Folha de Palotina - 30 de abril de 2009

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30 de Abril de 2009

TRÂNSITO A Folha de Palotina entrevistou o Secretário Municipal de Viação, Obras e Serviços Públicos, Édio Zoz

Célio Vieira

Reestruturar para diminuir velocidade e preservar vidas REPORTAGEM: CÉLIO VIEIRA

Um dos assuntos que movimenta a comunidade em opiniões e algumas ações diz respeito ao elevado número de acidentes. De imediato, enfatiza-se mais uma vez o projeto de implantação da ciclovia. Na realidade, por si só, este incontestável benefício não significa a solução para tantos problemas diários. Em entrevista à Folha de Palotina, o secretário municipal de Viação, Obras e Serviços Públicos, projeta o que está sendo estudado e elaborado, visando uma reestruturação do trânsito na cidade, sempre lembrando que, por mais medidas que se tomem, há necessidade de maior educação e cumprimento das leis que norteiam motoristas e pedestres. Desde o início da atual Administração, o estudo sobre as reais necessidades de reestruturação do trânsito em Palotina está sendo detalhado. A ciclovia, esclarece o secretário Édio Zoz, “é um dos componentes para tal, e não a única solução quanto aos dois reais problemas que enfrentamos atualmente: o excesso de velocidade, em especial nas avenidas, e o alto número

Édio Zoz: “reestruturação afetará vários aspectos para o trânsito, como ciclovia, rotatórias, intersecções, uso de vias secundárias, iluminação, calçadas adequadas e estacionamentos oblíquos em alguns setores, entre outros pontos”

de acidentes diários”. Neste sentido, ele informa que todas as mudanças que ocorrerão a curto e médio prazo, esta em fase de estudo técnico e que envolve diversos órgãos, como Ibama, secretarias de Educação, Planejamento e Finanças, técnicos de engenharia de trânsito e Copel, entre outros. “O perfil principal de tudo o que será implantado visará sempre um bom fluxo de trânsito, segurança para ciclistas e para pedestres. No entanto, o assunto é complexo, porque faremos uma intervenção em vários aspectos das vias e necessi-

tamos de pareceres, estudos e projetos de diversas áreas técnicas e de órgãos que atuarão em parceria”. Velocidade e proteção – Como tudo está em fase de estudo (que antecede o projeto propriamente dito) e as soluções devem ser colocadas em prática de forma definitiva e não paliativa, como salientou, estabelece alguns dos aspectos que começam a formar a estrutura básica do projeto de reestruturação. “A ciclovia é um componente importante e deverá ser implantada, no canteiro cen-

tral das avenidas Independência e Presidente Kennedy. Mas, a aparente morosidade se deve a diversos fatores. Qual a extensão do trajeto, por exemplo, no lado para a saída à cidade de Francisco Alves? Existe um volume considerável de ciclistas e veículos para este trajeto que necessitaria de alargamento? Por outro lado, o ciclista que trafega pela Avenida Presidente Kennedy terá trechos livres sem tráfego de veículos cortando a ciclovia nas ruas laterais e transversais à principal via? E o aspecto das calçadas, estacionamentos oblíquos ou da iluminação que exigirá intervenções em árvores (algumas até com possibilidade de serem derrubadas e que exigirão licenciamento especial). Rotatórias, lombadas, obstáculos?...” Todas estas questões fazem parte de um profundo estudo que inclui mudanças e uso mais adequado das ruas transversais (como se fossem vias coletoras); reperfilamento asfáltico nestas mesmas vias, sinalização ostensiva, bloqueio de intersecções em vários trechos para que os ciclistas possam se deslocar com tranqüilidade, mas que respeitem também as ruas que cortarão esta via; a obe-

diência quanto a fluxo e direções em rotatórias e, sobretudo, todos os meios possíveis para diminuir a velocidade de veículos, sejam carros, ônibus ou caminhões. Um detalhe importantíssimo neste grande plano, enfatiza Édio Zoz, diz respeito aos valores para investimento. “São obras significativas e que demandam muitos recursos. Daí o cuidado que temos para apresentar soluções para um trânsito adequado, e que serão implantadas de uma forma dinâmica, mas com prazos determinados. Como frisei, não será de uma hora para outra. Pretendemos iniciar no segundo semestre, após as devidas aprovações dos projetos e recursos e, com certeza, iremos avançar na totalidade das obras até o próximo ano. A estrutura básica poderá inclusive ser mudada, pela flexibilidade do futuro projeto, pois outros fatores poderão exigir pequenas alterações. No entanto, é bom sempre destacar que toda esta reestruturação vai depender de um fato básico: o entendimento da população e o respeito pela vida de cada um dos palotinenses, através da obediência às leis e às condutas com relação ao que será implantado”.


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