Revista Automotive Business - edição 12 | dezembro de 2011

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POWERTRAIN

REVOLUÇÃO NO MOTOR INDÚSTRIA PROMOVERÁ IND

DOWNSIZING, COM TURBO DO E IN INJEÇÃO DIRETA. PSA SERÁ PIONEIRA NA PARTIDA A FRIO PIO EM LARGA ESCALA. PAULO RICARDO BRAGA

PROTÓTIPO DA MAHLE 1.2 de 3 cilindros, turbo e injeção direta

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omadas as emissões dos motores diesel, como manda a fase sete do Proconve, Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, o governo estuda a possibilidade de impor regras ou incentivar a eficiência energética dos veículos leves emplacados no País, o que implica diretamente estímulo à redução de emissões. A legislação brasileira disciplina as emissões de gases veiculares nocivos à saúde, mas não há metas de emissões de CO2, do efeito estufa, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos (com o Cafe) e na Europa. O nível de dióxido de carbono no escapamento está relacionado aos padrões de consumo de combustível. Junto com o aperto da legislação, a

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concorrência crescente no mercado interno, a importação de veículos de alto desempenho, as exigências crescentes do consumidor e sua consciência ambiental vão tirar da acomodação os fabricantes locais para uma evolução importante no powertrain. Até hoje eles ofereceram motores baratos, que passaram por evolução contínua mas insuficiente para levar a patamares elevados de desempenho e assegurar competitividade nas exportações. A atual Nota Verde do Proconve permite comparar o volume de gases eliminados na atmosfera por diferentes veículos e inclui o nível de CO2 declarado pelo fabricante na homologação do carro. Já a Etiqueta Veicular do Inmetro, Instituto Nacional de Metrologia, com adesão voluntária dos fabricantes de carros e comerciais leves pelo menos até o fim de 2012, traduz a eficiência dos motores no aproveitamento da gasolina ou do etanol, classificando o rendimento em tabelas comparativas, similares às dos selos Procel e Conpet

de economia de energia para orientar a compra de eletrodomésticos elétricos ou a gás, respectivamente. A Nota Verde e a Etiqueta Veicular são de relativa utilidade para quem deseja encontrar informações e tomar decisão de compra, mas é possível esperar um novo cenário, já que o tema passa a ser considerado relevante para os ministérios do Desenvolvimento e Ciência e Tecnologia, que pretendem elevar a um patamar tecnológico superior os produtos automotivos locais, o que inclui maior rendimento dos motores e limitação de emissões. O programa atual de etiquetagem veicular foi lançado em novembro de 2008, no Salão do Automóvel, em São Paulo, pelo então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e regulamentado pela Portaria 391 do Inmetro, de 4 de novembro do mesmo ano. A avaliação do instituto teve início em 2009 e os procedimentos adotados chegaram a provocar controvérsia, mas hoje a maioria das montadoras já se inscreveu para colocar o selo no


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