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para Armand a visão que teve no ano de 1349, quando o flagelo assolava, que nós, vampiros, iríamos ser como a própria Peste Negra, um tormento sem explicação, para fazer com que o homem duvidasse da misericórdia e onipotência de Deus. Santino levou Armand para o lugar sagrado forrado de crânios humanos e contou-lhe a história dos vampiros. Em todos os tempos, tal como os lobos, nós temos sido como um flagelo para os mortais. E a congregação de Roma, o lado sombrio da Igreja Romana, alcançara a perfeição final. Armand já conhecia os rituais e proibições comuns; agora devia aprender as grandes leis que o regiam: Primeira — que cada congregação deve ter seu líder e só ele pode autorizar a concessão dos Dons das Trevas a um mortal, cuidando para que os métodos e os rituais sejam observados de maneira adequada. Segunda — que os Dons das Trevas jamais devem ser concedidos aos aleijados, aos mutilados ou às crianças, ou para aqueles que, mesmo dotados com os Poderes das Trevas, não possam sobreviver por conta própria. Que fique entendido também que todos os mortais que receberem os Dons das Trevas devem possuir grande beleza física, tornando assim maior o insulto a Deus. Terceira — um vampiro antigo jamais deve transmitir o seu dom, a fim de que o sangue do iniciado não fique forte demais. Pois todos os nossos dons aumentam naturalmente com a idade, e os vampiros mais antigos têm força demais para ser repassada. Ferimentos, queimaduras — tais catástrofes, caso não destruam o Filho de Satã, apenas irão aumentar seus poderes depois que ele estiver curado. No entanto, Satã protege o rebanho contra o poder dos mais velhos, pois quase todos, sem exceção, enlouquecem. Neste particular, Armand ficou sabendo que não havia nenhum vampiro vivo que tivesse mais de trezentos anos. Nenhum dos que estavam vivos ali podia


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