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Caminhoneira aos 72 anos: conheça a história de Katsue Takei
by ASSOBENS
Cliente da Rodobens São Paulo, ela comprou o primeiro caminhão aos 50 anos e acaba de receber um novo Atego 2430
Imagine realizar seu sonho de vida aos 50 anos. Foi assim com Katsue Takei, moradora de Mogi das Cruzes (SP). Desde criança, ela era fascinada pelo som do motor dos caminhões. Mesmo não tendo nenhum familiar envolvido no mundo do transporte, ela sonhava em ter o próprio bruto. O marido, tradicional, preferia que ela não trabalhasse na estrada. Mas quando fez 50 anos, ela finalmente deu o primeiro passo, quando comprou o primeiro veículo para auxiliar nas despesas da casa
O primeiro caminhão dela foi um 1313, que era comandado por motorista contratado. Foi assim durante alguns anos e outros tantos caminhões, transportando bagaço de cana para cidades paulistas como Sorocaba, Piracicaba e Itapira, além de ocasionalmente passar por municípios de Minas Gerais. Até que, em 2009, após o motorista passar por um acidente com o Atego 2425 da época, Katsue resolveu ela mesma assumir o volante.
“Trabalhar sozinha dá menos dor de cabeça, ainda mais transportando conteúdo inflamável. Sempre tive vontade de dirigir caminhão. Na primeira vez, fiquei com medo por causa do tamanho, mas rapidinho peguei a prática”, lembra. O tempo passou e, hoje, aos 72 anos, Katsue acaba de receber o mais novo caminhão adquirido: um Atego 2430, comprado com os parceiros da Rodobens Veículos de São Paulo.

Homenagem na entrega

Não é usual vender um caminhão para uma senhora de mais de 70 anos. Por isso, a Rodobens preparou uma entrega especial para Katsue. A cliente recebeu o veículo junto com uma homenagem, com direito à placa, flores e outros mimos, incluindo a presença de uma representante do Movimento A Voz Delas.
“Atendemos a senhora Katsue desde 2009 e é importante valorizarmos uma cliente com essa vitalidade e confiança na nossa marca”, comenta Waldemir Maia, consultor de vendas do concessionário. “Fizeram uma comemoração muito bonita, recebi presente, eu realmente não esperava”, diz a cliente.

Apesar dos 72 anos, o dia a dia de Katsue é mais agitado que o de muitos jovens. Ela trabalha de segunda a sábado, acordando à 1h toda madrugada para pegar a estrada e retornando por volta das 18h.
Hoje viúva, ela mora com a irmã, de 85 anos. Tem três filhos e está prestes a receber o primeiro neto. “Com a idade que eu tenho, se eu ficar em casa, acabo doente. Preciso fazer o que gosto e eu amo dirigir caminhão, ter aquela visão da estrada, ouvindo música...”, conta.
Claro que Katsue faz sucesso por onde passa, recebendo buzinas de cumprimento dos colegas de estrada. E ela é fonte de inspiração para muita gente. “Às vezes, se me sinto cansado, lembro que a senhora Katsue já está na estrada há muito tempo e logo me animo”, brinca Maia.
Caso curioso
A caminhoneira com carinha de vovó tem uma porção de histórias na estrada, mas uma delas merece destaque. Em 2012, ela dirigia pela rodovia quando indivíduos sinalizaram que algo estava caindo do caminhão. “Eu sempre avisei meus colegas para nunca parar o carro no meio da estrada, mas na hora acabei parando. Eram dois bandidos, que pegaram o caminhão e me levaram com eles”
A senhora Katsue passou uma hora no trajeto com os homens. “Conversei muito com eles, expliquei que ainda estava pagando o caminhão, que era meu sustento. No fim, eles me deixaram ir e me devolveram o caminhão”, conta. Realmente, ninguém resiste ao charme e à fofura dessa motorista, que por trás de tudo é exemplo de coragem e muito esforço.
São muitas as aventuras e, se depender dela, novas virão. “Enquanto eu tiver saúde, vou continuar dirigindo”, promete.