Cartilha leitura e análise linguística de Narrativa

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Suplemento

Questões de leitura e análise de NARRATIVA

Elaboração

Acadêmicos da disciplina de Leitura e Produção Textual: Práticas de Avaliação e Mediação Orientação e revisão

Profa. Cristiane Fuzer e Profa. Maria Cecilia de Castro

Santa Maria, RS 2022



UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE ARTES E LETRAS DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS

Suplemento

Questões de leitura e análise de NARRATIVA

Elaboração: acadêmicos da disciplina de Leitura e Produção Textual: Práticas de

Avaliação e Mediação. Orientação e revisão: Profa. Cristiane Fuzer e Profa. Maria Cecilia de Castro.

Santa Maria, RS 2022


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE ARTES E LETRAS DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS: PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO E MEDIAÇÃO

PORTFÓLIO ELABORADO NA DISCIPLINA: LTV 1209 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS: PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO E MEDIAÇÃO Professora responsável e organizadora: Profa. Dra. Cristiane Fuzer Orientação e revisão: Profa. Dra. Cristiane Fuzer e Profa. Maria Cecília de Castro Elaboradores das questões: acadêmicos do curso de Letras da UFSM 2022 Andressa Grigolo de Mello Bibiana Reis Carine de Vargas Claucio Alberto Rigon Daniele Razeira dos Santos Gabriela Curto Saldanha Gabriela Dias Gabrieli Martini Guilherme Chaves Jaqueline Lüdtke Júlia Rodrigues Karen da Rosa Luana Santos Gonçalves Maria Fernanda Taborda Posser Mônica Santos Silva Pâmela Mota Pedro Henrique Lencina Pinheiro Thatiana Oliveira da Silva Tiago Collect Vanessa Nyland Vitória Rössler Ysadora Rangel Público-alvo: estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental Diagramação: Beatriz Araujo Silva e Ariadne Soares Imagens da capa: Ariadne Soares

Autoriza-se o uso deste material para fins estritamente educacionais desde que citada a fonte: FUZER, C. (Org.). Portfólio de questões de leitura e análise de narrativa. Santa Maria: Ateliê de Textos UFSM, 2022.


RESPOSTAS ESPERADAS Questão 1 – Magro, fraco, esperto e inteligente Questão 2 – Era conhecido como Polegar, por ser muito pequeno ao nascer. Questão 3 – Porque seus pais não tinham como alimentar as crianças e, desesperados, decidiram abandoná-las na floresta para não ver os filhos morrerem de fome e assim, sofrer menos. Questão 4 – O trecho que mostra esse afastamento contínuo e gradativo dos pais é este: “Enquanto as crianças estavam ocupadas em apanhar bastante lenha, os pais foram se afastando, afastando, até ficarem bem longe”. A repetição dos verbos no gerúndio, naquele contexto, gera um efeito de continuidade no movimento feito pelos pais, mostrando que o narrador busca explicitar que o casal buscava fazer isso aos poucos, de maneira que os filhos não percebessem seu distanciamento e, por fim, desaparecimento. Questão 5 – 5.1 Subiu em uma grande árvore. 5.2 Uma casa imensa e assustadora. 5.3 Polegar e seus irmãos estavam perdidos na mata, com fome e precisando de um lugar para dormir. Questão 6 – O trecho em que aparece o argumento de Polegar é: “– Se ficarmos na mata, com certeza seremos devorados pelos lobos. Então, já que estamos aqui, preferimos ser devorados pelo Gigante. Aliás, quem sabe ele não se comoverá e nos deixará viver? Já com os lobos, não haverá conversa alguma” (l.21-33). Com esse argumento, o pequeno Polegar, mesmo sabendo do risco, mostrou-se otimista e ao mesmo tempo perspicaz, porque assim conseguiu convencer a mulher a pensar que o marido poderia dar uma chance aos sete irmãos. Questão 7 – Porque receou que o malvado mudasse de ideia e decidisse matá-los naquela mesma noite. Questão 8 – Não, pois o Gigante pensou que eram suas filhas quando tocou nas coroazinhas que estavam sobre as cabeças dos meninos.

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Questão 9 – Porque soube que o rei recompensaria com uma fortuna a pessoa que lhe trouxesse qualquer informação sobre as tropas e as batalhas. (l.84) Questão 10 – Andou pelo mundo até encontrar um modo de melhorar a sua vida e a de seus irmãos, Polegar foi para a região do combate, auxiliado pelas botas velozes. Quando retornou, levou excelentes informações para o rei, e calçou de novo as botas mágicas e, em um piscar de olhos, alcançou a cabana dos pais. A resposta é baseada nas ações narradas no texto, que o Pequeno Polegar pode fazer quando calçou a bota mágica. Questão 11 – Tanto o gigante quanto os lobos eram cruéis devoradores de humanos. O gigante, por ser um humano, era dotado de faculdades cognitivas e emocionais e, assim, haveria alguma chance de, pelo diálogo, vir a decidir poupar a vida dos meninos, pelo menos por aquela noite. Já os lobos não têm as mesmas faculdades por serem animais e, portanto, não haveria como dialogar com eles. Tal diferença é possível inferir deste excerto do texto: “Aliás, quem sabe ele não se comoverá e nos deixará viver? Já com os lobos, não haverá conversa alguma” (l. 33). Questão 12 – Os meninos tentaram voltar para casa porque não perceberam que haviam sido abandonados. Eles pensaram que estavam perdidos, como evidencia o seguinte excerto: “Quando os sete irmãos perceberam que estavam sozinhos, os seis maiores começaram a chorar. Mas Polegar não desanimou. Encorajou os irmãos propondo que, juntos, procurassem o caminho de casa. Começaram a caminhar pela floresta, mas, infelizmente, quanto mais caminhavam, parecia que estavam mais perdidos e não sabiam que rumo seguir.” (l.17-20) Questão 13 – O texto nos apresenta a informação de que a mulher tinha um “coração mole” (por isso, se comoveu com a necessidade dos meninos) e que a janta estava pronta A partir essas informações, é possível inferir que a mulher não queria que o Gigante comesse as crianças. Questão 14 – O rei gostaria de vencer a guerra com informações provavelmente sobre as posições e a situação das tropas inimigas, podendo, assim, lidar melhor com os ataques e se preparar a defesa. Questão 15 – A expressão metafórica “coração mole” refere-se a uma pessoa que possua a capacidade de perdoar atitudes dos outros com facilidade, que acaba cedendo às vontades dos outros de maneira rápida. Assim, ao caracterizar a esposa do gigante como alguém que tem o coração mole, o narrador nos informa que é por isso que ela deixa que as crianças fiquem em sua casa, já que ela cede à ideia de Polegar, mesmo sabendo que seu marido é um devorador de crianças. Questão 16 – Ao longo do texto são citadas várias qualidades e atitudes positivas do pequeno Polegar, tais como: “esperto e inteligente” (l.2), “não desanimou” (l.18), “encorajou os 6


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irmãos” (l.18), “sempre muito ativo” (l.22). Essas qualidades o ajudaram a resolver as complicações ao longo da estória, quais sejam: salvar-se e salvar os irmãos das mãos do Gigante e, depois, conquistar a recompensa oferecida pelo rei, a qual possibilitou que a família não passasse mais fome. Questão 17 – Há duas expressões de circunstâncias de tempo. Uma delas é “no dia seguinte”, que nos leva a inferir que se passou uma noite e que só no próximo dia foi que Polegar tornou a calçar as botas e voltou à cabana dos pais. A outra circunstância é “em um piscar de olhos”, que nos leva a deduzir que o tempo passou muito rápido durante seu trajeto, pois o trecho “em um piscar de olhos, alcançou a cabana dos pais” nos permite inferir que foi percorrida uma distância até lá e que o tempo de viagem levado foi rápido como um piscar de olhos. Questão 18 – Sugestão de resposta: a atitude do gigante é válida, afinal assassinou as próprias filhas por culpa de Polegar que poderia ter tomado outra atitude ao tentar escapar da morte, como sair da casa durante a noite, algo que não influenciaria no final da estória. Questão 19 – Os motivos podem ser o amor incondicional aos filhos e por saberem que não precisariam vê-los morrer de fome, já que passaram a viver com muita “fartura”, graças à recompensa que Polegar recebeu do rei. Questão 20 – Nessa questão, espera-se uma reflexão sobre a relação entre o texto e os contextos a que se associa. Uma reflexão é sobre a problemática da fome na época em que a estória foi produzida por Perrault, na Europa, quando não existiam leis nem políticas públicas para amparar famílias e crianças em situação de miséria. Outra reflexão é sobre a miséria nos dias de hoje e as alternativas que existem ou poderiam existir para evitar a medida adotada pelos pais de Polegar. Questão 21 – Resposta pessoal. A expectativa é relacionar os acontecimentos da narrativa com questões de sobrevivência e valores éticos da vida em sociedade, refletindo sobre a decisão de Polegar em deixar que as sete meninas morressem para que ele e seus irmãos pudessem se salvar. Pode-se discutir sobre o valor da vida humana, sobre bem maior, sobre a ideia de que “fins justificam os meios”. Pode-refletir sobre uma das questões mais desafiadoras da filosofia cristã – qual vida vale mais: a própria vida, a vida dos seus entes mais próximos, ou a vida de qualquer ser humano? Questão 22 – Resposta pessoal. Cada aluno pode imaginar um fim diferente e precisará se dar conta que, para chegar a esse fim, os eventos narrados nas etapas anteriores terão outros encaminhamentos. Questão 23 – Resposta pessoal. Sugestão de resposta: discordar da atitude, porque os pais pensaram somente em si mesmos ao abandonarem seus filhos para que morressem de fome na floresta. A decisão que eles poderiam ter tomado para resolver a situação é de explorarem mais a floresta, procurando comida em outros lugares, pedindo ajuda a outras pessoas. 7


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Questão 24 – Resposta pessoal. Possibilidades: Sim, a atitude de Polegar foi nobre e mostra o quanto o personagem é bondoso, mesmo que seus pais tenham o abandonado com seus irmãos na floresta. Esteve bem intencionado ao ajudar seus irmãos e a encontrar uma solução para ajudar seus pais, que no momento não encontravam um jeito de resolver o problema. Não houve sentimento de “perdão”, pois as crianças não tinham consciência de que haviam sido abandonadas. Uma indicação disso no texto é a informação de que, quando perceberam que estavam sozinhos, começaram a procurar o caminho de casa e se perderam na floresta. Questão 25 – Resposta esperada: No início da trama, o casal não tinha recursos para alimentar os sete filhos e não queria vê-los morrer de fome. No final da trama, Polegar retornou trazendo dinheiro consigo, e assim, resolveu o problema financeiro da família, fazendo com que todos ficassem felizes. Logo, o comportamento dos pais mudou não somente pela alegria de ter os filhos de volta, mas principalmente porque não teriam mais que passar por dificuldades. Reflexão: será que os pais teriam ficado felizes da mesma forma se Polegar não tivesse trazido dinheiro? Questão 26 – Resposta pessoal. Possibilidades: Sim. O acesso à escola e a tecnologias possibilitam às crianças hoje desenvolverem mais sua capacidade de raciocínio, de interação e busca de soluções. Não. Crianças não têm conhecimentos nem maturidade emocional suficiente para resolverem problemas sem a assistência de adultos. Polegar era, inclusive, uma exceção entre os irmãos, que só choraram quando se viram perdidos. Questão 27 – Resposta pessoal. Espera-se que o aluno reflita e descreva a situação e as ações que realizaria se estivesse enfrentando desafio semelhante ao que Polegar e os irmãos enfrentaram, mas no contexto da “vida real” em que hoje nos encontramos. Questão 28 – Alternativa c) A primeira afirmativa se refere ao propósito sociocomunicativo da narrativa. Como apresenta complicações os quais os personagens vão resolvendo ao longo da estória, a narrativa cria expectativas nos leitores quanto ao modo como os problemas serão solucionados, o que facilmente envolve os leitores na trama, mantendo-os entretidos. A segunda afirmativa se relaciona com dados do contexto social, o qual se reflete na estória O Pequeno Polegar, a qual apresenta uma família que vivia em situações de miséria, e o pai (que tinha o papel de provedor da família na época) não tinha condições de alimentar tantas bocas. Diante dessa situação, os adultos encontraram uma triste solução para não verem as crianças morrerem em sua frente: se livrar dos sete filhos esfomeados. 8


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A terceira afirmativa também se relaciona com dados do contexto social, pois, na época em que a narrativa foi produzida, predominam crenças e costumes segundo as quais a educação era voltada aos meninos, pois eles eram considerados os provedores e responsáveis pela família. A quarta afirmativa se refere ao propósito da narrativa no texto O Pequeno Polegar, pois a personagem passa por diferentes lugares em busca de soluções para os desafios que vão se impondo, até conseguir resolver a complicação que gerou toda a trama: a pobreza de sua família.

Questão 29 – Alternativa C está correta, pois o contexto social envolve a França do século XVII, época em que os europeus enfrentavam uma dura realidade (fome, falta de moradia e vestuário, etc.), resultante das guerras religiosas. Dentre os participantes do texto em análise, está o protagonista e sua família, que enfrentam problemas decorrentes da pobreza. Além disso, o propósito de resolver uma complicação é o que caracteriza a narrativa. A alternativa a) está incorreta, pois o contexto social refletido no texto não era aparentemente tranquilo, e sim conturbado, e o propósito citado não é da narrativa, e sim do relato. A alternativa b) está incorreta, pois o propósito citado não é da narrativa, e sim de outro gênero, denominado exemplo, cujo objetivo central é julgar comportamentos e não resolver uma complicação. A alternativa d) está incorreta, pois era movimentado com uma série de problemas, o que indica ser conturbado, e o propósito citado não é da narrativa, e sim do relato. A alternativa e) está incorreta, pois o propósito citado não é da narrativa, e sim de outro gênero, denominado exemplo. Questão 30 – Alternativa d) O primeiro resumo se refere ao modo como a Complicação foi resolvida pelo personagem principal. O segundo resumo traz um comentário do narrador a partir da resolução, tendo em vista o uso da marca linguística “feliz”, que expressa uma avaliação positiva. O terceiro resumo narra a sequência de eventos complicadores em que as crianças estiveram envolvidas. O quarto resumo apresenta uma parte dos personagens da estória (a família de Polegar) e as características principais do protagonista. Questão 31 – Alternativa a) A primeira afirmativa é falsa, pois o primeiro problema foi a fome. A segunda afirmativa é falsa, pois a fase é o cenário. A terceira afirmativa é verdadeira, pois os eventos se sucedem: voltar para a cama, continuar o sono, roncar. A terceira afirmativa é verdadeira, pois a opinião do narrador se manifesta por meio das marcas linguísticas “imensos”, que avalia o o tamanho dos calçados do gigante, em contraponto com “pequeninhos”, que avalia o tamanho dos pés de Polegar.

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Questão 32 – Alternativa e) A primeira afirmativa é verdadeira, conforme evidenciado no primeiro e no último parágrafos do texto, respectivamente: “Um deles, o caçula, era magro e fraco, mas esperto e inteligente” e “Assim, graças ao pequeno e inteligente Polegar, todos viveram felizes desde aquele dia, com muita fartura”. A segunda afirmativa é falsa, pois no início do texto o narrador deixa claro que o motivo que levou o casal a abandonar os filhos foi a fome, como evidenciado neste trecho: “Os dois lenhadores, desesperados com tanta miséria e tantas bocas para alimentar, encontraram uma triste solução: iriam se livrar dos sete filhos esfomeados”. Além disso, há marcas linguísticas no texto que indicam que eles gostavam dos filhos e sofreram em tomar a decisão de abandoná-los: “seus olhos e os de sua esposa estavam cheios de lágrimas” (l.8); “– Coitadinhos dos meus filhos – disse a mãe, soluçando” (l. 9); “perguntou o pai, também chorando” (l. 12). A terceira afirmativa é verdadeira, pois está evidenciada neste excerto que reproduz a fala de Polegar: “Agora sim! – Disse decidido. – Andarei pelo mundo até encontrar um modo de melhorar nossas vidas”. Questão 33 – Alternativa correta d) Os verbos “agiriam”, “abandonar”, “calçou” e “partiu”, no contexto em que foram usados, expressam movimento, atos físicos. Já o verbo “estavam” liga o estado de “perdidas” às personagens que representam as crianças, e o verbo “eram” liga a característica “imensos” aos calçados do gigante. Questão 34 – Alternativa C. Além dos verbos em negrito estarem todos conjugados no pretérito perfeito, esse tempo verbal apresenta eventos já concluídos, isto é, o personagem já havia realizado tais ações. Questão 35 – Alternativa a) A primeira afirmativa é verdadeira, porque o uso do pretérito imperfeito em “dormiam” indica que esse processo realizado pelas crianças transcorria, sem demarcação de um fim, enquanto, no mesmo espaço temporal, os pais realizavam outro processo (“planejaram”) com início e fim, razão pela qual está no pretérito perfeito. A segunda afirmativa é falsa, porque “agiriam” está conjugado no futuro do pretérito, indicando que essa ação está condicionada à decisão de abandonar as crianças. A terceira afirmativa é verdadeira, porque “estavam” está conjugado no pretérito imperfeito, indicando que o evento olhos cheios de lágrimas iniciou quando “o pai pronunciou a última palavra”, mas não se sabe quando terminou dentro do contexto, embora se saiba que tenha sido em momento anterior ao que a narrativa está sendo contada. A quarta afirmativa é falsa, porque “ficarão” está conjugado no futuro do 10


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presente, indicando que ficar sozinhos é um evento dado como certo de acontecer em momento posterior à fala da personagem. Questão 35 – Alternativa a) A primeira afirmativa é verdadeira, porque o uso do pretérito imperfeito em “dormiam” indica que esse processo realizado pelas crianças transcorria, sem demarcação de um fim, enquanto, no mesmo espaço temporal, os pais realizavam outro processo (“planejaram”) com início e fim, razão pela qual está no pretérito perfeito. A segunda afirmativa é falsa, porque “agiriam” está conjugado no futuro do pretérito, indicando que essa ação está condicionada à decisão de abandonar as crianças. Indica uma ação que acontece no futuro das personagens, dos eventos da narrativa, mas que já aconteceu, está no passado do momento em que ocorre a narração. A terceira afirmativa é verdadeira, porque “estavam” está conjugado no pretérito imperfeito, indicando que o evento olhos cheios de lágrimas iniciou quando “o pai pronunciou a última palavra”, mas não se sabe quando terminou dentro do contexto, embora se saiba que tenha sido em momento anterior ao que a narrativa está sendo contada. A quarta afirmativa é falsa, porque “ficarão” está conjugado no futuro do presente, indicando que ficar sozinhos é um evento dado como certo de acontecer em momento posterior à fala da personagem. Questão 36 – Alternativa D. O advérbio “muito” indica a intensidade com que a ação de andar foi realizada. Portanto, no contexto, funciona como circunstância de intensidade, e não lugar. Questão 37 – Resposta: a) V - F - F - V. A primeira afirmativa é verdadeira porque as palavras miséria e armário são paroxítonas terminadas em ditongo “io” e “ia”. A segunda afirmativa é falsa porque os dois-pontos, nesse caso, são utilizados para fazer a transição entre a voz do narrador e a voz da personagem cuja fala vem depois dos dois-pontos. A terceira afirmativa é falsa porque o travessão indica a introdução da fala de uma personagem, e não do narrador. A quarta afirmativa é verdadeira, porque o trecho que estava em discurso direto (sinalizado pelo uso de travessão no início da fala da personagem) foi parafraseado usando as convenções do discurso indireto, tais como: uso da conjunção integrante “que”, mudança no tempo verbal do presente para o pretérito e mudança na pontuação. Questão 38 – Alternativa b).

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Na primeira oração, a conjunção “e” indica que o “medo das feras do mato” se soma a “frio” e “fome” no conjunto de sentimentos que as crianças enfrentariam ao ficarem sozinhas na floresta. Na segunda oração, a conjunção “como” estabelece relação de comparação entre as filhas do Gigante e o pai, indicando a ideia de semelhança entre as características físicas e emocionais do pai e das filhas. Na terceira oração, a conjunção “mas” estabelece ideia de oposição, pois a informação de que os calçados do Gigante eram “imensos” gera no leitor a expectativa de que não se ajustariam aos pés “pequenininhos” de Polegar. Essa expectativa não se confirma, já que os calçados eram mágicos. Questão 39 – Mas o Gigante não se deixava enganar, pois conhecia bem demais o cheiro da carne humana. Ele disse que assadinhas ou fritinhas, ali tinha o cheiro de criancinhas! E lambia os beiços. Guiando-se pelo faro, foi em direção ao armário e, com as enormes mãos, arrancou de lá os sete irmãos, um por um, mais mortos do que vivos pelo medo. Comemorou que ali tinha uma ótima refeição para amanhã. E começou a afiar o facão. Já tinha agarrado o pescoço do irmão mais velho, quando a mulher perguntou por que ele queria matá-los naquela noite se a janta já estava pronta! Questão 40 – O ponto de exclamação enfatiza uma declaração. A substituição pelo ponto de interrogação transformaria a frase para um questionamento. Dessa forma, os irmãos de Polegar poderiam entender que ele estava os questionando se já estava na hora de partir, antes que o Gigante chegasse à casa, ao invés de fazer uma afirmativa, propondo a fuga.

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Site: https://www.ufsm.br/projetos/extensao/ateliedetextos/ E-mail: ufsm.ateliedetextos@gmail.com ateliedetextos.geoparques@gmail.com Facebook: Ateliê de Textos UFSM

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