Bruxas3 2

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& Mayfair até o momento em que a Mãe Natureza resolva ser necessário nos humilhar a todos, por melhores que sejam nossos equipamentos, nossa configuração, nossos programas e nossa instalação. Em outras palavras, até sermos atingidos por mais um relâmpago! Ela se precipitou para a cadeira diante da mesa, ocupou seu lugar diante do monitor e voltou a digitar, como se estivesse totalmente esquecida de que ele estava por ali. — Mary Jane, ande com isso, o bebê está com fome! — gritou a vovó lá de cima. Mary Jane puxou-o pela manga. — Ora, espere um minuto — disse ele. Mas havia perdido a garota espantosa, total e absolutamente, percebia agora, da mesma forma que percebia que ela estava completamente nua por baixo da camisa branca e que o foco da luminária direcional estava iluminando seu busto, seu ventre reto, suas coxas nuas. Tampouco parecia estar usando calcinhas. E aqueles pés compridos e descalços, que pés grandes! Não seria arriscado ficar descalça escrevendo num computador em meio a uma tempestade de relâmpagos? A cabeleira ruiva caía em cascata até o assento da cadeira. — Mary Jane, você tem de chegar com esse bebê antes das cinco! — gritou a vovó lá de cima. — Já vou. Já estou indo. Dr. Jack, vamos! — Até logo, Dr. Jack! — exclamou a altona, acenando de repente com

a

mão

direita,

que

ficava

na extremidade

de um braço

espantosamente longo, sem ao menos tirar os olhos do computador. Mary Jane passou correndo por ele e pulou para dentro do barco. — O senhor vem ou não vem? Eu estou de saída, tenho coisas a fazer. O senhor não quer ficar preso aqui, certo? — Chegar aonde com esse bebê antes das cinco? — perguntou o médico, recuperando o raciocínio e se lembrando do que a velha acabara de dizer. — Você não vai sair de novo com esse bebê para batizá-lo! — Ande depressa, Mary Jane!


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