2.º jornal "Cem Limites" - 2014-2015

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JORNAL CEM LIMITES

Junho de 2015

Editorial Que educação? Que Escola? Que professores? É do conhecimento geral que todo indivíduo, todo aluno, recebe inicialmente uma educação informal, e muitas vezes, esta é continuada e completada pela escola que assume o papel da educação formal, com conceitos e saberes técnicos, artísticos, históricos, científicos e matemáticos. Mas em matéria de Educação não podemos contudo deixar de ter a preocupação de inserir no seu currículo a educação de valores éticos e morais, de maneira interdisciplinar. Sempre suscitando discussões e reflexões, que de maneira livre e aberta levará o aluno a refletir o seu papel na sociedade e as contribuições que lhe serão exigidas como futuro executor ativo da sua cidadania. É fundamental que tenhamos a preocupação de transmitir valores tanto na educação formal quanto de maneira informal às crianças e aos adolescentes para que eles cresçam e se desenvolvam emocional e socialmente seguros. Sejam capazes de tomar decisões, tenham saúde mental e exerçam, mais tarde, o papel de educadores das futuras gerações transmitindo os valores que lhes forem ensinados não deixando de respeitar a subjetividade do indivíduo e mantenham o ritmo de crescimento saudável à sociedade e verdadeiramente sejam pessoas livres e felizes. Entre os vários elementos da comunidade escolar que integram a escola, o professor é um dos mais importantes. São eles que estão mais perto dos alunos e que convivem mais diretamente com eles, o que lhes permite, com um pouco de sensibilidade, conhecê-los e percebê-los melhor. A profissão de professor tem uma implicação afetiva muito importante, já que ele se relaciona com os alunos, com as famílias e com os outros elementos da comunidade escolar. Compete-lhes a eles ter em mente a grandiosidade do valor que sua profissão exerce na vida de um aluno. Por isso a prática educativa deve pautar-se pela decência, pelo compromisso pela coerência entre o sentir e o falar, o dizer e o fazer, entre o pensar e o agir, tendo os professores a sensibilidade de estarem atentos às situações informais, que são permanentes na escola, para perceberem melhor os alunos e compreenderem que ensinar não é apenas transmitir os conhecimentos, mas é também gerar possibilidades de criarem novos saberes por parte dos alunos, vê-los como seres inacabados, incentivando-os com sua postura autêntica a lidarem com a verdade e a transparência, buscando a discussão, o debate, a reflexão do valor que deseja transmitir. Como diria Augusto Cury “Bons professores ensinam para uma profissão, professores fascinantes ensinam para a vida”. O professor comprometido com a educação no âmbito geral vê o aluno como um todo e ajuda-o a resolver conflitos normais da idade pelos quais todas as gerações passam nas fases de desenvolvimento da infância, adolescência e juventude. Dr. Emídio Isaías (diretor do Agrupamento de Escolas Uegénio de Andrade)

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Índice O que fazemos: - A cor da água – pág. 2 - Um dia de aulas nas ruínas – pág. 3 - Um espantalho na horta – pág. 4 - À descoberta das estações do ano – pág. 5 - Alunos da EB do Covelo visitam à fábrica de sabonetes/ Visita à idade do gelo – pág. 6 - Uma parede cheia de afetos –pág 7 - Visita à sinagoga/ Visita à URAP – pág. 8 - A Eugénio de Andrade recebe os finalistas-pág.9 - Visita à Eugénio de Andrade/ Os professores de Ciências recebem os alunos do 4º ano – pág.10 - Semana do ambiente na escola do Covelo/Pequenos, mas grandes cientistas pág. 11 - Cientistas de todas as idades – pág. 12 - A Rota dos Livros – pág. 13, 14 - Álvaro Magalhães na nossa biblioteca – pág. 15,16 - XIII encontro dos alunos de EMRC/ visita ao Visionarium – pág. 17 - Visita ao Museu de anatomia Humana – pág. 18 - Je suis escola Eugénio de Andrade – pág. 18, 20 - Danilo jogador de futebol – pág. 21 - Bichos da seda/ Querido ambiente – pág. 22 - Família e escola de mãos dadas/Visita à USF de Covelo – pág. 23 - Ténis de mesa – pág. 24 - Desporto escolar – pág. 25

O que criamos: - Poemas – pág. 26

O que nos diverte: - Passatempos – pág. 27, 28, 29, 30

Ficha técnica: Nome do jornal: Cem Limites Propriedade: Agrupamento de Escolas Eugénio de Andrade, rua Augusto Lessa,4200-098 Porto Coordenação: Ana Castro Silva Equipa do Jornal: Sónia Cruzeiro, António Rodrigues, Ana C.Silva, Assunção Ribeiro, Lúcia Pinto. Colaboradores: (professores) Ana Stingl, Cláudia Rovira, Raquel Eira, Rita Areias, Isaura Dias, Luís Cravo, Adriana Morais, Catarina Cunha, Laurinda Teixeira, Lucinda Martins, Felicidade Araújo, Fátima Neto, Mariana Xavier. Colaboradores: (alunos) Tiago Rodrigues, Alexandre Silva,Catarina Monteiro, Gonçalo Pinto, Guilherme, Inês Pinto, Larah de Sousa, Mª João, Gabriela Ferreira, Leonor Oliveira, Inês Fonseca, Inês Morato, Carolina Sousa, Joana Ribeiro do 4º B,Alexandre, Fernando, Elisa do 8ºB, Catarina, Soraia do 8ºA, Maria Carolina, Joana do 7º, Rodrigo loureiro, Alice, Carolina, Sara do 6º C e Carlos Alves. Tiragem: exemplares Impressão: NorteCópia


O que fazemos

A COR DA ÁGUA . A exposição “ A COR DA ÁGUA” integrou-se na Ação de Formação PASSE e foi desenvolvida nas turmas do 6º C e 7º A, nas aulas de CMA e de EV, com as professoras Ana Stingl e Cláudia Rovira. O tema da exposição foi “A Cor da Água” e esteve patente na entrada do auditório da escola, no dia 4 de maio, nos intervalos das 10 horas e das 15 horas. Para além da visualização da exposição com os trabalhos dos alunos, foi servido um Copo de Água aos convidados, professores, encarregados de educação e auxiliares de ação educativa. Professoras Ana Stingl e Cláudia Rovira

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O que fazemos

UM DIA DE AULAS NAS RUÍNAS No passado dia 29 de abril, numa quarta-feira a ameaçar chuva mas que se veio a revelar no dia quase perfeito, os sétimos anos (A, B e C) foram em busca das ruínas romanas de Conímbriga, numa viagem ao interior do império romano em terras lusitanas. Num país onde a escola pública, a custo, tem cada vez mais entraves à organização de visitas de estudo, sobretudo ao nível financeiro, esta visita logrou entusiasmar a esmagadora maioria dos alunos das nossas três turmas e, como a união fez (repare-se: fez, de facto!) a força, os alunos participantes partilharam desde as merendas que levaram para o nosso almoço piquenique, até à bola de futebol e de rugby, passando pela convivência entre todos, algo que tornou o dia num verdadeiro momento de escape à rotina diária da escola. E foi entre ruínas (e com elas) que os alunos puderam consolidar os seus conhecimentos relativos à romanização da Península Ibérica e, em particular, do território nacional. Interessante foi o despertar nos alunos da consciência de estarem a percorrer um espaço onde, na verdade, há cerca de 2000 anos atrás, havia vida! Vida agitada, das ruas comerciais para as termas mais próximas; das termas mais próximas para as domus; das domus para o Fórum; do Fórum para as grandes e magníficas termas do sul… quando se aperceberam que, na verdade, aquilo que restou das grandes residências dos abastados, das ilhas – insulae (que muitos associaram, de imediato, ao Porto) da plebe local, dos lacónicos, dos tepidarium, dos peristilos, das latrinas, da grande muralha flaviana, dos belíssimos mosaicos… enfim, o encontro com a realidade de uma cidade romana que constituiu um importante ponto de confluência dos municípios romanos da Península Ibérica, os alunos entraram, de facto, dentro do modus operandi romano, daquele que foi um dos mais importantes (se não, o mais importante) legados deixados pelos Romanos. Mil e uma perguntas, mil e uma observações, mil e uma comparações com os dias de hoje, apontamentos retirados em notas tomadas em cima do joelho, a visita decorreu durante toda a manhã e incluiu um périplo, naturalmente, pelo Museu Monográfico de Conímbriga que reúne um conjunto de peças arqueológicas únicas na Península Ibérica. Rendidos ao encanto do Minotauro no seu labirinto (um dos mosaicos mais bem preservados da Europa), não houve aluno que não experimentasse a sedução de tentar chegar ao compartimento onde o Minotauro aguarda pela visita inesperada de um corajoso/a! No entanto, todas as tentativas foram em vão… o Minotauro vai continuar confinado ao reduto a que as mentes brilhantes dos arquitetos romanos lhe elaboraram. Após o espanto com a monumentalidade das Grandes Termas do Sul e a passagem pela emblemática Casa dos Repuxos (mas que estão temporariamente em modo off… os repuxos, claro está!), veio, já perto das 14 horas, o tão desejado almoço! Ali. Ali, no meio daquela cidade que conseguimos todos imaginar, sentir, vivenciar… isto é perceber História! Imaginar, sentir, vivenciar… no meio de ruínas! Uma aula de campo vale, seguramente, mais do que muitas aulas dentro da sala de aula. Na próxima vez, vamos a Roma, Pompeia, Herculano… Professor Luís Cravo

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UM ESPANTALHO NA HORTA No dia 23 de abril, o Diogo Pranto e os seus colegas do 2º B da Escola Costa Cabral, construíram um espantalho para a horta da Escola. Contaram com a ajuda da docente da Educação Especial e do professor titular da turma. Rasgaram jornal, cortaram plástico e tecido, e o resultado final foi do agrado de todos. A horta da nossa escola ficou mais colorida, com a presença do espantalho, que os alunos batizaram de “Cabeludo”! Professora Isaura Dias

PARLAMENTO JOVEM O projeto Parlamento dos Jovens teve como tema de discussão “Combate ao Insucesso escolar” e participaram ativamente, com apresentação de listas, as turmas do 6ºH, 8ºA, 8ºB, 9ºA e 9ºB. Cada lista apresentou as suas propostas assim como os argumentos que as sustentavam sendo o trabalho preparatório efetuado em contexto de sala de aula, dinamizado pelas docentes responsáveis. Foi realizado um debate, no dia 12 de janeiro, na escola, com a presença da Deputada Francisca Almeida, da bancada do PSD, no qual estiveram presentes a maioria dos candidatos a deputado bem como os delegados de algumas turmas da escola. A Deputada iniciou a sua intervenção com a apresentação de um vídeo sobre o funcionamento da Assembleia da República, seguido de um período de esclarecimentos consubstanciado com a projecção de um powerpoint. De seguida os presentes colocaram várias questões relativas ao funcionamento da Assembleia da República, à realização de uma campanha eleitoral, às regras existentes num debate institucional e ao tema escolhido para este ano letivo. Os alunos ficaram visivelmente satisfeitos com a intervenção da Deputada e participaram ativamente em toda a sessão. A campanha eleitoral, decorreu de 12 a 15 de janeiro, com muito civismo e muito entusiasmo, por parte dos alunos, que procuraram envolver toda a comunidade escolar. O ato eleitoral, realizado no dia 19 de Janeiro, envolveu todos os alunos da escola e foi um exemplo de participação ativa por parte de todos. Salienta-se que foram cedidos pela Câmara Municipal do Porto 4 urnas e 4 biombos, habitualmente usados nas eleições oficiais. No dia 21 de janeiro, na Sessão Escolar, tomaram posse os deputados eleitos e foram entregues os respetivos diplomas. A sessão decorreu de acordo com o Regimento, sendo notório o empenho por parte de todos os alunos. Foram eleitos para representar a escola na Sessão Distrital os alunos Juliana Vieira, Filipa Formosinho e Bruno Almeida e foi elaborado o projeto de recomendação que foi muito defendido pelos nossos representantes. Professora Ana Monteiro

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O que fazemos À DESCOBERTA DAS ESTAÇÕES DO ANO Ao longo deste ano letivo participamos com muito gosto e satisfação no projeto À Descoberta das Estações do Ano, proposto pela divisão de Educação da CM do Porto - Projeto “Porto de Crianças”, em parceria com a Fundação de Serralves. Participamos em 10 sessões verdadeiramente maravilhosas. As sessões na escola foram divertidas, mas as que mais gostamos foram as sessões na Quinta de Serralves, onde pudemos aprender a respeitar todos os elementos da natureza. Pudemos despertar e desenvolver todos os sentidos: ver atentamente, ouvir e descobrir, tocar, pegar, mexer, manipular, cheirar, saborear, correr e andar. A sessão 1 passou-se no outono. Passeamos no Parque, recolhemos folhas, frutos, bugalhos, raminhos, conversamos sobre o nome das coisas qual a sua origem e para que servem. Depois, em sala, criamos, a partir da modelagem em argila, verdadeiras esculturas “outonais”. Na sessão 6 descobrimos alguns dos animais da Quinta que vivem em Serralves. A partir do contacto direto com o burro, a égua, o coelho ou a galinha, entre outros, aprendemos acerca dos seus hábitos: onde dormem, o que comem, como passam o dia. Também descobrimos algumas das regras de comportamento que devemos adotar junto deles para a nossa segurança. A sessão 7 permitiu-nos a descoberta das cores, fragrâncias e padrões, exibidos pelas flores, folhas e plantas. Brincamos a construir famílias de cores, formatos e texturas. Por fim, criamos diferentes misturas e fizemos a secagem do material verde, compreendendo que, depois de seco, o seu cheirinho pode perfumar os espaços da escola ou de casa. Na sessão 8 fomos à horta ver o desenvolvimento dos cereais e conhecemos os seus ciclos de produção, observamos as cores e texturas dos diferentes grãos e descobrimos as suas qualidades nutricionais. No final, moemos a farinha e preparamos a massa para depois saborear um pão delicioso e super-nutritivo. Também na sessão 9 fomos à horta colher uns legumes fresquinhos, para preparamos uma deliciosa e nutritiva salada que todos provamos... Temperamos com um fantástico azeite aromatizado com ervas. Na última sessão aprendemos a cozinhar com o Sol, num forno solar. Os fornos solares utilizam a energia solar para cozinhar alimentos de uma forma saudável, segura e poupando energia. No final fizemos um piquenique com os bolos que confecionamos. Gostaríamos de agradecer, às formadoras Dina Marques e Ana Martins a partilha de tamanha sabedoria, a infindável paciência e toda a dedicação. Texto coletivo – 1.º A – EB Augusto Lessa

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ALUNOS DA EB COVELO VISITAM FÁBRICA DE SABONETES No dia 4 de fevereiro as turmas do 3ºA e do 4ºA da Escola do Covelo foram conhecer a fábrica de sabonetes da Ach.Brito que se situa em Vila do Conde. A empresa foi fundada no Porto em 1889 por dois alemães radicados em Portugal, Ferdinand Claus e Georges Schweder. Mais tarde, Aquiles de Brito adquiriu a empresa, alterando o nome para Ach. Brito &. C.ª Ld.ª em 1918. A empresa sobreviveu à abertura da economia portuguesa e à invasão das marcas internacionais, porque optou por linhas de produtos de alta gama dirigidos ao mercado externo, seguindo processos de produção tradicionais e inteiramente manuais. Estes produtos surgem sob a marca Claus Porto. Os sabonetes Claus Porto foram pela primeira vez recomendados em 2007 pela célebre apresentadora Oprah Winfrey, no seu programa The Oprah Winfrey Show. A visita englobou a visualização de um power point onde os alunos relembraram algumas regras fundamentais de higiene pessoal. Em seguida foram convidados a criar uma embalagem para um sabonete tornando-se designers do seu próprio sabonete.

Depois os alunos fizeram uma visita guiada pela fábrica onde puderam ver as várias fases para a elaboração de um sabonete e a fase de embalamento manual e industrial que a Ach.Brito ainda usa. No final visitaram a loja da fábrica onde puderam adquirir e visualizar a vasta área de produtos (sabonetes, gel de banho, sais de banho…) de que a marca dispõe. Para que os alunos não se esquecessem desta visita a Ach.Brito ofereceu um saquinho com sabonetes, incluindo o sabonete com a embalagem desenhada pelos alunos 3º e 4º ano da escola de Covelo

VISITA À IDADE DO GELO No dia 28 de outubro fomos visitar a exposição “A idade do Gelo”, no Centro Comercial Dolce Vita Porto. Tivemos a oportunidade de conhecer e saber coisas sobre animais que já não existem, por estarem extintos. Chegamos a ter medo de alguns deles, por parecerem assustadores, mas explicaram-nos que eram bonecos articulados. Aqui ficam os registos gráficos dos animais que mais nos impressionaram. Escola Augusto Lessa

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O que fazemos

UMA PAREDE CHEIA DE AFETOS!

No âmbito do PEES, no dia 25 de maio, os alunos do 6º C criaram uma pintura mural numa das paredes do polivalente da escola com o tema “Os Afetos”. Esta atividade teve a parceria da Escola Social Fundação Escultor José Rodrigues e os alunos foram acompanhados por um monitor da Fundação, o João, e pela professora de Educação Visual, Ana Stingl. Desenvolveram os trabalhos iniciados na Oficina de Stencil, aquando da visita à Fundação no período anterior. Foi uma tarde diferente, com muito spray, recortes em papel e muita imaginação. O mural ficará registado na escola como ponto de reflexão sobre “Os Afetos”. Professora Ana Stingl

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O que fazemos

Visita à Sinagoga e à Casa do Infante No dia 08 de abril, acompanhados pela nossa professora de EMRC, Felicidade Araújo, fomos visitar a Sinagoga do Porto e a Casa do Infante. Na Sinagoga, soubemos que os herdeiros do capitão Kadoorie doaram 5000 libras para a construção deste belo edifício religioso do Porto. O seu interior está repleto de citações em hebraico. Os rapazes colocaram na cabeça um Kipá que os homens judeus usam, durante o serviço religioso. Visitamos uma antiga sala de aulas e a biblioteca. Estes espaços não estão abertos a todos os visitantes. Conhecer este espaço e ouvir as explicações que nos transmitiram foi muito importante, pois ficamos a conhecer melhor a cultura e os costumes dos judeus. Depois do almoço, fomos até à ribeira, pelos caminhos do romântico. Na Casa do Infante conhecemos a história da casa e da vida do Infante D Henrique. Vimos a planta da cidade do Porto e algumas réplicas de mosaicos romanos, encontrados nas escavações. Andamos pela muralha Fernandina, onde vimos a primeira Sinagoga construída na cidade do Porto. Foi uma experiência agradável e construtiva. Nunca tínhamos visto nada parecido!

Tiago Rodrigues 8º A; Alexandre Silva e Catarina Monteiro 8º B; Gonçalo Pinto e Guilherme 9º A; Inês Pinto e Larah de Sousa 9º B

VISITA À URAP DO ACeS PORTO ORIENTAL Tantas siglas?? Será que fomos a algum país estrangeiro? Não!!! A visita foi à Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados do Agrupamento de Centros de Saúde do Porto Oriental, que fica no Bonfim. À nossa espera estavam especialistas de Medicina Física, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Serviço Social, Nutrição, Psicologia e Saúde Oral. Visitámos os serviços, e através de um pedipaper ficámos a saber um pouco sobre o que fazem estes profissionais. Temos de ser responsáveis pela nossa saúde e quando houver necessidade de algum apoio destes especialistas já sabemos que podemos contar com eles. Além disso, foram muito simpáticos e preparam muito bem a actividade. Gostámos tanto que queremos repetir no para o ano! Os alunos do 5ºA .

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O que fazemos

A Eugénio de Andrade recebe os finalistas do 1º ciclo No dia 27 de maio, a nossa turma, o 4º A, e a turma do 4º B da EB Covelo – Os finalistas – fomos passar o dia à Escola Básica Eugénio de Andrade que, para a maioria de nós, será a nova escola no próximo ano letivo. Ao longo do dia realizamos diferentes atividades e jogos, relacionados com as disciplinas de Inglês, Matemática, Educação Física, Educação Tecnológica, Geografia, Ciências, Física e Química e Moral. Também conhecemos a biblioteca e a cantina, onde almoçamos. Agradecemos à Direção da Escola e a todos os professores que estiveram envolvidos nas atividades pelo fantástico dia que nos proporcionaram. Alunos do 4º A da EB do Covelo

A disciplina de EMRC participou na receção ao 1º ciclo, procurando, neste momento de acolhimento, que os alunos interagissem de modo lúdico com alguns dos conteúdos programáticos. Todos deixaram um pouco de si na construção da árvore das suas qualidades. Esta atividade contou com a preciosa colaboração dos alunos do 3º ciclo.

Professora Felicidade Araújo 10


O que fazemos Visita à Escola Eugénio de Andrade No passado dia vinte e cinco de maio, os alunos do quarto ano do Centro Escolar EB1/JI de Costa Cabral, acompanhados pelos respetivos professores realizaram uma visita à Escola Básica Eugénio de Andrade, a escola sede do nosso Agrupamento de Escolas. Às turmas A e B juntaram-se, ainda, alguns meninos que frequentam o colégio “O Meu Lar”, uma instituição de ensino particular. Esta visita foi muito enriquecedora pois deu a conhecer aos alunos não só os diferentes espaços e algumas normas de funcionamento da escola, que alguns irão frequentar no próximo ano letivo, mas também permitiu-lhes terem uma perspetiva dos domínios a serem abordados em diversas disciplinas. Entre outras atividades, assistiram a dramatizações, à realização de experiências no laboratório e participaram em jogos matemáticos e de atividade física. Foi um dia muito bem passado, onde se aprendeu, brincando! Centro Escolar 4ºA da EB1/JI de Costa Cabral

Professores de Ciências recebem os alunos do 4º ano Os alunos do 4º ano de todas as Escolas Básicos do nosso agrupamento fizeram-nos uma visita nos dias 25 e 27 de maio. Quiseram conhecer melhor a futura escola e o que se fazia por aqui. O grupo de Ciências decidiu mostrar-lhes o Museu onde puderam observar vários exemplares de minerais, rochas e fósseis. Tiveram a oportunidade de observar ao microscópio ótico diferentes células, analisaram vários modelos, comprovaram que o gás que expiramos é o dióxido de carbono, e o mais entusiasmante, observaram uma erupção vulcânica. Todos adoraram a experiência de conhecer a nova escola e os professores gostaram de os ter por cá! Foi muito divertido! Até já! Professoras, Adriana Morais, Catarina Cunha, Laurinda Teixeira e Lucinda Martins.

A maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma. (John Ruskin)

Peditório da AMI * Estas foram apenas algumas das belas voluntárias da nossa escola que participaram no peditório da AMI. Para elas o nosso muito obrigado! Professora Raquel Eira (*Assistência Médica Internacional)

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Semana do Ambiente na Escola do Covelo Os direitos das árvores Na semana de 16 a 20 de março, a Escola do Covelo festejou a Semana do Ambiente com várias actividades, no sentido de transmitir mais conhecimentos sobre o mundo em que estamos inseridos e despertar o respeito pela preservação da natureza. As turmas realizaram trabalhos sobre os Direitos das Árvores, que foram expostos na parte ajardinada da escola: pintaram-se placas de várias cores, em cada uma delas escreveu-se um direito das árvores e, para terminar, foram decoradas ao gosto de cada grupo. Este trabalho consciencializou todos os intervenientes sobre a importância das árvores, que são o símbolo da vida, para a “saúde” e sobrevivência do nosso Planeta Terra. Trabalharam também a história “Salvem os rios”, para a qual cada turma imaginou um final diferente. Os alunos foram alertados para a importância dos rios, da sua conservação e despoluição. Convidamos o Luís, do Centro de Educação Ambiental, para nos ensinar a fazer estacaria de arbustos e árvores nos canteiros que todos nós elaboramos com garrafões de água e decoramos ao nosso gosto. Todos ficaram alertados para a importância de mantermos os solos e os veios de água despoluídos, para benefício das plantas, da nossa saúde e da saúde do Planeta Terra, que é a casa de todos nós e que todos nós temos o dever de proteger. EB de Covelo

Pequenos, mas grandes cientistas! No dia 3 de outubro de 2013 a turma da Pré-B deslocou-se à sala do 4ºB e, juntas, realizaram uma experiência. Para isso, utilizaram: uma taça de vidro, água, tesoura e papel. A questão colocada foi: “será que a água faz abrir o nenúfar?” Colocaram-se os “nenúfares” (feitos de papel, com recorte e dobragem) fechados na água. Passado algum tempo, começaram a abrir até ficarem totalmente abertos e a flutuar. Os alunos tiraram conclusões e registaram –nas. Alguns meninos da Pré disseram: “O nenúfar ficou à superfície porque é mais leve do que a água”. “O nenúfar bebe a água e ele abre”. “ O papel é fraco e a água faz baixar o nenúfar.” “Os nenúfares ficam à superfície porque são pequenos”. “A água sobe, o papel é frágil e a água baixa”. Os meninos da Pré gostaram de trabalhar com os alunos do 4ºB e estes acharam interessante e também gostaram de trabalhar em parceria com os “pequeninos”. Foi divertido! Texto coletivo, elaborado pela turma do 4ºB, da E.B. Augusto Lessa

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O que fazemos Cientistas de todas as idades! No dia 8 de Abril, foi realizado o Dia das Ciências na EB de Costa Cabral. Esta ação teve por objetivo estimular o interesse dos alunos para a aprendizagem das ciências, através da promoção de atividades experimentais. A organização do evento esteve a cargo de uma equipa constituída por representantes da escola, da sua Associação de Pais e do departamento de Matemática e Ciências Físico-Naturais do Agrupamento Eugénio de Andrade. Desta parceria, resultou a participação de um grupo extraordinário de dinamizadores das atividades! Os alunos do pré-escolar e do 1º ano ficaram surpreendidos com a chegada de alguns encarregados de educação, transformados em cientistas, que orientaram a implementação das experiências. “Como encher balões sem soprar? “Balão à prova de fogo!” “Vamos fazer um PegaMonstro!” “Vulcão em erupção” foram as atividades

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desenvolvidas com os mais novos. Nas turmas do 2º, 3º e 4º ano observou-se uma admiração ainda maior! Os cientistas que se apresentaram eram alunos do 7º e 9º ano, que se prepararam para participar neste projeto nas das suas aulas de Ciências Naturais. E foram uns dinamizadores excecionais! Conseguiram despertar a curiosidade, prender a atenção, envolver os mais pequenos, cooperar e ensinar. “A identificação do amido”; “Á extração do ADN da banana”; “A explosão de cores”; “Simulação do vulcão efusivo” foram as experiências realizadas, que geraram muito entusiasmo. Não há dúvida que o objetivo desta atividade foi totalmente atingido. No entanto, ela ficará para sempre recordada pelo invulgar trabalho cooperativo estabelecido com os encarregados de educação e entre os professores e alunos dos diferentes ciclos de ensino. Um exemplo a continuar... 2ºA Centro Escolar EB1/JI de Costa Cabral


O que fazemos Na minha opinião, a atividade realizada na biblioteca foi muito gira, porque descobri muitas coisas que não sabia sobre vários livros, nomeadamente sobre o Harry Potter e a sua escritora, J.K.Rowling e até sobre o lugar em que a escritora se inspirou para criar Hogwarts. Também fiquei a conhecer mais sobre os textos

poéticos, vários escritores, direitos de autor, sobre o Dia Mundial dos Surdos e tudo isso.

Maria João, 6.º D

A “ROTA DOS LIVROS” Na quinta-feira passada, dia 23 de abril, decorreu na nossa biblioteca uma sessão de poesia e de literatura, enquadrada na “Rota dos Livros”. A professora Assunção Ribeiro começou por nos explicar por que razão o dia 23 de abril é o Dia do Livro e do Direito de Autor: referiu a UNESCO e lembrou William Shakespeare e Miguel de Cervantes, que partiram no dia de S. Jorge (ou Sant Jordi, para os catalães), dia em que em Barcelona se oferecem “rosas para o amor e livros… para sempre!”), como também lembrou a professora Fátima Neto. Após esta breve explicação, o professor António Rodrigues falou do “nascimento dos poemas”, a que se seguiu uma sessão de poesia, dita por professores e alunos. Após várias descobertas, estivemos a conversar sobre literatura e livros célebres que foram transformados em filmes famosos, tal como Harry Potter, que inicialmente não convenceu os editores, mas que, graças a uma menina de oito anos – Alice Newton – se transformou num sucesso à escala planetária. Falamos ainda de muitas outras obras, que, tal como esta, tiveram “dificuldades à nascença”, e descobrimos muitas outras curiosidades. Finalmente, tivemos um encontro com a escritora Sofia Pinto, que, para além de “brincar com as palavras”, também é ilustradora, professora de Educação Visual e mãe. Foi a própria que ilustrou o livro que escreveu, A menina que queria consertar corações. Ficamos também a saber que O Principezinho de Antoine de SaintExupéry é uma das suas obras preferidas. Adorei esta visita ao mundo da poesia e da literatura!

Gabriela Ferreira, 7.ºA

Muitas vezes a criatividade falha na apresentação de assuntos que nos apaixonam, sentimos essas coisas com tanta emoção que nos parece quase instintivo que os outros também as sintam, mas apaixonar jovens para a leitura é tudo menos intuitivo, apelar à sua curiosidade e vontade de conhecer mais, de aprender novas histórias e de apreender mais vocabulário e diferentes saberes não é uma tarefa de fácil execução. Foi notória a paixão da Drª Assunção pelos livros e pela leitura, mas ao contrário do que muitas vezes acontece, conseguiu planificar de forma tão dinâmica, diversificada e realmente interessante que nos arrebatou com a sua “Conversa sobre livros” e suas estimulantes curiosidades. O empenho e dedicação da Drª Assunção, emanado da sua marcada veia bibliotecária, foram cruciais para um resultado excelente que contou ainda com preciosas colaborações de docentes e de alunos numa mensagem direcionada em especial para o corpo discente que encheu o espaço biblioteca no passado dia 23 de abril. A todos os envolvidos nas atividades, o nosso muito obrigada pelo privilégio que nos deram em partilhar connosco momentos tão intensamente agradáveis e profícuos. ( Dra Patrícia Marques, Câmara Municipal do Porto)

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O que fazemos No dia 23 de abril, Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor, o professor Luís Cravo falou de um dos muitos livros da sua vida – Fábulas proibidas, de Alberto Moravia. Justificou a sua escolha e levou-nos a querer ler ainda mais fábulas de Moravia, mas também Da Felicidade de Hermann Hess… Esperamos ouvi-lo muitas vezes na nossa biblioteca!

Não temos, seguramente, apenas “um livro da nossa vida”…para quem ama ler, como eu, é impossível ter apenas “um livro da minha vida”. Na verdade, tenho muitos livros da minha vida, muitos pratos da minha vida, muitas mulheres da minha vida, muitos homens da minha vida, muitas viagens da minha vida…o que me agrada, na espécie humana, é a diversidade. Sem ela, nada faria sentido e o mundo, tal como o conhecemos, seria uma grande bolha insípida, oca, escura e insossa… Foi assim que Alberto Moravia, nome maior da literatura italiana do séc. XX, entendeu o mundo e os seres humanos. A obra “Fábulas Proibidas” foi o livro que escolhi, na Semana da Leitura, para responder ao repto que me foi feito pelo grupo disciplinar de Português, i.e., apresentar aos alunos “O Livro da Minha Vida”, numa iniciativa que, posso dizê-lo, me fez vibrar em cada segundo que a planeei. Escolher “O Livro” foi, não obstante, uma tarefa de Jó! Nos 59 metros quadrados do meu apartamento, há livros por todo o lado. Não se cingem à sala, quarto e escritório. Estão no quarto de banho, na cozinha, no hall e no corredor…livros com décadas, algumas preciosidades que ultrapassam o século já. Muitos livros da minha vida, portanto! As Fábulas do Moravia têm a particularidade de ser, porventura, o melhor ensaio sobre a psique humana que li em toda a minha vida. Assim, e sob a condição inerente ao meu ADN humano, foi este livro que escolhi para apresentar aos alunos que iriam assistir à iniciativa para a qual fui convidado. Entre serpentes, rinocerontes, formigas e papa – formigas, Adão e Eva (é verdade, estes também…), porcos – espinhos, chernes, javalis, camaleões e outros animais, decorreu, desta forma, aquilo que era suposto durar 45 minutos…na verdade, passaram 90 minutos e, alunos do 7.º, 8.º e 9.º anos continuavam dentro da Biblioteca, transfigurados nas personagens de Moravia, envolvidos nas peripécias de um Éden com graves defeitos de fabrico, a par com os desabafos de um tal Pah Dreh Ther No, suposto criador da humanidade, confinado a uma solidão angustiante e impotente perante a inevitabilidade da corrupção como condição histórica e natural. Nesta obra-prima de Alberto Moravia há um evidente propósito moralizante, mas que, em muito, ultrapassa as fábulas ou alegorias comuns. O divino é esmagado pela realidade quotidiana e, por isso mesmo, Deus (travestido de diversas formas mas, ainda assim, sempre o artífice do mundo) sente-se permanentemente angustiado, ultrapassado, senão mesmo vilipendiado. A ironia, a doce e pacífica arma de Moravia, é a pedra de toque deste livro e está presente em quase todos os contos. Se, de início, os alunos presentes pensaram estar perante mais uma apresentação de um qualquer livro, se lhes pareceu que, a seguir, iam contar cada um dos 45 minutos que restavam, enganaram-se…ao fim de 90 minutos, cada um deles encarnou uma personagem, leu com paixão trechos dos contos, sorriu espontaneamente face à soberba humana despida das suas roupagens, deu palpites sobre os contos, fez questões…enfim, ali tínhamos nós todos os “animais” da criação, olhando-se, ouvindose e, sobretudo, lendo sobre nós próprios. E como foi bom ouvir estes alunos a ler, a incarnar as personagens moravianas, a par com alguns dos professores que estiveram presentes. Alberto Moravia teria, com toda a certeza, amado este momento e eu, honestamente, ter-lhe-ia prometido: “Vamos ter mais tardes como estas! Com humanos a ler as suas fábulas”. E sim, precisamos de mais tardes como estas…a lermos uns com os outros, a ouvirmonos…venham elas! Professor Luís Cravo

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O que fazemos Álvaro Magalhães na nossa biblioteca

13 de Abril de 2015. 15 horas. A Biblioteca marcara encontro com o conhecido escritor Álvaro Magalhães e um grupo de alunos e de professores também foram convidados. Estavam reunidas as condições para que o inesquecível tivesse lugar e foi o que aconteceu. Os alunos fizeram perguntas e o escritor não se fez rogado e encantou com a sua simpatia, o seu tom direto e a facilidade com que estabeleceu diálogo com todos. Revelou segredos sobre a arte de escrever, para ele tão importante como respirar, abriu uma frincha da janela do seu dia a dia, que permitiu a todos os presentes espreitarem a sua intimidade. Revelou-se amante da noite, das estrelas, dos gatos, da infância. Nos seus olhos de adulto brilhava um maroto olhar de criança de causar inveja a quem não gosta de ler. Foi possível descobrir o quanto é leal aos amigos, ainda que estes já tenham morrido, como o Pina. O quanto é sensível à descoberta da alma leve daqueles que aparentam ser demasiado grandes, como os hipopótimos. Desvendou a identidade da Nana. Falou com entusiasmo do seu Porto, “uma camisa à sua medida, que lhe assenta bem”. Foi autêntico. Distribuiu carinho e autógrafos. Sorriu para as fotografias. Ofereceu livros à Biblioteca. Livros que são oxigénio capaz de revigorar as estantes para que a Biblioteca não morra e possa ser reconhecida por todos como o “meu” lugar na escola. Prof.ª Fátima Neto Mal o vi, percebi que era um homem simples mas requintado. Quando o ouvi, confirmei as minhas suspeitas. Gostei deste nosso encontro com o escritor Álvaro Magalhães, porque, para além do seu aspeto interessante e invulgar, o escritor

Magalhães à nossa escola foi muito esclarecedora, pois

muito

alunos

obtiveram

as

respostas

às

falava como se naquele momento estivesse a escrever um poema.

perguntas que queriam colocar ao autor.

E mais: o escritor demonstrou ser sincero nas suas respostas e

No diálogo que mantivemos, o escritor revelou-nos

também se notou que gosta de falar da sua vida e dos seus livros.

algumas coisas da sua vida pessoal e da sua vida

Do que o poeta disse, o que mais me interessou foi saber que O

profissional, que se confundem uma com a outra:

Estranhão, uma das obras mais recentes que o autor escreveu, foi

falou-nos dos seus gatos, da noite e do luar, sendo

baseado em si, ou seja, o "Estranhão" é a criança que ele foi, e

estes uma fonte de inspiração; disse-nos ainda que,

agora que sei que já vai sair outro volume da coleção, só me vem à

se deixasse de imaginar e de sonhar acordado, se

cabeça que, para haver O Estranhão 3, isso significa que Álvaro

sentiria muito infeliz, quase sem vida.

Magalhães teve uma infância cheia de peripécias engraçadas para poder pô-las num livro para toda a

gente ler.

Carolina Sousa, 7.º A

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Na minha opinião, a visita do escritor Álvaro

Rodrigo Loureiro, 7.º A


O que fazemos Ainda sobre o encontro com Álvaro Magalhães

Poemas à moda de Álvaro Magalhães Os alunos das nossas Escolas do 1.º ciclo / JI também não deixaram passar a visita de Álvaro Magalhães ao nosso Agrupamento em vão: em sessões orientadas pela professora Isabel Rebelo, estudaram o poema "Mistérios da escrita" e inspiraram-se no poema para brincarem com as palavras. A palavra flor, que o poeta escreveu na folha branca de papel passou a... Lê, descobre e aprecia! Escrevi a palavra folha. Um livro apareceu Era um livro Como é um livro. Ordenou as letras, escreveu o título e deixou voar a imaginação. Abriu-se E começaram a surgir frases Algumas letras caíram Em cima de uma folha. Depois foram crescendo Até formarem uma história Com muita imaginação. Inês Fonseca 3ºA (Escola do Covelo)

Escrevi a palavra música. Um violino nasceu no espetáculo do papel. Era um violino Como é um violino. Endireitou o fio, sacudiu a sujidade e musicou o ar. Voltou o corpo à procura do som e deixou cair dois grãos de música sobre a banda. Depois soltou a sua música até Fazer a melhor melodia do mundo. Leonor Oliveira 3º A (Escola do Covelo)

Inês Morato Silva, distinguida no concurso “Palavras do

Porto”

Inês Morato Silva distinguida em concurso “Palavras do Porto” A Inês Morato, do 7.º A, acaba de ser distinguida com uma menção honrosa no concurso literário de escrita criativa do Munício do Porto “Palavras do Porto”. A iniciativa, que integra o programa municipal "O Porto a ler" e teve como objetivo sensibilizar e desenvolver nos alunos o gosto pela escrita criativa e pela leitura, foi, este ano, subordinada ao tema "Porto Antigo". A Inês, tal como vários alunos da sua turma, deu o seu melhor, e o seu empenho foi recompensado. Nós ouvimo-la e deixamos-te o seu testemunho.

Numa aula de Português, a professora Assunção Ribeiro desafiou os alunos a participarem no concurso de escrita criativa “Palavras do Porto”. Não hesitei em aceitar, pois sabia que a minha professora ficaria muito feliz com a nossa participação. Escolhi escrever sobre a Ponte D. Luís por ser um dos “emblemas” mais significativos da nossa cidade. Além das pesquisas que fiz pela internet, o que mais me ajudou e inspirou foi passar uma tarde no cais da Ribeira, junto aos pilares da ponte, tal como a minha professora me aconselhou. Aí, pude ouvir, observar, cheirar e sentir todo o ambiente à minha volta e assim foi fácil escrever o meu texto. O meu esforço compensou, porque acabei por ser distinguida com uma menção honrosa. Inês Morato Silva

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O que fazemos

XIII Encontro dos alunos de EMRC da Diocese do Porto

Visita ao Visionarium No dia 28 de janeiro, os alunos da professora Felicidade Araújo visitaram o Visionarium. Começamos por ver um filme que mostrava os conhecimentos do ser humano sobre a ciência. Vimos a preocupação de uma criança com a operação que o seu pai tinha de fazer à cabeça. Na sala dos descobrimentos, a personagem Fernão de Magalhães, o primeiro navegador a conhecer o Oceano Pacífico e a dar a volta ao mundo, falou-nos dos descobrimentos.

No dia 15 de maio, participamos num encontro com alunos de moral de escolas da Diocese do Porto, no Parque da Pasteleira. Foi um dia inesquecível, com muita diversão, muita cor e muitos abraços. Graças a este convívio fizemos novas amizades. Vivemos momentos únicos. Iremos recordar este dia alegre e feliz. Alexandre 8º B; Catarina 8º A ; Elisa 8º B; Fernando 8º B; Guilherme 9º A e Soraia 8º A

Ficamos a saber porque flutuam os barcos e os aviões voam. Na sala da vida, da genética e dos sentidos, fizemos experiências sobre os 4 sentidos; por não se poder comer no Visionarium, o paladar ficou de fora. Por último, na sala do universo, o guia falou-nos dos movimentos de rotação da terra e da lua e dos eclipes solares. Alice, Carolina, Sara 6º C e Carlos Alves 6º D

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Visita ao Museu de Anatomia Humana! Durante uma aula de Ciências Naturais do 9º ano, em que se abordavam conceitos sobre o sistema cardiorrespiratório, uma aluna referiu: «… bom, bom era vermos todos estes órgãos “ao vivo”!» Perante esta sugestão, as professoras decidiram levar os alunos ao Museu da Anatomia do ICBAS (instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar), localizado na nossa cidade. E assim foi, nos dias 19 e 20 de maio as turmas A, B e S do 9º ano puderam ver toda morfologia e fisiologia da anatomia humana e até compará-la com outros animais! Para alguns, ver partes de seres vivos conservados num líquido foi arrepiante, para outros foi brutal! Todos adoraram a experiência e amaram ainda mais o convívio entre todos. Professoras Adriana Morais e Catarina Cunha

Credo!

FEIRA DE ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Uma vez mais, o Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) realizou, no dia onze de maio, no polivalente da escola sede, uma feira de orientação vocacional, dirigida aos alunos do terceiro ciclo. Estiveram presentes as Escolas Secundárias Filipa de Vilhena e Alexandre Herculano, a Escola Profissional Árvore, Escola Profissional Perpétuo Socorro, Escola Profissional de Tecnologia Psicossocial do Porto, Escola de Comércio do Porto, Escola Profissional Raúl Dória, Escola Profissional de Economia Social, e o Centro de Formação DUAL, que fizeram a divulgação da sua oferta formativa, e mostraram trabalhos realizados pelos alunos dos diferentes cursos. O SPO agradece a participação das entidades formadoras presentes, e a colaboração dos professores que acompanharam as turmas na visita.

SPO

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JE SUIS ESCOLA EUGÉNIO DE ANDRADE Em vinte anos a saltar de escola para escola, a conhecer estranhas ilhas díspares no estranho mundo da educação que, cada ano, se aproxima mais de uma sequela real de O Processo, de Franz Kafka, tenho material suficiente para desenvolver uma tese de doutoramento, um ensaio ou, quiçá, um prémio Pulitzer sobre este grande imbróglio que é o ensino nacional. No meio disto, num país em profunda crise de identidade (mais do que outra qualquer) que, nos anos mais recentes, me fez várias vezes pensar em abandonar o barco e ir embora, tão-somente, este ano tive a felicidade de me cruzar com esta escola e, em jeito de balanço, este artigo surge como a oportunidade de me purgar do estado de mutismo cerebral voluntário em que, por diversas vezes, me encontro face ao país que, para o mal e para o bem, eu amo de facto. Vem isto a propósito de algumas particularidades (que são, na verdade, sinais extraordinários) que ainda fazem de Portugal um país no qual acredito e quero bem, apesar de todas as “dores” por que padecemos atualmente. Numa escola que luta, como tantas neste país, contra a sedução de uma torrente do pseudo - brilhantismo das mega – super – ultra escolas ditas “intervencionadas”, cabeme traçar um elogio a uma das raras escolas (talvez a única) que me fez quase sempre sorrir cada dia que acordei e pensei: “vou dar aulas!”. Por pura casualidade, cruzei-me, há muito meses atrás, na sala A7 com um desenho, bem visível, pendurado num daqueles murais onde, cada vez mais raramente, os alunos expõem os seus trabalhos. O desenho em questão, bem desenhado e pouco comum, retrata uma menina árabe, com o seu traje tradicional, o seu véu e, como se quisesse, expressarse para todos a ouvirem, o pequeno artista do desenho, num balão de diálogo, deu-lhe voz e ela diz: “O meu deus é Alá!”. A “obra de arte” fascinou-me durante meses porque, precisamente, surgiu na altura dos ataques terroristas ao Charlie Hebdo e da comoção gaulesa que se espraiou um pouco pela civilizada Europa. A Europa mãe da democracia, a Europa mãe da tolerância, a Europa mãe da igualdade e da fraternidade, a Europa arauto das liberdades mais fundamentais…sim, a velha Europa que, ela própria, no fim de contas, tem caminhado, em certos países, para a secundarização (diria mesmo, esquecimento), ainda que sub-repticiamente, desses valores de que somos, orgulhosamente, paradigma 20

para a humanidade. Passadas pouco mais de quatro semanas do hediondo ataque ao Charlie Hebdo e da banalização da bandeira “Je suis Charlie!”, uma escola de Paris, equivalente a uma das nossas EB 2/3, decidiu suspender uma aluna de 11 anos que, mais grave ainda, foi detida pela polícia francesa para ser interrogada. A adolescente em questão desenhava, numa aula de artes, um desenho muito parecido a este desenho da nossa sala A7 e colocou-lhe, precisamente, a mesma legenda: “Mon dieu est Alá!”. A professora, numa atitude profundamente infeliz, certamente desconhecedora das mais elementares liberdades de expressão, certamente uma mulher ressabiada e desejosa de mostrar o seu zelo prosélito em caçar mais uma inimiga dos Franceses, quis ali ter uma oportunidade de se tornar uma heroína daquilo que a França se tem tornado nos últimos anos (uma espécie de Estados Unidos na Europa, ou de uma Alemanha dos anos 30 do século passado, dopada pelas palavras de um homenzinho misógino e perigoso chamado Adolfo…) e, quem sabe, ser condecorada um dia por não ter permitido que uma criança de 11 anos pudesse livremente exprimir o seu credo religioso numa aula através de um desenho.


O pequeno artista deste desenho chama-se Sérgio Lima e é da turma do 5.ºD. Conheci -o há muito poucos dias atrás e quis saber o que o motivou a desenhar esta imagem que, numa escola da civilizadíssima França ou do muito moderno Reino Unido, não poderia estar afixada em nenhuma sala de aula, sob pena de represálias graves para o aluno. Comecei por perguntar ao Sérgio se estava a par destas situações em países que se afiguram como modelos da liberdade. Disse-me ele que acha que “…deve ser por causa da religião…”. Sobre o desenho, o Sérgio contou-me que surgiu a propósito de uma proposta de trabalho da Professora Luísa Ferreira, na disciplina de História e Geografia de Portugal, aquando da lecionação da matéria relativa aos Muçulmanos. “Devíamos fazer um desenho sobre Alá ou sobre os Muçulmanos…”, diz-me ele. Pediu ajuda à irmã, que entretanto auxiliou o nosso artista em termos de paleta de cores mas, a ideia da menina árabe, foi dele. Inicialmente, consultou o manual e pensou em desenhar uma mesquita. Sobre a sua colega francesa que foi detida em Paris para averiguações, o Sérgio mostrou-se incrédulo. A velha tolerância europeia já nos causou, em tempos relativamente próximos, dissabores que custaram milhões de vidas, como o caso da segunda grande guerra mundial, ou a inanição face ao genocídio arménio feito pelos Turcos durante a primeira guerra mundial, ou ao genocídio cometido pelos Sérvios face aos bósnios ou, neste momento, a passividade com que os políticos europeus olham para um homem que passa grande parte do seu tempo a ameaçar todo um continente, isolado na sua “mãe – Rússia”, um tal de Putin…também pequenote, de traços esquizóides, e perigoso, faltando-lhe apenas um bigodinho parecido com um tal de Adolfo, ou ainda a inoperância face a um Estado israelita que preferia que os Palestinianos desaparecessem da face da Terra (como o proferiu publicamente a ministra da Justiça israelita há cerca de três semanas). Não vou falar da tolerância europeia face ao Estado Islâmico e às suas atrocidades, porque a tolerância politicamente correta dos estadistas europeus me tem deixado nauseado, na verdade. No entanto, em Portugal, tenho verdadeiramente orgulho por, na minha escola (e em outras, acredito!), ser possível que o Sérgio tenha afixado livremente o seu desenho, ser possível que possa falar publicamente e livremente do mesmo aos seus pares, de que a menina retratada no seu desenho possa viver, na verdade, no meu país e continuar a usar o seu véu, se isso faz parte da sua cultura própria, sem ninguém ou nenhuma entidade intervir no modo como se apresenta…Na nossa escola, entre outros pequenos grandes pormenores, como o caso de termos uma comunidade de alunos surdos 21

plenamente integrados, temos mesmo uma menina que usa o seu véu islâmico, mas que também usa os seus jeans e, nos intervalos, fala com portugueses, africanos e asiáticos! Na nossa escola, temos dois meninos adolescentes que assumiram a sua relação homossexual e que, entre tanto alarido inicial (por uma questão de os mesmos alunos não terem, inicialmente, dada a sua ingenuidade pueril, percebido a diferença entre a esfera da vida privada e da vida pública), acabaram por, ainda que com as contingências adstritas aos preconceitos de alguns dos seus pares, continuar a sua relação sem terem aberto mão da sua felicidade e da sua liberdade. O nosso Sérgio, o autor da nossa islamita de bonitos olhos da sala A7, é já um dos meus pequenos heróis desta escola e, a ele, dedico este artigo, escrito num país onde ainda podemos opinar, escrever livremente, amar quem quisermos, professar a religião que quisermos e defendermos as ideias políticas em que acreditamos. A tolerância e a liberdade de expressão são dos maiores legados da humanidade. Orgulho-me de ter passado numa escola que deve ser exemplo disto e onde todos os Sérgios deste mundo podem sentir-se verdadeiramente livres, seguros e prontos para defenderem a causa da liberdade e da tolerância. Tenho a certeza de que o poeta Eugénio de Andrade ter-se-ia sentido tão orgulhoso como eu.

Professor Luís Miguel Cravo (artigo de opinião)


O que divulgamos Danilo Jogador de sucesso O Cem Limites foi conhecer um pouco mais sobre a vida de um jogador de futebol. Entrevistámos Danilo, atual jogador da seleção Brasileira de futebol e do Futebol Clube do Porto, mas “com um pé” no Real Madrid. Na próxima temporada, o jogador vestirá a camisola dos “Merengues” e o Estádio Santiago Bernabéu será a sua nova “casa”. Cem Limites: Danilo, a maioria dos nossos alunos sonha ser, um dia, um jogador de futebol reconhecido. Era também esse o seu sonho em criança? Danilo: Sim, nunca imaginei fazer outra coisa. Ainda que os estudos fossem sempre muito importantes, sempre tive o futebol como prioridade. Cem Limites: Como é que o futebol entrou na sua vida e quando é que percebeu que a bola não era um brinquedo, mas um instrumento de trabalho? Danilo: Todas as memórias que tenho da minha infância estão relacionadas com o futebol. Apesar de sempre brincar de jogar bola, tinha o foco em ser profissional. Cem Limites: Os jovens em idade escolar afirmam, muitas vezes, que como querem ser jogadores de futebol não precisam estudar. Como lhes responderia? Danilo: Eu também tive esse pensamento por muito tempo e hoje vejo que estava totalmente errado, se pudesse voltar atrás eu teria me esforçado mais e terminado os estudos Cem Limites: Certamente que na sua vida profissional e pessoal tem de fazer muitos sacrifícios. Pode exemplificar alguns? Danilo: Para mim o maior sacrifício sempre foi estar longe da minha família. Penso que seja a parte mais difícil. Cem Limites: Como vê a importância da aprendizagem das línguas estrangeiras para a vida de um futebolista? Quantas línguas sabe falar? Danilo: É extremamente importante falar outros idiomas, pois viajamos para muitos países com o futebol e isso nos facilita muito a vida. Estudo inglês há algum tempo e estou aprendendo o espanhol. Cem Limites: O castelhano será um obstáculo para si? Danilo: Penso que não. Trabalhei um ano com um corpo técnico todo espanhol e sempre compreendi tudo muito bem. Cem Limites: Quais são os ingredientes para ser um jogador de sucesso? Que conselhos deixa aos alunos do Agrupamento de Escolas Eugénio de Andrade? Danilo: Dedicação e foco são os principais ingredientes. E como foi falado antes, é necessário muito sacrifício e renúncias para se conseguir ter sucesso. Cem Limites: Danilo, o Paulo Teixeira é um aluno nosso do 8ºB, grande aficionado do futebol, que quis que lhe colocássemos duas questões. A primeira: O

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que sente quando entra em campo e vê o estádio cheio a torcer pela sua equipa? Danilo: Independente do número de torcedores, sempre sinto um frio na barriga em qualquer partida. Sempre estou muito motivado e com níveis de concentração ao máximo. Cem Limites: A segunda questão que o Paulo gostaria de ver respondida é a respeito do que sentiu quando foi campeão pelo FCP com o golo aos 92 minutos? Danilo: Foi a maior emoção que tive no futebol, uma coisa que jamais tinha sentido e que vai ficar marcado para sempre na minha vida. Danilo, muito obrigada e esperamos que tenha muito sucesso ao longo da sua carreira!

Entrevista conduzida pela professora Mariana Xavier

Bichos-da-seda No passado dia 15 de maio a turma do préescolar da sala 0B teve uma surpresa agradável! Uma coleguinha da sala trouxe para mostrar aos amigos uma caixa com vários bichos-da-seda. As lagartas foram bem recebidas, e os mais pequenos ficaram a saber muitas coisas sobre os bichos-da-seda.

Professora Isaura Dias do Centro Escolar EB1/JI de Costa Cabral


O que divulgamos Para os alunos do Agrupamento de Escolas Eugénio de Andrade Caros alunos, não vos conheço, mas estou aqui a dedicar-vos umas palavras, de alerta e prevenção, para que um dia não passem pelo que passei e estou a passar. Encontro-me privado da liberdade pois cometi um dos maiores erros da minha vida – a DROGA. Sou filho de família de bens, princípios e valores mas isso de nada serviu, pois bem cedo a minha rebeldia levou-me à destruição da minha vida e daqueles que me amam. O meu falecido pai era comandante da PSP, dava formação em Torres Novas na Escola Prática de Admissão a polícias e oficiais. Somos três irmãos: dois rapazes e uma rapariga que por sinal é a mais velha, eu sou o do meio. Fomos educados e frequentamos as melhores escolas de Coimbra, onde temos as nossas raízes. A minha irmã formou-se em Física e Química e dá aulas ao 4º ano da Universidade de Coimbra. O meu irmão formou-se em Direito, e eu…? Tive tudo para ser alguém na vida mas segui outros caminhos. Caminhos errados, por isso ao lerem estas palavras pensem bem, no caminho, e na vida que podem ter pela frente. Fiz o ciclo sempre com boas notas e jogava futebol na Académica de Coimbra. Muito depressa a fama subiu-me à cabeça e comecei a provar haxixe. Foi o princípio. Se vos disserem que o haxixe não faz mal, não cria dependência, não tem efeitos secundários, enganam-vos. Depois do haxixe já não satisfaz. Aí encontram “amigos “, as discotecas, a bebida, as pastilhas….e por aí fora. Tudo se passa desta maneira. Quando deixei o ciclo comecei a estudar à noite para tirar o 1º CC/geral de mecânica. Tudo bem, treinava, jogava e estudava. E o que se passou??! Como pensava que era o maior queria chamar à atenção e então eram charros, LSD, heroína, cocaína e tudo o que aparecesse à frente. Que erro, que estúpido fui. Primeiro faz-se por novas sensações (flashes) só que depois tornamo-nos dependentes, e quando somos dependentes, sabem qual é o maior erro que cometemos? É sermos capazes de o assuir! Infelizmente acontece com todos, e a droga não tem cura. Metam na vossa cabeça que amigo não é o que vos dá ou vende o produto para consumir. Amigo é aquele que te alerta e que te afasta desse grupo. Tudo é bonito no início. O pior vem depois, quando o teu corpo já não passa sem a droga, e para a alcançares só fazes erros atrás de erros. Não queiras ser um mais. Hoje existe muita informação e meios para combater a toxicodependência, só que o primeiro passo tens que ser tu a dá-lo, assumindo o erro e manteres-te em abstinência. Estou há três anos e quatro meses, livre de drogas mas, continuo a ser toxicodependente, apenas estou em abstinência. O resto é força de vontade e muito querer e afastarmo-nos de grupos de risco. Não tenho jeito para escrever mas dou-vos um conselho: digam não à droga e vivam felizes. Não se enganem, assumam os vossos erros e só assim poderão ser ajudados e ajudarem-se a vocês próprios. Muitas coisas vos poderia dizer à cerca deste problema mas não tenho jeito para escrever. Se algum de vós precisar de uma palavra ou conselho da minha parte estarei ao vosso dispor. Se tiverem dúvidas esclareçam. Não quero que passem o que passei e não estou curado. Saudações, de um recluso pai que quer o melhor para todos vós. Lutem contra a droga! Pedro Vintém da Silva

Querido Ambiente A natureza, para mim, sempre foi muito bela! Nela os pássaros cantam felizes, as flores estão sempre coloridas… Nada é demais! Exceto a poluição... Essa é sempre demasiada e faz com que o meio ambiente fique com um ar triste. A natureza merece o melhor, pois ela mantém-nos vivos e felizes. Mas, hoje em dia, a felicidade já não é o que era e o nosso ambiente não recebe o que há de melhor. Na minha opinião devemos preservá-la, com as pequenas coisas que fazemos diariamente, contribuindo para melhorar o mundo em que vivemos e respiramos. Devemos ajudar a limpar a praia, reduzir os incêndios… etc., para fazermos do Mundo um lindo lugar. E, quando isso acontecer, voltaremos a sorrir! Não precisamos de o fazer apressadamente, só o temos de o fazer, da melhor forma possível, para o amanhã ser melhor do que o ontem Bem, esta é a minha opinião, mas aproveito e faço um apelo:Respeitem a natureza! (Mª Carolina, 5ºD) 23


Mª Carolina 5ºD

O que divulgamos FAMÍLIA e ESCOLA de MÃOS DADAS! A família é uma instituição ancestral que não pode ser dissociada dos rumos da sociedade em que está inserida. Devemos reconhecer que a sua evolução está intimamente ligada aos acontecimentos sociais, económicos, religiosos e políticos de cada época, que ditam a sua estrutura enquanto instituição. O sistema familiar é fundamental para o desenvolvimento emocional dos seres humanos. Nos dias de hoje, é impensável dissociarmos a escola da família, pois é por demais evidente que uma influencia a outra na educação das crianças, e atrevo-me a afirmar que a escola e a família estão “condenadas” a cooperar. A escola complementa a família sendo um eficaz meio de transmissão de valores da sociedade e um poderoso agente de formação dos seus alunos. No processo de educação temos as instituições, escola e família, consideradas as mais vocacionadas, como agentes de educação, que deverão ser colaborantes. Neste contexto, é importante criar um diálogo responsável entre a família e a escola, sem que nenhuma perca de vista o âmbito das suas competências. A escola não pode esquecer que a família é o primeiro agente socializador na vida de cada criança e que ela exerce um papel importantíssimo na consolidação deste processo de socialização. Assim, ESCOLA e FAMÍLIA complementam-se nesta função. A tarefa não é fácil, impõe-se uma grande abertura de ambas as partes, para em conjunto podermos contribuir para o desenvolvimento das capacidades afetivas e cognitivas dos nossos alunos. Quaisquer que sejam as funções da escola e da família, a relação/cooperação entre estas duas instituições é sempre inevitável e, mais do que isso, é sempre DESEJÁVEL! Direta ou indiretamente, contribuíram para o PROGRESSO de uma “ESCOLA CURRICULARMENTE INTELIGENTE / ABERTA À COMUNIDADE EDUCATIVA”. Lúcia Julieta Pinto, Coordenadora do Centro Escolar EB1/JI de Costa Cabral

Visita à USF (Unidade de Saúde Familiar) do Covelo Dia 1 de junho fomos visitar a USF (Unidade de Saúde Familiar) do Covelo: éramos 43 alunos de várias turmas: 5ºD, 5ºE, 6ºC, 6ºE, 9ºS. Como trabalhámos o PASSE (Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar), lançámos algumas questões, nas aulas, que foram respondidas por médicas e enfermeira desta USF. Mais uma vez percebemos a importância de uma alimentação equilibrada, que deve estar associada a exercício físico regular e hábitos de vida saudáveis. Como era o nosso dia tivemos direito a um lanche, também ele saudável, visitámos uma ambulância, os consultórios. E assim terminou a nossa visita do Dia Mundial da Criança. O nosso agradecimento a todos os envolvidos: professores, intérpretes, profissionais da USF e da Junta de Freguesia de Paranhos. (Professoras Raquel Eira e Ana Stingl)

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Ténis de Mesa

Já conhecem os nossos craques? Estiveram presentes em todas as competições, conheceram outros colegas e tornaram-se fans da modalidade.

Embora distribuídos por vários grupos, formaram uma equipa coesa que sempre se apoiou. Nos intervalos dos jogos havia muitas vezes tempo para a diversão. Duvidam? Olhem para estas caras tão felizes!

E a equipa feminina? Uma agradável surpresa! Foram medalhadas com o 2º lugar e a Sofia ficou em 3º lugar nos individuais!

Parabéns a todos! Professora Raquel Eira

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O que divulgamos Desporto Escolar – Nível II Escalada O Grupo equipa participou nos 5 encontros inter escolas, destacando-se os alunos medalhados: Manuel Figueiroa, do 4º ano de Costa Cabral, Hugo Cerqueira do 6ºB e Matheus Santos do 7ºB. No dia 30 de maio a Escola Básica Eugénio de Andrade organizou o encontro inter escolas, em Valongo, numa parede natural. Foi uma experiência nova e única para os alunos.

Orientação O Grupo equipa de Orientação continuou a trabalhar muito para representar a escola da melhor forma. Nos encontros inter escolas participaram escolas de toda a zona Norte, numa média de 400 alunos nos diferentes escalões. Os nossos Orientistas estiveram à altura, mesmo com chuva e até nevoeiro! Realçamos o brilhante 7º lugar da Speranta Gaina, com 263 pontos, os 10ºs lugares da Ana Pinto com 233 pontos, do Tomás Vales com 256 pontos e o do Afonso Cachapuz com 287 pontos. Acima de tudo Parabéns a todos pelo empenho e persistência demonstrados ao longo da época.

Basquetebol A nossa equipa continuou a treinar, trabalhando para marcar cada vez mais cestos. Ao longo do ano participaram nos encontros com garra e determinação.

Badminton O trabalho desenvolvido ao longo do ano foi recompensado com a presença em duas finais regionais. Felicito as alunas Mariana Costa e Mara Costa (pares feminino) pelo merecido apuramento para a Fase Final regional de Iniciados, que se realizou em Braga, de 22 a 23 de maio. Também o Nuno Mendes está de parabéns pelo apuramento para a fase final CLDE Porto de Badminton no escalão de infantil A.

Desporto Escolar – Nível I Ao longo do 2º e 3º período os alunos da escola tiveram a oportunidade de participar em diversos torneios organizados pelo grupo de Educação Física: torneios de futsal para o 4º e 5º anos, torneio de Tag Rugby para o 7º e 8º ano e Andebol para o 6º ano. No Mega Sprinter, fase Regional, realizado em Vila Nova de Gaia os nossos ‘atletas ‘ dignificaram o nome do Agrupamento realçando-se o brilhante segundo lugar, na prova de 1000m, obtido pelo Gonçalo Oliveira

Professora Rita Areias

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O que criamos O meu mundo O meu mundo não é como os outros, o meu mundo é só meu. Mas, sinceramente, acho que ninguém ia querer o meu mundo, porque ele é um poço sem fundo, escuro e sem saída. É daqueles mundos em que se entra mas não se consegue sair. Fica-se preso e quando me perguntam: “Tudo bem?” obrigam-me a mentir. Dizem que faço mal em mentir, mas… que fazem eles? não mentem? Só destroem o meu mundo. Enchem-no de solidão e tristeza. E não me deixam descansar um segundo. Fazem de propósito? Não sei, fazem-no como se fosse normal, como se não percebessem que me estão a magoar. Por fora o meu mundo pode ser pequeno, monótono, mas eu sei que é uma galáxia, independendo das pessoas que tem. Joana, 7º

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Amizade Escrevi a palavra amizade. Um abraço saiu de lá com muito amor e carinho Era a amizade vinda do coração. Endireitou o seu amor sacudiu a tristeza e alegrou o ar. Voltou a cabeça à procura do carinho e deixou lá o seu amor sobre o coração. Era a amizade que se tornou felicidade!

Joana Ribeiro 4.º B Centro Escolar EB1/JI de Costa Cabral


O que nos diverte Adivinhas (As imagens podem ajudar ou não!)

1 — Qual é coisa, qual é ela, pequenina como abelha, enche a casa até à telha?

2 — Quando será que se pode entrar, sem perigo, na jaula de um leão?

3 — Qual é coisa, qual é ela, que tem uma perna mais comprida que a outra 4 — Qual é coisa, quale édia anda sem e noite ela, que põe parar? o mundo a dançar, tem notas e não é dinheiro?

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O que nos diverte Perceção Visual / Atenção Concentração Descobre as 7 diferenças

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O que nos diverte

Sudoku

4 5

1

3

3

1

4 4

2

2 3 4

6

30

4 3

2

6 3

4

1

3

2


O que nos diverte Soluções dos passatempos

Soduku 7 diferenças 2

4

1

5

3

6

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3

1

6

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5

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Adivinhas 1 – luz; 2 – quando estiver vazia; 3 – relógio; 4 – música.

4

2 3 1

1

3 2 4

2

4 1 3

3

1 4 2


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