Predestinados

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277 — Acabei de me dar conta que lutamos o dia todo — falou Helen enquanto tentava, e falhava, escapar da chave de braço dele pela décima vez. — E acho que não ganhei nem uma vez. — Faz quanto tempo? — perguntou ele curioso de repente sobre algo que ela não entendeu logo. Ele inclinou a cabeça, olhou o relógio na parede, depois para Helen. — Você já está com seus relâmpagos de novo? Helen conectou-se com aquela estranha sensação na parte de baixo da barriga e sentiu uma faísca lá. Ela assentiu um pouco surpresa e ele segurou na mão dela colocando-a em pé. — Então vamos lá experimentar — disse ele com um sorriso largo enquanto a guiava para fora do ginásio. — Espere — disse Helen, em dúvida, detendo Lucas com a mão esticada. — Meu relâmpago quase o matou hoje. — Porque você ainda não sabe como controlá-lo. — Lucas se virou e colocou as mãos sobre os ombros dela. — Você precisa aceitar isso. Sei que faz você morrer de medo, mas, por mais duro que pareça, você simplesmente precisa superar isso. Isso é quem você é, Helen. E eu não tenho medo de você, ou dos seus relâmpagos. Então, você também não deveria ter. Helen olhou para Lucas. Os olhos dele estavam tão tranquilos, tão receptivos. — Sabe de uma coisa? — disse ela em pé, se endireitando. — Eu quero aprender a controlar meu relâmpago. — É isso aí! — quase gritou ele. Quando chegaram do lado de fora, viram a caminhonete de Hector encostando e o restante da família descendo. — Vamos testar os relâmpagos dela! — berrou Lucas na direção deles. Jason e Hector trocaram olhares rápidos. Ambos dispararam a correr. — Há quanto tempo foi aquilo? — gritou Hector acelerando na direção deles tonto como uma criança. — Há mais ou menos uma hora e quarenta e cinco minutos — respondeu Lucas. — Ela bebeu oito litros de água. — E ainda estou com sede — admitiu Helen.


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