Módulo IV
Com isso, a interação professor-aluno fica mais dinâmica e o professor pode acompanhar mais de perto o processo de aprendizagem de seus alunos. Vamos ver as vantagens de cada uma dessas estratégias de ensino? Atendimento individualizado. Como se sabe, cada aluno é único, diferente de todos os demais. Por isso, é compreensível que os professores tenham como aspiração oferecer orientação mais individualizada, que lhes permita atender todos e cada um. É esse um dos grandes motivos pelo qual os professores reclamam por terem tantos alunos na classe: acham que não conseguem ensinar todos na medida em que gostariam. O contato mais próximo possibilita conhecer melhor cada aluno, suas características, suas dificuldades e dúvidas. Quando um aluno não está conseguindo entender determinado conteúdo ou realizar certa tarefa, é vital que o professor dedique mais de seu tempo a ele. Procurar criar espaços, ainda que semanais, para, por exemplo, dedicar-se a necessidades específicas de alguns alunos pode ser mais proveitoso do que tentar avançar com todos sem que haja condições para tal. Trabalho em grupos. Esta modalidade de ensino leva os alunos a interagir com seus colegas e com o professor, permitindo que recursos indi viduais sejam partilhados. No grupo, os alunos parecem se sentir mais à von tade para apresentar suas idéias, contrapor pontos de vista, fazer perguntas. Com a ajuda da professora, aprendem a planejar seu trabalho, a "negociar" entendimentos divergentes, a organizar sua maneira de proceder, a perseguir soluções e avaliá-las em face dos resultados alcançados. Em grupo, chegam a conclusões que, sozinhos, não encontrariam. O trabalho em grupo cria situações que favorecem a troca, o desenvolvimento da sociabilidade, da cooperação e do respeito mútuo entre os alunos. Trabalho com o conjunto da classe. Este tipo de estratégia é excelente ocasião para sistematizar conhecimentos, estimular o esclare cimento de dúvidas e articular conceitos. Além disso, oferece, a todos os alunos, a noção de que eles estão acompanhando o ritmo da classe e, assim, preserva o autoconceito de cada um. Mas sempre existe um outro lado. O risco de trabalhar com o conjunto da classe é que alguns alunos, justamente os que enfrentam maior dificuldade, podem ficar "perdidos", e os mais avançados, aborrecidos e entediados. Por essa razão, é preciso saber muito bem quando recorrer a esta forma de ensinar. A ordem é, mais uma vez, fazer um planejamento cuidadoso do ensino, levando em conta o que se conhece de cada aluno. Todas essas estratégias devem ser usadas em sala de aula, discrimi nando-se, com sabedoria e bom senso, qual delas usar em cada momento. O principal critério a ser seguido está nos objetivos da tarefa: o "como fazer" é uma consequência do "para que fazer"!
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unidade 3