dão um contributo muito significativo para o reconhecimento do outro, para a construção da memória e para a utilização poética das palavras, das imagens, da imaginação. Importa não esquecer o seu papel para uma sociedade mais aberta à diferença e à participação de cada um. São nelas que mora a construção de uma relação com o universo e de reconhecimento do outro. Organizado em áreas temáticas o Boletim tenta conciliar a construção de recursos educativos com a sua contextualização num agrupamento escolar. Neste número a leitura em família recebeu um destaque maior e decidiu-se deixar de lado a parte do cinema e da música por falta de material que se justifica pelo curto tempo do último período. (1) Okakura, Kakuzo (2021). O livro do chá. Lisboa: Alma dos livros. Imagens: © 1 - John Ottis Adams, Poppylan, 1901, in David Owsley Museum of Art, Muncie,; Estados Unidos da América; 2 - Antoine Paneda- Moulin de Bruy, Morvan (sem fonte atribuída); 3 - Willard Leroy Metcalf, Sunlight and Shadow, 1888, in Museum of Fine Arts, Houston, EUA.

Biblio@rs é uma iniciativa da Biblioteca do Agrupamento de Escolas António Rodrigues Sampaio no sentido de implementar um meio de difusão de atividades e de recursos educativos no âmbito do Plano Nacional das Artes. Trata-se de uma Newsletter que procura agrupar iniciativas, atividades e recursos na área não só das Artes, mas também que contemple uma visão artística da abordagem educativa. A Newsletter tem uma estrutura que será replicada em futuras edições, no sentido de abarcar a Literatura, os textos realizados pelos alunos, os recursos educativos na área das Artes, o Cinema como recurso educativo, as exposições de trabalhos e algumas das iniciativas na área da promoção da leitura realizadas no Agrupamento, assim como pela Biblioteca. Neste número deixamos um agradecimento a todos que colaboraram na sua realização, com destaque para alunos de diferentes anos e às professoras de Artes, Fernanda Meira, Carla Cardoso e Ricardo….. Biblio@rs pretende ser o início de uma viagem pela Artes, enquanto área de descoberta, como suporte de recursos de aprendizagem e como contexto local de aprendizagem nesta área. Com o tempo e se isso for possível será transformada num site de natureza institucional e educativo.

Rabindranath Tagore

A Biblioteca


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“Agora sei que a minha alma se saciou, com uma suavidade secreta, com uma beleza abundante, tremor das árvores nas florestas silenciosas, onde bebi a juventude. Agora sei que colhi mesmo todas estas flores, e todo este cantar, que agora está quase a ferver nas orlas dos bosques nos caminhos silenciosos, quando no pasto me entreguei aos sonhos. Nas florestas descobri múltiplas ruas: construí caminhos até aos sonhos e enlacei com flores o meu coração, só a mim não me reconheci ali. Talvez me encontre um dia entre as pessoas para medir o meu coração.” Dane Zajc, Dia Nacional da Eslovénia, com a participação da Embaixada da Eslovénia e do Leitorado de Língua e Cultura Eslovena da Faculdade de Letras da UL. Imagem – ©: m-ban

"Eu gostaria ainda de falar da rosa brava e do mar. A rosa é tão delicada, o mar tão impetuoso, que não sei como os juntar e convidar para um chá na casa breve do poema. O melhor é não falar: sorrir-lhes só da janela." Eugénio de Andrade, "A rosa e o mar", in Aquela nuvem e as outras (Fonte: sal da língua).

“Amanhã não estaremos já neste lugar amanhã a cidade já não terá o teu rosto e a canção não virá cheia de ti escrever em cada árvore o teu nome verde. Amanhã outros passarão onde passámos farão os mesmos gestos dirão as mesmas palavras dirão um nome baixo um nome loucamente como quem sobre a morte é por instantes eterno. Amanhã a cidade terá outro rosto. Nós não estaremos cá. Mas a cidade já não será contra o amor amanhã quando os amantes passarem na cidade livre. Nós não estaremos cá. Voltaremos em Maio quando a cidade se vestir de namorados e a liberdade for o rosto da cidade nós que também fomos jovens e por ela e por eles amámos e lutámos e morremos nós voltaremos meu amor nós voltaremos sempre no mês de Maio que é o mês da liberdade no mês de Maio que é o mês dos namorados. “

"(...)Que o poema seja microfone e fale uma noite destas de repente às três e tal para que a lua estoire e o sono estale e a gente acorde finalmente em Portugal. Que o poema seja encontro onde era despedida. Que participe. Comunique. E destrua Para sempre a distância entre a arte e a vida. Que salte do papel para a página da rua. Que o poema faça um poeta de cada Funcionário já farto de funcionar. Ah que de novo acorde no lusíada A saudade de novo o desejo de achar. Que o poema diga o que é preciso que chegue disfarçado ao pé de ti e aponte a terra que tu pisas e eu piso. E que o poema diga: o longe é aqui". Manuel Alegre, "Poearma", in Poemas de Abril.

Manuel Alegre, "Nós voltaremos sempre em Maio" Imagem: Copyright - takaclip

"Os mares de Homero deixaram de trazer, esbeltas, as suas naves em nome dos sem-nome, continua por desertos de areia, desertos sem sentido, continua por rostos no deserto, os do sem nome ou rosto, continua. ao fundo do deserto, diz-se gotas de sangue e grãos de areia, a esfinge no deserto continua. no verdadeiro nome do espesso fluido que se diz vital, em toneladas certas, continua. Os divinos moinhos moendo devagar / fina farinha, inúteis mares de pó. “ “Mediterrâneo”, in What’s in a name / Ana Luísa Amaral. – 2ª ed. – Porto : Assírio & Alvim, 2018. – 76, [3] p. ; 21 cm. – (Poesia inédita portuguesa ; 156). Imagem: Templo da deusa Atena (pormenor) – Partenon, Acrópole de Atenas, séc. V a.C. (imagem © J. P. P.)


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Todos sabemos que os sentimentos constituem uma pessoa, certo? Também todos sabemos que precisamos uns dos outros, não é? A nossa espécie não pode viver isolada! Precisamos de conviver, relacionar-nos…aprender a viver com as pessoas à nossa volta, saber o que precisamos e estar gratos pelo que temos. Desde pessoas queridas, importantes, até àquelas de que não gostamos tanto. Mas será que a sociedade de hoje está a permitir? Querem criar máquinas, onde a palavra executar é uma ordem. E então? Para quem ficam os sentimentos? Será que estamos a entrar num vazio emocional? Todas as pessoas têm aquele amigo ou amiga de quem gostam mais, mas, na verdade, nós gostamos de todos. As únicas coisas que nos fazem pensar assim são o identificarmo-nos mais com aquela ou aquele, a inveja que temos de uma determinada pessoa, a atração que sentimos, a raiva de não ser como aquele ou aquela... Bem, isto são os sentimentos a falar. São os sentimentos que nos fazem agir, são eles que nos fazem falar o bem ou o mal. São aqueles que nos fazem perceber o quanto gostamos daquela pessoa, aqueles que nos fazem sentir a inveja, o medo de perder os nossos mais queridos, aqueles que não nos deixam pensar antes de agir. Os sentimentos são inexplicáveis, ninguém os percebe… Mas, o que haverá para perceber? Não são coisas normais? Os sentimentos não podem ser controlados, pois são aqueles que nos deixam mostrar quem realmente somos. Os sentimentos podem levar-nos à loucura, tal como nos podem trazer as melhores experiências da vida. Todos sabem que o cérebro comanda o nosso corpo! Mas será que sabem quem comanda o cérebro? Serão os sentimentos? Será essa a nossa resposta? Os sentimentos fazem-nos fazer coisas que nunca nos passariam pela cabeça! São quem diz ao nosso cérebro o que fazer durante todas as situações. Os sentimentos dizem-nos como agir! Por exemplo, quando estamos zangados, tendemos a gritar, fechar a nossa mão fazendo um punho, dependendo também de como a pessoa mostra que está zangada. Quando estamos felizes, sorrimos o dia todo…deixamos as pessoas felizes à nossa volta, pois o sorriso tem o poder de quebrar barreiras de orgulho, dor e mágoa, muitas delas aparentemente indestrutíveis. O sorriso tem o poder de curar e de tornar as nossas vidas melhores. Quando estamos tristes, isolamo-nos, choramos, deixamos de falar até nos sentirmos bem. Quando estamos apaixonados, sempre que estamos perto dessa pessoa, rimos, sorrimos, partilhamos olhares, damos as mãos, abraçámo-nos... Quando temos inveja, falamos mal dessa pessoa, espalhamos mentiras sobre esta, mesmo que ela nunca nos tenha feito mal. Existem várias maneiras de expressar os nossos sentimentos, da mais simples à mais complicada, da mais normal à mais absurda. Todas as pessoas se expressam diferentemente, tendo cada um uma maneira única e particular. Na minha opinião, os sentimentos são raros, pois são poucas aquelas pessoas que os partilham. Ser pessoa é sentir, é amar, é apoiar, é errar e a seguir voltar a tentar, é nunca desistir, é perceber quando erramos, ninguém nasce ensinado, há sempre tempo para aprender e mesmo quando este estiver a acabar podemos dizer que lutamos até ao fim. Não é nascer para competir, mas sim nascer para aprender a amar. Ser pessoa é seguir o nosso coração, deixar os sentimentos levarem-nos, viver todos os dias como se fosse o último, pois a vida é um milagre e quando deixarmos de existir, uma nova alma irá vir, por isso temos de marcar o mundo pelo lado positivo, ensinar como sentir às gerações mais novas. Respeitar o nosso ser, seguindo o nosso coração, os nossos sentimentos, deixar fluir o que está a acontecer, ouvir aquela vozinha que sussurra bem lá no fundo, pois quando a ouvirmos, iremos saber que para sempre estaremos no caminho certo, contribuindo assim para o equilíbrio global. Deixar o toque e o abraço substituir os telemóveis que nos dias de hoje, nos colocam tão próximos, mas ao mesmo tempo tão distantes e desconectados. É urgente demonstrar os nossos sentimentos. Não nos permitamos que as tecnologias nos afastem da nossa essência. Nascer, crescer e morrer é o nosso destino, por isso vamos criar memórias, vamos deixar o nosso coração, a nossa alma e dedicá-la ao grande milagre que é o dom da vida. Matilde Marques, 7.º FA

Íris Pereira Gomes

Joana Ribeiro Lages Almeida


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O século XX, os seus acontecimentos e formas marcaram com extrema violência a vida de milhões de pessoas. A História do século XX não pode ser compreendida sem a Arte, e as formas que ela assumiu. O século passado inaugurou de forma massiva a comunicação como meio de exprimir uma ideia. A pintura deixou de depender da noção clássica dos renascentistas da noção de perspetiva, assim como deixou de representar uma figura ou um quadro natural. O quadro tornou-se a própria realidade.

A sociedade mudou no século XX, como nunca o tinha feito antes. As transformações económicas, sociais e políticas criaram um mundo novo e não foi sempre no melhor dos sentidos. O sentido do belo tinha ajudado muitos artistas em diferentes épocas a criar uma emoção poética capaz de dar sentido à vida e ao mundo como ele era vivido pelas pessoas. O século XX ma pintura e na arquitetura destruíram isso. A arte deveria exprimir o profundo conflito da existência numa sociedade em profunda transformação. Ler mais Ler mais

As obras de Vincent Van Gogh, Paul Gauguin e Paul Cézanne e o seu conhecimento na primeira década do século XX permitiram a um conjunto de artistas ter a possibilidade de experimentar estilos novos na pintura. Esses estilos permitiram criar diferentes movimentos artísticos, tendo sido o Fauvismo o primeiro deles. Ler mais

Henri Matisse foi um dos nomes mais importantes da arte do século XX. Integrou-se no movimento do Fauvismo, mas ultrapassou-o em muitos dos seus aspetos. Na verdade, a leitura que fizeram da arte deram-nos a possibilidade de compreender o mundo com outros dimensões e ou critérios. Matisse influenciou muitos outros artistas e apoiou a sua criação. Em Matisse a cor expressa-se de uma forma espantosa. A cor atrai-nos, no modo como foi expressa e ele é claramente um rutura no século XX. Com ele a ideia de belo, de leitura emotiva do mundo está presente, ao contrário de muita da arte desse século. A arte de Matisse pode servir de consolo, de conforto, o que aliás funcionou para ele próprio. a pintura como sublimação de uma inquietação.

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A arte do século XX caminhou em muitas áreas para um desligamento dos valores do belo, algo que fazia parte da tradição e da cultura em séculos anteriores. A arte passou a revelar o caos em que o mundo se transformou e a relação emotiva que a a arte permitia, assim como a identificação do mundo como uma casa foi-se perdendo. O Expressionismo e a Abstração criaram algumas das obras do século passado. Ler mais


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Na disciplina de Educação Visual do 3º ciclo na EBARS os alunos desenvolveram, ao longo do 3º período letivo, as seguintes atividades: Os alunos do 6º ano, utilizaram meios digitais recorrendo ao “canva” para a realização de cartazes a serem expostos na atividade “Dia das Expressões”. Tiveram a oportunidade, neste contexto, não só de conhecer novas ferramentas de trabalho como também aplicar os conhecimentos sobre a comunicação, nomeadamente o que diz respeito à perceção visual e à análise da importância da imagem na comunicação entre as pessoas. Os alunos do 7º ano, em parceria com a biblioteca escolar e inserido no projeto “Rotas do Oceano”, realizaram exercícios de observação e representação de um objeto do mar, utilizando o lápis de grafite e explorando o valor de claro/escuro para a criação da sensação visual de tridimensionalidade. Posteriormente e após um diálogo detalhado acerca da forma/função do objeto escolhido, tentaram encontrar novas funções para o mesmo. Os alunos do 8º ano, participaram num dos projetos do Eco Escolas, denominado “Resíduos, Energia do Futuro”. Neste trabalho os alunos tiveram que elaborar uma Banda Desenhada de forma a apresentar um posto de combustível amigo do ambiente, que acabou de chegar ao bairro, alertando os seus habitantes para a importância da produção de combustíveis, a partir dos resíduos produzidos. Estes, quando corretamente encaminhados, podem ser transformados em Energia e fazer parte da solução para uma mobilidade mais sustentável. Este trabalho foi realizado em suporte digital, recorrendo ao “canva”. Os alunos do 9º ano, participaram num dos projetos do Eco Escolas, denominado “Onde está o Eco Lápis?”. Neste trabalho os alunos realizaram trabalhos originais de ilustração sobre o tema “Rios e Oceanos”, onde deveria estar representada a personagem EcoLápis, “camuflado” na ilustração, para ser de difícil identificação. Neste exercício, os alunos utilizaram técnica mista sobre papel com materiais riscadores secos e foi-lhes pedido que explorassem o valor de claro/escuro para a criação da sensação visual de tridimensionalidade. Realizaram, também, recriações gráficas da obra de Joan Miró, onde incluíram padrões visuais que elaboraram através da “técnica da dentada”, criando a dualidade entre figura/fundo. Todas estas atividades visaram conduzir os alunos a refletir sobre diferentes manifestações culturais; a dominar os conceitos de plano, ritmo, espaço, estrutura, luz-cor, enquadramento, em diferentes contextos e modalidades expressivas; a enquadrar os objetos artísticos de diferentes culturas e períodos históricos, tendo como referência os saberes da História da Arte; a transformar os conhecimentos adquiridos em novos modos de apreciação do mundo; a articular conceitos, referências, experiências, materiais e suportes nas suas composições plásticas.

Professora Carla Cardoso

Os alunos das turmas 6ºFA e 6ºFB, âmbito do Projeto Escola Azul, na disciplina de Educação tecnológica criaram trabalhos nas temáticas ”Fundo do Mar” e “Faróis Marítimos”. A articulação de conteúdos das disciplinas de Educação Tecnológica e Educação Visual estiveram na base da conceção dos projetos, como a criatividade, a sustentabilidade ambiental e a reutilização de materiais. Professora Fernanda Meira


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Nas aulas de EV, durante o terceiro período, após uma introdução ao modernismo português na arte, da relação entre Fernando Pessoa e Almada Negreiros, do contexto em que surge o primeiro retrato de Fernando Pessoa por Almada Negreiros e o que motivou a encomenda do segundo retrato pela Fundação Calouste Gulbenkian CCB, cada aluno desenvolveu um estudo de uma das obras, a aguarelas e outros meios desejados sobre folha de desenho A3, por observação direta da projeção em quadro branco. Após o estudo, cada turma realizou uma reprodução da obra proposta, devendo cada aluno desenvolver uma parte do todo, utilizando pastéis de óleo sobre cartão A3. As obras resultantes expostas como duas caras da mesma moeda proporcionam a conversa final sobre o tema do valor da obra de arte. Retrato de Fernando Pessoa por Almada Negreiros foi pintado, com se ilustra em baixo ao centro pelos alunos do 9º FA e 9.º FB. Cada obra mede na totalidade 148.5cm (altura) x 147cm (largura) Professor Ricardo Santos

"Somos portugueses que escrevem para a Europa, para toda a civilização; nada somos por enquanto, mas aquilo que agora fizermos será um dia universalmente conhecido e reconhecido. (…)A uma arte assim cosmopolita, assim universal, assim sintética, é evidente que nenhuma disciplina pode ser imposta, que não a de sentir tudo de todas as maneiras, de sintetizar tudo, de se esforçar por de tal modo expressar-se que dentro de uma antologia da arte sensacionista esteja tudo o que de essencial produziram o Egipto, a Grécia, Roma, a Renascença e a nossa época. A arte, em vez de ter regras como as artes do passado, passa a ter só uma regra - ser a síntese de tudo." (Fernando Pessoa, Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação, p.124)

“Pertenço a uma geração que ainda está por vir, cuja alma não conhece já, realmente, a sinceridade e os sentimentos sociais". (Fernando Pessoa, Orpheu, Nº1) A História contemporânea portuguesa foi marcada por um conjunto de acontecimentos que criariam no país profundas dificuldades de arranque industrial e de construção de uma sociedade moderna.

O 1.º modernismo procurou criar uma ideia nova para o país e uma visão sobre o mundo diversa da que vinha do século XIX. As ideias do futurismo e do sensacionismo organizaram os dois números da Orpheu, revista que, em 1915, procurou agitar a sociedade portuguesa. A Orpheu foi a expressão do movimento modernista, uma ideia nascente de um Portugal Futurista. Ler mais

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"Atravessa esta paisagem o meu sonho de um porto infinito E a cor das flores é transparente de as velas de grandes navios Que largam do cais arrastando nas aguas por sombra Os vultos ao sol daquelas árvores antigas…” Ler mais

Almada Negreiros foi um dos artistas do século XX que esteve ligado ao 1.º Modernismo. Fernando Pessoa também dele participou, nomeadamente através da Revista Orpheu, onde foi colaborador, tendo escrito alguns textos para essa importante revista. Ler mais


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“Não há talvez dias da nossa infância que tenhamos tão intensamente vivido como aqueles que julgámos passar sem tê-los vivido, aqueles que passámos com um livro preferido.” (Proust,2011) A leitura devolve-nos uma experiência que se constrói numa significação, entre a forma que o texto assume e a sua linguagem, nas suas múltiplas mensagens é uma testemunha para uma desordem quotidiana, trazendo assim perspectivas de mudança. A recordação dos dias esquecidos é uma memória reconfortante, pois além de serem sinais dos tempos de uma infância, são espaços que ressurgem em evocação, como dias vividos. E se a leitura é sempre uma descoberta pessoal, ela pode e deve ser alimentada, na esperança que cada um, ou muitos vejam nela essa conversação com uma iniciação ao mundo. A promoção da leitura só acontece quando aquela acontece. É, pois necessário incentivá-la surgindo o seu contexto familiar, como uma das suas eficientes oportunidades para a cumprir. O contacto da criança com o texto feito desde a mais jovem idade é pois uma forma de incentivar a leitura em ambientes familiares. Quando orientado pelo leitor adulto, a criança é integrada numa experiência de grupo, que mais tarde permite construir uma apropriação individual, que tem efeitos na aculturação e no estabelecimento de laços afectivos (Grossman, 2006). Essa leitura em família se continuada, terá efeitos positivos na própria aprendizagem e manipulação dos diferentes suportes da linguagem. O prazer da leitura pode ser uma dimensão cumulativa retirada do estreitamento dos laços afectivos . O Projeto Leitura em família procura entregar a cada família de alunos do Pré-escolar e do 1.º Ciclo a possibilidade de em conjunto poderem se encontrar à volta de um livro e da sua leitura. Ao longo do ano dessa leitura é pedida a construção de um objeto em 3D que permita explorar as ideias e os valores retidos com a leitura realizada. A sua construção permite edificar uma memória sobre o livro e sobre esses momentos de afectividades no seio familiar. Este

Sugestões de leitura: 1– Antes da leitura: - Apresentar a capa e a contracapa; - Mostrar as ilustrações do livro; - Dialogar com a criança sobre o que as imagens lhe sugere; - Dialogar com a criança sobre o que provoca a queda de chuva; 2– Durante a leitura: - Ler o texto lado a lado; 3 - Depois da leitura: - Refletir sobre: · A origem das chuvas e a sua relação com a deusa; · A tristeza e a alegria - o que a provocou em Ombela e como superou essas situações? E contigo?

Sugestões de leitura: 1– Antes da leitura: - Apresentar a capa e a contracapa; - Mostrar as ilustrações do livro; - Dialogar com a criança sobre o que as imagens lhe sugere; - Dialogar com a criança sobre os golfinhos (onde vivem); 2– Durante a leitura: - Ler o texto lado a lado; 3 - Depois da leitura: - Refletir sobre: · O que permitiu que o golfinho pudesse voar?; · Que outros animais também gostavam de voar? · Gostarias tu de voar e porquê?

Num dia de chuva encosta-te a uma janela e sonha...

Num dia livre vai até junto do mar e observa as aves, as suas formas, as suas cores...


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Literacia do oceano - introdução de elementos marinhos num objeto em 3D—Turma do 4.º FK

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Vìdeo 1 Vídeo 2 Trabalhos


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Ma’agalim - Jane Bordeaux Premier Automne

Kandinski jaune, rouge, bleu. B.V..mov

Puzzle Improvável

Desenha a tua Estória

Riscar para Aparecer

Diário Cinéfilo

Aula no Jardim O Oboé

O cartaz do 25 de Abril de Vieira da Silva

Modernismo, modernidade e vanguardas...

O Desenho Arqueológico


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Que valor podemos dar ao tempo com que pretendemos concretizar os nossos desejos, aquilo que queremos ter? Esperando por algo que desejamos, essa conquista revela-se melhor, mais interessante? A espera tira ou dá significado ao que obtemos, ou pretendemos ter? Esperar ou contemplar? O que as imagens nos dizem? Como construímos uma narrativa com alguns sinais visuais? Como os relacionamos? Um dia numa floresta cheia de cores e plantas, diferentes das outras havia algumas figueiras e muitos animais...

O que as imagens nos dizem? Como construímos uma narrativa com alguns sinais visuais? Como os relacionamos? Uma menina, uma laranjeira, uma árvore de fruto, um circo, a praia, como as ligamos? Algumas respostas...

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As palavras e a linguagem são um património pessoal de cada um para reconhecer o mundo e identificar as coisas, os seus nomes e estabelecer uma relação com os outros. Nós somos as palavras que temos, o mundo de que somos feitos é desenhado pelo nosso vocabulário. Lemos e escrevemos usando esse recurso com o qual nos relacionamos com o mundo… Ler mais 1 ; Ler mais 2

A linguagem nas suas diversas formas permite pensar o que nos rodeia e com ela, sejam linhas, cores, ou palavras exprimir uma ideia, uma opinião. É um dos caminhos para a leitura orientada para os mais jovens. Foi essa proposta feita com mais uma turma do 1.º ano. ..

A felicidade é um dos aspetos mais importantes da vida humana. De certo modo todos a procuram, e dela se diz que é difícil encontrá-la. Estará ela em algum lugar, um local onde more, ou o que a faz acontecer em alguns de nós, em determinadas pessoas? Olhar o mundo com atenção, rodar os passos sobre nos próprios, conceder atenção aos pormenores, apreciar as pequenas coisas e vêlas como algo grandioso? A felicidade é algo muito importante para abordar, desde as mais jovens idades. Nas leituras da Biblioteca, a felicidade foi lida e questionada a partir da apresentação de um livro muito especial, A Árvore em Mim, de Corinna Luyken. .. Ler mais 1 Ler mais 2 Ler mais 3

Índice 1. As artes liberais 2. Literatura—uma obra por semana 3. Escritas de palavras - Textos dos alunos 4. As artes e o mundo—Uma obra por semana 5. Artes Visuais— Os trabalhos dos alunos 6. Artes Visuais— O 1.º Modernismo 7. Leitura em Família (I) 8. Leitura em Família (II) 9. Biblio@rs—Recursos Educativos 10. Leitura orientada

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A Vera não sabia desenhar...

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Ficha Técnica: Redação: Equipa da Biblioteca Biblioteca: (Aears) - Agrupamento de Escolas António Rodrigues Sampaio Periodicidade: Trimestral Distribuição/Publicitação: Redes digitais


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