Dezesseis luas

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anos. Ela estava histérica. — Ela sou eu, é por isso que o medalhão quer que eu veja isso. Está me avisando para ficar longe de você. Para que eu não sofra por você depois que for para as Trevas. Marian abriu os olhos, que estavam maiores do que eu jamais os tinha visto. O cabelo curto, normalmente arrumado e perfeitamente no lugar, estava bagunçado e revirado. Ela parecia exausta, mas cheia de vida. Eu conhecia aquele olhar. Era como se minha mãe estivesse ali, em seu rosto, especialmente ao redor dos olhos. — Você não foi Invocada, Lena. Não é boa nem ruim. O que você sente é por ter 15 anos e meio na família Duchannes. Conheci muitos Conjuradores na minha vida, e muitos Duchannes, tanto das Trevas quanto da Luz. Lena olhou para Marian, atônita. Marian tentou recuperar o fôlego. — Você não vai para as Trevas. Você é tão melodramática quanto Macon. Agora se acalme. Como ela sabia sobre o aniversário de Lena? Como ela sabia sobre Conjuradores? — Vocês dois têm o medalhão de Genevieve? Por que não me contaram? — Não sabemos o que fazer. Cada um nos diz pra fazer uma coisa. — Me deixe vê-lo. Enfiei a mão no bolso. Lena colocou a mão no meu braço e hesitei. Marian era a melhor amiga da minha mãe, e era como se fosse da família. Sei que não devia questionar os motivos dela, mas segui Amma até o pântano para se encontrar com Macon Ravenwood, coisa que eu jamais imaginaria ver. — Como vamos saber que podemos confiar em você? — perguntei, me sentindo mal até mesmo por perguntar. — "A melhor maneira de descobrir se podemos confiar em alguém é confiando." — Elton John? — Quase. Ernest Hemingway. À maneira dele, foi como um rock star daquela época.


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