A natureza do sistema mágicko enochiano fr goya e fr amaducias

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Por: Benjamin Rowe Tradução: Fr. Goya (Anderson Rosa) & Fr. Amduscias (Marcel Pabst) Notas: Fr. Goya (Anderson Rosa) As Chamadas e a Cosmologia Medieval A Natureza do Sistema Mágicko Enochiano O que mais distingue o Sistema Mágicko Enochiano é o fato deste ser um artefato, uma “coisa feita”. Outros sistemas tentam descrever o Universo (ou alguma parte dele) como ele é, provendo um esqueleto que corresponde a estruturas e eventos naturais observáveis, na tentativa de trabalhar com as forças em seu estado natural. Isso não é verdadeiro no Enochiano; como um produto da engenharia humana, também são empregadas forças naturais – porém, arranjadas e concentradas de forma que jamais poderiam ser produzidas por qualquer processo de normal de evolução. Cada aspecto de sua estrutura evidencia a presença de deliberado intento criativo por trás da sua existência. É igualmente claro para aqueles que usaram o Sistema extensivamente de que ele não é produto da criatividade humana, mas sim de um ser ou seres possuidores de uma ordem de percepção muito mais alta, bem como uma área de ação bem maior. Os seres mágickos que estão ligados a este sistema são todos (exceto os cacodaemons) pelo menos do nível humano de desenvolvimento. Cada um tem uma natureza tão profunda e complexa quanto qualquer homem, e cada qual tem uma vontade e força individual. Além disso, o sistema parece tocar em toda parte do Universo Mágicko, haja visto que nenhum magista encontrou até agora limite para suas conexões. Ambos os fatos demonstram que a origem desta magia só pode ser realmente divina. Nenhuma fonte inferior possivelmente poderia juntar os elementos ali contidos; nenhuma fonte inferior poderia fazer esses elementos tão instantânea e perfeitamente positivos à vontade do magista. Mas qual é o propósito desta máquina mágicka? A experiência nos mostra que, em alguns casos, ela é parecida com um sistema de computador, em outros como uma rede de comunicações, um painel de distribuição de energia, um meio de transporte, e um portal trans-dimensional. Junte a isso as várias tarefas mundanas que Dee acreditava que poderiam ser realizadas pelo seu uso, e então as Chamadas e as Tabelas parecerão o canivete suíço da magia. Seja qual for o objetivo do magista, o sistema pode realizar; algumas vezes, esse resultado requer um uso não programado que, apesar de tudo, é funcional. Mas da mesma forma que supomos a respeito, nós provavelmente também podemos estar enganados. Este sistema tem conexões abrangendo mais do Universo do que nossas próprias mentes podem compreender; deste modo, seja qual for a nossa concepção, ela não refletirá a realidade da forma mais adequada. É certo que, mesmo utilizando o sistema para nossos propósitos pessoais, seremos afetados de formas não planejadas. São poucos os magistas que, utilizando-o por qualquer período de tempo, não descobriram seu aspecto de “Cavalo de Tróia”: o sistema seduz o magista com a promessa de poder e glória; e depois que ele é atraído para dentro, ele descobre que irrevogavelmente, comprometeu a si mesmo com o trabalho da evolução. Do ponto de vista de magistas humanos, creio ser melhor pensarmos na magia Enochiana como sendo uma ferramenta educacional, adaptada para treinar aqueles que estão passando pelo processo de evolução em deuses. Ela concentra uma grande quantidade de conhecimento em uma forma compacta e rapidamente disponível, e permite aos estudantes estender suas explorações em quaisquer direções que satisfaçam suas naturezas e interesses. Ela provê os meios para que os estudantes testem seu entendimento daquele conhecimento, e dá uma resposta instantânea e apropriada aos seus esforços. Também, na medida em que se expandem as habilidades e a compreensão dos estudantes, o próprio sistema se expande em paralelo, abrindo novas esferas para exploração, eventualmente levando-os a domínios (reinos) que eles jamais poderiam imaginar no início dos seus trabalhos. À parte de seu inerente e inevitável mistério, existe uma grande parte que não é conhecida sobre o uso deste sistema. As anotações originais feitas por Dee a respeito do seu trabalho são escassas em suas explicações, e contém ambigüidades e contradições suficientes para confundir o mais completo e criterioso acadêmico. Magistas de tempos posteriores tem se esforçado para resolver estas questões – algumas vezes pelo experimento, outras por decreto. Seus esforços freqüentemente tem servido apenas para confundir, mais adiante, os assuntos. Muito deste capítulo, e do próximo, tem a intenção de apontar essas ambigüidades, e onde possível, oferecer uma resolução prática.

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Godzilla encontra E.T. O sistema básico consiste de: • Quarenta e oito “Chaves” ou “Chamadas”, invocações em uma linguagem “Angélica”. Trintas destas são idênticas, exceto por uma única palavra. • A Grande Tabela, contendo as Tabelas dos Elementos e uma cruz ligando todas juntas – que algumas vezes é formulada como sendo uma quinta tabela, chamada Tabela da União. • O Livro da Sabedoria e Vitória Terrestre, contendo os nomes do trinta “Éteres” – contrapartes espirituais de várias regiões terrestres – junto com os nomes e sigilos dos senhores de cada um dos Éteres e certa informação adicional relacionada a eles. Os nomes e os sigilos dos senhores são também derivados da Grande Tabela, mas de forma que dois deles não ocupem uma área da mesma figura, e na mesma seqüência. • A Heptarchia Mística, um complexo sistema de magia planetária que não parece estar diretamente relacionado às partes precedentes. • Ao criar os Templos Enochianos, estaremos lidando apenas com estas quatro partes. Entre as Chamadas, duas são de natureza geral, e servem para definir a polaridade pela qual o sistema opera. As próximas dezesseis invocam os elementos e os sub-elementos das Tabelas. As Chamadas restantes, que diferem em apenas uma palavra, são usadas para invocar os senhores dos Éteres.

As Chamadas Divinas No universo mágicko, todas as coisas parecem existir como produto da tensão entre dois extremos, um pólo “divino” e um pólo “material”. Isso também é acontece no sistema Enochiano; a Primeira e a Segunda Chamadas servem para invocar e definir a polaridade específica dentro da qual o resto do sistema existe. Apesar da denominação “material”, ambas as Chamadas invocam forças que agem a partir da parte de fora da região na qual as dezesseis Chamadas estão ativas. Um bom exame do texto dessas Chamadas nos proverá algumas pistas sobre o que nossa intuição pode trabalhar para entender as origens do sistema. A Primeira Chamada Enochiana é uma recapitulação dos passos pelos quais o criador do sistema o trouxe à existência. Como tal, contém o sistema Enochiano inteiro dentro de si mesmo, de forma simbólica. Ela invoca as forças mais elevadas presentes dentro do sistema, e indiretamente invoca o próprio criador do mesmo. A Chamada segue o caminho da criação do macrocosmo ao microcosmo, então segue o retorno na forma de uma resposta do microcosmo dirigida ao macrocosmo. Note que a descrição da corrente descendente contém sete frases significativas, sugerindo os planetas e o sol, o macrocosmo, enquanto que a descrição da resposta contém cinco frases significativas, sugerindo os quatro elementos e o espírito, o pentagrama, e o microcosmo. Leitores perceberão que a Chamada também descreve os elementos básicos de uma cerimônia mágicka. O modelo mostrado pode ser adotado como uma fórmula geral para trabalhos tanto dentro quanto fora do Sistema Enochiano.

A Corrente Descendente 1. O Criador “Eu reino sobre vós, disse o Deus da Justiça, em poder exaltado sobre os firmamentos da ira”. O criador declara seu controle sobre as forças a serem usadas na sua criação. Ele então expressa sua própria natureza, e declara que ele está trabalhando de cima ou de fora do reino no qual a criação toma lugar, e não está sujeito às condições interiores daquele reino.

2. Definição dos limites e qualidades a serem usadas na criação. “Em cujas mãos o Sol é como uma espada, e a Lua é como um fogo acometedor”. Esta elegante equação define os parâmetros gerais da criação. O deus declara seu domínio sobre as forças planetárias (Sol-Lua) e as forças elementais (fogo-ar). Ele também declara controle sobre os dois tipos de dualidades: aquela na qual um pólo é projetivo e o outro responsivo (Sol/Lua) e sobre aquela na qual duas forças de polaridade similar são balanceadas (fogo/ar). Dentro da área de criação, o pólo positivo é atribuído ao elemento

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Godzilla encontra E.T. de espadas, Ar, e o elemento anti-positivo é atribuído ao elemento do Fogo. Isso é refletido na precedência seguida pelos elementos através das Tabelas e Chamadas: Ar em primeiro lugar, então Água e Terra, finalizando com Fogo.

3. Apanhado das energias a serem usadas. “O que mediu Vossas prendas no meio de minhas vestimentas...” A palavra traduzida aqui como “prendas” é usada uniformemente para designar “criação” ou “existência” em outros lugares nas Chamadas. Outra palavra é usada para “prendas” na próxima sentença desta mesma Chamada. Também adiante uma outra palavra é utilizada para “meio”. Assim a tradução aqui é provavelmente adequada como poesia, mas não primorosamente literal. “Prendas” e “vestimentas” são praticamente a mesma coisa: ambos os nomes designam as vestes utilizadas em rituais mágickos ou da igreja, e por essa razão as mesmas são consideradas de cunho sagrado. A sua intenção é justamente mostrar a natureza que o magista assume para realizar o trabalho, ou para indicar o propósito do trabalho. A implicância aqui neste caso é a de que os seres criados (ou a existência em si) são a expressão direta da vontade do criador. Uma imagem mágicka dada pelos anjos para definir esta frase nos mostra a cena através dos olhos do deus enquanto ele estende filamentos infinitos de luz viva através de um brasão decorado na frente da sua vestimenta. Na magia humana, este estágio seria o equivalente a um invocação geral das forças a serem utilizadas durante o trabalho.

4. Organização das energias. “...e atou-as juntas, como as palmas de minhas mãos”. A imagem mágick continua por mostrar o deus juntando as fibras de luz em um feixe, ou cabo. O criador pega os materiais previamente juntados, e os traz unidos em uma forma concentrada. Um magista humano faz isso quando ele deseja que as forças invocadas se focalizem em seu círculo mágicko, ou as visualiza reunindo-se ao seu redor.

5. Preparação do material base do trabalho. “Cujos tronos Eu enfeitei com o fogo da reunião, que embelezou vossas prendas com admiração”. Tendo gerado o pólo positivo ou espiritual da criação, o deus agora olha para o pólo anti-positivo, ou material. Os “tronos” são os quadrados das tabelas. O deus incorpora parte de sua vontade nas Tabelas, definindo a ordem e o lugar no qual as energias espirituais serão colocadas em tração e acopladas. Quando as energias são acopladas às Tabelas, a forma da vontade incorporada nas Tabelas se extende novamente pelo seu caminho até o pólo positivo, condicionando todas as expressões perceptivas (as “prendas, vestes”) das energias. É somente nesta ligação da força espiritual e da base material que o trabalho é completo. Estas duas juntas criam uma terceira força, partilhando de ambas suas naturezas porém distinta de cada uma das duas, possuindo sua própria vida e poderes. Todo trabalho mágicko requer algum símbolo material, no qual as forças invocadas possam ser devidamente acopladas. No trabalho teúrgico, esse processo geralmente se dá no magista em si, ou em alguém que o magista está iniciando. No trabalho evocatório é o Triângulo de Evocação. Para a maioria dos outros trabalhos é alguma espécie de talismã, que o magista prepara através da purificação com fogo e água, simbolizado aqui por “enfeitando com fogo” e o “embelezamento” dos tronos. (Note-se que do ponto de vista do deus Enochiano, os níveis astral e mental são tão “materiais” quanto o mundo físico.) Na Magia enochiana, a Grande Tabela é o talismã ao qual todas as energias tem estado acopladas, e toda cópia da Tabela (ou qualquer parte dela) também possui as mesmas conexões através das Leis de Correspondência ou Similaridade. Inclusive produções em massa de imagens das Tabelas em livros irão mostrar

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Godzilla encontra E.T. evidência dos poderes Angélicos à visão astral, e a intensidade do poder será vista crescer mesmo quando pouca ou ocasional atenção seja dada a figura.

6. Definição dos modos de atividade da criação. “Para quem Eu criei uma lei para governar aos Santos,” Os “santos” são os anjos das Tabelas. O criador aqui declara que ele deu a eles regras específicas pelas quais eles devem agir. Na magia humana, isto seria o equivalente ao Comandar os Espíritos, meio pelo qual o magista os instrui a forma de comportamento.

7. Definição do propósito da atividade. “o que entregou a Vós um cajado com a arca do conhecimento”. O cajado é o símbolo do poder ativo; a arca, um receptáculo para armazenamento. Assim o Sistema Enochiano é tanto um recipiente do qual o conhecimento pode ser extraído, quanto um meio através do qual este conhecimento pode ser colocado em uso.

A Corrente Ascendente (ou de Retorno) As criações aqui respondem ao seu criador, saudando-o nos termos que expressam suas próprias naturezas – neste caso, os quatro elementos e o seu quinto, a amarra, elemento do espírito. Desta forma eles afirmam que o trabalho foi completado corretamente. “Ademais, vós exaltastes vossas vozes e jurastes obediência e fé...” Tendo sido feita a conexão entre os dois pólos, todas as condições de sua interação estando acertadas, os anjos da criação proclamam sua resposta ao deus, jurando continuar a seguir a vontade do deus. Obediência e fé são as qualidades do Elemento Terra no Sistema Enochiano. “...Àquele que vive e triunfa,” Os espíritos das Tabelas afirmam a existência do seu criador dizendo que ele vive, e afirmam o sucesso do ato da criação ao dizer que ele triunfa. Vida ou vivificação são características da Água. “cujo princípio não é, nem seu fim pode ser,” Os espíritos afirmam que o deus existe inteiramente fora da esfera de atividade da criação. Esta frase ecoa na linha começando “Em cujas mãos o Sol é...” de um ponto de vista interno da criação do deus. Infinidade ou expansão são características do Elemento Ar. “Quem brilha como uma chama no centro de vosso palácio...” ‘Chama’ ecoa o “fogo da reunião”, e o palácio é a Grande Tabela. Os espíritos afirmam que eles continuam a refletir a vontade criativa do deus. E na construção do Templo completo, esta frase é literalmente verdadeira também; o Deus, ecoado em um Templo da Tabela na forma do Rei Elemental, cria um feixe de fogo brilhante que ilumina o Templo a partir do interior. “...e reina entre vós como o equilíbrio da retidão e da verdade.” Reinar é a função de um rei, e a imagem mágicka de um rei corresponde à esfera de Tiphereth ou Sol na Cabala. Esta esfera figura tradicionalmente como o “espírito” em relação às quatro esferas mais baixas, que são consideradas como representando os quatro elementos. O deus é o “deus da justiça”, correspondente à Libra, as balanças. Retidão e Verdade são Saturno e Júpiter, que por sua vez são contração e expansão, estabilidade e mudança, autoridade e responsabilidade, e

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Godzilla encontra E.T. numerosos outros pares complementares. O deus reconcilia todas as oposições. Os termos também aludem ao cajado (ativo) e a arca do conhecimento (receptivo) de uma frase anterior. Também deve ser observado que na Árvore de Achad, Júpiter e Saturno são atribuídos aos caminhos levando respectivamente a Chokmah e Binah de Kether. Seu balanço é o caminho de Shin (Fogo), conectando Kether com Tiphereth. O ecoar das instruções do deus, por parte dos espíritos das Tabelas, também sugere que as condições em que o deus se estende à criação como um todo são refletidas em “miniatura” dentro da criação. Será mostrado adiante que é esta a situação com as Tabelas como nós procedemos.

Frases de conclusão “Move-os, então, e mostra-os a vós mesmos!” “Abrí os mistérios de Vossa criação!” Porque eu sou o servente do mesmo Deus vosso, “o verdadeiro adorador do altíssimo!” No restante da Chamada, o magista utilizando-a chama pelos espíritos para que respondam a ele completa e abertamente. A palavra traduzida aqui como “servente” seria melhor transmitida como “ministro” ou representante”. O magista declara que ele tem um direito a esperar a resposta dos espíritos porque ele age de acordo com a vontade do seu criador. Em outro lugar nos registros de Dee, é dito que os anjos estão atados por comprometimento com Deus, a prestar serviço obediente e fiel ao magista, como se o magista fosse idêntico ao criador. A partir do momento em que a Chamada é feita na primeira pessoa, o magista que a utiliza está efetivamente tomando a posição do Criador, invocando o poder daquele ser para si mesmo. É somente nestas últimas poucas linhas que o magista volta novamente à sua própria persona, e isso somente para afirmar especificamente a identidade entre ele e o criador. Onde o sistema estiver sendo utilizado para propósitos iniciáticos, ou para propósitos de exploração astral, é melhor usar esta Chamada antes de utilizar qualquer uma das Chamadas elementais. No trabalho da construção dos Templos das Tabelas, esta Chamada pode ser usada a qualquer momento. O propósito da Segunda Chamada não é certamente conhecido. Eu tenho conduzido muitos experimentos para determinar seu uso adequado, porém sem alcançar resultados que demonstrassem inequivocamente o que aquele uso seria. O melhor que pode ser dito é que esta Chamada parece invocar o suporte estrutural quadrado das Tabelas, o aspecto da “forma” como oposto à essência espiritual invocada pela Primeira Chamada. Anjos invocados utilizando-se esta Chamada juntamente com uma das Chamadas elementais, expressam muito menos de suas naturezas como indivíduos. Eles agem muito mais como funcionários ou burocratas, dentes de engrenagem na máquina da hierarquia angélica. As energias que eles manifestam são mais cruas, mais naturais ou terrenas do que as que eles manifestam sem esta Chamada. O conteúdo da Segunda Chamada é muito mais simplório que o da primeira. Ela define um segundo aspecto do poder divino, um que é ainda mais sagrado do que os poderes das Chamadas que seguem, mas que especificamente tem controle sobre os quatro elementos, acoplando-os em uma estrutura fixa, exata. “Podem as Asas dos Ventos entender vossas vozes de admiração?” A Chamada inicia questionando se serão capazes as “Asas dos Ventos” – os Anjos do Ar, mais superiores dos rígidos anjos elementais – são capazes de compreender os poderes que estão sendo invocados aqui. A implicação é que não são e que, como os poderes invocados pela Primeira Chamada, estes são de uma ordem mais elevada do que aqueles. “Ó Vós, os semelhantes ao Primeiro,” Durante todas as chamadas, “o Primeiro” se refere ao criador. Os poderes aqui são um segundo aspecto que está sendo manifestado pelo criador. As cinco linhas seguintes dão a estes poderes o controle específico sobre a estrutura elemental das Tabelas.

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Godzilla encontra E.T. “A quem as ardentes chamas forjaram na profundidade de minhas mandíbulas,” “a quem tenho preparado como copas para uma Boda, ou como flores em toda sua beleza para a Câmara do Justo.” “Fortes são vossos pés, mais que a pedra desnuda:” “E mais poderosas são vossas vozes que os ventos múltiplos”. “Por vir vós a ser um edifício tal como não existe outro, salvo na mente do Todo Poderoso”. Outra vez nós vemos o padrão elemental quíntuplo visto anteriormente na resposta da Primeira Chamada. Mas aqui o símbolo do espírito é o não o espírito próprio, mas um edifício, uma estrutura ou forma, criado pela vontade do divino. O uso da palavra “palácio” na Primeira Chamada, e de “edifício” aqui, fortemente implica que em pelo menos uma de suas manifestações, estes poderes criam uma estrutura tridimensional, ou supradimensional. Os Templos das Tabelas são uma destas formas supradimensionais. Como regra geral, a Segunda Chamada nunca deve ser utilizada na mesma sessão que a Primeira Chamada. Fazer isso exageraria a tensão entre os dois pólos, arrastando os anjos e seus poderes em duas direções diferentes, reduzindo a capacidade deles manifestarem qualquer aspecto de suas naturezas de forma clara. Também pode estimular um desagradável estrabismo mental no magista que tentar fazê-lo.

As Chamadas Elementais e a Cosmologia Esférica Da Terceira até a Sexta Chamadas estão invocações gerais dos quatro elementos, e também servem como invocações dos quatro Ângulos Inferiores nos quais os elementos não estão misturados. Da Sétima a Décima Oitava Chamadas são invocações dos Ângulos Inferiores restantes, cada um dos quais tem uma natureza elemental dupla. Apesar de que nós não iremos analizar cada uma das Chamadas em detalhe individual, existem certos padrões que deverãos ser notados como demonstrando a estrutura cosmológica por trás do Sistema Enochiano. Uma análise cuidadosa das duas Chamadas divinas e das dezesseis elementais revelam que a forma definida da hierarquia ou status relativo está sendo expressado. Esta é uma hierarquia vertical, na qual poderes são graduados um acima do outro, tendo os poderes do Ar no topo, seguidos pelos outros três elementos “puros” e os ângulos duplo-atribuídos na seqüência definida por suas Chamadas respectivas. O caminho pelo qual a hierarquia é expressa nas chamadas sugere que desta forma, os elementos formam uma seqüência de círculos concêntricos ou esferas ao redor da terra, indo do mais extremo ao mais interno da seqüência na qual as Chamadas estão numeradas. Nas anotações de Dee, uma esfericidade similar é explicitamente atribuída aos Trinta Éteres e a Heptarchia Divina. E (como será mostrado no próximo capítulo) a cosmologia esférica também nos provê uma das chaves para uma nova, bem ordenada e pragmaticamente confiável série de atributos para os quadrados das Tabelas Elementais. Dessa forma pode ser que aparentemente diversos elementos dos sistemas Heptárquico e Enochiano são unidos de forma oculta através de uma conexão com este modelo cosmológico. O sistema de esferas concêntricas era o modelo cosmológico padrão do tempo de Dee, e assim tem sido pelo menos desde o tempo de Aristóteles. Copérnico havia morrido recentemente, e Galileu ainda não tinha pronto o trabalho que iria eventualmente levar a idéia do cosmos heliocêntrico a uma aceitação geral. E diferentemente da cosmologia moderna, não havia divisão entre as evidências da física e os ensinamentos da religião; o modelo aplicado igualmente ao mundo observável e o mundo invisível do espírito. No centro de tudo estava a Terra, o reino mais baixo sobre o qual todas as outras influências descendiam. Do lado de fora, circundando tudo estavam a esfera do Zodíaco e as estrelas fixas, para além das quais estavam os reinos de Deus. Entre estas esferas internas e externas havia outras de caráter divino crescente, algumas tendo aparências visíveis como os planetas, outras invisíveis e habitadas por várias ordens de seres divinos e angélicos. Diagramas ilustrando essa cosmologia eram comuns em textos de filosofia tanto religiosa quanto natural; praticamente todo grupo de coisas – reais ou imaginárias – que evidenciavam algum tipo de ordem eram convertidos para dentro do sistema em uma hora ou outra. Era muito comum para os grimórios medievais

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Godzilla encontra E.T. (especialmente aqueles que diziam respeito a Magia Angelical) o fato de representar os seres com os quais eles lidavam como ocupando esferas concêntricas no espaço celestial. Não há dúvidas de que Dee, um dos homens mais bem instruídos do seu tempo, viu tais diagramas muitas vezes e absorveu os princípios envolvidos com a importância de um curso. Também não devemos nos surpreender que aqueles que deram o Sistema Enochiano para Dee e Kelly seguiram o mesmo sistema; eles tinham que trabalhar em um perímetro, dentro das limitações conceituais daqueles com quem eles estavam falando. Como preceito de estabelecer os sistemas concêntricos como relevantes para as Chamadas, duas coisas precisam ser demonstradas. Primeiro, de que existe uma seqüência nas Chamadas, ou seja, que a numeração das Chamadas não é arbitrária, mas sim, reflete um seqüenciamento intencional nos seus conteúdos. Segundo, que os pontos finais da seqüência podem ser conectados por evidência interna para as esferas mais externas e internas do sistema concêntrico. É relativamente fácil estabelecer que o conteúdo das Chamadas reflete uma natureza sequencial. Dentro das Chamadas existem três grupos. No primeiro grupo, o sequenciamento é tornado explícito, por referência às Chamadas precedentes. No segundo grupo, o sequenciamento é mostrado pela inclusão das direções sucessivas das Chamadas, indo no sentido horário a partir do Leste. O grupo final é conectado pelo fato de que cada Chamada contém um nome especial de Deus. Tabela mostra a estrutura completa destas conexões. Perceba que a última Chamada em cada grupo é também a primeira Chamada do próximo grupo, existindo assim uma conexão direta entre elas.

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Godzilla encontra E.T. Chamada 1

Conexão (C) por referência específica Deus reina como “o balanço da retidão [BALTOH] e da verdade”

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“semelhantes ao Primeiro” – (C) com Primeira Chamada “Asas dos Ventos” – (C) com Terceira Chamada

3. AR

“orlas da Justiça [BALT] e da Verdade” (C) com a Primeira Chamada “poder sucessivamente sobre 456, as verdadeiras idades do tempo”

4. ÁGUA

Estes poderes “que também sucessivamente são os números do tempo, e seus poderes são como os primeiros 456” – (C) com a Terceira Chamada

5. TERRA

“Eles são os irmãos do primeiro e os seguidores, e o princípio de seus próprios assentos” – (C) com as duas Chamadas anteriores

6. FOGO

“E estão no governo e a duração como o segundo e o terceiro” [ângulos] – (C) com as duas Chamadas anteriores

7. ÁGUA de AR

“cujos Reinos e duração são como a terceira e a quarta” [ângulos] – (C) com as duas Chamadas anteriores

Direções

Nomes de Deus

SUL

LESTE

8. TERRA de AR

SUL

9. FOGO de AR

OESTE

10.AR de ÁGUA

NORTE

11.TERRA de ÁGUA

LESTE

12.FOGO de ÁGUA

SUL

13.AR de TERRA

SUL

GROSB

– “Aguilhão Amargo”

14.ÁGUA de TERRA

BALTIM – “Justiça Extrema”

15.FOGO de TERRA

BAEOVIB – “Retidão”

16.AR de FOGO

MADZILODARP – “Deus da Conquista”

17.ÁGUA de FOGO

VONPOVNPH – “Furor na Ira”

18.TERRA de FOGO Tabela 1: Conexões entre as Chamadas Elementais

MOZ – “Alegria”

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Godzilla encontra E.T. No primeiro grupo, nós temos conexões demonstradas pelos trechos listados. É instrutivo notar que enquanto a Segunda Chamada remete-se à Primeira Chamada e à Terceira, a Terceira Chamada remete-se somente à Primeira. Como foi mostrado anteriormente a Segunda Chamada, enquanto de natureza divina, cria a estrutura ou forma na qual os poderes do sistema estão contidos. As Chamadas subseqüentes invocam os poderes que lá estão contidos, e assim elas podem ser consideradas como parcialmente fora da seqüência. No segundo grupo, as direções são listada em seqüência horária a partir do LESTE dando uma volta e meia no círculo até que o movimento é parado pela repetição da direção SUL. Se a seqüência fosse extendida na direção reversa até cobrir as Quatro Chamadas dos elementos puros, então a direção mencionada na Chamada para ÁGUA está no lugar correto da seqüência. No grupo final a conexão é clara, mas o sequenciamento não é óbvio. É como se tivéssemos cinco diferentes – mas igualmente violentas – naturezas expressando-se, e que elas só viriam a obter descanso e balanço, produzindo “Alegria”, na última Chamada. Alguém pode argumentar que as cinco primeiras destas Chamadas causam eventualmente uma última, mas justificar uma seqüência entre elas seria deveras complicado. Mas note as qualidades destes três grupos. Os componentes do primeiro grupo estão todos relacionados (diretamente ou por referência)ao Tempo, Duração, ou Eternidade. Os componentes do segundo grupo expressam todos o princípio do Espaço. O grupo final expressa o princípio de Atividade ou Movimento, primeiro violento e nãobalanceado, mas finalmente chegando ao equilíbrio. Cada princípio é dependente do seu precedente; Espaço não significa nada se não há duração; movimento é impossível sem o Tempo no qual ele pode acontecer, e Espaço no qual pode ocorrer. Assim numa escala ligeiramente maior, o grupo final pode ser dito para expressar parte da seqüência natural completa das Chamadas. A fim de demonstrar as conexões entre as Chamadas e a cosmologia das esferas concêntricas, nós precisamos apenas atentar para as duas Chamadas que estariam nas esferas dos extremos daquela estrutura. As duas primeiras Chamadas, sendo de natureza divina, precisam ser consideradas como operando “de fora”, no reino de Deus. A primeira das Chamadas que estaria dentro das esferas seria então a Terceira. A Terceira Chamada começa: “Olhai, disse vosso Deus, eu sou o Círculo em Cujas mãos erguem-se Doze Reinos”. O deus que fala está fora das esferas da existência. Ele age sobre aquelas esferas através da parte mais externa, representando o círculo do zodíaco e a esfera das estrelas fixas. Mais à frente o deus indica que as criaturas do Ar comungam parcialmente da natureza daquela esfera: “Primeiro eu os fiz administradores e coloquei nos assentos os Doze do governo, dando a cada um de vós poder sucessivamente sobre quatro cinco e seis, as verdadeiras idades do tempo,” Seus doze assentos refletem os doze signos. E eles tem poder sobre as idades do tempo, cujas idades (dentro do conhecimento mágicko ou astrológico) são determinadas pelo progresso dos equinócios através dos signos. Em contraste, as criaturas da Quarta Chamada são imbuídas do poder sobre os “números do tempo”, o significado pelo qual o tempo é contado ou medido, o qual talvez esteja relacionado indiretamente com os planetas e seus padrões nunca repetitivos, tomados como progressos de tempo. As criaturas da Quinta Chamada tem o poder sobre os “fins e o conteúdo do tempo”, o “material”, objetos físicos que existem e tem duração finita dentro do tempo. “Assim os converteríeis nas orlas da Justiça e da Verdade” O Deus do Sistema Enochiano é o “Deus da Justiça”, que reina entre as criaturas das Chamadas como “o balanço entre a retidão e a verdade”. As palavras enochianas para “justiça” e “retidão” são claramente variações de uma mesma raiz, , assim o Deus é igualmente “justiça e retidão”. “Orlas” pode ser interpretado também como a “bainha” da vestimenta de Deus, ou como a borda circular da margem da região sob o controle direto de Deus. Em ambos os casos fica estabelecido que as criaturas do Ar são as mais próximas das regiões divinas entre as Chamadas. Assim nós temos uma conexão obviamente clara entre a Terceira Chamada e a esfera mais externa da cosmologia concêntrica, a esfera das estrelas fixas. A conexão com a esfera mais interna, a da Terra, é declarada explicitamente na última das Chamadas elementais, a décima oitava.

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Godzilla encontra E.T. “Ó Tu poderosa luz e ardente chama do conforto que abres a Glória de Deus no centro da Terra...” O “centro da Terra” é o centro da ‘Cebola’ Cósmica, o extremo oposto da esfera das estrelas fixas. As duas Chamadas que começam e terminam as Chamadas elementais estão claramente associadas com os dois extremos da cosmologia concêntrica. E como foi mostrado anteriormente, existe uma seqüência definida nas Chamadas entre estes pontos. Não é irracional acreditar que aquelas outras Chamadas estão programadas a ocupar suas próprias esferas entre os dois pólos. Esta idéia foi posteriormente reforçada pelo fato de que os Éteres também eram mostrados nas anotações de Dee como ocupando esferas concêntricas ao redor da Terra. Os 91 Senhores dos Éteres têm seus nomes formados a partir da Grande Tabela, igualmente como os anjos e poderes que governam as regiões controladas pelas Chamadas elementais. Desde que os dois grupos de nomes cobrem o mesmo “território” em suas diferentes formas, é cabível pensar que as Chamadas Elementais e as Chamadas dos Etéres são na verdade duas formas diferentes de se enxergar um mesmo território, e que as esferas concêntricas explicitamente aplicadas ao último grupo também se aplicam ao original. Adicionalmente, a seqüência dos quatro elementos no esquema Enochiano – Fogo abaixo, então Terra, Água e Ar – tem uma relação direta às camadas esféricas encontradas no corpo físico da Terra. O centro do planeta é intensamente quente e fundido; tanto que o calor que escapa do centro contribui significativamente para manter as temperaturas necessárias para a vida existir aqui. No topo deste centro flutua a crosta, o sólido, a porção “terrestre”. A parte aquosa está por cima da crosta, e o ar circunda tudo. A conseqüência desta correlação entre as Chamadas e a cosmologia medieval é que nós não podemos supor, como muitos tem feito, o fato de que as Chamadas elementais e suas regiões correspondentes da Tabela seriam de alguma forma limitadas à ação dentro da extensão mais baixa, puramente elemental, do universo mágicko. Também é inegável que elas, tanto quanto os Éteres, representam um caminho de iniciação, um caminho entre a Terra e os céus. Como será mostrado no próximo capítulo, as Hierarquias das Tabelas podem também ser organizadamente colocadas na visão concêntrica da criação, reforçando este princípio. As Chamadas, Tabelas e Éteres são simplesmente três diferentes “mapas” sobrepostos numa única esfera de existência oculta. Com nosso conhecimento moderno do universo, a cosmologia concêntrica do Sistema Enochiano não pode ser aceita nos mesmos termos como teria sido por um homem do tempo de Dee. No entanto, com algumas pequenas modificações ela ainda pode continuar sendo considerada para propósitos espirituais, bem como estando em geral (mas não detalhado) acordo com fatores físicos. Em diversos níveis de existência nós encontramos entidades que dão a aparência de ter um consciente centralizado, ou um foco que unifica a ação de suas diversas partes. Humanos e outros seres viventes, planetas e estrelas, todos exibem esta característica. Tais seres também exibem camadas esféricas concêntricas quando eles são vistos por inteiro. Humanos têm um centro sólido, o corpo, o qual é circundado por uma nuvem de água vaporosa e vários químicos criados pelo corpo; eles tem um “aura” parcamente volumosa de campos eletromagnéticos, e uma aura ainda maior de radiação de calor. O planeta tem as quatro camadas mencionadas acima, e camadas adicionais compostas de campos magnéticos e influência gravitacional. Similar para o Sol. Nós podemos chegar a alguma correspondência entre o modelo cosmológico Enochiano e o conhecimento moderno presumindo que as camadas concêntricas do sistema não correspondem ao universo inteiro, como o homem medieval teria acreditado, mas ao invés disso, corresponde a camadas no sentido mágicko do planeta no qual vivemos. As camadas externas “divinas” corresponderiam àquelas camadas onde a influência do planeta se mistura com as influências de seu ambiente no Sistema Solar. Espiritualmente, estas seriam as camadas nas quais o consciente que habita e vive no planeta reside, interagindo com outros planetas e o universo maior em seus próprios termos. As camadas elementais corresponderiam então às várias porções de atividade interna. Nós sabemos que os signos do zodíaco não são influências diretas das estrelas reais no céu, mas particularmente expressões das mudanças de relação da Terra com o Sol sobre o curso de sua órbita anual. O Sol sendo a mais poderosa entidade em termos de proximidade na escala de existência, os signos continuariam sendo apropriados como expressões do poder maior manifestando-se no nosso mundo. Os demais planetas, tendo uma influência mais fraca e imediata, atuariam dentro do condicionamento geral estabelecido na relação terrestre-solar, e continuariam sendo considerados como tendo um lugar “mais baixo” no esquema psíquico deste mundo. Tanto

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Godzilla encontra E.T. os astrólogos modernos quanto os medievais determinam a “divindade” e poder dos planeta através do seu grau de movimento aparente conforme visto da superfície da Terra; não há razão para mudar qualquer coisa naquela área. E dentro destas influências externas os quatro “elementos” subjetivos continuam cumprindo sua sempre-mutável dança. Nós não perdemos nada por estreitar o enfoque da velha cosmologia. Na verdade, apenas ganhamos. Na antiga visão o universo inteiro era contido dentro do esquema esférico. Era um cosmos organizado, no qual tudo tinha o seu lugar e não haviam surpresas. Assim que alguém entendesse esta estrutura básica, teria entendido tudo; assim que o entendimento estivesse completo, o “agir com sabedoria” era inevitável; e tendo entendido e agido sabiamente, este alguém estaria a um passo da divindade. Todos os fatores da antiga cosmologia continuam presentes, mas com uma diferença. O que no universo medieval era pequeno o suficiente que seu criador poderia de modo concebível dar atenção a todos os eventos que ocorressem dentro dele, no entendimento moderno o universo é tão imenso que qualquer ser capaz de abranger o todo não poderia possivelmente abranger todos os detalhes ocorrendo dentro dele. Se existe um deus que dá atenção a este mundo, como faz o deus do sistema Enochiano, deve ser relativamente local em foco e influência. Isso levanta a possibilidade – ou melhor, a inevitabilidade – de que dentro do universo existem outros locais onde outros deuses criam esquemas de criação diferentes do nosso próprio. Se adquirirmos a união com o criador local, nós descobriremos que além dele existe uma arena sem limites na qual qualquer coisa imaginável e inimaginável pode ocorrer. E toda criação local deve interagir com seu meio-ambiente em uma variedade de níveis; nada fica sozinho; nada existe totalmente à parte. Deve haver ligações entre nosso próprio sistema e muitos destas outras esferas. Isso é tão verdadeiro no universo Enochiano como o é no universo físico. Os Templos das Tabelas provém (entre seus diversos usos) uma forma pela qual tais conexões podem ser descobertas e as esferas conectadas serem abertas para exploração. Chamada / Quando usar: 1 Use em qualquer momento para produzir uma manifestação mais espiritual das forças invocadas. Use primeiramente quando invocar qualquer nome da Tabela da União. Use primeiro quando invocando apenas os Três Nomes de Deus ou os Reis Elementares 2 Use para produzir uma manifestação mais “material” das forças invocadas, ou para enfatizar o componente estrutural das Tabelas. Não é recomendado para usar com a Tabela da União, ou qualquer região das Tabelas Elementais ou outras a que não sejam os Ângulos Menores. 3 Use secundariamente para a Tabela da União no nome EXARP Use secundariamente quando invocando apenas ORO IBAH AOZPI ou BATAIVAH Use primeiramente para os Seniores da Tabela do Ar. Use primeiramente para o Ângulo Menor do Ar da Tabela do Ar. Pode ser usado precedendo as Chamadas para outros Ângulos menores da Tabela do Ar. 4 Use secundariamente para a Tabela da União no nome HCOMA Use secundariamente quando invocando apenas MPH ARSL GAIOL ou RAAGIOSL Use primeiramente para os Seniores da Tabela da Água Use primeiramente para o Ângulo Menor da Água da Tabela da Água. Pode ser usado precedendo as Chamadas para outros Ângulos menores da Tabela da Água. 5 Use secundariamente para a Tabela da União no nome NANTA Use secundariamente quando invocando apenas MOR DIAL HCTGA ou ICZHIHAL Use primeiramente para os Seniores da Tabela da Terra Use primeiramente para o Ângulo Menor da Terra da Tabela da Terra. Pode ser usado precedendo as Chamadas para outros Ângulos menores da Tabela da Terra. 6 Use secundariamente para a Tabela da União no nome BITOM Use secundariamente quando invocando apenas OIP TEAA PDOCE ou EDLPRNAA Use primeiramente para os Seniores da Tabela do Fogo Use primeiramente para o Ângulo Menor do Fogo da Tabela do Fogo. Pode ser usado precedendo as Chamadas para outros Ângulos menores da Tabela do Fogo. 7 Use primeiramente para Ângulo Menor da Água da Tabela do Ar 8 Use primeiramente para Ângulo Menor da Terra da Tabela do Ar 9 Use primeiramente para Ângulo Menor do Fogo da Tabela do Ar 10 Use primeiramente para Ângulo Menor do Ar da Tabela da Água 11 Use primeiramente para Ângulo Menor da Terra da Tabela da Água 12 Use primeiramente para Ângulo Menor do Fogo da Tabela da Água

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Use primeiramente para Ângulo Menor do Ar da Tabela da Terra Use primeiramente para Ângulo Menor da Água da Tabela da Terra Use primeiramente para Ângulo Menor do Fogo da Tabela da Terra Use primeiramente para Ângulo Menor do Ar da Tabela do Fogo Use primeiramente para Ângulo Menor da Água da Tabela do Fogo Use primeiramente para Ângulo Menor da Terra da Tabela do Fogo

- Fim da Parte I -

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Godzilla encontra E.T. GODZILLA ENCONTRA E.T. – II Parte

A Natureza e os Atributos das Tabelas A Estrutura da Grande Tabela e das Tabelas - Atributos Gerais A Grande Tabela encontra-se dividida em quatro partes, cada uma das quais forma 1 tabela elementar. Esta tabela, por sua vez, se divide em 4 partes, chamadas ângulos menores. Cada um é um sub-elemento do Elemento da Tabela. A versão original da Grande Tabela mostra as tabelas e os atributos dos ângulos menores tal como é mostrado na figura 1. Porém, vários anos depois, o Anjo Rafael proporcionou a Kelly a Grande Tabela revisada na qual se modificou a localização das Tabelas ou Torres na Grande Tabela. A figura 2 mostra essas mudanças. É importante observar que enquanto as posições das Tabelas mudaram, não é feita nenhuma menção aos atributos dos ângulos menores. Aqui encontramos a primeira e mais séria ambigüidade do sistema enochiano. O grimório de Dee (escrito depois da Grande Tabela revisada ser recebida), mostra que ele acreditou que enquanto as posições das Tabelas tenham mudado, os atributos dos ângulos elementares permaneceram inalterados. Eles permaneciam tal e qual é mostrado na figura 1.

Figura 1: Tabela da União e Ângulos Menores segundo Dee. Não é possível reestruturar fisicamente os ângulos menores do mesmo modo que as torres. Vários nomes e sigilos dos governadores dos Éteres cruzam os limites dos ângulos. Mudando o arranjo, destruiriam a validade de parte do sistema. As únicas opções são assumir que os atributos dos ângulos menores permanecem inalterados, ou, que seus atributos originais eram equivocados. Deste modo, deveria ter que se modificá-los e arrumá-los novamente em função da nova estrutura. Dee claramente favoreceu a primeira opção, assim, as inscrições dos poderes angélicos seguem o arranjo mais antigo. Quando os magos da G:.D:.1 incorporaram a magia enochiana em seu sistema se decantaram pela segunda opção. O ângulo menor do fogo se converteu em ângulo menor da terra. A água se converteu em fogo e o

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Hermetic Ordem of the Golden Dawn (Ordem Hermética da Aurora Dourada) – Fundada em 1888 na Inglaterra, essa ordem incorporou nas suas práticas o sistema enochiano. – N.T.

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Godzilla encontra E.T. ângulo da terra se transformou no ângulo da água. As qualidades divergentes dos 4 elementos fazem disso uma mudança drástica. Desde então, o uso moderno das tabelas procede da prática da G:.D:., e é possível que há mais de um século os magos tenham feito o uso incorreto das Tabelas.

Figura 2: A Grande Tabela revisada (1587) com os atributos da G.D. Para os Ângulos Menores O problema de fato é que não importa que jogo de atributos se use. O mago consegue ao menos resultados parciais empregando o jogo que para ele parece correto. Por exemplo: invocando o Anjo ZIZA como um poder subalterno do elemento fogo na tabela de fogo, produziria uma imagem metafórica do fogo. Invocando o mesmo anjo e atribuindo-lhe um poder do sub-elemento água, provocará alguns resultados que confirmarão essa associação. Inclusive é possível para o magista usar atributos diferentes para o anjo em invocações separadas. Deste modo, se obtém resultados que se adaptam ao uso específico do momento. Como em grande parte do sistema o uso que constitui a chamada e a intencionalidade do magista, parecem contar mais que a natureza intrínseca dos anjos e seus ofícios. A opção de atributos para os ângulos menores deve depender portanto de considerações exteriores ao próprio sistema. Se o mago já trabalhou anteriormente com a versão da G.D. ou se pensa fazê-lo extensamente no futuro, o melhor a fazer seria seguir seus atributos. Se o mago nunca usou esse sistema e não pretende fazê-lo, utilizar os atributos originais poderia ser uma boa opção. A consistência e a constância são necessárias para dotar de efetividade a magia. Paradoxalmente, pode ser mais produtivo utilizar um sistema que pode ser errado se através dele se obteve resultados convincentes, que aprender um novo sistema diferente que possa ter vantagens questionáveis. Tanto o sistema original como o da G.D. trabalharam com a técnica do Templo Enochiano. Os atributos utilizados neste texto são usados arbitrariamente, posto que são mais familiares ao mago moderno. A G:.D:. deu uma série de atributos para os quadrados dentro das tabelas aplicando um complexo e extravagante sistema de regras. O experimento sugere que não se trata de uma reflexão confiável das naturezas dos quadrados. Quando são usados na visão astral, eles se relacionam com os atributos dados, deste modo, quando o mago invoca os anjos sem insistir em que mostrem atributos específicos, eles revelam uma natureza substancialmente diferente. Depois consideraremos os problemas que aparecem no sistema da G:.D:. e ofereceremos um sistema alternativo que alinha ambos e conforma as naturezas reveladas através da evocação, evitando problemas como os expostos anteriormente.

A Estrutura Interna e a Formação dos Nomes Divinos

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Godzilla encontra E.T. A estrutura das Tabelas se acha bem delineada. Não há nenhuma dúvida quanto a um quadrado rotulado que pertença a uma parte específica da Hierarquia Enochiana. Existem sem dúvida, muitas ambigüidades quanto a formação dos nomes Divinos e Angélicos através desses quadrados e ainda mais questionáveis parecem quanto ao uso nas invocações. Experimentar pode não ajudar a determinar o seu uso “verdadeiro” ou “correto”. O Enochiano é um idioma mágico genuíno. Cada palavra não apenas possui um significado, mas também invoca uma força. Deste modo, uma combinação de letras pode agrupar um acúmulo de energias e cada combinação e variação dos Nomes Divinos produzirá um resultado. Inclusive “nomes” criados juntando letras ao acaso farão que um Anjo ajude, com a condição de que se utilize uma das Chamadas. A conveniência de alguns resultados por meio de um uso particular é diferente, apenas através da experiência pode ser obtido. O mago deveria estudar as possíveis variações legítimas e desenvolvê-las metodicamente. A cruz que separa as tabelas dentro da Grande Tabela é chamada às vezes de “Cruz Negra” por sua cor em um dos diagramas de Dee (Fig.3). Esta cruz é atribuída ao elemento Espírito e serve a dois propósitos: para juntar as Torres e para proporcionar um caminho de comunicação e transformação entre um elemento e o próximo. Os nomes da Coluna Vertical são lidos de fora para dentro, enquanto que os da Coluna Horizontal são lidos do centro para fora. Estes nomes foram extraídos da Grande Tabela e formam uma Tabela separada, chamada “Tabela da União”. Certas letras dessa Tabela são usadas na formação dos nomes Arcangélicos que aparecem nos ângulos menores. A combinação desses nomes forma os nomes das três regiões do Éter ZAX.

Se descermos ao longo das Hierarquias das Tabelas, observamos que algumas das consideradas inferiores (hierarquias), são atribuídas a poderes que são considerados como elevados ou universais em outros lugares. As cruzes dos ângulos menores são associadas às 10 Sephiroth correspondentes à Árvore da Vida. A tradição qabalística nos diz que a Árvore nos descreve a totalidade do universo através de todos os planos de existência. Apesar disto, aqui se relega a um poder inferior de governo, dentro de cada ângulo menor, subordinado a poderes que supostamente são incluídos de um modo intrínseco. De forma semelhante, a G.D. argumenta que os quadrados dos Ângulos(Anjos) Menores são atribuídos em cada Ângulo Menor, aos signos do Zodíaco. Na maioria dos outros sistemas, os signos representam os limites com o mundo exterior, a interconexão entre os mundos manifestos e os reinos transcendentes. Na Árvore da Vida, se atribuem aos Caminhos compreendidos entre as Sephiroth igualando assim o poder entre os planetas e os elementos. Todavia aqui eles conectam com a gama mais baixa do sistema Enochiano.

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Godzilla encontra E.T. Assim que o sistema proposto pela G.D. enquanto seus atributos, envolve uma inversão da Hierarquia entre os poderes que esta inclui. Os poderes com menor nível, situam-se nas zonas altas, enquanto que os mais elevados aparecem nas zonas inferiores da tabela. Semelhante inversão nos inclina a pensar que algo deve estar trocado neste sistema, apesar disto parecer ter sido aceito, ainda que com alguma reserva. Ninguém pensou que poderiam criar-se sistemas alternativos, que talvez sejam pouco inclusivos, mas que mantém um paralelo direto entre a graduação dos próprios poderes enochianos e outros sistemas. A chave para encontrar um sistema alternativo é compreender onde se encontram os pontos cegos dos magos da G.D.. Eles tomarem as formas diagramadas das Torres como se fossem de uma importância primordial. Quer dizer, em cada quadrado da tabela havia um poder apenas que por sua vez possuía um atributo, o qual foi fixado visualizando regiões distintas das tabelas nas quais o quadrado se localizava. Assim, o quadrado da Grande Cruz, poderia ter apenas um atributo, enquanto que os atributos dos quadrados nas cruzes deveriam ser relacionados de alguma maneira. De modo similar aconteceria nos ângulos menores. Isto limitava suas opções muito severamente e dava lugar ao surgimento de associações baseadas em correspondências superficiais ainda que fossem mais atrativas numericamente. Podemos transcender estas limitações reconhecendo que o poder expressado por um quadrado não depende de sua posição na Tabela, em troca, se dependeria da localização deste no contexto de um nome Divino em particular. Um quadrado que é empregado em múltiplos nomes disporá de diferentes atributos, em função do nome sob o qual o consideremos. Isto aplica-se à natureza subjacente a seu alcance hierárquico. Assim, onde a G.D. permitia um atributo, para os quadrados da Grande Cruz, nós podemos trabalhar com três atributos diferentes dependendo de se o quadrado se usa a partir dos 3 nomes de Deus, Rei Elementar ou Sênior. Dentro das cruzes que se encontram nos ângulos menores, as atribuições dos nomes de 6 e 5 letras, podem ser considerados separadamente, em lugar de mantê-la como uma só estrutura de 10 unidades. Com esta revisão podemos desenhar um sistema no qual a relativa importância dos poderes correspondentes às atribuições é congruente com a classificação dos nomes a quem os quadrados são aplicados.

ATRIBUTOS DOS 3 NOMES DE DEUS. Como se explicou anteriormente, os Nomes de Deus invocam o Poder do Criador, enquanto transformam esse poder em energia compatível com o elemento de uma Tabela em particular. Já se demonstrou como os 12 nomes em sua totalidade se relacionam com o zodíaco, que por sua vez interage com o Empíreo e o mundo manifestado pelas Tabelas. Desde que os 3 nomes numa tabela dada reflitam o Poder Divino para aquelas hierarquias que se encontram abaixo, parece razoável que os atributos Zodiacais do amplo jogo, deveriam encontrar-se refletidos dentro das letras de uma única tabela com os Nomes Divinos de Deus. Deste modo, distribuímos a cada atributo de um quadrado um dos signos zodiacais, refletindo em miniatura os atributos Divinos mostrados acima, para os nomes tomados em seu conjunto. O quadrado mais à esquerda é atribuído a Peixes, o resto segue o mesmo processo, tal e como se mostrou anteriormente, finalizando em Áries que se encontra na parte direita do quadrado. Da mesma maneira, o domicílio de cada elemento não importa somente os poderes maiores de seu próprio nome trino, mas é acrescido de uma amostra eficaz oriunda dos Poderes Divinos nas estrelas fixas.

REIS ELEMENTAIS E SENHORES. Geralmente se acredita que os Reis e os Senhores correspondem ao Sol e aos Planetas respectivamente. Sem dúvida, a energia e a atividade que processam não reflete a natureza dos planetas tanto da Astrologia quanto da Qabalah. O Sol aparece como símbolo de centralidade e de ego, desenhando junto aos planetas as funções dos níveis do SER, coordenando-os de tal modo que criam uma elevada interconexão e sistema homeostático (tendência a conservar a estabilidade interna). A intensa interação produz um fulgor secundário que por sua vez se estende além do sistema, e mais além ainda, rodeando a aura inteira. O Rei também atua concentrando energia que provém dos nomes Divinos, não unifica nem coordena outros poderes que se acham nas Tabelas, tem mais em comum com a natureza de Kether, o Primum Móbile, que

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Godzilla encontra E.T. com a concepção qabalística do Sol ou Tiphareth, se tomarmos os Nomes de Deus como se fossem círculos que rodeiam os mundos manifestos. Os Reis elementais ocupam uma posição no interior desse círculo, cada um no centro de sua quarta parte respectiva. Desse modo, se tomamos os poderes dos Nomes de Deus e os movemos para dentro, o Rei elemental acumula grande parte desse poder e o concentra num ponto. Assim, o Rei projeta essa energia (ainda em forma concentrada) até as partes abaixo, através de todas as esferas dos mundos manifestos. O Rei não distribui o poder na forma de fulgor contínuo, tal como faz o sol, senão que o faz descender na forma de uma luz intensa2 como um raio laser. Essa emissão de luz é um poder conduzido e canalizado do qual os seres diferentes podem servir-se, enquanto convertem o poder genérico dos nomes de Deus em poderes particulares, convenientes a seu nível e posição. Estes seres não são controlados de forma alguma pelo Rei Elemental, cada função é regida de acordo com seu próprio ofício, e estritamente dentro do reino atribuído pelas hierarquias das tabelas. Enquanto se expôs que as analogias entre os sistemas enochiano e a qabalah estejam incertas, os Reis Elementais parecem expressar tanto um poder arquetípico como de Atziluth. Isso e a vulcânica natureza de sua atividade parece associa-los com o Yod de YHVH. Os Anjos mencionaram a Dee que proporcionavam “O conhecimento e juízo nos assuntos humanos”, isto é a uma valorização exata mas não deve ser sobressaltada. Os Seniores3 governam esses níveis do universo enochiano onde as atividades primárias são a autoconsciência e a autodisposição dos seres. Isto engloba não apenas atividades humanas, mas também as atividades mágicas e espirituais dos iniciados humanos, as quais se somam várias classes elevadas de seres. Pode-se considerar também os planetas como forças dominantes nessas regiões, deste modo, as atribuições que relacionam os Seniores aos planetas se tornam apropriadas. Os Seniores tomam sua força do Rei Elemental, a difundem e a distribuem ao longo das Tabelas, atuando como os amortizadores e intermediários, impedindo assim que a intenção que foi canalizada pelo Rei queime as estruturas das regiões menores ou de níveis mundanos. Os Seniores também atuam como coletores ou algo semelhante a condutores de reenvio, absorvendo o excesso de energia irradiada ao longo dos diversos espaços das Tabelas, e às vezes recolhem essa energia elevando-a e fazendo-a retorna ás regiões de Atziluth. Neste processo de contenção e distribuição da atividade, expressam a natureza de Briah, enquanto que como grupo respondem ao elemento água e a 1ª Heh de YHVH. No interior de cada atalaia uma cruz separa os ângulos menores, chamada Grande Cruz da tabela, uma fila e duas colunas de quadrados formam essa cruz. A fila é denominada “Linha do Espírito Santo”, enquanto as colunas da esquerda e da direita são chamadas “Linha do Pai” e “Linha do Filho”, respectivamente4. Os nomes da coluna não parecem ter uma relação direta com a natureza real da atalaia. A Grande Cruz contém 3 jogos de nomes, cada um deles com um sistema diferente de leitura com relação a localização e uso. Os nomes Divinos de 3, 4 e 5 letras são formados lendo a linha do Espírito Santo da esquerda para a direita, assim, na Tabela da Terra os nomes são: MOR DIAL HCTGA A função destes nomes é a de chamar o poder do Criador e dirigi-lo para o Mago para deste modo converter ou filtrar esse poder numa forma compatível com o elemento da Tabela. Este poder é muito diluído e “colorido” pelo elemento da tabela. Não é por si só uma força elemental. O seguinte em importância por seu alcance é o Rei elemental, formado através de uma espiral ao redor do centro da segunda cruz. A função do Rei é concentrar a força invocada através dos três nomes de Deus e transferir essa força para baixo, atravessando todos os planos que representam as atalaias. O grimório de Dee mostra duas formas em que aparecem os Reis, cada um usando unicamente uma das letras centrais da cruz. Para a terra seria ICZHIHA ou ICZHIHL. Os anjos indicaram que a primeira destas formas seria usada para invocar forças usadas com propósitos amistosos ou benignos, enquanto que a segunda seria usada para resoluções de vingança, ódio e 2

Talvez o autor esteja tentando dizer feixe de luz concentrada, que é a característica do raio laser. – Nota Fr. Goya. Ou Senhores. – Nota Fr. Goya. 4 Israel Regardie é um pouco mais didático no seu livro The Golden Dawn: “A parte mais importante de uma Tábua Angélica é a Grande Cruz cujo braço vertical descende desde acima até abaixo e cujo braço horizontal cruza o centro. Esta cruz é composta de 36 quadrados e consta de uma linha dupla vertical que recebe o nome de Linha Dei Patris Filiique (a linha de Deus Pai e Filho), e uma linha horizontal consistindo numa única fileira de letras, que recebe o nome de Línea Spiritus Sancti (Linha do Espírito Santo). A Línea Spiritus Sancti é sempre a sétima fileira de letras iniciando acima, enquanto que as duas colunas verticais da Línea Dei Patris Filiique são sempre a sexta e a sétima iniciando tanto da direita como da esquerda.” - Nota Fr. Goya. 3

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Godzilla encontra E.T. castigo. Sem dúvida para uso moderno se incluíram ambas as letras num nome somente, como por exemplo, ICZHIHAL.

Os nomes dos 6 Seniores ou Anciãos são formados lendo dos dois quadrados centrais da cruz para o exterior ao longo que cada fila ou coluna. Os anjos mencionaram que os seniores da Linha do Espírito Santo podiam ter 6 ou 7 letras. A versão de 7 letras seria usada quando “A ira de Deus fosse implementada”. Dee usou ambas de um modo típico em suas invocações. Na prática moderna tem-se utilizado a todo momento a versão composta por 7 letras. Deste modo, se nos situamos na Tabela da Terra (No sentido dos ponteiros do relógio a partir da parte superior esquerda) os nomes seriam: ACZINOR, LZINOPO, ALHCTGA, LIIANSA, AHMLICV y LAIDROM. Dentro de cada ângulo menor existem 3 categorias de nomes derivados de áreas específicas. (Figura 5) Uma cruz de 10 quadrados no centro dos ângulos menores contém dois nomes de 5 e 6 letras respectivamente. O primeiro vem da leitura do braço maior da cruz para baixo, inscrito da esquerda para a direita. Sobre o braço horizontal da cruz se cria o segundo. Para o ângulo menor da terra, estes seriam ANGPOI e UNNAX. Estes nomes refletem num nível mais baixo, por assim dizer, as funções dos 3 nomes de Deus e do Rei elemental com respeito a atalaia como um todo. Diz-se que o nome de 6 letras põe em funcionamento os poderes do ângulo menor criando uma manifestação generalizada do sub-elemento, o nome de 5 letras ordena esses poderes para que obedeçam ao mago, concentrando-os e depositando-os sob seu comando. Os 4 quadros que se encontram acima do braço horizontal da cruz, proporcionam quatro nomes angélicos chamados anjos kerúbicos ou kerubs. Sengundo a G:.D:.5, estes nomes se mostram quando lidos da esquerda para a direita a primeira letra como sendo a primeira letra do nome do Anjo6. Por exemplo, no ângulo menor ar da terra, as letras BOZA produzem 4 kerubs BOZA, OZAB, ZABO e ABOZ. Um nome Divino ou um Arcanjo governam os anjos kerúbicos. Agregando uma letra da cruz negra ao primeiro Kerub, forma-se o nome Divino. A formação correta do nome arcangélico para o governo dos kerubs é outra área de ambigüidade. A prática de Dee era formar 5 6

Hermetic Order of the Golden Dawn – Ordem Hermética da Aurora Dourada. - Nota Fr. Goya. Ou seja, os nomes kerúbicos são produzidos por permutação. - Nota Fr. Goya.

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Godzilla encontra E.T. o nome conectando a letra da cruz negra que estivesse na mesma linha da Grande Tabela com os Kerubs em questão. Ele usou a letra “e” para os kerubs na fila superior da tabela, “h” para aqueles que se encontram na 8ª fila, “a” para os da 15ª, e “p” para a 22ª. Isto não parece razoável, já que inclui a primeira e a última letra dos nomes para ar e água presentes na Cruz Negra e ignora os Nomes do Fogo e da Terra. A prática da G:.D:. consistia em usar a primeira letra do nome da Cruz Negra correspondente ao elemento da tabela do Kerub. Existem informações sobre êxitos obtidos empregando a letra que se acha na cúspide do ângulo menor. Creio que neste caso, o método empregado pela G:.D:. é mais razoável e pode ser usado sem problemas. Usando o método da G:. D:., o Arcanjo para o ângulo do Ar de Terra seria NBOZA. Cada linha que se acha abaixo do braço horizontal da cruz do ângulo menor nos mostra o nome de apenas um anjo, lido da esquerda para a direita e evitando a letra que ocupa a cruz. Estes anjos são chamados “subordinados” pela G:.D:., provavelmente porque diferente dos Kerubs, eles são subordinados aos Nomes Divinos do ângulo Menor. O sistema da G:.D:. atualmente assume que existem 16 anjos serventes no interior de todos os ângulos menores (dentro de uma tabela), com seus nomes formados da mesma maneira que os Kerubs, sem dúvida as notas de Dee não corroboram esta afirmação. Os nomes dados para o ângulo ar da terra são: AIRA, ORMN, RSNI y IZRN.

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Fig.5: Formação dos Nomes nos ângulos Menores.

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Godzilla encontra E.T. O uso de vários dos Nomes Divinos ainda nos apresenta outra área de ambigüidade dentro do sistema enochiano. Praticamente cada combinação possível foi utilizada em alguma ocasião e isso produziu resultados sempre com a condição de que os nomes tenham sido antecedidos em seu uso por uma ou várias chamadas. Se nós seguirmos o grimório de Dee, observaremos as seguintes hierarquias enumeradas na Tabela 1.

Para

Seniores

Invocar

Rei elemental

N. Divino Kerúbico

N. Divino de 6 letras

Senior

Anjo Kerúbico

N. Divino de 5 letras

Anjos Kerúbicos

Anjos Menores

Anjo Menor Tabela 1: Hierarquia do grimório de Dee. Todas as invocações são precedidas por uma invocação a Deus, empregando para isso algum dos nomes trinos de Deus que se encontram nas tabelas (segundo caso) Dee tinha a opinião que somente a última entidade era evocável. Sustentava a crença de que os nomes restantes era unicamente nomes de Deus, aos quais as entidades tinham que responder, pois estas não tinham uma existência associada a ditos nomes. Parece claro portanto, que Dee considerava separados os ângulos menores da Grande Cruz da Tabela, quer dizer, gozavam de autonomia e portanto de modo algum se achavam sob a autoridade dos nomes cruzados. Disto podemos inferir um sistema mediante o qual cada uma das 16 chamadas elementais e sub-elementais foram utilizadas apenas por si mesmas, para seu respectivo ângulo menor e as 4 chamadas elementais serviram para um duplo uso: para invocar os 16 senhores da Atalaia, a 1ª e a 2ª chamada não parecem ter tido lugar nessas invocações. A prática dos magos modernos se baseia no princípio “quando mais melhor”, Gerald Schueler argumenta e insiste no fato de que cada ser pertencente a um alto nível da hierarquia deve ser invocado, antes do anjo cuja presença é requerida no ritual. De um modo semelhante, alguns magos complementam a chamada do ângulo menor junto à 1ª e a 2ª chamada agregando a estas a correspondente ao elemento. Sinto que isto é excessivo. Minha própria experiência me situa numa zona intermediária de ambos extremos. Os ângulos menores podem ser tratados como entidades separadas ou melhor como um componente que forma parte integral da estrutura da Tabela. No exposto anteriormente apenas a chamada ao ângulo menor se faz necessária. O resultado se apresenta como uma expressão mais pura da força elemental, em último caso, se faz necessário empregar a chamada do elemento, assim como a chamada ao ângulo menor. A elevada natureza de uma Tabela abrange a natureza do ângulo menor particularmente. Por acréscimo foi encontrado que os nomes que Dee considerava, apenas nomes de poder, também produziram a aparição de entidades que demonstravam a natureza dos nomes com os quais elas se conectavam. A tabela 2 mostra o uso recomendado das chamadas e nomes para trabalhar com o sistema do templo. Desejo recordar que estas recomendações são consultivas, o mago deveria experimentar qualquer variação que considere adequada e que mais se adapte a seu próprio método de trabalho.

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Godzilla encontra E.T. Tabela 2: Uso recomendado das Chamadas. Chamada / Quando usar: 1 Use em qualquer momento para produzir uma manifestação mais espiritual das forças invocadas. Use primeiramente quando invocar qualquer nome da Tabela da União. Use primeiro quando invocando apenas os Três Nomes de Deus ou os Reis Elementares 2 Use para produzir uma manifestação mais “material” das forças invocadas, ou para enfatizar o componente estrutural das Tabelas. Não é recomendado para usar com a Tabela da União, ou qualquer região das Tabelas Elementais ou outras a que não sejam os Ângulos Menores. 3 Use secundariamente para a Tabela da União no nome EXARP Use secundariamente quando invocando apenas ORO IBAH AOZPI ou BATAIVAH Use primeiramente para os Seniores da Tabela do Ar. Use primeiramente para o Ângulo Menor do Ar da Tabela do Ar. Pode ser usado precedendo as Chamadas para outros Ângulos menores da Tabela do Ar. 4 Use secundariamente para a Tabela da União no nome HCOMA Use secundariamente quando invocando apenas MPH ARSL GAIOL ou RAAGIOSL Use primeiramente para os Seniores da Tabela da Água Use primeiramente para o Ângulo Menor da Água da Tabela da Água. Pode ser usado precedendo as Chamadas para outros Ângulos menores da Tabela da Água. 5 Use secundariamente para a Tabela da União no nome NANTA Use secundariamente quando invocando apenas MOR DIAL HCTGA ou ICZHIHAL Use primeiramente para os Seniores da Tabela da Terra Use primeiramente para o Ângulo Menor da Terra da Tabela da Terra. Pode ser usado precedendo as Chamadas para outros Ângulos menores da Tabela da Terra. 6 Use secundariamente para a Tabela da União no nome BITOM Use secundariamente quando invocando apenas OIP TEAA PDOCE ou EDLPRNAA Use primeiramente para os Seniores da Tabela do Fogo Use primeiramente para o Ângulo Menor do Fogo da Tabela do Fogo. Pode ser usado precedendo as Chamadas para outros Ângulos menores da Tabela do Fogo. 7 Use primeiramente para Ângulo Menor da Água da Tabela do Ar 8 Use primeiramente para Ângulo Menor da Terra da Tabela do Ar 9 Use primeiramente para Ângulo Menor do Fogo da Tabela do Ar 10 Use primeiramente para Ângulo Menor do Ar da Tabela da Água 11 Use primeiramente para Ângulo Menor da Terra da Tabela da Água 12 Use primeiramente para Ângulo Menor do Fogo da Tabela da Água 13 Use primeiramente para Ângulo Menor do Ar da Tabela da Terra 14 Use primeiramente para Ângulo Menor da Água da Tabela da Terra 15 Use primeiramente para Ângulo Menor do Fogo da Tabela da Terra 16 Use primeiramente para Ângulo Menor do Ar da Tabela do Fogo 17 Use primeiramente para Ângulo Menor da Água da Tabela do Fogo 18 Use primeiramente para Ângulo Menor da Terra da Tabela do Fogo

Natureza e Atributos dos Nomes Divinos. A magia enochiana nos dá uma descrição única do universo mágico. As correlações entre este sistema e outros (Como a árvore da vida) são incertas. As correspondências exatas são inexistentes, ainda que encontremos que em certas áreas também apareçam uma série de semelhanças com outros sistemas. É melhor tratar de compreender o próprio sistema dentro de suas próprias condições, que “retorce-lo” para que deste modo encaixe num sistema que possua uma autonomia própria, e portanto de configuração distinta. A informação contida aqui é fruto de meu próprio trabalho dentro do universo enochiano. Em muitos casos esta informação me foi ministrada diretamente pelas entidades invocadas empregando as técnicas que descrevo. A análise através das explorações astrais produziu o restante. Enquanto penso que o sistema que me proponho a descrever é muito superior ao utilizado pela G:.D:., não pretendo reclamar de modo algum a posse da verdade última nem quanto a ser o possuidor das atribuições corretas em nenhum caso. Minha experiência diz que todas as entidades e poderes envolvidos no universo enochiano possuem naturezas muito complexas e qualquer jogo de atributos que se mostre, apenas exibe uma porção da realidade. No melhor dos casos, tais disposições revelam novos aspectos das infinitas possibilidades

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Godzilla encontra E.T. que se ocultam no interior do sistema. Estes exemplos facilitam uma alternativa que foi creditada e que funciona na prática. Ademais, promete revelar alguns aspectos novos e interessantes do universo enochiano a todo aquele que genuinamente se adentre nele.

Problemas com o sistema da G:.D:. Os magos da G:.D:. desenvolveram um sistema elaborado e detalhado de atributos, para os quadrados individuais das tabelas. Parece óbvio que sua intenção de criar esse enfoque era o de reunir toda a erudição qabalística com a qual contavam num só pacote. Assim, um mago poderia teoricamente invocar qualquer das muitas e díspares forças sobre as quais eles se instruíam, através do significado que ofereciam as chamadas e as tabelas. Mas muitas das correlações entre as tabelas e outros sistemas parecem superficiais, formadas com base nas coincidências de um número sem nenhuma consideração com as entidades enochianas, a quem esses atributos estavam sendo aplicados. A G:.D:. atribuiu os 36 quadrados da Grande Cruz de uma tabela aos 36 decanatos ou divisões de 10º correspondentes ao zodíaco. Isto fracassa na tarefa de harmonizar este suposto, com a natureza dos nomes correspondentes ao Rei e aos seniores tal e como aparecem na contestação à invocações que utilizando minha metodologia observo. Inclusive num nível teórico, os atributos oferecidos pela G:.D:. são ilógicos, não parece encontrar-se uma razão válida mediante a qual os nomes de Deus devam refletir os decanatos correspondentes aos 4 signos fixos. Em 18 dos 24 quadrados dos seniores não aparece nenhum quadrado pertencente ao sinal do atributo planetário correspondente ao senhor. De modo similar, nenhum dos Reis Elementais compreende quadrados atribuídos ao elemento que governa. Assim mesmo os decanatos do zodíaco se consideram universalmente poderes menores, se estima que seus efeitos são tão pequenos no campo da astrologia que os astrólogos geralmente não os levam em consideração na maioria das interpretações. No tarot os vemos refletidos nos arcanos menores, enquanto os signos, os planetas e os elementos regem os arcanos maiores. Por que então as hierarquias mais elevadas das atalaias devem associar-se à natureza desses poderes tão pequenos que representam os decanatos? A não ser pela coincidência que refletem os 36 decanatos e os 36 quadrados da Grande Cruz, não existem argumentos razoáveis para assumir de um modo convincente dita afirmação. Começando com os seniores, a hierarquia das tabelas começa a sedimentar-se da versão pura da cosmologia nas esferas concêntricas presentes nas chamadas. A cosmologia concêntrica tradicional, outorga a cada um dos planetas sua própria esfera, classificada de elevada ou baixa em função de sua aparente proporção de movimento quando se distingue a partir da terra. Ainda que os seniores se relacionem com os planetas, eles não possuem distância entre si. Deste modo, o poder de cada um cobre vários planos. Nos encontramos com um problema similar nos ângulos menores. Como os poderes tem a mesma ocupação em diferentes ângulos menores, são essencialmente iguais em alcance, atuando sobre vários planos.

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Fig. 8: Sistema concêntrico da organização para os Nomes da tabela. Nome de Deus, Rei elemental, Seniores e Ângulos menores. A figura 8 mostra como esta modificação trabalha para uma tabela dentro da Grande Tabela. Aqui os seniores e os Ângulos menores cobrem seções radiais de suas regiões, em lugar de contar cada um com sua própria esfera alinhada. Como um grupo dos seniores poderiam governar vários níveis concêntricos. Antes de considerar os atributos dos quadrantes devemos considerar as correspondências entre cada senhor e seu planeta. Este é um exemplo no qual o sistema da G:.D:. parece funcionar bem. Minha prática já confirmou seus atributos. Os anjos consideraram a esse respeito que uma modificação conduziria os atributos da G:.D:. na linha da intenção do Criador. Os nomes dos seniores se projetam até o exterior partindo do centro da Grande Cruz em cada tabela (individual) iniciando com a coluna esquerda superior e indo no sentido dos ponteiros do relógio. A G:.D:. os atribui a Júpiter, Lua, Vênus, Saturno, Mercúrio e Marte. Os anjos sugerem que seria oportuno mudar os atributos para os senhores que se atribuem a Lua e Mercúrio, situando Mercúrio na coluna superior direita, enquanto a lua se situaria na coluna abaixo na parte esquerda. A explicação para esta mudança é que reflete com mais precisão o fluxo de força entre os seniores.

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Fig. 9: O fluxo de força entre os seniores,o 1º nos mostra as disposições da G:.D:.. No 2º aparece com as mudanças realizadas.

Se seguirmos os planetas de ponto a ponto em sua ordem natural (Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno), as linhas pontilhadas mostram onde temos que saltar através de um braço até o seguinte e continuar a seqüência. Um destes saltos é curto, enquanto outro é largo. Todos os saltos são produzidos para o mesmo lado da cruz. Dessa forma, o fluxo do conjunto se encontra em desequilíbrio. A Fig. 9B mostra os atributos modificados e a mudança que por conseguinte sucede-se no fluxo. Agora os saltos são iguais em longitude e equilibrados ao redor dos braços na circunferência, de novo, eu não sei se essa mudança é válida em sentido absoluto, pessoalmente testei a mudança e parece produzir uma manifestação mais intensa e transparente dos seniores aplicados. A G:.D:. nunca desenvolveu os atributos específicos das letras que constituem os nomes dos seniores, em contrapartida, confiavam em seu sistema de atributos relacionando-os com os decanatos. Tampouco os registros de Dee trazem alguma informação verdadeira do que empregar. Sem dúvida podemos inventar uma metodologia razoável e autoconsistente que reflita sua condição equivalente e sua governabilidade em vários dos níveis planetários.

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Fig. 10.3: Relação dos seniores nas esferas planetárias. Considerando que os seniores tomam seu poder do Rei Elemental, podemos assumir que os seniores se movem das esferas exteriores até o interior. Atribuímos seus nomes aos 6 setores da Fig. 08 escrevendo as letras do exterior até o centro, desenhando os círculos entre as letras para representar as esferas planetárias, conseguiremos um diagrama como o mostrado na Fig. 10. A Tabela de terra é a utilizada nesse exemplo. Assim uma letra de cada nome de um sênior governa uma região particular em uma esfera planetária. Unidos, os 6 seniores governam uma esfera inteira através das letras de seus nomes posicionados nesse nível. A classificação hierárquica das esferas planetárias mantém a sucessão tradicional da cosmologia medieval e a qabalah tradicional. Através desta conexão com os planetas da árvore da vida se eleva a partir da posição microscópica que ocupa no sistema da G:.D:., assim lhe é conferido um lugar mais em conformidade com sua verdadeira importância, também podemos conectar cada letra do nome de um sênior validamente como uma sephirah, com a letra de Saturno que simboliza todos os nomes os 3 supremos. Os 3 nomes de Deus, e o Rei elemental podem considerar-se unidos para expressar o poder da esfera de Chokmah. Recordemos que na Qabalah, Chokmah é associada com a esfera das estrelas fixas, o zodíaco e parece que seria uma conexão apropriada para os 3 nomes. Mas Chokmah também é a esfera do Pai, “A Vontade expressa do Divino”, o poder concentrando-se e ativando-se do Rei elemental, com seu fálico alicerce de poder, encoraja bem como este aspecto da Sephirah. Kether, nesse sistema não se contempla como um poder expressado. Quando os anjos disseram a Dee que existia uma chamada que não havia sido revelada, ele indicava que essa invocação desencadearia o poder de Deus diretamente. O Puro Ser de Deus não se achava presente e pelo que se refere à hierarquia das tabelas, Kether permanece invisível, mas como mencionamos antes, não devemos nos fatigar em absoluto para chegar a tais conclusões. O sistema enochiano define sua própria versão do universo e seu parentesco com a árvore é em todo caso sugerido. Como se verá a seguir, a conexão das atalaias com a árvore deve envolver algumas superposições para por ordem entre diferentes escalas de seres.

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OS ÂNGULOS MENORES. Nos ângulo menores modulamos dos níveis macroscópicos e nos submergimos nos microscópicos. O modelo se volta mais detalhado aqui, devido ao amplo número de nomes implicados. Dizemos isto posto que os níveis implicados são aqueles que nos são mais familiares a nós como seres humanos. Os eventos ocorrem em uma escala que podemos compreender diretamente, ao mesmo tempo a liberdade de ação dos poderes angélicos é menor que aqueles dos poderes aos quais nos referimos anteriormente, pois as esferas envolvidas são menores em volume. Cada ângulo menor inclui o processo em conjunto pelo qual a substância material se subordina à Força Divina. Isto conduz a um estado de perfeição e pureza – como tal, possui 2 hierarquias paralelas. Em uma delas, o Espírito governa acima da matéria, mas permanece separado e distinto. Na outra se funde ao espiritual e ao físico. A própria matéria se purifica, aperfeiçoa e transmuta numa expressão Divina, enquanto ainda retém o Ser de sua natureza original. A primeira destas hierarquias contém os nomes na Cruz de 10 quadrados (daqui por diante, denominaremos como Cruz dos Ângulo Menores). Os anjos menores, os anjos kerúbicos e seus nomes divinos correspondentes formam a 2ª das hierarquias. A Fig. 11 mostra as posições esféricas dos nomes nesta segunda hierarquia para apenas 1 ângulo menor. Os dois seguimentos são na realidade apenas 1, observado através de vários procedimentos. Os poderes destas duas hierarquias se interpenetram e sua combinação constitui a porção do ângulo menor na esfera cosmológica. Devemos observar que cada ângulo menor reflete o mesmo modelo visto no nível macroscópico, quer dizer, dois nomes alinhados que governam a região inteira seguida de vários nomes de igual alcance, numa posição de subordinação. A Fig. 12 mostra o modelo para uma tabela inteira, de tal maneira que a concepção esférica das tabelas confirma uma das primeiras regras da Magia (O que está acima é igual ao que está abaixo).

Fig. 11: Organização esférica das Hierarquias nos Ângulos Menores. No lado esquerdo, os nomes Divinos se encontram na cruz junto aos Anjos Menores, e do outro lado, Nomes Divinos Kerúbicos e Anjos Kerúbicos.

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Fig. 12: Configuração completa de uma tabela Na primeira das hierarquias dos ângulos menores, as cruzes pertencentes a estes, correspondem ao sol que governa acima dos mundos naturais. Por conseguinte, correspondem de algum modo com a Vav de YHVH. Os anjos menores como a matéria sobre a qual atuam as cruzes se enquadrariam na Heh final de YHVH. Noutra hierarquia se confundiram ar e terra em um e passam a estar sob o domínio e governo do Espírito diretamente. Os anjos kerúbicos representam a Vav-Heh de YHVH, ambos nos níveis yetziráticos e assiáticos respectivamente. Isto é, mediante a expressão vertical de YHVH em sua aplicação aos planos que representa na árvore da vida, como uma hierarquia paralela. Ao mesmo tempo, os kerubs representam uma expressão purificada dos 4 elementos, quando eles se manifestam dentro de um dado plano. Não existe uma classificação hierárquica entre eles. Nesta última forma, os kerubs são em si mesmos uma representação completa de YHVH. O nome de Deus kerúbico se junta ao anjo k. De uma letra que provém da Tabela da União, ele representa a transubstanciação dos elementos numa substância Divina, graças à adição do espírito YHShVH o Redentor ou Filho de Deus. Tanto na Qabalah como no simbolismo astrológico, o sol aparece como o grande elemento central, uma vez que contém em si mesmo todos os poderes, assim como aquelas esferas planetárias e completamente elementais. Também reflete ou canaliza os poderes existentes no macrocosmos, que por sua vez se encontram implícitos no microcosmos ou em esferas elementais. As cruzes dos ângulos menores contam com ambas simbologias. Observando a tabela inteira podemos ver uma superestrutura de 6 seniores, que contam com naturezas planetárias, com as quais presidem acima dos 4 ângulos menores, mantendo a simetria do sistema. Sem dúvida, enquanto o simbolismo reflete os seniores contra os ângulos menores, as funções destes nomes parecem na prática assemelhar-se mais que aquele formado pelos nomes trinos de Deus e o Rei elemental. Do nome de 6 letras se disse que desperta os poderes dos ângulos menores. Na prática chega a distinguirse que produz uma nuvem de força sub-elemental generalizada ao redor do Mago. Isto é semelhante a uma nuvem espiritualizada quase elemental, produzida pelos nomes de Deus. Do nome de 5 letras se disse que ordena ou controla as forças que obedecem ao Mago. Na prática concentram, enfocam e estruturam as forças, causando um movimento circular que os Magistas denominam vórtice ou torvelinho. Isto é algo parecido ao movimento giratório pelo qual o Rei elemental concentra suas forças num nível mais elevado. Devemos acrescentar que o nome de 5 letras nunca consegue o mesmo grau de concentração que o produzido pelo Rei. Os atributos da G:.D:. para as

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Godzilla encontra E.T. cruzes dos ângulos menores admitem que eles reflitam em extensão o modelo de 6 e 4. Da tabela 6 dos planetas são atribuídos aos 6 quadrados mais altos das cruzes (O planeta Saturno é ignorado) enquanto quatro quadrados permanecem sem atributos planetários. Há uma cobertura adicional de simbolismo destinando cada um dos quadrados às Sephiroth.

Fig.13: Atributos da G:.D:. para as cruzes dos ângulos menores. Há problemas com ambas combinações de atributos. A conexão da árvore da vida parece baseada de forma semelhante aos atributos dos decanatos. Apenas uma coincidência fortuita de números e uma ânsia de condensar símbolos diferentes. Aqui se ignorou as evidências intrínsecas da estrutura interna com a que conta o sistema enochiano assim como qualquer referência à árvore nos escritos de Dee. Os atributos planetários parecem mais aceitáveis mas falham por duas razões: Primeiro, os atributos são aplicados por dois nomes Divinos diferentes, de tal maneira que se deixa parte de um nome sem atributo; segundo, as atribuições não refletem o nível mais alto das atalaias que estão fazendo eco na cruz dos Ângulos Menores com precisão. Saturno tem um lugar equivalente entre os seniores, mas não se encontra entre os planetas empregados nas cruzes. Ao mesmo tempo se coloca o sol em apenas um quadrado, enquanto se destrói a simetria entre as duas hierarquias dentro dos Ângulos Menores. Um esquema diferente corrigiria os problemas com a simbologia planetária, enquanto preserva os aspectos elementais e a função da cruz, como o símbolo do sol/Filho. Nesta disposição o braço vertical da cruz de 6 letras é atribuído aos mesmos planetas que os seniores, e com os quadrados restantes tomam o atributo dos outros planetas na ordem da linha qabalística. O sol não é incluído, já que a cruz inteira inclui seu poder. O nome de 6 letras é o poder Divino do Pai e da Mãe, descende ao microcosmos através da mediação do Filho/Sol. Nas explorações que revelaram estes atributos, a simbologia que se expressa na fórmula mágica de AHIHVH, quer dizer, a fusão ou união do macrocosmos AHIH junto ao microcosmos YHVH. Esta combinação de simbologia impede que os nomes de 6 letras se mostrem como um mero duplicado dos seniores em um nível mais baixo. Estas fórmulas, assim como outras relevantes serão descritas com mais detalhe no próximo capítulo. O terceiro membro da seqüência Pai-Mãe-Filho é encarnado ou personificado no nome de 5 letras que se encontra nas cruzes dos Ângulos Menores. Com todos os planetas localizados no nome das 6 letras, os quadrados que se encontram no braço horizontal se encontram livres para receber aspectos elementais. Os Ângulos

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Godzilla encontra E.T. combinam a simbologia elemental Pai-Mãe-Filho, dando a este nome o poder do Filho Verdadeiro, denominado na crença medieval de IHShVH, Yeheshua, o Salvador. As letras desse nome são atribuídas da esquerda para a direita a Fogo, Água, Espírito, Ar e Terra.

Fig. 14: Novos atributos para a cruz dos Ângulos Menores. Em minhas conversações com os anjos, estes nunca insistiram em empregar um simbolismo cristão. De fato, às vezes mostram desprezo pelas igrejas humanas e suas doutrinas. As contemplam como absurdas ou pouco realistas. Sem dúvida se mostram inexoráveis no que concerne à conexão entre o nome de YHShVH e o simbolismo do Filho como Salvador. O que é “Salvado” é a matéria em si mesma.

O universo – argumentam – se encontra rodeado de matéria escura, quer dizer, matéria que ainda não foi incorporada à atividade de um criador, sendo portanto, matéria sem redimir. A função deste nome é tomar o impulso divino representado pelo nome de 6 letras, e aplica-lo à matéria sem redimir. Deste modo a matéria se transporta a um estado de atividade sobre seu estado “normal” de imobilidade total e de negatividade, sendo elevada a um nível onde pode converter-se ao processo que executam os chamados anjos menores. Afastado desse processo a matéria é moldada e convertida em elementais, (que são a forma mais básica em magia). Os Anjos subordinados, atuam sobre estes elementais, de algum modo os treinam e condicionam a conformar sua atividade ao impulso de um poder criador divino. Suas formas caóticas iniciais são freqüentes, confirmando assim suas naturezas primárias. Os elementais tem lugar então, dentro da atividade criativa normal, a que tem lugar neste planeta. Através deste processo, no decorrer são levados a um estado de relativa perfeição, onde se situam sob o governo dos anjos kerúbicos. Os atributos dos anjos serventes se combinam com os nomes Divinos de 5 letras assim como com os anjos kerúbicos. Agora passaremos a considerar a estes últimos. Os anjos kerúbicos expressam uma qualidade de pureza e estabilidade. Sua expressão permanece igual, não importa o plano ou o reino desde o qual atuam. Experimentando a energia que os rodeia ou que dinamizam nas invocações, sinto que eles transitaram por um processo alquímico de purificação, assim que somente a essência ou o metal perfeito permanece fora da massa da substância da qual são originários. São tão puros em sua natureza que nada que os toque, pode modifica-los. Como lei natural, eles

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Godzilla encontra E.T. são a essência de todos os objetos manifestados. As condições de mudança constante do mundo manifesto não lhes afetam em absoluto. Estes seres tem um alcance definitivamente maior em ação que os anjos serventes, pois eles afetam cada nível do microcosmos, inclusive transcendem os poderes das cruzes dos ângulos menores, desviando a influência solar eficazmente e tratando diretamente com o criador. O poder que os governa toma seu elemento Divino, da tabela da união completamente fora do sistema esférico representado pelo restante das tabelas. Isto significa que a impressão íntegra do Macrocosmos nas tabelas, é igualmente circunvalada. Aqui encontramos um paralelo com a maneira em que a 2ª chamada que cria a “estrutura” ou aspecto da substância se encontra fora da sucessão mostrada nas outras chamadas que criam as coisas e elaboram essa estrutura. A implicação desta separação dos kerubs é que a criação da matéria estava separada da criação e do desenvolvimento do próprio mundo. Como se menciona discutindo sobre as chamadas, uma versão moderna da cosmologia medieval, requer que nos fixemos em nossa esfera de criação, como sendo uma de tantas esferas que existem dentro do universo. Cada uma destas esferas, possui sua própria composição e motivo, seu estilo de diferente funcionamento criativo. Cada uma delas tem seu “primeiro criador” – quem define o contexto a desenvolver ou a formular dentro de sua esfera. Os princípios da física argumentam que a matéria deve expressar as mesmas características e condutas em todas as partes do universo sem exceção. Devemos por isso considerar que a matéria foi confeccionada previamente ao processo de criação nas diversas regiões esféricas e fabricada de tal maneira que poderia ser usada para uma formidável diversidade de aspectos criativos. O primeiro criador que construiu a substância que os criadores posteriores tem utilizado em seus trabalhos, encarnam certos princípios específicos ainda que flexíveis, que incluem as substâncias. Os kerubs por sua vez, incluem esses princípios quando trabalham através dos 16 sub-elementos das tabelas. AquI voltamos a nos encontrar com o simbolismo quase cristão por uma fórmula mágica expressada nos anjos kerúbicos e que é INRI. O mito cristão identifica estas letras com a frase “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”, mas aqui se empregou uma representação de um processo dinâmico em vez de criativo, no qual se personifica uma operação levada a cabo através dos elementos. Este simbolismo será exposto com detalhe nos capítulos seguintes. Aqui basta dizer que as letras correspondem (da esquerda para a direita) a Ar, Água, Fogo e Terra. Os Anjos denominados serventes governam os elementos quando estes se manifestam no mundo natural, implicitamente nos reinos da natureza. Cada um dos ângulos menores parece guardar uma relação íntima com cada um destes reinos. O Ar se relacionaria com os humanos (considerando a natureza propriamente humana, não a espiritual), a Água às plantas, a Terra aos reinos minerais e o Fogo ao mundo animal. Esta mesma relação continua ao longo das tabelas, cada tabela de sua própria maneira, leva todos os reinos e governa porções das atividades nesse sentido. Isso parece ocorrer também nos quadrados das tabelas, posto que todas as tabelas parecem mencionar as mesmas atividades mas vistas desde diferentes perspectivas, com base em sua posição. Estes anjos expressam perfeitamente o conceito de mutabilidade, suas expressões aparentes, experimentam mudanças constantes e sua energia passa de lugar a lugar. Portanto, em nenhuma área figuraram sempre os mesmos seres, ainda que detrás de sua expressão mutável haja uma constância na natureza de seu trabalho. Seria fútil portanto tratar de lista qualquer porção significante de começos enquanto suas funções. As explorações revelaram em cada caso que eles cobrem uma grande porção de eventos no mundo. Ademais, estes anjos funcionam como mestres ou “treinadores” para os seres elementais, elevando-os através do poder dos Nomes de Deus na Cruz dos ângulos menores. A qualidade que tentam insuflar nos elementais seria sensibilidade e inteligência ativa, a habilidade para reagir rápida e perfeitamente a um impulso externo, assim a matéria através da qual os elementais foram criados, era em seu estado normal completamente inerte e fria, portanto, aprender a reagir com uma série de sentidos constitui uma mudança significativa em sua natureza para eles. Os anjos realizam seu treinamento dirigindo aos elementais na ação dos processos naturais e nas atividades realizadas sob a direção dos Magos. Cada letra do nome correspondente a um anjo inclui atributos elementais duais. Um destes atributos deriva dos anjos kerúbicos e por isto é governado pela fórmula INRI e outro deriva da “Força Salvadora” do nome correspondente ao nome Divino das 5 letras (cruz dos ângulos menores) e é governado por YHShVH. Assim, um grupo deles, salva ou redime a matéria com a qual trabalham na aplicação das leis que dinamizam o universo.

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Godzilla encontra E.T. O atributo INRI em um quadrado inteiro é determinado por referência a letra kerúbica no alto de sua coluna. Portanto, temos que na 1ª coluna da esquerda se atribui ao Ar de INRI, a seguinte a Água de INRI e assim sucessivamente. Se representa a influência de YHShVH nos atributos dados as fileiras das letras, deste modo cada quadrado subordinado, conta com uma simples “letra” no processo de salvação. A influência espiritual da letra Shin, não se emprega em seus atributos. Somente as quatro letras correspondentes aos 4 elementos. O Espírito pode considerar-se implícito e invisível ao longo de todas essas atividades. Sem dúvida encontramos um modo diferente ao usual ao aplicar o YHVH nos atributos dos anjos subordinados, já que estes são aplicados desde a fila mais baixa até a fila mais superior. Isto é porque a matéria sem redimir sobre a qual eles trabalham é num estado inicial “grosseira”, e portanto, há de passar os quatro estados em ordem. Por conseguinte, a fila mais baixa corresponderia a Fogo, a seguinte a Água, a penúltima ao Ar e a fileira mais elevada à Terra. CRIANDO PIRÂMIDES E EMPREGANDO ATRIBUTOS REVISADOS. A G:.D:. inventou uma técnica na qual se visualizavam pirâmides truncadas para assim poder obter visões individuais dos quadrados nas tabelas. Ao contrário de seu sistema de atributos, este método foi colocado em prática e demonstrou resultados surpreendentes em minha própria experiência utilizando os atributos revisados. Os templos das Atalaias empregam uma elaboração desta técnica assim que o treinamento nesta técnica será um bom precursor para os trabalhos que se descreverão posteriormente. A técnica básica é construir uma pirâmide truncada e oca na imaginação. O plano superior tem uma área da nona parte da sua base. Os tamanhos relativos para a altura e para o fundo se unem pela inclinação dos lados. Essa inclinação será de 45 graus. O mago visualiza a letra do quadrado, sobre o plano elevado de uma pirâmide, seja em caracteres latinos ou enochianos. A cor de cada face da pirâmide estará associada, com uma cor ou atributo do quadrado. A partir daí, vários sigilos, símbolos ou imagens são visualizados sobre as faces. A pirâmide é visualizada como se fosse ampla o suficiente para que alguém possa estar de pé sem chegar a tocar a parte mais alta. Havendo vibrado as chamadas apropriadas para o nome no qual se acha o quadrado, o Mago se visualiza como estando de pé sobre a parte mais alta da pirâmide em seu corpo astral, e procede a vibrar a hierarquia de nomes. Quando o nome é vibrado, o Mago imagina o poder desse nome congregando-se ao redor da pirâmide. Quando o último nome foi vibrado, o Mago imagina que cada lateral da pirâmide está recolhendo a energia atraída para si. Cada face está atraindo dita energia baseada nos símbolos e atributos representado em cada face. Esta energia parece desprender-se par cima sendo enfocada, como se fosse contraída pelos lados. O fluxo de energia dos lados alcançam o cimo simultaneamente encontrando-se conosco e formando um facho de luz que resplandece e se alça nos mundos astrais. O Mago se dispõe a seguir este facho de luz até que seu corpo astral em dita viagem percebe uma paisagem ou outra cena. Esta cena deveria reunir características do quadro empregado. As técnicas usuais para visão astral são empregadas neste ponto. Pessoalmente prefiro uma variação deste método no qual o Mago se encontra de pé dentro da pirâmide. Quando as energias se deslocam através das faces até a parte superior da pirâmide, se reúnem sobre o quadrado e então brilham para baixo iluminando o interior da pirâmide. Depois disto o anjo que governa o quadrado é invocado para que apareça visivelmente dentro da pirâmide e é examinado ali. Depois disto o anjo conduz o Mago para cenas que ilustram a natureza do quadrado. A Tabela 3 mostra uma lista completa dos atributos das pirâmides empregando para isto o sistema apresentado aqui. Para uma rápida referência, as cores associadas com vários atributos se mostram na Tabela 4. Observe-se que as cores para os planetas seguem aqui seu próprio curso, com as Sephiroth, mais que suas conexões com a Árvore da Vida.

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Godzilla encontra E.T. Tipo de Nome Três nomes de Deus Rei elemental

Norte (acima) Espírito

Oeste (equerda) Signo do zodíaco

Leste (direita) Elemento da tabela

Espírito

Espírito

Atributo da letra na esfera planetária. Atributo da letra na esfera planetária.

Elemento da tabela

Espírito

Atributo planetário do Senior.

Elemento da tabela.

Elemento do ângulo menor. Elemento do ângulo menor.

Elemento da tabela

Atributo do quadrado na esfera planetária. Elemento da coluna. (Espírito para a letra central). Elemento do ângulo menor. Elemento do ângulo menor.

Versão de 7 Espírito letras para o nome dos seniores A cruz (nome de Sol ou Espírito 6 letras) A cruz (nome de Sol ou Espírito 5 letras) Anjos kerúbicos

Elemento da Elemento da coluna. tabela. Anjos Serventes Elemento da Elemento da fila tabela. IHShVH. Tabela 3: Atributos das pirâmides usadas neste livro.

Elemento da tabela

Elemento da coluna. Elemento da coluna INRI

Sul (abaixo)

Os símbolos que se criam nas faces da pirâmide servem principalmente para recordar a parte inconsciente do Mago, os atributos do Ser usado e também para estimular mais poderosamente as conexões entre ele e o universo mágico podendo chegar assim mais longe em seu encontro. Estes símbolos podem ser simples ou mais elaborados. Em todo caso, dependerá do próprio critério que se tenha. As seguintes sugestões não são de modo algum rígidas e poderão ser variadas segundo se considere apropriado com base na experiência acumulada. A área para os atributos elementais se presta grandemente à confusão, por conseguinte, torna-se necessário realizar as apreciações oportunas entre as várias fontes de atributos. Para o elemento de uma tabela ou ângulo menor, use-se o sigilo enochiano do elemento, ou a roda do espírito. Para uma lateral que represente o atributo de YHVH ou YHShVH, usar a letra hebraica correspondente. E para os atributos de INRI, empregar o signo fixo correspondente do quadrado, com o qual as fórmulas são estreitamente relacionadas. No meio das letras com atributos planetários, tais distinções não parecem ser importantes; usando os glifos padrão, parecem ser suficientes e se trabalha bem. Como uma alternativa, pode-se distinguir através do uso dos glifos, imagens correspondentes para as faces das pirâmides representando a “esfera”, o atributo de uma letra no nome de um sênior, e com a letra apropriada de AHIHVH para as 6 letras do Nome de Deus. Tabela 4: Atributos das cores para planetas, elementos e signos. Elementos, planetas e signos Signo Cor Elemento Cor Sol Laranja Espírito Branco Lua Azul Ar Amarelo Vênus Esmeralda Água Azul Marte Escarlate Terra Negro Júpiter Violeta Fogo Vermelho Saturno Índigo Signo Cor Signo Cor Áries Vermelho Libra Esmeralda Touro Vermelho Alaranjado Escorpião Verde Azulado Gêmeos Laranja Sagitário Azul Câncer Âmbar Capricórnio Índigo Leão Amarelo Limão Aquário Violeta Virgem Amarelo Esverdeado Peixes Carmesim

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Godzilla encontra E.T.

Pirâmide para os 3 nomes de Deus na Tabela do Ar

Pirâmide de um sênior da Tabela do Ar

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Godzilla encontra E.T.

Pir창mide do Nome de Deus de 6 Letras

Pir창mide do Nome de Deus de 5 Letras

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Godzilla encontra E.T.

Pirâmides dos Anjos Kerúbicos

- Fim de Godzilla -

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