Projeto "Navegar com a BE" - 6.º B

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Projeto Navegar com a Biblioteca Escolar

6.ยบ B Ano letivo: 2019/2020


Os trabalhos realizados pela turma do 6.º B são trabalhos correspondentes ao desafio lançado pela Biblioteca Escolar, integrados no projeto “Navegar com a Biblioteca Escolar”, e que promoveram o conhecimento sobre a viagem de circum-navegação e a sua

importância, assim como promoveram a leitura e a escrita. Integram o tema do Plano Anual de Atividades do Agrupamento relativo ao " V centenário da Viagem de Circum-Navegação de Fernão de Magalhães.

Neste projeto, integrámos os desafios: 1.” Desbravar caminhos” e 6. “ Navegar nos textos”, numa articulação entre as disciplinas de Português e História e Geografia de

Portugal. Os alunos pesquisaram informações sobre a viagem de Fernão de Magalhães nos recursos existentes na Biblioteca e online e, sob orientação das docentes, aplicaram essas informações/conhecimentos em trabalhos escritos. Os trabalhos realizados correspondem aos conteúdos que desenvolveram nas aulas destas disciplinas, tanto no que diz respeito à disciplina de História e Geografia de Portugal, sobre a viagem de circum-navegação, como à disciplina de Português, no que diz respeito à aprendizagem de como realizar textos não literários: a carta, a notícia, o roteiro, a entrevista, o texto publicitário, o texto informativo, o diário e a biografia. Para compor o cenário, fomos ao " baú" da escola e colocámos novamente os barcos a navegar com o " Poema da Malta das Naus". Os alunos acabaram assim por viajar nos poemas de António Gedeão e refletir sobre as diferenças culturais e históricas.



Alunos: Carolina, AndrĂŠ, Francisco, Soraya


Vem descobrir novas ilhas e faz parte desta tripulação comandada por Fernão de Magalhães”

CONHECE, JUNTA-TE E DIVERTE-TE!

19 de setembro às 14:00 em Sanlúcar de Barrameda

NaviBoat

Traz roupa, pode durar muito tempo !!!


Alunos: Sandra, Gil e Martim Fonte: https://seguindopassoshistoria.blogspot.com


Especificações dos navios:

Os navios e a tripulação:

Trinidad:

Concepción:

Capacidade de carga: 110 toneladas

Capacidade de carga: 90 toneladas

Preço da embarcação: 275.000 maravedis

Preço da embarcação: 228.750 maravedis

Capacidade de carga: 75 toneladas

Capitão: Gaspar de Quesada

Preço da embarcação: 187.500 maravedis

Número de tripulantes: 41

San Antonio:

Victoria:

Santiago:

Capacidade de carga: 120 toneladas

Capacidade de carga: 85 toneladas

Capacidade de carga: 75 toneladas

Preço da maravedis

Preço da embarcação: 300.000 maravedis

Preço da embarcação: 187.500 maravedis

embarcação:

Capitão: Juan de Cartajena Número de tripulantes: 57

330.000

Capitão: Luís de Mendonza Número de tripulantes: 42

Capitão: Juan Serrano Número de tripulantes: 33


Olá, somos marinheiros ao serviço de Fernão de Magalhães… Vamos contar-vos algumas curiosidades sobre esta viagem fantástica…


Falava-se acerca de um suposto estreito que Fernando Magalhães alegava existir ao sul da América do Sul. Baseado no mapa do cosmógrafo alemão Martin da Boêmia (14591507), Magalhães apontava que para o sul do Rio da Prata, haveria uma passagem que os levaria até o outro lado do continente, até o oceano que para o sul do no desconhecido (o oceano Pacífico), servindo aquela passagem como um atalho.

Em 10 de agosto, sob o som de tiros de canhões, os cinco navios deixaram Sevilha pelo rio Guadalquivir e navegaram até o porto de San Lucár de Barrameda, onde aguardariam até o dia da partida. Nesse período nem todos os membros da tripulação se encontravam em Barrameda, por exemplo, o próprio Magalhães permaneceu mais alguns dias em Sevilha preparando o seu testamento.


Nesse período nem todos os membros da tripulação se encontravam em Barrameda, por exemplo, o próprio Magalhães permaneceu mais alguns dias em Sevilha preparando o seu testamento. Entre as recomendações que ele deixou estava a doação da décima parte dos rendimentos da expedição para quatro conventos em Sevilha, Aranda, Duero, Barcelona e Oporto. Fernão de Magalhães exigiu inicialmente que todos fossem à igreja, todos os dias e se confessassem com regularidade. Embarcou também na Trinidad um geógrafo e escritor italiano chamado António Pigafetta, mais conhecido pelos espanhóis como Antonio Lombardo. Havia um malaio chamado Henrique, que tinha nascido em Sumatra, era o escravo de Magalhães e também atuou como intérprete.


Os tripulantes eram de várias nacionalidades: portugueses, espanhóis, italianos, franceses, flamengos, gregos, alemãs, um inglês, africanos, um malaio e outros de nacionalidades desconhecidas.


https://drive.google.com/file/d/1JqjLrQ_xa4Sq3 KnsDMi0CG9wAfn3qrRR/view?usp=sharing


CircumNavegação Fernão de Magalhães

Fonte: https://pt.wikipedia.org


Este é o Fernão de Magalhães:

• Fernão de Magalhães foi quem fez a circumnavegação


Começo da viagem Dia 20 de Setembro de 1519 A viagem começou no dia 20 de Setembro de 1519 em San Lúcar de Barrameda , iam 5 navios com 237 navegantes; de seguida foram para as Canárias onde atracaram na ilha de Tenerife.


Nos primeiros dias, correu tudo bem, porque Fernão de Magalhães já era um navegador experiente e bastante disciplinado. Mas uma das regras que ele impôs foi que o navio dele fosse sempre à frente.

Na ilha de Tenerife…

Durante a noite os navios acendiam tochas, para marcar a sua localização, e sinalizar mudanças de rumo, e mudanças nas velas. Durante a noite a tripulação substituía-se em três turnos: o primeiro ao anoitecer, o segundo à meia-noite e o terceiro de madrugada.


Viagem de Tenerife até à baía do Rio de Janeiro Chegaram a Tenerife e estiveram lá três dias, abasteceram-se com carne, água e lenha. Depois foram para o porto da Montanha Vermelha e ficaram lá mais três dias onde se abasteceram de peixe. No dia 2 de Outubro prosseguiram viagem. Depois passaram pela costa da Guiné até chegarem à Serra Leoa onde foram atingidos por uma forte tempestade que os levou até ao Brasil, mas isso ainda demorou alguns dias. ..


Viagem ao Cabo de St. Agostinho No dia 29 de novembro avistaram o Cabo de St. Agostinho ,no Brasil, lá encontraram alguns indígenas e com eles conseguiram alguma comida como abacaxis, carne de anta, batatas e canas de açúcar. No dia 13 de dezembro pararam no porto da baía do Rio de Janeiro e lá ficaram uns bons dias . Deram aos indígenas baralhos de cartas, cintos, anzóis, facas, etc.


Os barcos utilizados Levaram 5 naus com o total de 237 homens chamadas: • Victoria - levava 45 homens • Trinidad - levava 62 homens

• San António - levava 55 homens • Concepción - levava 44 homens

• Santiago - levava 75 homens


Fernão de Magalhães • Fernão de Magalhães morreu no dia 27 de abril de 1521 por causa de

uma batalha contra os habitantes da ilha Macatan, nas Filipinas. Ele morreu porque foi atingido por uma flecha


Ant처nio Pigafetta

Ant처nio Pigafetta foi um escriv찾o da viagem de circum navegac찾o

https://www.youtube.com/watch?v=2u2U0PU69cg



América do Sul, 21 de novembro de 1520 Querida Matilde,

Já tenho muitas saudades tuas! Há muito tempo que ando no mar e temos enfrentado muitos perigos. Mas também vivemos muitas aventuras. Quero contar-te o meu encontro com os “patagões”. Na praia encontramos uma pessoa gigante que estava a brincar, a cantar e a mandar areia para cima dele próprio. O capitão mandou um marinheiro fazer contacto com ele, nós estávamos com medo, mas ele não lhe fez mal nenhum. O marinheiro disse que o gigante tinha uma voz forte como um touro, possuía grandes cabelos, o corte de cabelo lembrava o cabelo dos frades, vestia um manto feito com pele de guanaco, tinha uma mala com flechas e um arco e também tinha a cara pintada. O capitão ficou espantado com aquele ser e deu-lhe o nome de patagão porque tinha uma pata muito grande e batizou aquela terra de Patagónia. Passado algum tempo foram aparecendo cada vez mais, eles traziam os filhos e as esposas. As mulheres deles não tinham um rosto muito bonito, eram obesas e eram mais baixas que os homens. Os gigantes eram amigáveis e trocavam comidas por bugigangas, especialmente as feitas de ferro. O comandante ficou interessado em levar alguns deles para a Espanha, tendo ordenado a captura de dois deles, mas estes morreram meses depois durante a viagem. A vida a bordo não é fácil porque muitas vezes ficamos sem comida e água. Como muitas vezes não temos nada para fazer, começa a haver brigas. Eu estou com saudades, quero voltar para os teus braços. Adeus, minha amada…

Do teu sempre amigo, Joaquim Bacalhau



Diário de Bordo San Lúcar,19 de Setembro de 1519

Na manhã de 19 de Setembro, finalmente estava tudo pronto para a viagem e as cinco caravelas estavam prontas. A bordo já estavam os mantimentos todos: 22 000 libras de biscoitos, sacos de farinha, feijões secos, lentilhas, arroz, 5700 libras de porco salgado, 200 toneladas de sardinhas, 1000 queijos, 500 cordões de alhos e cebolas, 1500 libras de mel, 3000 libras de uvas secas e ameixas, açúcar em quantidade suficiente.

Para os barcos temos preparado: âncoras sobressalentes, amarras, pez, alcatrão, troncos de árvores para podermos mudar de mastros e tela para substituir as velas levadas pelos ventos da tempestade. Ainda levamos: fios de pesca e milhares de anzóis, velas e ferramentas, instrumentos de navegação, compassos e ampulhetas, astrolábios e quadrantes, cinco tambores, vinte tamborins, alguns pífaros e rabecas para que os nossos possam dançar. Levamos para a troca: espelhos e campainhas, mais 400 dúzias de facas, 50 dúzias de tesouras, braceletes de couro, pentes, vidrilhos e para acabar, lenços de cor, barretes vermelhos e alguns fatos à turca e iremos trazer especiarias. Para a nossa defesa levamos: canhões, falconetes, morteiros e muitas munições.

Também embarcamos sete vacas bem gordas e, enquanto estiverem vivas, darão leite e queijo. Dá para cada homem comer duas rações por dia durante dois anos… Diz-se que os marinheiros gostam de vinho, eu mandei armazenar a bordo 417 odres e 250 toneis do melhor Xerez. A minha armada é constituída pelas seguintes naus: o San António de 120 toneladas, a Conception de 90 toneladas, a Victoria de 85 toneladas, o Santiago de 75 toneladas e finalmente a Trinidad de 110 toneladas.

É numa sala no final do barco Trinidad que eu escrevo este diário, onde eu durmo porque faço da sala quarto e tenho um criado malaio que se chama Henrique. O tempo hoje esta mau, os homens estão um pouco exaltados e com medo que alguma coisa corra mal ou que os barcos se afundem. Amanhã embarcarão 265 homens em 5 navios. Deus nos ajude!!! Fernão de Magalhães


Alunos: Raquel Pereira, Maria Madalena, David Caeiro, Dinis Caeiro Fonte: seguindopassoshistoria.blogspot.com


A morte de Fernão Magalhães No passado de 27 de abril do ano de 1521 morreu Fernão de Magalhães um

navegador português ao serviço do Rei de Espanha, na ilha de Macatan, nas Filipinas vítima de uma flecha envenenada. Fernão de Magalhães encontrava-se a fazer uma viagem de circum-navegação ao

globo terrestre. Esta viagem começou a 10 de agosto de 1519 e durante dois anos as suas naus percorreram os mares com o objetivo de chegar ao oriente, navegando para oeste, e encontrar a passagem entre os dois oceanos, o Atlântico e o Pacifico. Na viagem de regresso, na ilha de Macatan, quando estava a comandar um ataque a uma tribo local, a meio da refrega, foi mortalmente atingido numa perna por uma flecha envenenada, disparada por um dos guerreiros do chefe Lapu-Lapu. Apesar de o seu capitão ter morrido continuaram a viagem, mas agora sob o comando do capitão de Sebastian Elcano.


Trabalho realizado por Afonso , Laura, Miguel e Margarida


Entrevista a Juan Sebastian Elcano


El Cano foi um navegador e explorador Espanhol mais conhecido como Juan Sebastian Elcano. Completou a primeira circum-navegação do mundo organizada e iniciada por Fernão de Magalhães. Assumiu o comando da navegação após a morte de Magalhães em 1521 nas Filipinas e comandou a nau Victoria. Vamos ver o que ele tem para nos contar...


Estamos aqui hoje a entrevistar o navegador Juan Sebastián Elcano que completou a viagem de circum-navegação.

É um prazer falar consigo. Conte-nos um bocadinho sobre a sua vida. Olá. Também para mim é um prazer falar convosco. Eu sou um navegador espanhol. Fui eu que assumi o controlo da nau após a morte de Magalhães. Tenho dois irmãos. Sou filho de Domingo Sebastián Elcano I e Catalina del Puerto. Sou de nacionalidade Castelhana. Aos vinte anos comecei a trabalhar. O meu trabalho era transportar soldados espanhóis em barcos de guerra.


Quando e onde começou esta viagem?

A circum-navegação começou em Espanha em 1519, foi uma viagem muito emocionante. Quando Fernão de Magalhães morreu e você assumiu o controlo, de onde e quando partiram? Eu não sei bem onde ficamos, mas foi numa ilha do arquipélago das Molucas. Foi só no dia 21 de dezembro, dia de São Tomás, por volta do meio-dia, que a nau Victoria iniciou a sua viagem de retorno a Espanha. Durante a manhã os últimos preparativos foram feitos, o que incluiu levar cartas dos tripulantes do Trinidad.


Quando saíram da ilha, como estava lá o tempo?

Choveu, mas o dia mais marcante foi no dia 10 de janeiro de 1522, devido a uma forte tempestade. Eu achei por bem aportar na ilha Malua e reabastecer de alimentos e água. Reparei que eram canibais, mas todavia não causaram danos nos navios, nem nas tripulações. Devido ao mau tempo, batemos e houve um rombo no casco, tivemos de lá ficar 15 dias para o reparar.


Teve contacto com canibais??????? Sim. A 10 de janeiro de 1522, devido a uma forte tempestade numa ilha chamada Malua , mas não me causaram problemas. E quanto aos danos nos navios? Fale-nos sobre eles. Os danos da nau Victoria não foram tão grandes como os da Trinidad, mas demorou meio mês para a reparar. No entanto, esta nau acabou por ser aprisionada pelos portugueses no Índico. Somente a nau Victoria chegou ao seu destino.


Vocês não navegaram em águas portuguesas contra o que estava escrito no tratado de Tordesilhas???? Sim. Para regressar atravessámos o Índico e dobrámos o Cabo da Boa Esperança sempre com receio de sermos caçados. Mas eles não me apanharam e também era o caminho mais rápido e mais conhecido…

Pararam no caminho de volta em Cabo Verde. Porquê? A 6 de maio de 1522, a nau Victoria teve que parar porque alguns tripulantes morreram (ao todo 21)e tivemos que ir buscar comida e água. Aí alegámos ter-nos perdido no regresso das Índias Ocidentais que pertenciam a Espanha. Mas como não coseguimos esconder a nossa carga de cravinho acabámos por ter de fugir.


Em que dia chegou a San Lúcar de Barrameda??? Chegámos a 6 de setembro de 1522 , após 3 anos de viagem, ao porto de onde saímos. O que sentiu nessa altura??? Fiquei muito emocionado , nunca pensei sobreviver !!! Quantos homens morreram na sua viagem enquando era capitão???? Morreram 21 homens e 13 ficaram detidos em Cabo Verde… pelos portugueses…


Quantos homens chegaram consigo??? Chegaram 18 homens. Em que estado chegaram os seus homens??? Chegaram bastante magros e enfermos‌ Em que dia chegaram a Sevilha??? Chegåmos no dia 8 de setembro de 1522 mas desembarcåmos no dia 9 de setembro.


O que é que fizeram quando desembarcaram?? Fomos descalços, cada um com uma vela, em procissão até à igreja de Santa Maria de Vitória. Nem acreditávamos que tinhamos sobrevivido e fomos agradecer à Nossa Senhora…

Agradecemos imenso a sua presença, sabendo que é imensamente ocupado nas suas viagens e aventuras, proporcionou-nos algum do seu tempo para realizar esta extraordinária entrevista. Obrigada!


Informação retirada de:

http://bibliotecagualdimpais.blogspot.com/ http://seguindopassoshistoria.blogspot.com/ 2014/02/magalhaes-e-elcano-primeiraviagem-ao.html https://pt.wikipedia.org/wiki/Juan_Sebasti% C3%A1n_Elcano


Exposição na BE da Escola. Dezembro 2019


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