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AURORA MARTINS P O R T F Ó L I O



Curriculum Vitae Aurora Maria Miranda Martins Porto, Portugal

Formação Académica - Módulo do curso de Desenho de Construção Civil, CICCOPN Dezembro de 2012 - Abril de 2013 - Mestrado Integrado em Arquitetura, Universidade do Minho Setembro de 2006 - Dezembro de 2012 - Escola Secundária Eça de Queirós, Póvoa de Varzim (área de Artes) Setembro de 2002 - Julho de 2005

Conhecimentos de Informática

Experiência profissional

Conhecimentos Linguísticos

- Promotora em Agência de Eventos, 2013 - Operadora de call center, no ramo das telecomunicações Outubro de 2011 - Maio de 2012 - Explicadora de Geometria Descritiva (10º/11º anos) 2008 - 2010 - Atendimento ao público aos fins de semana em exposição de empresa de construção civil, 2003 - 2006

- Inglês B2 - Francês- B2

- Programas Office (Word, Power Point) - Autocad 2D e 3D - Google Sketchup - Photoshop - Indesign.

Aptidões e Interesses - Literatura - Viagens - Desenho



Centro Cultural e Pastoral

Pólo Cultural e Pedagógico

Braga

Famalicão

Ludoteca

Dissertação de Mestrado

Guimarães

Esposende

Casa “de Sonho”

Desenho

Lugar imaginário


Localização

Programa Centro Cultural e Pastoral

41.563573,-8.393179

- capela - polivalente - espaço para exposições - sala de estudo - cafetaria - escritórios - quartos - nichos

Gualtar, Braga, Portugal

Área 4575,33 m2 Cliente Diocese de Braga



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2

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3 4


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Como ponto de partida, foi estabelecida uma relação público/privado que conceptualmente se traduziu no binómio yang/yin como matrizes para a concepção dos diversos espaços. Estes materializam-se pelo domínio de cotas distintas, em que o primeiro, de carácter mais comunicativo, advém da vivência do público universitário e o segundo, de cunho resguardado, alberga programas mais pontuais e de uso privado. Em termos formais, a estrutura caracteriza-se essencialmente pela sua marcação de limite em relação ao eixo viário que circunda o Campus, nomeadamente através do volume em consola que tem como base uma plataforma que constitui uma espécie de “caixa aberta” de cota inferior, que contém o programa mais colectivo.


A capela, como zona de refexão , apela à verticalidade. Ao nível estrutural constitui o “tronco” de ligação da plataforma baixa à mais elevada. É um espaço que se articula com o polivente, que por sua vez também se pode estender ao exterior, tornando-se assim num espaço que comunga tanto com um número restrito de pessoas como uma multidão.



Localização

Programa Ludoteca

41.446619,-8.292556

- praça - bar - playground - receção - zona de funcionários (vestiário, w/c’s, salas de apoio, depósito) - espaço lúdico (regras, simulação/espaço de conto, construção) - espaço pedagógico (leitura/media, música, expressão plástica)

Guimarães, Portugal

Área 421,44 m2


Tal como a criança se adapta a um jogo condicionado pelas regras da manipulação de um dado brinquedo, o edifício LUDO é considerado na presente abordagem como uma “caixa” que condiciona nesta medida a adaptação dos espaços à envolvência de um vazio que estrutura todo o sistema de circulações, bem como o jogo da luz zenital que intersecta o mesmo espaço. A materialidade do edifício proposto resume-se à assumpção vincada de densidade que o betão armado trasmite, inspirado na relação entre a matéria e o vazio que o escultor catalão Eduardo Chillida incutia nas suas obras.


sala de apoio vestiários

w/c

planta cota -2.5

planta cota 4

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sala de classificação

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simulação/conto

w/c público

recepção

construção

bar

regras

planta cota 0

planta cota 7


planta cota 7.5 PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

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música

corte bb

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o e o a

planta localização 1:500

leitura/ média

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m a o, a a a à e e uz o

expressão plástica


19

planta cota 7.5

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21 PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

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18 7 12 5 3

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17 16

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15 14 13 12 Legenda: 11 10 9 8

7

6 5 4 3 2 1

corte cc

folha 6

1- betão de limpeza 2- sapata de betão 3- camada de forma 4- pintura impermeabilizante 5- tela asfáltica 6- tela drenante 7- malha geotêxtil 8- brita 9- betão hidrófugo 10- betonilha asfáltica 11- camada de regularização 12- isolamento térmico 13- gesso cartonado 14- perfil galvanizado de suporte do gesso 15- perfil metálico sustentável 16- caixilho 17- vidro duplo 18- rufo de zinco 19- laje de betão 20- chapa metálica de protecção 21- algeroz

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Casa “de Sonho”


comunicar

comer

esperar

hospedar

plantar

dormir

lavar

criar




Localização

Programa

41.459806,-8.4322

- Centro de Cultura e Lazer

Airão (São João Batista), Famalicão, Portugal

Área 1222,7 ha

- Mercado - Hortas pedagógicas


Aproveitando o facto de o lugar estar inserido numa paisagem transformada pelo Homem, coexistindo ainda com o caráter natural e primário do meio, sugeriu-se um conjunto de programas que consolidasse a necessidade de atração do público da zona periférica com a contribuição de aproveitamento de recursos naturais, ainda que de forma distinta à exploração da pedreira. Com estes requisitos, atribuiu-se a este espaço uma distribuição ocupada entre as hortas pedagógicas e espaços de feira e laser que complementasse a ação educativa da população, relativamente ao aproveitamento do solo enquanto gerador de dinâmicas biológicas e ecológicas.




Representação de Processos Territoriais e Geológicos de Equlíbrio do Estuário do Cávado Questionar acerca das relações que existem entre a apropriação do suporte pelo Homem, sendo o suporte entendido como concentrador de fenómenos geológicos e climáticos que se foram sobrepondo ao longo do tempo, traduz-se num processo de investigação que envolve elementos captados no lugar que compreende o Estuário do rio Cávado. Através da interdisciplinaridade de várias ciências, como a Geologia, a História e a Arquitetura, inerente a esta investigação, procura-se responder à premissa que evoca o modo como o ser humano se apropria de um espaço, neste caso entendido como um conjunto de geomorfologias metamorfizadas desde a escala compreendida geologicamente à escala de ordem urbana.

Pretende-se descodificar as ligações invisíveis que existem entre as sucessões de camadas do suporte e o uso que se faz do mesmo, com vista a representar as relações entre a apropriação antrópica e o suporte na sua vertente geomorfológica. Mais importante que categorizar a sucessão de suportes trata-se de colocá-los em evidência perante as diferentes dinâmicas físicas e urbanas.

Localização 41.532547,-8.780479 Esposende, Portugal

Área 321,4 ha

A área que compõe a amostra é constituída pelo Estuário do Cávado e paisagem envolvente, nomeadamente as margens respetivas: a urbanizada e a orla costeira. Está inscrita numa das áreas protegidas de Portugal designada por Parque Natural Litoral Norte (PNLN)4 e ocupa toda a costa pertencente ao concelho de Esposende e distrito de Braga. Caracteriza-se por ter uma morfologia variada, desde as praias aos estuários do Cávado e do Neiva5, às dunas, pinhais e áreas agrícolas. A escolha do Estuário do Cávado, por se caracterizar como dinâmica do ponto de vista geomorfológico e hidrológico, e os espaços que constituem as margens respetivas, foi razão pela qual se revelou importante relacionar os fatores urbanos e geológicos no tempo, com os usos que ocorreram e que sucedem no presente. Assim foi delimitada segundo os espaços que conformam a delimitação doestuário, desde a frente urbanizada da cidade de Esposende à restinga6 de Ofir, elemento que se encontra no plano que antecede o horizonte do mar. Como limite norte encontra-se a área balnear concessionada a cerca de 350 metros da foz e a sul, a ligação rodoviária entre as duas margens, a ponte Luís Filipe, construída em finais do século XIX.


PERCURSO PEDONAL

PERCURSO DE AUTOMテ天EL

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Reconhecimento de atividades antrópicas A atividade humana torna-se relevante para a complementaridade da estrutura deste trabalho, uma vez que implica um conjunto de relações, de trocas de energia com o meio físico com o qual interage. Aqui, o tempo traduzi-se numa escala percetível ao homem, mais propriamente o intervalo semidiurno que aqui ganha expressão através da relação entre os espaços, a apropriação do Homem e a duração em que ocorrem. A fim de relacionar estes três fatores, considerou-se como base o dia 29 de Julho de 2012 quando se definiu a aproximação às alturas do dia em que o sol se levantou e se pousou no horizonte.

Suporte Físico e Geológico Falar do suporte enquanto meio físico onde se estabelecem dinâmicas biológicas é relevante na medida que se relaciona com as camadas que condicionam ou são condicionadas pela ação do Homem e pelas estruturas na e da paisagem. Porque muitos dos fenómenos que são observados partem de causas de ordem geológica e por isso urge proceder-se à contextualização mega, macro e meso escalar. Após terem sido delineados os acontecimentos que se prenderam com os fatores geológicos no âmbito do desenvolvimento do burgo, proceder-se-á a uma caracterização do que se traduz no presente. A formação do aglomerado desde sempre se prendeu com questões geomorfológicas e naturais, sendo que neste caso se vinculou com a presença do rio Cávado. O seu crescimento considerou os limites do suporte físico base, embora incitasse a aquisição de parte do domínio marinho, redesenhando os contornos que foram delimitando geograficamente até hoje.


Conceito de Unidade de Paisagem Baseia-se na perceção de que embora haja a coexistência física e química entre espaços, estes podem testemunhar relações intrínsecas entre os elementos (naturais e artificiais) e que por esta causa se distinguem entre si. Aproxima-se deste modo à visão que o geógrafo francês Georges Bertrand defende que se pode “isolar três conjuntos diferentes no interior de um mesmo sistema de evolução (…): o sistema geomorfogenético (…); a dinâmica biológica (…); o sistema de exploração antrópica”. É essencialmente a partir do ponto de vista das relações físicas que se estabelece num dado lugar, aliadas a um olhar específico de transeunte, que experiencia esse lugar, à qual por sua vez se associa a uma análise mais aprofundada acerca da evolução de dado espaço ao longo do tempo que esta designação adquire consistência para expor as considerações que respondem à relação do Homem com o lugar.


APROXIMAÇÃO ÀS RELAÇÕES ENTRE A APROPRIAÇÃO ANTRÓPICA E O SUPORTE Esta permitiu procurar relações entre os vestígios presentes na amostra, na sua contemporaneidade e estabelecer a ligação com os aspetos que não são visíveis, mas que se encontram conotados com uma herança de desenvolvimento do burgo de Esposende, confrontado com um tipo mais indefinido de urbanização na restinga que constitui o horizonte do mesmo. Deste modo, procedeu-se à recolha de dados explicitada nos capítulos anteriores, segundo o critério que evoca particularidades das relações entre topografia, unidades de paisagem, infraestruturas urbanas, bem como o uso que se faz do suporte adaptado ou mais imaculado. A escolha dos quatro exemplos que se seguem baseia-se no objetivo de apresentar diferentes combinações entre os elementos que constituem camadas de sobreposição e interação desde o suporte físico à apropriação do Homem.

Figura46: Secção referente á restinga de Ofir e a frente urbanizada com doca

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Figura46: Secção referente á restinga de Ofir e a frente urbanizada com doca

Figura 47: Secção referente à restinga de Ofir e praça urbanizada 71 73

Figura 47: Secção referente à restinga de Ofir e praça urbanizada 73


Qual a relação entre a apropriação do Homem e o suporte? Trata-se da demostração do caráter cíclico, resultante de um percurso temporal recorrente que é caraterizador do Estuário do Cávado, lugar cujas dinâmicas da natureza se traduzem num constante reequilíbrio, muitas vezes frágil. A integração da camada de cunho humano com as camadas físicas do suporte, vinculadamente geológicas e fitológicas, justifica a amplitude destes agentes intervenientes no espaço e no tempo.







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