Bruxas3 2

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samambaias e sabugueiros. O casebre era um lugar fétido e apavorante! Não tinha janelas. Acima do fogo, uma chaleira estava pendurada num longo espeto. Mas a cama estava limpa e arrumada com lençóis bordados com primor. — Digna de um rei — disse ela. Olhei à minha volta e vi um portal aberto e escuro em frente àquele pelo qual havíamos entrado. — Essa é a entrada secreta da caverna — disse ela. Beijou minha mão de repente e me puxou para a cama. Foi até a chaleira e encheu uma caneca tosca de barro com o caldo. — Beba, Majestade. E os espíritos da caverna irão vê-lo e ouvi-lo. Ou eu irei vê-los e ouvi-los, pensei, pois só Deus sabe o que ela pôs na bebida: ervas e óleos que enlouqueciam as bruxas e as deixavam capazes de dançar como Taltos ao luar. Eu conhecia seus ardis. — Beba, é doce — disse ela. — Eu sei. Sinto o cheiro do mel. E enquanto eu estava olhando para a caneca, resolvido a não beber uma gota sequer, vi que ela sorria. E quando retribuí seu sorriso, percebi que estava erguendo a caneca e que de repente bebia um grande gole. Fechei meus olhos. — E se? — sussurrei. — E se houver mesmo magia na bebida? — Isso me divertia ligeiramente e eu já sonhava. — Agora deite-se comigo — disse ela. — Para o seu bem, não, respondi, mas ela já estava tirando minha espada e eu permiti. Levantando-me apenas o suficiente para passar a tranca na porta, caí de novo na cama e a empurrei para debaixo de mim. Soltei seus seios de dentro da blusa e achei que ia chorar só de vê-los. Ah, o leite dos Taltos, como eu o queria. Ela não era mãe, essa bruxa, não teria leite nenhum, nem dos Taltos nem dos humanos. Mas os seios, os seios deliciosos, como eu queria sugá-los, morder os bicos e puxá-los, lambê-los com a minha língua. Bem, isso não lhe fará mal nenhum, pensei, e quando ela estiver úmida e cheia de desejo, vou colocar meus dedos entre seus secretos


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