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c. 1584 - Guarujá - Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande
c. 1584 – GUARUJÁ
FORTALEZA DE SANTO AMARO DA BARRA GRANDE
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Rua Messias Borges, Praia de Santa Cruz dos Navegantes Uso original – fortificação militar Uso atual – Museu Histórico da Fortaleza da Barra de Santo Amaro 1ª edificação, c.1584 – Projeto Giovanni Battista Antonelli / 2ª edificação, c. 1750 Tombamentos – Sphan, 1964 / Condephaat, 1980 Foto – Marcos Piffer, 2015 “A Fortaleza da Barra Grande até hoje representa uma guardiã da entrada do canal da barra do porto de Santos. Abandonada durante muito tempo viu árvores crescerem por entre pedras, e uma delas bem ao lado de uma das guaritas. Foi esta relação entre a história ou o patrimônio abandonado, a natureza e a cidade de Santos, que aparece ao fundo, que busquei ao realizar a imagem.” Marcos Piffer
Uma fortaleza em meio à paisagem urbana chama a atenção. Quanto mais em frente à orla de Santos, tomada por altos edifícios. Ela facilmente salta aos olhos e atiça a imaginação. Seu interior contendo antigos canhões, grades de ferro e paredes construídas com pedras e conchas de sambaquis evocam o início da colonização do Brasil. Podemos nos sentir índios e pensar no contraste da fortificação com a natureza ao redor, quando foi construída no final do século XVI. Ou soldados e corsários em contato com uma cultura e uma paisagem desconhecidas. Experiências que um espaço que nos remete a mais de quinhentos anos atrás é capaz de proporcionar. A Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, também conhecida como Fortaleza da Barra, é considerada o mais importante conjunto arquitetônico militar do Estado de São Paulo. O principal de um complexo de fortificações coloniais erguidas durante os séculos XVI, XVII e XVIII para proteger a região e garantir a posse de Portugal sobre as terras conquistadas. Destituída de sua função original em 1911, foi até o final dos anos 1960 utilizada pelo Exército como posto fiscal, depósito de materiais, presídio político, escola, local de aquartelamento, alojamento e sede náutica do Círculo Militar de Santos. Foi aos poucos se deteriorando até chegar a ruínas. No final do século XX, vista de Santos parecia um escombro em meio à vegetação. Nestes tempos, provocou medo e inspirou a criação de lendas e fantasmas pela população local. Uma ação iniciada nos anos 1990 contribuiu decisivamente para mudar este cenário. Depois de um longo trabalho liderado pela Universidade Católica de Santos, que compreendeu a sensibilização dos moradores de Santos e Guarujá, a implantação no local de um núcleo de educação comunitária e o estabelecimento de parcerias entre instituições públicas e privadas, o edifício foi finalmente restaurado. A Fortaleza foi reconhecida como museu histórico pelo Instituto Brasileiro de Museus no final de 2013. Sua missão é promover a valorização e preservação do patrimônio cultural e da memória histórica da cidade de Guarujá, constituindo um espaço de fomento cultural e disseminação de conhecimentos.