Carlie ferrer o assassino o quanto você se arriscaria por amor

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possibilidade que justificava ele não ter aparecido, era que ele soubesse exatamente o que aconteceria ali naquela noite, que ele soubesse que era uma armadilha. Mas isso só seria possível, se fosse realmente Inácio. Por um momento, Maria torceu que o perseguidor aparecesse, precisava que ele aparecesse para provar de uma vez por todas que não era Inácio. Olhou novamente para trás, procurou qualquer barulho, qualquer sinal de alguém a espionando, mas nada. Ele não estava ali. Olhou para o castelo, para a torre esquerda, mas nem sombra de Inácio. Onde ele estaria? De repente, ouviu um barulho vindo da casa de Lucena, se sobressaltou e correu até lá, mas era Stanley. -O que está fazendo aqui? Vai estragar tudo! – Reclamou ele. -Estragar o quê? Ele claramente não veio. Não me permitiria entrar no castelo sem ser assombrada antes. Onde está o Inácio? Por que não está com você? -Maria, o que menos precisamos agora é do Inácio ter um surto, alguma coisa acontecer com você, e a gente ficar sem saber se foi ele. Ele não vai aparecer. -O que fez com ele? -Ele está bem, apenas o amarrei em sua cama para que ele não apareça e estrague tudo. Maria ficou por um lado aliviada, ainda tinha uma chance de Inácio não ser o perseguidor, e por outro lado preocupada, se ele não tinha como aparecer, quem a salvaria? De repente foi como se as coisas se juntassem em sua mente, se Inácio não era quem a perseguia, claro que o verdadeiro perseguidor estava por ali, mas estava esperando o momento certo, o momento em que Maria entregasse quem mais estava com ela, como acabara de fazer. Quando se virou para falar com Stanley, era tarde. Viu apenas um vulto com um machado acertar o cabo do machado na cabeça de Stanley, que caiu no mesmo instante. Então Maria gritou e correu. O homem a perseguiu com o machado na mão, mas Maria entrou diretamente no castelo, Inácio avisara que deixaria o portão aberto caso ela mudasse de ideia e quisesse entrar, mas o perseguidor entrou também atrás dela. Ela pensou em correr para dentro do castelo, mas não levaria alguém com um machado para perto de Inácio amarrado, e não daria tempo de soltá-lo antes que o perseguidor a alcançasse, deu a volta pelo castelo e saiu para a rua novamente, seu coração parecia que ia sair pela boca e suas pernas já não a obedeciam, estava muito cansada. Sentiu raiva por Stanley ter amarrado Inácio, como ele a salvaria? Se algo acontecesse a ela, Inácio nunca se perdoaria, precisava se salvar. Entrou na casa de Lucena, e percebeu que Stanley não estava mais lá. Então correu pelos fundos da casa, mas não tinha saída, a casa dela dava num dos enormes muros do castelo. Maria estava perdida, tentou correr para o outro lado, mas quando se virou, lá estava ele. Parado, com o machado na mão, uma blusa de capuz que cobria seu rosto, mas sua estatura não era igual a de Inácio. Ou era? Maria virou-se de repente para o lado e correu, mas alguma coisa chamou sua atenção e ela olhou para trás, sem parar de correr, então trombou com tudo em uma árvore e caiu para trás com a cabeça machucada. Ouviu passos atrás dela, tentou, mas não teve coragem de olhar, então ouviu um grito perto dela e Stanley a levantou com rapidez e a carregou para fora da casa, bem a tempo de um estrondoso barulho acontecer onde estavam antes. Stanley a colocou no chão, Maria percebeu que sua cabeça sangrava, a de Stanley também, seu rosto estava coberto de sangue. -Seu rosto. – Ela comentou. -Não se preocupe, estou bem. -Que barulho foi esse? -Uma bomba que eu fiz. Mas ela não mata, contém um gás forte que vai fazer esse perseguidor desmaiar. Vamos esperar um pouco, o efeito do gás abaixar e enfim descobriremos de uma vez por todas quem está fazendo isso.


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