Receção aos pais/encarregados de educação

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Texto de abertura

Quando nos desafiam a falar perante uma plateia tão ilustre, todos temos algum receio em falhar, de não conseguirmos passar a mensagem. Estamos habituados, confiantes, quando falamos com os nossos alunos. Que também são ilustres, os atores principais deste enredo! A educação mudou muito e hoje o aluno deve ser um elemento interativo e ativo no processo de construção do seu conhecimento. Ter sucesso não pode reduzir-se apenas a uma estatística, a uma alternativa entre passar ou chumbar de ano. Devemos olhar objetivamente para o futuro e para o que queremos que os nossos alunos sejam: comunicativos, ativos, críticos, competentes, autónomos, solidários, que respeitem os outros e especialmente a si próprios. Esperamos que façam escolhas conscientes e livres. E que errem! Aprenderão muito mais com os erros. Buscarão a perfeição entre todas as suas imperfeições. Passou um ano desde que o programa da Autonomia e Flexibilidade Curricular se instalou no nosso agrupamento. Conceitos novos nos foram apresentados: aprendizagens essenciais; domínios de autonomia curricular; coadjuvação; cidadania e desenvolvimento; interdisciplinaridade; inclusão,… Alguns destes conceitos não são tão novos assim; já os trabalhávamos de um modo mais informal. Presentemente, os conteúdos, capacidades e atitudes são trabalhados de forma articulada com o desenvolvimento de projetos, explorado a interdisciplinaridade. As crianças e jovens são naturalmente curiosos. Vamos, então, aproveitar esse potencial e orientá-los no desenvolvimento da curiosidade intelectual, do espírito crítico e interventivo, dotando o aluno de um perfil que lhe permitirá ingressar na sociedade com as normas necessárias à sua total autonomia. Já todos nos demos conta, ano após ano, que há alunos que veem a aquisição de conhecimentos e capacidades comprometida, não alcançando as metas ansiadas. Porém, podemos reforçar os valores de


ter respeito por si e pelos outros, valores de rigor, de superação, perseverança, sensibilidade, solidariedade, respeito pela diversidade, direitos humanos, iniciativa, livre escolha… Pais e encarregados de educação, consideramos-vos nossos cúmplices nesta árdua tarefa de orientação das nossas crianças e jovens. Sem vós, o nosso trabalho não terá sucesso. Sem vós, os nossos alunos, vossos filhos, não terão sucesso. Queremos bons cidadãos em toda a plenitude do conceito. E a inclusão nas escolas constitui a experiência de cidadania mais precoce e mais abrangente que uma criança ou jovem pode ter. Todas estas mudanças vieram exigir muito mais de nós professores, numa altura da nossa vida em que estamos mais cansados, mais entradotes na idade, … com todas as vicissitudes que daí advêm. Já percebemos que não podemos ser velhos do Restelo, avessos à mudança. Nós estamos a prestar um serviço futuros cidadãos que serão o motor integrados os nossos filhos, os nossos melhor. Onde nós iremos estar, já limitações.

ao país. Estamos a formar os da sociedade onde irão estar netos, para quem desejamos o idosos, com incapacidades e

E contamos com eles, presentes alunos e futuros gestores da nossa sociedade, para cuidarem de nós e dos nossos. E queremos o melhor! Assim, não nos resta outra opção: temos de ter capacidade de nos reinventarmos para levar a bom porto a nossa função de orientadores. Uma criança feliz já é uma criança bem-sucedida. Para alcançar essa felicidade, a criança conta com uma tríade de elementos:  Pais, para que a orientem, lhe deem carinho e que a amem;  Escola, para que a compreenda e se adapte às suas necessidades;  Amigos… quem pode viver sem amigos?


Aos nossos pais

No princípio Somos um projeto de vida.

Longe ou perto.

Ganhamos forma humana

Preenchemos o seu coração

Numa redoma de amor.

De orgulho e preocupações.

Quando somos apresentados ao mundo

Não cobra pelo amor, carinho,

Apenas choramos E alguém nos abraça com muito carinho. Quando damos os primeiros passos Alguém nos ampara e guia. Quando sentimos fome Alguém nos dá o pão. Quando sentimos frio Alguém nos aconchega com gestos de ternura. Crescemos… E alguém nos orienta Pelos caminhos tortuosos da vida. Alguém acalenta nossas dúvidas E ameniza os nossos medos. Pela vida fora Alguém está sempre presente

Ternura, lealdade e amparo Que nos dá sem medida. Vive com o coração Fora do peito. Seremos sempre os seus meninos ou meninas Mesmo já adultos e eles no inverno das suas vidas. Pai e mãe, Esse alguém que nos trouxe ao mundo! Pai e mãe, Esse alguém que está sempre presente! Pai e mãe, Esse alguém a quem devemos a vida, Que nos deu a vida E a quem devemos amar toda a nossa vida!


A nossa escola Começamos como um projeto de vida. Agora,

Cabe-nos a nós Trilhar o caminho certo

A nossa vida é um projeto,

E afastarmo-nos das direções errantes.

Que tentamos que seja

Nós seremos líderes

Bem-sucedido.

Da nossa própria existência.

Sonhamos em ser felizes.

Aqui, neste espaço,

Sonhamos com o nosso futuro

Na nossa escola,

Ainda distante,

Encontramos alguém

Mas que pretendemos brilhante.

A quem confiamos

Queremos ser autónomos

Os nossos medos, as nossas dúvidas,

Comunicativos e críticos.

Os nossos êxitos.

Queremos ser respeitados

A nossa perseverança

E respeitar os outros.

Levar-nos-á à conquista.

Queremos ser rigorosos,

É bom sonhar…

Mas solidários.

Que o mundo é nosso.

Queremos ser livres

E aqui, neste espaço,

Nas nossas escolhas.

Na nossa escola,

Aqui, neste espaço

No nosso mundo,

Na nossa escola,

Seremos felizes.

Temos quem nos oriente.

E assim, à pergunta

Preparam-nos para os desafios

“O que quereis ser quando crescerdes?”

Que a vida nos colocará. Iluminam o nosso caminho Em direção a um futuro desconhecido.

Responderemos: “Não precisamos de crescer para sermos alguém!”


Aos nossos amigos

Veem, amiguinhos? Nós já somos alguém E ainda estamos a crescer. Somos alguém muito especial A transbordar de potencial. Mas enquanto ainda Não somos aqueles cidadãos Que os adultos anseiam Vamos apenas ser crianças! Brincar, correr, Sorrir, chorar, Pensar, sonhar, Estudar, ajudar Sempre juntos Nos bons e maus Momentos. Vamos apenas ser crianças. Esse futuro, no mundo dos grandes, Ainda está longínquo! Então, vamos ser felizes!


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