Nova_Sede_CASA1-República_de_Acolhimento_LGBTQI+

NOVA SEDE CASA1- repĂşblica de acolhimento lgbtqi+

NOVA SEDE CASA1- república de acolhimento lgbtqi+ TAYNÁ SOUZA SIMÕES ORIENTAÇÃO: FELIPE DE SOUZA NOTO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC SANTO AMARO SÃO PAULO 2018

TAYNÁ SOUZA SIMÕES

NOVA SEDE CASA1- república de acolhimento lgbtqi+ Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido no Curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário SENAC Santo Amaro sob orientação do Profº Felipe de Souza Noto.

SÃO PAULO 2018

Agradeço primeiramente a Deus que me fez conseguir chegar até aqui; aos meus pais Ivanilda e Rogério que fizeram o meu sonho se tornar realidade; os meus irmãos Yasmin e Joaquim, e familiares por estarem sempre por perto; á Tayame e Ana Beatriz pelo apoio psicológico; ao Felipe de Souza Noto, que mais do que um orientador foi um grande amigo, que me ajudou muito nas orientações e em todo processo deste trabalho.

Muito obrigada!

Sumário 1. Resumo/ ABSTRACT........................2 2. INTRODUÇÃO: justificativa da escolha ... 3-5 3. Abrigos ...............................5-12 4. Introdução ao projeto ................13-14 5. Relação com Bela Vista: justificativa da escolha do lugar .....................12-14 6. Programas ............................15-16 7. Escolha do lote ......................17-27 8. O projeto ............................28-51 8.1.

Levantamento Fotográfico ....29-30

8.2.

Maquete de estudos e processos criativos..........................31-40 8.3.

Programa

...................... 41

8.4.

Projeto final

...............42-51

9. Referência projetual .................52-56 9.1.

Centro de Bem-Estar para Crianças e Adolescentes / Marjan Hessamfar & Joe Vérons. Porte des Lilas, 75019 Paris, França, 2013. ................ 52

9.2.

Moradia Estudantil / C.F. Møller.

Odense, Dinamarca, 2015 ........... 53 9.3.

Dormitório iHouse / Studio SUMO. Togane, Chiba, Japão, 2016 .........54-55 9.4.

Apartment and Office Building Schwitter. Herzog & de Meuron, 1987-1988 .................................... 56 10.

Bibliografia ......................57-59

1. Resumo Neste trabalho de graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo, foi desenvolvido um projeto arquitetônico que tem como foco principal acolher e reinserir o público LGBTQI+ na sociedade.

O projeto parte do Centro de Cultura e Acolhimento LGBT chamado CASA1, inserido no bairro Bela Vista em São Paulo, que atualmente abriga 20 jovens, porém está com uma demanda maior do que o local suporta.

O objetivo deste equipamento ser inserido no Bela Vista, além do acolhimento à um público específico, é abrir oportunidades para os moradores do bairro, atender as necessidades do seu entorno mais imediato, e prestar auxílio ao morador de rua; tudo partindo de um só espaço: moradia, posto emergencial, biblioteca, auditório, serviços e educação em um edifício.

Serão apresentados estudos sobre o porquê manter o CASA1 no mesmo bairro que a atual sede se localiza - no bairro Bela Vista em São Paulo.

O projeto se estrutura nas dificuldades e necessidades do projeto atual da CASA1, por isso o Trabalho de Conclusão de Curso recebe o nome: NOVA SEDE CASA1 - República de

ABSTRACT In this graduation work of the Architecture and Urbanism course, an architectural project was developed with the main focus to welcome and reinsert the LGBTQI + public in society.

The project is part of the Center for Culture and Reception LGBT named by CASA1, placed in the district of Bela Vista in São Paulo, which currently host 20 people, but is in a greater demand than the local supports.

The objective of this equipment to be inserted in Bela Vista, besides welcoming a specific public, is to open opportunities for the district dwellers, solves the needs of your surrounding and to assist the homeless; everything starting from a single space: housing, emergency station, library, auditorium, services and education in the same building.

Studies will be presented on why CASA1 is maintained in the same neighborhood as the current headquarters is located - in the Bela Vista neighborhood in São Paulo.

The project is structured by the difficulties and needs of the current CASA1 project, so, this work is called: NEW CASA1 - LGBTQI + Reception Republic.

Acolhimento LGBTQI+.

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2. Introdução: justificativa da escolha do tema “A cada 19 horas um LGBT morre de forma violenta vítima da LGBTfobia*, o que faz do Brasil o campeão mundial de crimes contra as minorias sexuais”.

(GRUPO GAY DA BAHIA (GGB), relatório 2017, p.01) No ano de 2017 foram registrados pelo GGB 445 mortes LGBTI+ (Lésbica, Gay, Bissexual, Travesti, Transexual, Intersexual) sendo 387 assassinatos e 58 suicídios, já no ano de 2016 foram registradas 343 mortes concluindo então um aumento de 30% das vítimas desse grupo (Fig,1). Dentre todos os estados Brasileiros São Paulo é o que apresenta mais vítimas, das 445 mortes 59 foram em SP (Fig,2), segundo agências internacionais de direitos humanos, se matam mais homossexuais aqui do que nos 13 países do Oriente e África onde há pena de morte contra os LGBT. O problema começa quando uma criança questiona sobre a sua própria identidade gênero, sexo ou orientação sexual, e tem retorno nada positivo da sociedade, já sempre são impostos “padrões normativos”

se de um que de

gênero (homem e mulher). Quando uma pessoa se depara com a dúvida sobre sua identidade, iniciam-se diversas confusões mentais e até mesmo traumas que são levados para vida toda.

Essa situação só piora quando o preconceito de uma sociedade inteira, cai sobre ela, sem respeito mútuo – o mínimo que deve haver entre dois seres humanos. Essas pessoas passam a se reprimir e muitas vezes tentam esconder quem são, pelo medo da violência tanto verbal, quanto física que estão vulneráveis a sofrer todos os dias, muitas vezes, essas pessoas chegam até mesmo a serem expulsas das casas onde vivem, e, sem ter destino ou renda suficiente para se manter sozinho, acabam indo parar nas ruas, onde são expostos à questões de extrema vulnerabilidade social.

Isso nos explica os dados que são expostos pelo GGB.

*LGBTFOBIA: A LGBTIfobia pode s er definida como o medo, a a versão, ou o ódio irracional a toda s a s pessoas que ma nifestem ori entação sexual ou i dentidade/expressão de gênero di ferente dos padrões heteronormativo.

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Um estudo divulgado em abril de 2016 pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) da Prefeitura de São Paulo mostra que um LGBT em situação de rua ou em abrigos é ainda mais propenso a sofrer violências do que os héteros (Tabela.01).

Figura1- GRUPO GAY DA BAHIA (GGB), Relatório de 2017, p.02

Tabela1 – PSM, Estudo que mostra a institucionalização e direitos humanos para os grupos LGBTI+ e Heterossexual.

Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/sociedade/casa-1-por-que-lgbtsprecisam-de-uma-republica-de-acolhimento>. Acesso em 01 de maio 2018.

Com base nessas informações chego à conclusão que é de extrema importância a existência de um local especializado que de apoio a esse público Figura2- Relatório de 2017 GRUPO GAY DA BAHIA (GGB)

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que é tão vulnerável e com isso venho desenvolver um projeto que visa minimizar a vulnerabilidade do público LGBTI+, uma NOVA SEDE PARA O CASA1- REPÚBLICA DE ACOLHIMENTO LGBTI+.

3. Abrigos Em são Paulo há abrigos da Prefeitura* e abrigos que são organizações não governamentais. Os Centros de acolhimento da Prefeitura de SP para indivíduos em situação de rua, “público em geral”, existem três tipos diferentes que são: ➢ Centro de Acolhida para Adultos I por 16 horas o Funcionamento: ininterrupto, de domingo a domingo no horário das 16h às 8h. ➢ Centro de Acolhida para Adultos II por 24 horas o Essas vagas deverão ser ocupadas preferencialmente por usuários que estiverem em condições de maior fragilidade e vulnerabilidade pessoal e social. o Funcionamento: ininterrupto, de domingo a domingo por 24 horas. ➢ Centro de Acolhida Especial o Esta modalidade destina-se a priorizar públicos específicos que requerem atendimento diferenciado, respeitando-se o ciclo de vida,

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gênero, período de convalescença e famílias assim definidos: idosos, mulheres/gestantes, convalescentes, famílias, catadores.

Forma de acesso ao serviço: por encaminhamentos dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centros de Referência Especializado de Assistência Social para População em Situação de Rua (Creas POP), Coordenadoria de Atendimento Permanente e de Emergência (Capes) e outros serviços socioassistenciais, demais políticas públicas e órgãos do Sistema de Garantia de Direitos e demanda espontânea.

*Informações disponíveis em: http://www.capital.sp.gov.br/cidadao/casa- emoradia/albergues/centros-de-acolhida

Para o público LGBTI+ em São Paulo temos a Casa 1 e a Casa Florescer, é de extrema importância a existência destes locais pois infelizmente estas pessoas não tem a aceitação e respeito que deveria existir em todos os lugares.

➢ Casa1 o Foi inaugurada 25/01/2015. o Galpão foi inaugurado no final de 2017 (Fig.03). É nele que funciona atualmente as atividades culturais, suporte aos moradores em situação de rua, cursos, biblioteca, rodas de conversa,15 turmas de Inglês e espanhol, Casa aberta para crianças as quartas e cursinho preparatório para Enem entre outros eventos. o Acolhem 20 pessoas com idade entre 18 e 25 anos. São feitas cerca de oito novas solicitações por semana, porém a capacidade de atendimento já alcançou seu limite. Os jovens têm uma estadia máxima de 4 meses na casa. o O espaço conta com um dormitório compartilhado, cozinha, lavanderia, banheiro, sala de estar. o 50% dos residentes são cis gênero e 50% transgênero. o Não recebem pessoas com problemas mentais severos e problema com drogas severos.

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o No final de 2016 o Fundador do projeto o Iran Giusti começou o financiamento coletivo pelo site da benfeitoria, as pessoas podem doar R$ 20, 30 ou 50 reais e além da doação ganham agradecimentos mensalmente via rede social, ou doando R$150,00 elas ganham uma obra de arte mensalmente de algum artista LGBT parceiro. o Atendem atualmente cerca de 1.300 pessoas em geral. Atualmente já tem alguns moradores de rua que fazem parte da programação do galpão. o Tem 17 psicólogos parceiros que atendem os moradores por até 12 meses. o 40% dos jovens descobriram na casa que são soro positivo, por isso antes de morar na casa eles fazem alguns exames.

Figura4: CASA1. Figura disponível em: https://benfeitoria.com/casa1

Figura5: Sala de estar com moradores da casa, 15 março 2017.

Notícia: Reprodução/TV Globo. Disponível em: https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/gr upoinaugura-casa-para-abrigar-gays-expulsos-pelas-familia-em-sp.ghtml.

Acessado em: 1 de maio 2018.

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Figura8: Galpão onde funciona as atividades culturais. Foto da Autora, 25 de maio 2018.

Figura6:Quarto compartilhado, 15 março 2017.

Notícia: Reprodução/TV Globo. Disponível em: <https://g1.globo.com/saopaulo/noticia/grupo-inaugura-casa-para-abrigar- gays-expulsos-pelas-familia-emsp.ghtml.> Acessado em: 1 de maio 2018.

Figura7: Cozinha, 15 março 2017.

Notícia: Reprodução/TV Globo. Disponível em: https://g1.globo.com/saopaulo/noticia/grupo-inaugura-casa-para-abrigar- gays-expulsos-pelas-familia-emsp.ghtml.

Acessado em: 1 de maio 2018.

Figura9: Galpão. Foto da Autora, 25 maio 2018.

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➢ Casa florescer o Foi inaugurada em 1 de março de 2016 o Acolhe 30 pessoas no total o Destinado a travestis e transexuais em vulnerabilidade social o O espaço conta com um dormitório específico para pessoas com necessidades especiais (atualmente há duas cadeirantes) (4 vagas), um dormitório para pessoas que estão inseridas no mercado formal (10 vagas), outro para quem estuda (10 vagas) e outro com seis vagas. Há também um refeitório, duas salas, lavanderia, banheiro e quadra de esportes. o Eles trabalham com 4 esferas: saúde, documentação, estudo e mercado de trabalho.

gente começa a fazer essa articulação: das meninas irem para os locais onde eram negados e a sociedade no geral também vir para o espaço e para os eventos que a gente executa.” *

o A casa é mantida em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social junto e com a Coordenação Regional das Obras de Promoção Humana, que é uma organização social que atua há 40 anos na Zona Norte. * Alberto Silva gestor da Casa Florescer, entrevista informal realizada por Neto Lucon, 22 dezembro 2017. Disponível em: <http://www.nlucon.com/2017/12/conheca-casa-florescer-que-acolhe-e.html

“O que a gente busca é oficina de artesanato, esporte, orientação para trabalho, roda de conversa sobre saúde, não só sobre DST, mas saúde como todo.

Passeios externos, atividades internas e externas. A

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Figura11: Entrada - Casa Florescer, 28 abril 2016.

Notícia: PMSP. Disponível em: <http://www.capital.sp.gov.br/noticia/prefeitura-abreprimeiro-centro-de-acolhida-para> . Acessado 31 maio 2018.

Figura12: Espaço externo -Casa Florescer, 28 abril 2016.

Notícia: Neto Lucon. Disponível em: <http://www.nlucon.com/2017/12/conheca-casaflorescer-que-acolhe-e.html>. Acessado 31 maio 2018.

Figura13: Refeitório -Casa Florescer, 28 abril 2016.

Notícia: Neto Lucon . Disponível em: <http://www.nlucon.com/2017/12/conheca-casa-florescerque-acolhe-e.html>. Acessado 31 maio 2018.

Figura14: Sala de Estar -Casa Florescer, 28 abril 2016.

Notícia: Neto Lucon . Disponível em: <http://www.nlucon.com/2017/12/conheca-casaflorescer-que-acolhe-e.html>. Acessado 31 maio 2018.

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4. Introdução ao projeto

Figura16- Edifício Wilton Paes de Almeida, 01 de junho de 2018, Folha UOL. Notícia: DAYNEWS. Disponível em : <https://www.daynews.com.br/2018/05/06/energia-desemaforo-briga-por-banheiro-e-esconde-esconde-em-cofre-a-vida-em-predio-que-desabouem-sp/>. Acessado 30 maio 2015.

Figura15: Quarto -Casa Florescer, 28 abril 2016.

Notícia: PMSP. Disponível em: <http://www.capital.sp.gov.br/noticia/prefeitura-abre-primeirocentro-de-acolhida-para> . Acessado 31 maio 2018.

Após tomar conhecimento da vulnerabilidade e preconceito que os LGBTQI+ sofriam e conhecer o projeto CASA1 que estava com sua capacidade de atendimento máxima, a vontade de ajudar a causa falou mais alto, e a necessidade de são Paulo ter mais repúblicas de acolhida me fez querer planejar um espaço que de fato acolha estas pessoas.

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Com o conhecimento e estudo dos programas de república acolhida de São Paulo eu decidi criar uma Nova CASA1: República de acolhimento LGBTQI+. Escolhi trabalhar com a CASA1 pois ela trabalha com todo público LGBTQI+, tem uma proposta de centro cultural e um posto emergencial para moradores de rua*; poder trabalhar com essas 3 vertentes diferentes seria o grande desafio do projeto.

A CASA1 está situada, hoje, no bairro Bela Vista em SP e o Galpão está a duas quadras de distância. No início da pesquisa eu tinha o interesse de conceber o projeto no Ed. Wilton Paes de Almeida (Fig.16) que tinha estrutura metálica e lajes em concreto, 24 andares e ocupava uma área de 11.083 metros quadrados, ficava na região do Largo Paissandu que está situado na República em SP próximo a Galeria do Rock, ele já estava abandonado desde 2006 e havia sido ocupado de forma irregular, porém com o estudo do programa previsto para o projeto chego à conclusão que o edifício tem uma área muito superior as necessidades do projeto e que seria inviável se apropriar deste edifício.

No dia 01 de maio de 2018 infelizmente o edifício pegou fogo e desabou.

No dia 25 de março de 2018 participei da formação voluntaria da CASA1, quando obtive diversos dados que foram citados acima que consolidaram a decisão em implantar a NOVA CASA1 nas proximidades de sua atual sede na região da Bela Vista. *Posto Emergencial Para Moradores de Rua: Esse posto emergencial é para os moradores de rua fazer sua higiene, retirar roupas e objetos de higiene pessoal.

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5. Relação com Bela Vista: justificativa da escolha do lugar Apesar da CASA1 existir á 3 anos e alguns meses, ainda existe uma certa dificuldade de inserção dos moradores de seu entorno, pois o próprio preconceito das pessoas faz com que elas acabem se privando de participar da programação e isso ainda piora com o público infantil. Ao perguntar para o fundador Iran Giust o porquê ele escolheu fundar a CASA1 no bairro Bela Vista ele disse que era por questões de estar no centro (Fig.17) e as

pessoas ter um acesso facilitado disponibilidade do imóvel.

e

a

Escolher desenvolver uma nova sede para a CASA1 cerca de 30min a pé da Augusta, Frei Caneca e República faz com que ganhe uma maior visibilidade, se consolidando cada vez mais neste espaço dando a oportunidade de a iniciativa ser replicada em outros lugares em São Paulo e até mesmo no Brasil.

Ao cruzar as informações dos dois mapas Densidade Demográfica (Fig.21) e Vulnerabilidade Social (Fig.22) chegamos a uma análise que na região Nordeste dos mapas é onde se concentra a maior população do Bairro Bela Vista e a maior Vulnerabilidade Social, tudo isso está atrelado a quantidade de cortiços existentes na região (Fig.23), porém devemos levar em conta que existem duas faculdades na AV. Brigadeiro Luiz Antônio, a FACULDADE PAULISTA DE ARTES - FPA e a FMU, o que traz a existência de um público flutuante para o bairro. Juntando todas as informações acima que a escolha de trabalhar com a região Figura17- Mapa do Centro de São Paulo - Geosampa

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nordeste do inevitável.

bairro

bela

vista

se

torna

Figura21- Mapa de Densidade Demográfica do Bela Vista SP GEOSAMPA

Figura22- Mapa de Vulnerabilidade Social do Bela Vista SP GEOSAMPA Figura23- Mapa Cortiços Bela Vista SP – Geosampa, 2018

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6. Programa Desde o início a escolha de trabalhar com uma república de acolhimento sempre foi muito mais que apenas abrigar jovens em vulnerabilidade social, tanto que os estudos realizados foi de fato para comprovar que a escolha do local sempre foi muito importante se tornando quase o ponto estruturador da ideia do projeto, pois a ideia é que este local de fato tenha a vocação de se relacionar com a comunidade local de forma a oferecer um espaço de interação social, cultural e de conhecimento para os demais moradores do bairro. Ao fazer com que as pessoas façam parte e interajam com o público LGBTQI+, começamos a romper barreiras e passamos a minimizar a exclusão e a vulnerabilidade que era imposta a eles.

Figura24- Mapa de Equipamentos Culturais Bela Vista SP - GEOSAMPA

Entender qual era a principal cultura oferecida pelo bairro e seu entorno foi importante, pois para definir o programa é necessário entender a dinâmica do ambiente em que vai ser inserido o público LGBTI+, e com o mapa de Equipamentos Culturais (Fig.10) fica bem explicito a quantidade de teatros existentes na região e em seu entorno o que me leva a pensar em programas

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de capacitação profissional e incentivo ao teatro. Este público tem uma afinidade com atividades de salão de cabeleireiro, então isso é uma forma de profissionalização, a costura é uma outra forma de fazer com que a pessoa consigam ganhar uma renda além de conseguir produzir suas próprias roupas a proposta visa continuar com os cursos de línguas, e preparatório para ENEM, curso de culinária, bordado e tricô, fotografia, artesanato, pintura, etc. Deixando claro que - é possível que as pessoas pensem que associar o público LGBTI+ com esse tipo de empregabilidade seria uma forma de preconceito da minha parte, mais como eu disse anteriormente a ideia é profissionalizar eles para o mercado local voltados ao teatro, e é uma forma de incentivar o trabalho das drag queen.

O projeto terá 3 espaços diferentes a República de Acolhimento (moradia), Centro Cultural (público em geral) e Posto de Atendimento Emergencial (moradores de rua).

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7. Escolha do lote Estudando a área Nordeste da Bela Vista, pós obter a informação que seria o lugar que existia uma demanda maior em ter um equipamento como este, comecei então a investigação de quais terrenos eram possíveis, como a proposta era projetar um edifício do início e evitar qualquer tipo de demolição que seja desnecessária, estudar os lotes vazios e subutilizados do bairro seria a melhor opção.

limite do espaço onde seria estudado, as ruas citadas a seguir foram definidas a partir da AV. Brigadeiro Luís Antônio. A AV. Brigadeiro

A metodologia adotada foi primeiramente o reconhecimento do bairro Bela Vista, entender qual era o uso e a ocupação (Fig.25) do bairro para apurar cada vez mais onde estava o público que realmente necessitava do projeto.

Definindo que o lote seria na região Nordeste da Bela vista, foi necessário criar um Figura25-Uso e ocupação de solo- Bela Vista SP - GEOSAMPA

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Luís Antônio se torna uma reta que faz uma ligação direta do bairro Jardim Paulista com a República, a AV. também é onde se concentra os imóveis e comercio maiores, conforme vamos nos afastando dela percebemos que vai perdendo gabarito de altura, a presença das casas aumenta e ganha uma aparência mais bairrista.

O primeiro lote está próximo de alguns mercados pequenos, em frente tem duas escolas (EMEI ANGELO MARTINO E EMEIFCELSO LEITE RIBEIRO FILHO) e a UBS HUMAITÁ (Fig.27), o lute é voltado para a Rua Humaitá e Rua Major Diogo.

O lote tem uma área de 1.397,44m², coeficiente de aproveitamento (C.A) máximo 4, taxa de ocupação (T.O) máxima 0,7, perímetro de qualificação ambiental 5 (P.A) 0,25.

O zoneamento dele é ZEIS-3 (Áreas com ocorrência de imóveis ociosos, subutilizados, encortiçados, ou deteriorados em regiões dotadas de serviços equipamentos e infraestrutura).

Figura26- Mapa Bela Vista SP – GEOSAMPA/ IMAGEM DA AUTORA

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CALCULOS DESENVOLVIDOS DO LOTE: C.A = 4 1.397,44 X 4= 5.589,76 T.O = 0,7 1.397,44 X 0,7= 978,20 P.A = 0,25 1.397,44 X 0,25= 349,36 A partir do estudo feito sobre o terreno utilizando a T.O (Taxa de Ocupação) no máximo é possível construir até 6 andares. Ao estudar este lote o que me chamou atenção era o fato dele estar em frente a duas escolas (Fig.28); por ser o público que a CASA1 tem uma maior dificuldade de interação seria uma forma de estar mais próximo e tentar romper está barreira.

Figura27- Lote 1 - Bela Vista SP - GEOSAMPA/AUTORA

Figura29- Rua Humaitá - Bela Vista SP – GOOGLE EARTH Figura28- Lote 1 - Bela Vista SP – GOOGLE EARTH

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Ao partir para um estudo volumétrico do terreno vejo que os dois lotes vizinhos tem um gabarito alto e ambos são edifícios residenciais, eles são alinhados a calçada então opto por alinhar minha volumetria igual aos demais, recuo a minha volumetria de um lado do terreno abrindo uma passagem ao outro lado da rua e a uma praça, como existe um respiro no edifício ao lado rebato o mesmo formato em minha proposta de ocupação fazendo com que não prejudique a iluminação e ventilação do outro edifício.

Figura30- Rua Major Diogo - Bela Vista SP – GOOGLE EARTH

Aposto em uma volumetria mais escalonada com três andares com formas diferentes. Ao chegar em uma proposta que fosse o mais próximo possível de 3.000m² chego à conclusão que acaba sobrando uma grande área atrás do lote que é bem desproporcional ao tamanho da volumetria projetada; o potencial construtivo deste terreno tem como objetivo ter um edifício mais verticalizado, porém essa não é a intenção do projeto.

Figura31- Vista para Rua Humaitá - Bela Vista SP – SKETCHUP/AUTORA

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Figura32- Vista para Rua Major Diogo - Bela Vista SP â&#x20AC;&#x201C; SKETCHUP/ AUTORA

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A segunda proposta seria de separar o programa em dois, então a moradia ficaria no lote menor e o centro cultural no lote maior, ambos os lotes estão próximo de alguns comércios maiores por ter sua fachada voltada para Av Brigadeiro Luís Antônio, o lote mais estreito tem uma segunda fachada voltada para (RUA FORTALEZA) que tem pouco movimento (Fig.33). Ao lado da Faculdade Paulista de Artes– FPA, e o outro lote está ao lado do antigo Hotel Danúbio onde um dia já fez muito sucesso. O lote MENOR tem uma área de 725,35m², coeficiente de aproveitamento (C.A) máximo 4, taxa de ocupação (T.O) máxima 0,7, perímetro de qualificação ambiental 5 (P.A) 0,25; o lote MAIOR tem uma área de 1.127,699m², coeficiente de aproveitamento (C.A) máximo 4, taxa de ocupação (T.O) máxima 0,7, perímetro de qualificação ambiental 4 (P.A) 0,25 . O zoneamento do lote MENOR é ZEIS-5 (Lotes ou conjunto de lotes, preferencialmente vazios ou subutilizados, situados em áreas dotadas de serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas); O zoneamento do lote MAIOR é ZEU (Zonas eixo de estruturação da transformação urbana).

CALCULOS DESENVOLVIDOS DO LOTE MENOR:

C.A = 4 725,35 X 4= 2.901,4 T.O = 0,7 725,35 X 0,7= 507,74 P.A 5 = 0,25 725,35 X 0,25= 181,33 CALCULOS DESENVOLVIDOS DO LOTE MAIOR: C.A = 4 1.127,699 X 4= 4.510,67 T.O = 0,7 1.127,699 X 0,7= 789,36 P.A 4 = 0,25 1.127,699 X 0,25= 281,91 A partir do estudo feito sobre os lotes utilizando a T.O (Taxa de Ocupação) no máximo é possível construir até 5 andares no lote MENOR e até 2 andares MAIOR. Ao estudar este lote o que me chamou atenção era o fato de conseguir ter dois lotes próximos com programas diferentes em cada um deles (Fig.34) e por estar tão próximo de duas faculdades era uma forma de trazer um público diferente e um espaço fora da faculdade que acolhesse eles.

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Ao partir para um estudo volumétrico do terreno alinho as duas volumetrias com os demais edifícios vizinhos, o lote menor está ao lado de dois edifícios de gabarito muito alto o que acaba sufocando o terreno, e no lote menor tem uma T.O alto fazendo com que o C.A não eleve tanto.

Figura33- Proposta2 - Bela Vista SP – GEOSAMPA/AUTORA

Figura34- Proposta2 - Bela Vista SP – GOOGLE EARTH

Aposto em uma volumetria mais escalonada com andares de formas diferentes para evitar prejudicá-lo mais ainda, já no lote maior aposto em uma volumetria única utilizando um espaço maior. Ao chegar em uma proposta que fosse o mais próximo possível de 3.000m² chego à conclusão que para ocupar os dois lotes eu necessitaria de um programa muito maior, não a necessidade de se apropriar dos dois lotes pois mesmo usando os 3.000m² em cada um deles ainda sobra muita área.

Figura35- Lote Menor Av. Brigadeiro Luís Antônio - Bela Vista SP – GOOGLE EARTH

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Figura36- Lote Maior Av. Brigadeiro Luís Antônio - Bela Vista SP – GOOGLE EARTH

Figura38- Lote Menor Rua Fortaleza- Bela Vista SP – SKETCHUP/AUTORA

Figura37- Lote Menor Rua Fortaleza- Bela Vista SP – GOOGLE EARTH Figura39- Lote Menor e Menor Av. Brigadeiro Luís Antônio- Bela Vista SP – SKETCHUP/AUTORA

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O terceiro lote está próximo de alguns comércios maiores e das faculdades FACULDADE PAULISTA DE ARTES - FPA e a FMU, em frente ao lote tem a existência de um ponto de ônibus e sua fachada voltada para Av Brigadeiro Luís Antônio e Rua Conselheiro Ramalho. O lote tem uma área de 1.454,10m², coeficiente de aproveitamento (C.A) máximo 4, taxa de ocupação (T.O) máxima 0,7, perímetro de qualificação ambiental 5 (P.A) 0,25. O zoneamento dele é ZEIS-5 (Lotes ou conjunto de lotes, preferencialmente vazios ou subutilizados, situados em áreas dotadas de serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas). A partir do estudo feito sobre o terreno utilizando a T.O (Taxa de Ocupação) no máximo é possível construir até 9 andares. Ao estudar este lote o que me chamou atenção era o fato dele ser um terreno de esquina (Fig.40) e estar próximo as faculdades.

Figura40- Proposta3 - Bela Vista SP – GEOSAMPA/AUTORA

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CALCULOS DESENVOLVIDOS DO LOTE: C.A = 4 1.454,10 X 4= 5.816,4 T.O = 0,7 1.454,10 X 0,7= 1.017,87 P.A 5= 0,25 1.454,10 X 0,25= 363,52

•

Ao partir para um estudo volumétrico do terreno alinho a volumetria com o edifício vizinho.

Aposto em uma volumetria escalonada igual, porém rotacionando ganhando assim jardim e cobertura do lado oposto (Fig.). Ao chegar em uma proposta que fosse o mais próximo possível de 3.000m² chego à conclusão que o melhor terreno a ser escolhido seria esse de esquina pois facilitaria criar entradas diversas.

Figura41- Proposta3 - Bela Vista SP – GOOGLE EARTH

Figura42- Vista Av Brigadeiro Luís Antônio - Bela Vista SP – GOOGLE EARTH

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Figura43- Vista Rua Conselheiro Ramalho - Bela Vista SP – GOOGLE EARTH Figura45- Vista Rua Conselheiro Ramalho- Bela Vista SP – SKETCHUP/AUTORA

Figura44- Vista Av. Brigadeiro Luís Antônio- Bela Vista SP – SKETCHUP/AUTORA

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8. O projeto

Legenda:

Fazendo uma análise aproximada do terreno escolhido chegamos à conclusão de que ele está inserido em uma quadra residencial vertical médio/ alto padrão, ao sul tem uma quadra de Comércio e serviços (Fig.46), ao oeste e norte residencial e comércios/ serviços. Aproximando ainda mais a escala para análise do entorno imediato, conseguimos entender a altura do gabarito (Fig.46), chegando à conclusão de que o entorno tem o gabarito predominante de 2 e 3 pavimentos; o que vai ser ótimo para receber a república de acolhimento.

Figura46- Uso Predominante do Solo - Bela Vista SP - GEOSAMPA

Residencial e Indústria/ Armazéns Residencial e Comércios/ Serviços Figura46- Uso Predominante Legenda:

Residencial vertical médio/ Alto Padrão Comércio e Serviços

do Solo - Bela Vista SP – GEOSAMPA/AUTORA

0-1 Pavimento

4 Pavimentos

2 Pavimentos

3 Pavimentos

Acima de 10 Pavimentos

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8.1. Levantamento fotográfico

1 AV. BRIGADEIRO LUÍS ANTÔNIO

4 3

2

1

2 AV. BRIGADEIRO LUÍS ANTÔNIO

3 RUA CONSELHEIRO RAMALHO Bela Vista SP – GOOGLE EARTH

4 RUA CONSELHEIRO RAMALHO *Fotos da autora

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7 5

6 5 5 Bela Vista SP â&#x20AC;&#x201C; GOOGLE EARTH

6 *Fotos da autora

7 30

8.2. MAQUETES DE ESTUDOS E PROCESSOS CRIATIVO

*Fotos da autora

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ETAPA 1 Para o desenvolvimento do projeto foi decidido a demolição da cobertura existente transformando tudo em um parque porque o partido arquitetônico foi a interação do público com a cidade quebrando as barreiras do dentro e fora.

Com a necessidade de ter um espaço de estar no bairro para reunir os moradores, estudantes e visitantes foi necessário aumentar o lote com intuito de ter um terreno mais simétrico e maior.

Ao criar um volume com a forma geométrica simplificada do lote dando um recuo da rua e alinhando ao edifício vizinho temos um bloco que não traz a leveza desejada e a interação com o exterior.

Com isso decidi diminuir este volume e arredondar a ponta maior, para trazer uma forma que fosse mais funcional.

Ao fazer isso percebi que havia uma necessidade de ter mais volumes para chegar a metragem necessária do programa, então a escolha de rotacionar os andares são necessários para uma melhor a iluminação da praça.

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*IMAGENS DA AUTORA Bela Vista SP. GIF disponível pelo

33

*Fotos da autora

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ETAPA 2 Essa foi a entrega intermediaria do projeto, ela segue a intenção de obter esses andares rotacionados e bastantes áreas verdes, as intenções de janelas aparecem e o edifício começa a ganhar forma.

A estrutura neste primeiro momento ainda não está definida.

A decisão de ter a infraestrutura (escada de incêndio, elevadores, banheiros, DML lixo, lavanderia e caixa d’agua) como um bloco é definido neste primeiro momento.

Nesta fase os espaços nos alojamentos são semiprivativos as cozinhas não é totalmente compartilhada e alguns banheiros saem do bloco hidráulico e ganha espaços no alojamento.

ETAPA 3 Observei que como o edifício era rotacionado ele acabava fazendo muita sombra nas janelas com quartos e a fachada não ficava com uma estética boa, o volume na praça acabava fechando muito e criava um teto sem uso o que não é bom, o volume a mais no térreo que era a saída anterior de lixo parecia um puxadinho já que os volumes eram bem distribuídos em blocos maiores.

Tiro as varandas dos dormitórios com a intenção de criar uma forma mais limpa o que se torna um destaque com as formas distintas das lajes.

Com a rotação do edifício a “chegada” do pedestre pela AV. Brigadeiro fica muito coberta, e pela R. Conselheiro Ramalho tem uma grande incidência de luz, mas ainda tem um ruído no edifício como um todo.

Com a evolução do projeto e pensando na estrutura ela acaba sendo o objeto estruturador dos ambientes e estética do edifício. Crio um recuo do edifício no brigadeiro com a intenção de diminuir a altura do edifício e trazer uma maior salubridade além de “um mirante”. O paisagismo ganha um peso importante e uma forma mais limpa que ganha espaço em todo projeto.

*VIDE IMAGENS P.33

*VIDE IMAGENS P.34

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*imagens da autora

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ETAPa 4 - final Nesta faze poucas coisas foram alteradas pois o projeto já estava mais finalizado, os jardins nesse momento vieram para conectar o projeto, e acolher o visitante; a estrutura veio mais fina e modular, ela não segue a ortogonal do edifício e segue uma malha estrutural de 10m²x8m².

No acesso pela Rua Conselheiro Ramalho as pessoas vão ter acesso a área educacional principal, que são as salas de aula onde vão ser realizados os cursos; administrativo /infraestrutura, que são as salas de psicologia, administrativo, sala de reuniões elevadores, escada de emergência, DML e lixo; serviços aberto ao público que se constitui pelo banheiro e área livre.

No acesso pela AV. Brigadeiro Luís Antônio temos a biblioteca, auditório, uma passarela que liga os dois blocos onde possui pé direito duplo e é possível admirar o acesso a Conselheiro Ramalho, circulação vertical e banheiros.

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O andar da praça se constitui por uma grande área de contemplação do edifício e do bairro, além de possuir um café, circulação vertical e banheiros.

No primeiro andar está localizado tudo que se refere a hospedagem, os dormitórios, cozinha e áreas de lazer. Como o andar possui mais que 30m² possui uma segunda escada de emergência.

O segundo andar se concentra uma maior quantidade de dormitórios e quase tudo se repete neste andar, porém não possui cozinha compartilhada.

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8.3. Programa

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9. Referência projetual 9.1.

Centro de Bem-Estar para Crianças e Adolescentes / Marjan Hessamfar & Joe Vérons. Porte des Lilas, 75019

Paris, França, 2013.

Diria que este projeto é um dos que eu mais me inspirei, ele é um abrigo emergencial para crianças e adolescentes, ele foi projetado em forma de “L” para criar um pátio interno onde as crianças pudessem brincar e se sentir segura. A fachada e composta dor diversos brises em cor de ouro que serve para proteger do sol e garantir a privacidade dos usuários.

O edifício é escalonado para entrar iluminação natural, ventilação e ainda possibilita criar jardim privativo nos andares, já que os andares são separados por idade.

Figura47ARCHDAILY. Acesso 1 maio 2018.

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9.2.

Moradia Estudantil / C.F. Møller.

Odense, Dinamarca, 2015.

O que me chama mais atenção nesse projeto além da forma dele onde não tem nem frente e nem fundos já que é possível ter uma visão de 360 graus do edifício, é a forma como foi pensada a interação dos moradores, já que eles possuem 3 edifícios que são conectados tendo uma área de convivência que pode ser acessada por todos; nos andares eles possuem três cozinhas para os respectivos moradores, uma sala de jantar e uma sala de estar. No todo do edifício possui um jardim de dois andares sendo mais um local de convivência para os estudantes.

Figuras48ARCHDAIL Y. Acesso 1 maio 2018.

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9.3.

Dormitório iHouse / Studio SUMO. Togane, Chiba, Japão, 2016.

Por este projeto ter uma demanda de 140 pessoas o que é bem próximo do meu que são 100 pessoas, me chamou atenção a forma como ele distribui o quarto por ser um edifício mais estreito e ter 4 tipos de layout de dormitórios, como ele resolve tanto as áreas privadas quanto as áreas de convívio.

Na fachada como possui pouco espaço de passagem é resolvido por alguns avanços no corredor, criando espaços que possibilite parar para conversar com alguém sem atrapalhar o fluxo e com isso a fachada ganha volumes e sai da sua forma retangular. Para dar mais leveza a fachada e trazer iluminação, criam um padrão de tecido feitos com persianas de alumínio que preenche a fachada sul ao público gerando sombra nas circulações e um jogo dinâmico de luz para os habitantes.

Figuras49- ARCHDAILY. Acesso 1 maio 2018.

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Figuras49- ARCHDAILY. Acesso 1 maio 2018.

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9.4.

Apartment and Office Building Schwitter. Herzog & de Meuron, 1987-1988 Este projeto é localizado em uma esquina, e o que me chamou atenção é a forma que ele se apropria da curva dela e rebate no edifício, por ter uma fachada curva acaba criando um ritmo com os caixilhos para conseguir vencê-la, e apenas os dois apartamentos que estão na curva recebem uma planta diferente dos demais. Como o edifício segue a esquina acaba criando uma área de estar mais reservada em seu interior.

Figuras50- ARCHZIZE, AFASIA. Apartment and Office Building Schwitter. Herzog & de Meuron, 1987-1988 Disponível em: <http://afasiaarchzine.com/2016/02/herzog- demeuron-70/>. Acessado 04 junho 2018.

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10.

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