POLÍTICA INDUSTRIAL
ROTA 2030 EM RESUMO
H
á três medidas no programa: compromissos mínimos de segurança e eficiência energética para a comercialização de veículos no País; criação do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores – Rota 2030 Mobilidade e Logística, que incentiva atividades de P&D no País; e mecanismos para desenvolvimento da cadeia de autopeças. Entre os objetivos da nova política industrial estão o estímulo à geração de inovação por meio de P&D, o avanço da eficiência energética, com redução de consumo de combustível e emissões de CO2, valorização de biocombustíveis, evolução da segurança veicular e aumento da competitividade da indústria automobilística brasileira. O governo promete conceder até R$ 1,5 bilhão em incentivo a pesquisa e desenvolvimento para atender
as empresas fabricantes de veículos e autopeças. As empresas que importarem autopeças sem produção equivalente no País, que hoje já possuem alíquota reduzida de imposto de importação a 2% no regime ex-tarifário, terão a alíquota reduzida a zero. Em contrapartida, deverão fazer aportes em P&D desses recursos para fundos de desenvolvimento da cadeia de autopeças. Entre as tecnologias previstas para introdução nos novos veículos, a título de maior segurança e eficiência energética, estão motores turboalimentados e com injeção direta, transmissões CVT e câmbios com maior número de marchas; controle eletrônico de estabilidade e tração (ESC); frenagem de emergência (AEB); assistente de mudança de faixa (LKW ou LKA); piloto automático adaptativo (ACC).
O PONTO DE VISTA DAS ENTIDADES DO SETOR ABEIFA – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores JOSÉ LUIZ GANDINI, PRESIDENTE “A Abeifa participou de todas as reuniões sobre o Rota 2030 desde fevereiro de 2017. Sempre apoiou o programa porque, diferentemente do Inovar-Auto, o Rota 2030 traz isonomia tributária entre nacionais e importados. O programa traz benefícios para os importadores porque o setor automotivo brasileiro – veículos nacionais e importados – precisa de previsibilidade e isonomia tributária.”
AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva EDSON ORIKASSA, PRESIDENTE “Por mais de um ano, a AEA participou de todas as reuniões para a preparação do programa Rota 2030, sempre com posicionamentos técnicos em todas as matérias em debate. Além da previsibilidade para o setor automotivo brasileiro, o programa vai elevar a qualidade do produto nacional em relação ao consumo, emissões veiculares e segurança. As principais novas tecnologias proporcionadas pelo Rota 2030 estão relacionadas ao powertrain, sistemas de segurança, conectividade, veículos elétricos e híbridos, qualidade de combustíveis.”
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