Procura se um marido carina rissi

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alguma coisa. Quando voltei para minha sala, estranhei ao ver Vanessa à minha mesa, mexendo em meu computador. - O que você esta fazendo ai? – grunhi. - O computador é da empresa, Alicia. O da minha mesa travou, precisava enviar um arquivo, mas já enviei – ela se levantou rapidamente. – Animada com a festa de amanhã? Seu marido parece meio distraído... - Vanessa, na boa, não estou num dos meus melhores dias e agradeceria se você não me obrigasse a chutar sua bunda hoje. - Seus dias ainda vão piorar muito – ela disse sorrindo, antes de se afastar. Bem que eu queria arrancar aquele sorriso cínico da cara dela, mas Vanessa já e causara muita dor de cabeça, então deixei minha fúria assassina de lado. Por culpa dela, eu vivia em estado de alerta quando via um jornal, com medo de que ela tivesse cumprido a ameaça que fizera a Max. O fato de eu ainda não ter encontrado nada nos jornais não significava que jamais encontraria. Max havia combinado com Paulo de esticar depois do expediente, de modo que pegaria carona com o amigo para voltar para casa. O que foi o arranjo perfeito, já que Mari havia marcado um jantar com seu amigo advogado para aquela noite de sexta, e eu não queria que Max soubesse. Não contei a ele sobre o jantar com Boris, pois teria que explicar tudo desde o começo e... Ok, eu não dissera toda a verdade na noite anterior, mas falara um pouco e já era o começo. Ele reagira muito bem, e me peguei pensando que, se eu lhe contasse aos poucos, com jeitinho, ele entenderia e não me odiaria por ter melado sua promoção e colocado sua carreira em risco. Ao menos não odiaria muito. - Ah, Lili, desculpa, mas não vai dar pra me encontrar com você e o Boris – Mari disse ao celular quando eu já estacionava meu carro novo amarelo emprestado em frente ao bar-restaurante em que havíamos combinado. Nunca tinha ido aquele lugar antes, mas Mari me explicara como chegar, então não me perdi. – A megera da Bruna ligou agora há pouco e está vindo em casa falar com a minha mãe. Ela quer saber quais as minhas intenções. Dá pra acreditar? Eu podia sentir seus olhos revirarem nas órbitas. - Não... Pensando bem, vindo da família do Breno, acho que dá, sim – ri. - Não tem problema se eu não aparecer? - Não. Eu me viro. Você já me ajudou bastante marcando essa reunião, e com certeza vai enfrentar uma noite nada agradável. - Pode apostar. Me liga depois pra contar como foi. O bar- restaurante era até bacana, com um toque italiano nas paredes decoradas com fotos antigas e mesas grandes e familiares. Boris já me esperava, sentado a uma mesa próxima ao bar. Eu esperava alguém forte e enorme, e até


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