Jornal da Arquidiocese | nº 269 | Julho de 2020

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FLOR I A NÓPOLIS, nº 269

Jornal da

J ULHO DE 2020

ARQUIDIOCESE Santa Paulina Santuário lança programação | 4

Catequese Lançamento da Escola Catequética Online | 4

Ordenação diaconal Cinco seminaristas se preparam | 12


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Editorial

Jornal da Arquidiocese, JUlHO DE 2020

Covid-19

Sinais de esperança O Jornal da Arquidiocese deste mês apresenta o Instituto Vilson Groh e o padre idealizador da iniciativa que leva o seu nome. Trata-se de um dos mais belos frutos que a caridade cristã já fez nascer em nossa Arquidiocese e que mudou e muda a vida de muitas pessoas em situação de vulnerabilidade social. Aliás, falar de solidariedade na Arquidiocese tem sido muito fácil. Nossas paróquias têm respondido com generosidade às necessidades dos nossos irmãos mais pequeninos e fragilizados com a pandemia de Covid-19. Ações cada vez mais criativas e eficientes surgem a cada semana. As instituições ligadas à Igreja também reagiram com altruísmo, empatia e amor. Como é bom sentir-se uma grande família entre tantos corações generosos. Mas o desafio ainda parece estar distante de acabar. Precisamos permanecer unidos na fé, ajudando-nos uns aos outros em suas necessidades. Só assim estaremos dando o exemplo que um verdadeiro seguidor de Jesus Cristo pode oferecer ao mundo. Que possamos sempre ser sinais de esperança!

D O M W I L S ON T A DE U J ÖNC K , S C J Depois de três meses vivendo em reclusão e procurando administrar um tempo dominado por uma epidemia de coronavírus, é possível tirar algumas conclusões a partir do que se ouviu e viveu. Em primeiro lugar, é bom que se diga que o vírus é uma realidade na vida do ser humano. Mas sempre que aparece um novo vírus pode haver um grande número de mortes até que o corpo organize suas defesas para enfrentá-lo. Se comparado a outros, o novo coronavírus é fraco. Todavia, pode ser letal, sobretudo para pessoas com baixa imunidade. Outro aspecto é que os sintomas podem aparecer quase duas semanas depois que a pessoa tiver sido infectada. Mesmo não aparecendo os sintomas, a pessoa infectada já é uma transmissora. No combate ao vírus procura-se intervir na propagação. E as medidas principais são o distanciamento social, a higienização das mãos e o uso de máscaras. Localizar os infectados é fundamental para que possam ser monitorados e tratados. Para isso, os testes são muito importantes.

Nos caminhos de Francisco “Mas Deus salvou o que estava

“Rezemos para que aqueles que

perdido. Fez que ele entendesse

sofrem encontrem caminhos

que era limitado, que ele era

de vida, deixando-se tocar

um pecador que precisava de

pelo Coração de Jesus”.

misericórdia e o salvou”.

Vídeo do Papa - 04 de junho de 2020

Quando chega a infeccionar os pulmões causando problemas ao aparelho respiratório é preciso o uso de respiradores. É a fase crítica. Mas antes disso o paciente pode ser tratado com remédios. Há uma dezena deles que o médico saberá indicar. Mas enquanto não se descobrir uma vacina contra o vírus, ele permanecerá infectando pessoas. Será nosso companheiro de viagem. Como a realidade é de epidemia, as autoridades sanitárias procuram administrar dois aspectos. O primeiro é evitar que um grande número se infeccione ao mesmo tempo. Isto colocaria o sistema de saúde em colapso e consequentemente causaria um elevado número de óbitos. Conseguem fazer isto através da reclusão social, mas estas medidas prolongam o tempo de vigência da pandemia. Por outro lado, não paralisa o setor produtivo da sociedade. Em tempo de pandemia, há lugar para os espertalhões. Para se enfrentar um momento de pandemia se declara estado de emergência, que possibilita ao governante tomar decisões sem

passar por todos os controles normais. É aí que abutres de plantão atacaram. Convenceram o governo a adquirir, às pressas, um número de ventiladores por um preço absurdo, e de que era necessário a construção de um hospital de campanha. Na vida da diocese, dois setores se destacaram. O primeiro foi o socorro aos necessitados. É digno de louvor o empenho dos grupos para recolher alimentos e roupas para os necessitados. Praticamente em todas as paróquias houve um esforço para ajudar os menos favorecidos. O outro setor foi o da comunicação. Os grupos da PASCOM garantiram a transmissão das celebrações nas paróquias. Também as plataformas online permitiram as reuniões durante o tempo de pandemia. O tempo de limitação da movimentação permite refletir sobre a caminhada pessoal e das comunidades. Se colocamos em Deus as nossas angústias e sofrimentos podemos sempre esperar uma transformação para melhor em nossa vida. É assim que alimentamos nossa esperança.

Nas redes

Audiência Geral – 10 de junho de 2020

“Os pecadores piores, as pessoas mais perversas, os líderes mais corruptos, são filhos de Deus e Jesus sente isso e intercede por todos”. Audiência Geral – 17 de junho de 2020

“Quantos cristãos são perseguidos ainda hoje em todo o mundo! Sofrem pelo Evangelho com amor,

Email: imprensa.arquifln@gmail.com Site: www.arquifln.org.br

instagram.com/arquifloripa

twitter.com/arquifloripa

Vídeo do Papa: Francisco pede que os Estados protejam as famílias

Programa de rádio “Um novo céu e uma nova terra” está no Spotify

youtube.com/arquidiocesedeflorianopolis

facebook.com/arquifloripa

Angelus - 21 de junho de 2020

Via Twitter – 01 de junho de 2020

Telefone: (48) 3224-4799 / 99673-1266

Dom Severino Clasen é nomeado Arcebispo de Maringá/PR

são os mártires dos nossos dias”.

“O Espírito Santo nos dá a certeza de que não estamos sós, mas amparados por Deus. Caríssimos, aquilo que recebemos devemos doá-lo: somos chamados a difundir a consolação do Espírito, a proximidade de Deus”.

Rua Esteves Júnior, 447, Centro Florianópolis/SC

Dom Wilson celebra Corpus Christi na Catedral Metropolitana

Diretor: Pe. Vitor Galdino Feller

Diagramação: Fabíola Goulart e Giovanna Dutra

Conselho Editorial: Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Pe. Alcides Albony Amaral, Pe. Sedemir de Melo, Fabíola Goulart, Giovanna Dutra, Fernando Anísio Batista.

Foto da capa: Ashkan Forouzani/Unsplash

Jornalista Responsável: Fabíola Goulart (MTB 06647/SC) e Giovanna Dutra (MTB 06675/SC)

Edição especial: distribuição somente online

Projeto Gráfico: Lui Holleben/Gustavo Huguenin

Coord. Publicidade: Pe. Tarcísio Pedro Vieira e Erlon Costa

O Jornal da Arquidiocese é uma publicação mensal , de distribuição gratuita, da Arquidiocese de Florianópolis.


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Hospital Azambuja reinaugura Capela

Retalhos do Cotidiano

Missa marcou reinauguração do espaço revitalizado. O Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux – Hospital Azambuja reinaugurou a capela da instituição no final do mês de junho. A obra faz parte do projeto de melhorias de infraestrutura que estão sendo realizadas na unidade hospitalar com o apoio de diversos empresários da região. Para marcar a reinauguração, foi realizada uma missa no novo espaço, presidida pelo Pe. Nélio Roberto Schwanke, diretor administrativo do hospital. O ato também celebrou o dia do Sagrado Coração de Jesus e o trabalho das irmãs consagradas que atuam em Azambuja. Durante a homilia, Pe. Nélio destacou a importância da nova capela que irá receber a comunidade. Lembrou que a reinauguração da mesma se realiza no dia em que era celebrado o Sagrado Coração de Jesus. “Estamos muito felizes em podermos reabrir a capela, que é um espaço muito procurado pelos familiares de enfermos, em especial os que estão em sofrimento. Este é um local de recolhimento, de encontro consigo e com Deus e que novamente está de portas abertas”, comentou.

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P R OF E S S OR C A R L O S M A R T E N DA L Vazio

Se quem corre atrás de vazios se esvazia, quem corre atrás do mundo, ao chegar nada encontra.

Parafuso

Um pequeno parafuso solto na pista pode derrubar um grande avião. Cuidemos das pequenas coisas; quem se descuida delas, cai pouco a pouco (cf. Eclo 19,1).

Beleza

Vejo a lua, contemplo as estrelas, alegro-me com as formas e as cores das flores, sinto no ar o alegre e colorido voo dos pássaros. Então percebo que sem a beleza nada tem sentido. E compreendo um pouco mais o que o autor sagrado vai repetindo no Gênesis: “E Deus viu que era bom, muito bom”!

A missa contou com a presença do Pe. Alvino Milani, que realizou a bênção do espaço, do Pe. José Henrique Cazaniga, reitor do Santuário de Azambuja, Pe. Francisco de Assis Wloch, Pe. Sérgio Giacomelli, Pe. Márcio Bolda da Silva, e do Pe. Paulo Stippe Schmitt. Estiveram presentes na oportunidade, além das irmãs do Consagrado Apóstolo Sagrado Coração de Jesus, integrantes da diretoria do hospital, corpo clínico, colaboradores e seminaristas. A reinauguração da Capela fez parte das comemorações dos 118 anos do Hospital Azambuja, celebrado em 29 de junho. Durante o ato também foi respeitado o distanciamento entre o público presente, além de demais medidas de prevenção contra a Convid-19, como o uso de máscaras e álcool gel.

Leitura

Gosto muito de ler, mas continuarei analfabeto enquanto não tiver o dom de poder ler nos outros.

Dia de limpeza e o pó vai embora. Que Jesus seja o pano que me purifica.

Amnésia

Esquecer-se de si mesmo para dar-se ao próximo: santa amnésia!

Domínio

“Ninguém que não domine a si mesmo é livre.”

Missa comemora Jubileu de Ouro do Movimento de Irmãos

Fotos: Taiana Eberle/Hospital Azambuja.

Entre as atividades celebrativas do Jubileu de Ouro do Movimento de Irmãos, foi celebrada uma missa na Paróquia Militar Cristo Rei, em Florianópolis, no dia 28 de junho, presidida pelo Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck. O casal coordenador do Movimento, Joceli e Humberto Cordeiro (foto acima) se alegra pela data: “É época de viver o Jubileu de Ouro, enquanto

movimento católico que somos e, a partir de então, vislumbrar novos horizontes que contemplem não apenas mais 50 anos, mas muitos séculos alicerçados na oração, na partilha,, na família e na vivência divina”. Na ocasião, as lideranças também agradecem todos os bispos, padres, diáconos, religiosos e religiosas que sempre apoiaram o movimento.


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Santa Paulina: Santuário divulga programação online A tradicional Festa de Santa Paulina será diferente este ano por causa das medidas contra a disseminação do novo coronavírus. A multidão que costuma peregrinar até o Santuário da santa em Nova Trento é convidada agora a acompanhar tudo pela internet. “Neste tempo de ventos contrários, devido à pandemia que atingiu nosso país e o mundo inteiro, buscamos apoio, força e esperança em Deus, a exemplo de Santa Paulina”, afirma a diretora do Santuário, Irmã Helena Rosa da Silva, na introdução da novena oficial. A programação das festividades do dia 9 de julho inicia às 5h50, com um momento orante que recordará a partida de Santa Paulina ao céu. Às 10h, será celebrada a missa solene da festa, enquanto que, às 17h, haverá um momento de oração especial. Todos os momentos não contarão com a presença dos peregrinos e serão transmitidos na página do Facebook (https://www.facebook.

com/santuario.santapaulina) e no canal do Youtube (youtube.com/santuariosantapaulinaoficial) do Santuário. Novena O tema da festa deste ano é “Santa Paulina, toda de Deus e toda dos irmãos e irmãs”, com o lema, “Ela também viu, sentiu compaixão e cuidou!”, fazendo referência ao tema da Campanha da Fraternidade 2020. A novena em preparação ao dia de memória da santa iniciou no dia 1º de julho e está disponível online para download gratuitamente e um vídeo para reflexão de cada dia, publicado no Youtube do Santuário.

Receba notícias e informações da Arquidiocese pelo Whatsapp Desde o mês de junho, a Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Florianópolis está mais próxima dos seus seguidores. Agora é possível saber o que está acontecendo em toda a Arquidiocese através da ferramenta WhatsApp. Semanalmente a equipe de comunicação envia mensagens para as pessoas cadastradas na linha de transmissão, com os últimos acontecimentos, destaques da semana, sugestões de oração em família, etc. Para receber esse conteúdo exclusivo disponibilizado pela Assessoria de Comunicação da Arquidiocese você, deve acessar https://bit.ly/ ArquiFLNnoWhatsApp e solicitar o cadastro.

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Coordenação Arquidiocesana de Catequese lança Escola Catequética Online Durante todo mês julho, os catequistas da Arquidiocese têm um encontro marcado nos meios digitais. A Coordenação Arquidiocesana de Catequese lançou a 1ª Escola Catequética de forma totalmente online. Serão 4 encontros baseados nas Diretrizes do Núcleo de Animação Catequética Nacional, que refletem sobre a importância da formação do catequista, seu testemunho de fé e constância na caminhada. Segundo Ir. Marlene Bertoldi, coordenadora do Serviço de Animação Bíblico-Catequética da Arquidiocese de Florianópolis, a ação é desafiadora, porém, muito necessária. “A Escola Catequética Online certamente será um marco para toda a Arquidiocese de Florianópolis, pois isto nunca foi feito anteriormente. Em tempos como os que estamos vivendo é importante que nos adaptemos para seguir em frente com nossa formação. Pois mais do que nunca o catequista será a referência de testemunho para as famílias e os catequizandos”, completa Ir. Marlene. As transmissões acontecerão às quintas-feiras, através do perfil do Facebook e Instagram da Coordenação Arquidiocesana de Catequese.

Lançado Novo Diretório Geral para a Catequese Foi publicado, no Vaticano, no dia 25 de junho, o novo Diretório Geral para a Catequese, herdeiro do “Diretório Geral para a Catequese” de 1971 e do “Diretório Geral para a Catequese” de 1997. O novo documento, elaborado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, foi aprovado pelo Santo Padre no dia em que a liturgia celebrava a memória litúrgica de São Turíbio de Mogrovejo, que, no século XVI, deu um forte impulso à evangelização e à catequese. A peculiaridade do novo Diretório é a estreita ligação entre a evangelização e a catequese, que destaca a íntima união entre o primeiro anúncio e o amadurecimento da fé, à luz da cultura do encontro. Tal peculiaridade – lê-se no texto – torna-se bem mais necessária diante de dois desafios para a Igreja, na época contemporânea: “a cultura digital e a globalização da cultura”. A obra foi publicada no Brasil pelas Edições CNBB.


Nossa fé

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Onde está Deus nessa pandemia? PA DR E V I T OR G A L DI NO F E L L E R

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Não havia necessitados entre eles F E R N A N D O A N Í S IO B A T I S T A

Algumas perguntas desse tempo de pandemia nos angustiam. Não têm respostas. As possíveis respostas poderão nos afligir ainda mais. Pois Deus está sempre além do que possamos pensar e dizer sobre ele. É o mistério que nos fascina e atrai. Deus está nos que sofrem Onde está Deus nisso tudo? Será que se esqueceu de nós? Um sobrevivente dos campos de concentração do nazismo respondeu assim: Deus estava lá. Era ele que sofria as ofensas dos policiais, morria de fome nas prisões, ia desconsolado para as câmaras de gás. Deus está hoje aqui entre nós. É ele que sofre por falta de respiração, ele que se debruça para cuidar dos doentes que chegam aos hospitais, ele que morre e é sepultado sem receber a despedida de familiares e amigos, ele que vive medroso e assustado com a possibilidade de vir a ser infectado, ele que na idade avançada se vê acantonado e solitário, ele que não tem como participar de sua comunidade de fé. Ele está aí, impotente, mas presente. Solidário! Deus nos pede para amar mais O que ele nos quer dizer com tudo isso? Pra que serve todo esse sofrimento? Na aproximação do destino trágico, Jesus foi tomando cons-

ciência do sentido de sua morte. Ele veio para servir e resgatar os que estavam perdidos. Era difícil perceber alguma luz: “Afasta de mim este cálice (Mt 26,39); “porque me abandonaste? (Mc 15,34). Mas o importante era amar até o fim, ser fiel à vontade do Pai, anunciar o Reino também diante da cruz. Assim, seu sofrimento tornou-se como que um ímã que atraiu todo o mal do mundo para engoli-lo no poder do amor: “Onde está, ó morte, tua vitória?” (1Cor 15,55), foste engolida na vida nova da ressurreição. Em todo sofrimento que se nos aparece Deus nos pede para amar mais, para assumir a cruz, para transformá-la em oração de confiança, em presença de solidariedade. Deus nos quer livres Porque Deus permite isso? Porque não usa seu poder para acabar com esse mal? Deus não é quebra-galhos, tapa-buracos, pronto-socorro. E nós não somos robôs, marionetes, teleguiados. Deus é Pai, que nos cria por amor e nos dá liberdade e inteligência para fazermos nossa vida: viver e não ter vergonha de ser feliz. Nós somos convidados a assumir com confiança e coragem os revezes que a vida nos traz, reconhecendo e respeitando as leis da natureza e os dinamismos da história. Foto: Alex Pazuello/Prefeitura de Manaus

Você também pode conferir este e os demais artigos no site da Arquidiocese:

www.arquifln.org.br.

Foto: Pascom/Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem

As entidades sociais e religiosas sempre são as primeiras a dar respostas concretas às crises humanas, como a que estamos vivendo neste momento. Apesar das restrições provocadas pela pandemia, 87% das entidades sociais continuaram atendendo às populações, segundo pesquisa realizada pela Mobiliza Consultoria. Isso ocorre pela proximidade destas entidades com as comunidades. É nas portas destas entidades que as pessoas que passam por dificuldades batem, pois sabem que elas são o porto seguro de milhares de pessoas. Não é possível dimensionar o caos social que o país estaria passando se não houvesse a atuação dessas entidades que organizam a solidariedade e amenizam o sofrimento humano. O poder público sozinho não consegue dar respostas rápidas, e muitas famílias estariam desprovidas socialmente.

Mas a crise também tem impactado diretamente as entidades, uma vez que se mantêm em geral com doações, projetos, convênios. No total 73% delas preveem a diminuição de recursos este ano. O estudo aponta que uma em cada cinco organizações não governamentais já declararam estar sem fundos para continuar suas atividades. É tempo de cuidar com muito carinho daqueles que cuidam, ajudar os que ajudam, de ser solidários com quem sempre foi generoso com o próximo. Jesus ensina, com o milagre da multiplicação dos pães, que é na partilha que se vence a fome e a miséria humana. Essa partilha também deve ocorrer entre as entidades e paróquias, formando uma grande rede de solidariedade para que, mesmo com a pandemia, seja possível dizer como nas primeiras comunidades cristãs: “não havia necessitados entre eles” (At 4,34).


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Especial

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Instituto Vilson Groh: a Igreja em meio aos pobres

Ações na pandemia A Rede do Instituto Vilson Groh vem atuando junto às famílias empobrecidas, atendidas pela REDE IVG, no enfrentamento à crise gerada pelo isolamento social e pelas medidas de combate à Covid-19. Até o momento foram distribuídos 102.382 quilos de alimentos doados por parceiros da REDE IVG - empresas, instituições e pessoas físicas. Outra ação é o Fundo de Apoio às Comunidades Empobrecidas da Rede IVG. Iniciada em 20 de março, foram entregues até o fim do mês de junho 7.313 cestas de alimentos, mais máscaras e kits de higiene e limpeza. São 4.474 cestas compradas pelo IVG com recursos do fundo e 2.839 cestas recebidas de doação. Num total de 102.382 quilos de alimentos não perecíveis e 3.150 quilos de alimentos orgânicos. Foram repassados também quase R$ 330 mil reais às comunidades da Grande Florianópolis.

Fotos: Arquivo/IVG

Quando se fala em solidariedade na Grande Florianópolis, é impossível não citar o Instituto Vilson Groh. O padre que dá nome ao projeto foi ordenado há quase 40 anos e, desde então, atua nas comunidades carentes da capital. Pe. Vilson Groh é um grande articulador que, através de pontes, elos estratégicos, e da cultura do encontro, pensa em saídas concretas aos problemas da população destituída de direitos. Sua obra se articula num dos institutos sociais de maior credibilidade na região. Criada há nove anos, o Instituto Vilson Groh é uma organização da sociedade civil articulada em rede com outras seis organizações sem fins lucrativos que desenvolvem ações educativas e socioassistenciais nas periferias da Grande Florianópolis e em Guiné-Bissau, na África, a chamada REDE IVG. As instituições da REDE IVG atendem crianças a partir de 0 meses, sendo que cada serviço oferecido tem uma faixa etária de atendimento e oferece atividades direcionadas para cada idade. Todos os serviços são pautados pela educação integral, perpassando os serviços de convivência e fortalecimento de vínculos, educação básica, inserção social e laboral, cultura e esporte, e acolhimento institucional, buscando a defesa e garantia de direitos das crianças, adolescentes, jovens e adultos atendidos na REDE IVG. As instituições que compõem a rede são a Associação João Paulo II; o Centro Cultural Escrava Anastácia (CCEA); o Centro de Educação Popular (CEDEP); a Associação de Amigos da Casa de Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó (ACAM); a Associação Amigos da Guiné-Bissau (AGB) e o Centro Social Elisabeth Sarkamp. A rede trabalha também em parceria socioeducativa com o Grupo Marista, através das unidades do Centro Educacional Marista São José e Centro Educacional Marista Lucia Mayvorne. Estas organizações já trabalhavam articuladas antes da criação do IVG. A formalização do instituto amplificou este trabalho, criando sinergia entre as ações, reduzindo custos operacionais e fortalecendo a sustentabilidade das instituições, sempre mantendo a autonomia e garantindo o respeito às particularidades do trabalho desenvolvido individualmente pelas mesmas.

Em nove anos, a REDE IVG mostra número impressionantes: • R$ 132.982.963,38 investidos em ações de prevenção, inserção, convivência, fortalecimento de vínculos e educação. • 2.219 famílias atendidas em média anual. • 4.866 pessoas atendidas em média anual. • + de 7 milhões de refeições oferecidas. • R$ 2.035.408,75 repassados para as organizações da REDE IVG. • 288 voluntários em média anual. • 305 colaboradores em média anual. • 225 bolsas de estudo de ensino técnico e superior foram ofertadas. • + de 450 pessoas inseridas na universidade a partir do Pré-Vestibular REDE IVG. • 2.105 jovens inseridos no mundo do trabalho e programas de aprendizagem.


Especial

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“A solidariedade não é uma ideia, é uma relação de compaixão” A Arquidiocese de Florianópolis conversou com o fundador do IVG, Padre Vilson Groh, para entender como os trabalhos da instituição impactam na região onde está inserida, quais os desafios encontrados no dia a dia e como estão os serviços prestados em tempos de pandemia. Confira a entrevista: Fotos: Arquivo/IVG

possibilidade para todos, de oportunidades para os desiguais. Creio que aqui está um foco a ser perseguido. Arquidiocese de Florianópolis: Certamente a criação do Instituto Pe. Vilson Groh foi uma resposta à necessidade de estruturar e organizar a ajuda aos que necessitam. Qual foi a motivação para a sua criação? Pe. Vilson Groh: O Instituto, na verdade, é um grande guarda-chuva, porque nós temos oito organizações não-governamentais que, ao longo do processo histórico desses 40 anos, surgiram de diversas formas e a partir de diversas necessidades e demandas dos territórios. O trabalho do Instituto é para dar perenidade às nossas organizações e ampliar o nosso processo dentro disso tudo. Então, nessa perspectiva, nós optamos pela educação. São redes de projetos, que geram a oportunidade de essa moçada chegar à universidade, porque essa é a moçada, a criança, o jovem adolescente, que nós focamos em um grande investimento social. Um investimento que não é custoso porque investe agora para o futuro. Arquidiocese de Florianópolis: Quantos anos o senhor tem de sacerdócio? Quando o senhor sentiu o chamado a servir os mais fragilizados da sociedade? Pe. Vilson Groh: No dia 6 de dezembro deste ano, eu celebro 39 anos de sacerdócio. Como seminarista eu já fazia meu estágio pastoral nas comunidades dos morros de Florianópolis. Minha vida de padre foi toda ela vivida intensamente na periferia, construindo pontes entre um lado e outro, na desconstrução da desigualdade social, tendo como inspiração o texto do Evangelho de São Mateus 25,31: “Tive fome e me deste de comer; sede, e me deste de beber; peregrino, e me acolheste; nu, e me vestiste; prisioneiro, e foste me visitar...”. Essa é a força que me move. Quando Jesus está para voltar à casa do Pai, ele diz aos seus: “voltem à Galileia”. Porque a Galileia era o lugar do aprendizado. E as novas “galileias” do mundo de hoje são as periferias, onde ele continua presente com seu grande grito. Um grito que tem de ser ouvido, acolhendo e abraçando todos os dias amorosamente a cada ser humano que a gente encontra.

Arquidiocese de Florianópolis: Em algum momento da missão, por algum motivo, o senhor pensou em desistir? Pe. Vilson Groh: Como cristãos seguidores do projeto de Jesus, nós não podemos não abraçar a causa dos empobrecidos, porque essa é a causa de Jesus. Seus gestos, suas ações, seu modo de ser, de pensar e de agir, tudo foi continuamente voltado para esta realidade na prática do dia a dia. Por isso o Papa Francisco diz para não tenhamos medo de viver a alternativa da civilização do amor, que é uma civilização da esperança contra angústia e o medo, a tristeza e o desalento, a passividade e o cansaço. Segundo ele, a civilização do amor se constrói no dia a dia de modo ininterrupto, pressupõe o esforço comprometido de todos. Supõe, para isso, uma comprometida comunidade de irmãos.

Arquidiocese de Florianópolis: Como o senhor vê a importância da sociedade civil em união com o poder público na construção de uma sociedade justa e igualitária? Pe. Vilson Groh: Nesses tempos de pandemia, há dois elementos que se sobressaem nesta realidade. O primeiro é a importância da organização da sociedade civil e, nessa organização, a importância da sua corresponsabilidade com o mundo dos empobrecidos, dos destituídos de direito e de vida. No Brasil, com a pandemia a desigualdade fica assustadoramente escancarada na prática do dia a dia. Penso que este é um foco sobre o qual a sociedade tem de se debruçar, para colocá-lo no centro do caminho de construção de massa crítica de organização. O segundo elemento é redefinir o papel do Estado, romper com o Estado privatista que apenas salva os bancos, mas não salva o seu povo. E aí é necessário voltar a rediscutir a função de um Estado social. Mais do que nunca agora aparece, por exemplo, a importância de um SUS equânime, de

Fotos: Arquivo/IVG

Arquidiocese de Florianópolis: A ajuda aos mais necessitados deve ser uma prioridade na vida de todo cristão. Como o senhor enxerga a prática da solidariedade, empatia e doação em nossa sociedade? Pe. Vilson Groh: Dentro desse processo, a solidariedade vem da dimensão do coração das pessoas. Solidariedade não é decreto. A solidariedade não são ideias. A solidariedade é uma relação de compaixão, de colocar-se no lugar do outro e, a partir daí, construir um caminho. Então nesse sentido é importante que a solidariedade se torne uma solidariedade estrutural, que tem o grande papel do controle social.

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Bíblia

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Lectio Divina

Chamados à fé pela Palavra

PA DR E PAU L O S T I P P E S C H M I T T Por milênios Deus se revelou à humanidade através de suas obras, isto é, através da criação. Ele se revela a nós por meio da Escritura (Bíblia), a Palavra escrita, e através de Jesus Cristo, a Palavra viva. Ao lermos a Palavra de Deus, rezamos, meditamos e refletimos a missão que Ele nos confiou. Missão de ecoar e viver o seu projeto de vida (Jo 10,10), anunciado por seu Filho Jesus Cristo. O contato com a Palavra, na nossa oração individual ou com a família, ou ainda reunidos em grupos de pessoas na comunidade, nos faz sentir-nos próximos de Deus. Ali fazemos a experiência do encontro pessoal e comunitário com Jesus, ele que é a Palavra, o pão vivo descido do céu: “Este é meu Filho amado, escutai-o”. Deus nos fala diariamente por vários meios e formas; basta a nós: escutar, ver e sentir a sua presença no nosso meio. Ele nos faz ver e perceber o quanto devemos ser cristãos solidários, proféticos e de fé ardente para superar os grandes desafios que encontramos no dia a dia. A sua Palavra nos coloca em missão, nos motiva e nos impulsiona a olharmos o mundo à nossa volta com seus olhos e seu coração de Deus. Ela é luz nas nossas ações com as pessoas caídas e sofridas, na superação das injustiças, da violência, na busca do bem comum, vida em abundância para todas as pessoas. Para sermos bons cristãos, a nossa espiritualidade tem que estar centrada na Palavra, nos ensinamentos de Jesus,

Lectio (leitura): Mt 7,21.24-29 Do Ritual do Sacramento do Matrimônio

e enraizada na comunidade, na vivência de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Para vivenciar a Palavra não basta ler e ouvir a Escritura (Bíblia), é necessário criar intimidade com Jesus Cristo. Com certeza somos escolhidos por ele para anunciarmos a sua Palavra e darmos testemunho do amor de Deus, trilhando os caminhos da retidão, da paz, da justiça e do bem. Ide, “irmãos amados por Deus, que sois dos seus escolhidos, pois o nosso anúncio do Evangelho aconteceu entre vós...” (2Ts 2,13-14). Tenhamos um coração aberto à ação do Espírito Santo, atento para perceber, sentir e acolher a Palavra de Deus em meio às tribulações, principalmente neste tempo de distanciamento social causado pela pandemia. Sejamos perseverantes no anúncio da Palavra nas casas, nos condomínios, em todo lugar. Sejamos missionários evangelizadores com alegria, esperança e certeza de que Deus está no meio de nós. Maria Glória da Silva Coordenadora arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família

CONHECENDO AS CARTAS DE SÃO PAULO

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai, que está nos céus. Portanto, quem ouve estas minhas palavras, e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa! Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei. Meditatio (meditação) Minha meditação se concentra em torno da imagem proposta por Jesus. Visualizo diante de mim duas casas: a primeira está construída sobre a areia; a segunda, sobre a rocha. Oratio (oração) Senhor, sois minha Rocha. Sobre Vós está edificada minha vida, minha casa, minha família. Sustentai, minha Rocha, a edificação do meu ser. Sede meu sustentáculo, meu apoio seguro, minha fortaleza. Quero ouvir vossas palavras, Senhor, e colocá-las em prática.

O justo crescerá como a palmeira, florirá igual ao cedro que há no Líbano; na casa do Senhor estão plantados, nos átrios de meu Deus florescerão. Mesmo no tempo da velhice darão frutos, cheios de seiva e de folhas verdejantes; e dirão: “É justo mesmo o Senhor Deus: meu Rochedo, não existe nele o mal!” (Salmo 91) Assim como acolhestes o Cristo Jesus, o Senhor, assim continuai caminhando com ele. Continuai enraizados nele, edificados sobre ele, firmes na fé tal qual vos foi ensinada, transbordando em ação de graças. (Colossenses 2,6).

Contemplatio (contemplação) Rezo com outros textos bíblicos que me falam de Deus a partir da imagem da Rocha, da firmeza, da segurança:

Missio (missão) Rezo por minha família, pedindo a Deus o dom da escuta atenta à sua Palavra e a firmeza na fé.

P OR PA DR E G I L S ON M E U R E R

2ª Carta a Timóteo (2Tm): Testamento espiritual A segunda carta a Timóteo (2Tm) traz a assinatura de Paulo e o cenário descrito ambienta os últimos dias do apóstolo na cidade de Roma, onde estava preso, aguardando o julgamento que o levaria ao martírio. Uma cela escura, degradante, com outros prisioneiros, certamente provava a temperança do apóstolo e sua confiança. Da parte do Senhor ele nunca se sentira abandonado, mas o mesmo não pôde dizer de outros companheiros e comunidades, que praticamente o esqueceram à sua sorte. A idade avançada, nesse contexto degradante, suscitou no ancião recordações saudosas e pressentimentos nada alvissareiros. Essa última missiva revela, então, seus íntimos sentimentos, sua preocupação pelo “filho amado”, Timóteo, seu zelo pelos cristãos, e, acima de tudo, deixa-nos o testamento espiritual de um combatente da fé. Após a saudação inicial (1,1-2), o apóstolo admoesta um dos seus mais queridos colaboradores, Timóteo, a ser testemunha incansável de Cristo. “Testemunha” traduz a palavra grega “mártyr”, que

indica alguém que revive e professa existencialmente a fé que recebe até o derramamento de sangue, se necessário. Por isso, não se deve ter vergonha do Evangelho, e nem de Paulo, prisioneiro por causa do Evangelho, mas fortalecer-se pela graça recebida na ordenação de confirmar os irmãos na fé. Paulo utiliza a imagem do soldado, do atleta e do agricultor para se referir ao empenho, à disciplina e à esperança que Timóteo deve possuir para também receber a Vida do Reino (1,6–2,13). Em meio aos tormentos da prisão, o apóstolo desvela seu zelo amoroso pelo rebanho de Jesus Cristo. Adverte Timóteo para os falsos pastores e mestres que desviam da verdadeira fé. Entre eles estavam Himeneu e Fileto que afirmavam que a ressurreição “já se realizou” (negando a ressurreição futura da carne). Paulo aconselha Timóteo a evitar discussões insensatas, educando com suavidade até mesmo os opositores, na esperança de conversão e do retorno à sensatez. Certamente que as dissensões prejudicam a unidade da Igreja, influenciam

pessoas menos preparadas e desviam pessoas mais susceptíveis. É com a Palavra que Timóteo deve proclamar a verdade, sempre útil para refutar, ameaçar, exortar com toda a paciência (cf. 2,14–4,8). Na parte final da epístola, Paulo descreve sua situação pessoal, revelando a clara consciência de que seu fim está próximo. Faz um retrospecto de sua vida cristã, missionária, e se convence de ter empreendido um “bom combate”, uma “bem sucedida corrida”, esperando receber os louros da vitória, reservados para os que esperaram com amor a vinda do Senhor. Anseia rever seu caro discípulo ainda uma vez e, assim, suplica que ele venha logo a Roma, trazendo consigo: um manto, para enfrentar o inverno romano, livros e os pergaminhos (textos bíblicos), ou seja, os tesouros da Palavra da qual o apóstolo tantas vezes se alimentou e nos alimentou. Uma das últimas, senão a última, carta do apóstolo é um testamento espiritual de um verdadeiro amor a Cristo, à Palavra, à verdade e aos irmãos.


Paróquias

Jornal da Arquidiocese, JUlHO DE 2020

A Paróquia Nossa Senhora da Lapa, no bairro Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, foi criada em janeiro de 1809. A construção da Igreja Matriz teve início em 1763 e ficou pronta somente em 1809, ano da sua inauguração. Para a construção foram usados pedra, cal e azeite de baleia, como era de costume da época. A imagem da padroeira, Nossa Senhora da Lapa, foi trazida no fim do século XVIII por Manoel de Vargas Rodrigues, que obteve Provisão Episcopal para a fundação da igreja na região. Para conhecer mais sobre a história dessa Paróquia, acesse: www.nossasenhoradalapa.org.br/

Foto: Google Imagens

Nossas paróquias:

A Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, no bairro Saco dos Limões, em Florianópolis, foi criada em junho de 1966 através do Decreto de Dom Afonso Niehues. A primeira missa foi celebrada na Igreja Matriz em 28 de outubro de 1962, dia da Festa de Cristo Rei, e na oportunidade também foi celebrada a primeira comunhão de 46 crianças da região. A primeira festa em honra a padroeira Nossa Senhora da Boa Viagem aconteceu em novembro de 1962. Para conhecer mais sobre a história dessa Paróquia, acesse: www.boaviagem.org.br/site/

Foto: Cleber Meyer

Giro de notícias: O Santuário Nossa Senhora da Imaculada Conceição, na Lagoa, em Florianópolis, celebrou 270 anos de fundação da paróquia com uma missa transmitida pelo instagram (instagram.com/imaculadadalagoa), no dia 20 de junho.

A Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Antônio Carlos, realizou uma missa campal, no dia 21 de junho, em que as pessoas puderam participar de seus carros, para celebrar o dia do padroeiro.

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A Paróquia Santo Antônio, em Itapema, comemorou o seu padroeiro com missas abertas à comunidade e o almoço festivo entregue no sistema drive-trhu, no dia 14 de junho.

A busca por novas e boas perguntas sobre o mal-estar em que se vive pode transformar a vida. PSICÓLOGO

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@ARQUIFLORIPA arquiioripa 2º Domingo do Tempo Comum Ver todos 5 comentários 19 DE JANEIRO

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Evangelização

Jornal da Arquidiocese, JUlHO DE 2020

Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré realiza Live Solidária Junina A Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, na Palhoça, e a Comunidade Católica Shalom, Missão Floripa, promoveram uma Live Solidária Junina. O evento tinha o objetivo de evangelizar e também arrecadar doações para o Asilo Casa Santa Maria dos Anjos, que está localizado no bairro Caminho Novo, em Palhoça. A live teve transmissão ao vivo através das páginas no Facebook da Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré e da Comunidade Shalom Floripa e teve a duração de 3 horas e meia. Cerca de 5 mil pessoas acompanharam a transmissão. A programação contou com a participação dos cantores católicos como Simone Medeiros e Rodrigo Souza, e a animação da Banda Kairós. O Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, também participou do evento de modo online.

Durante a transmissão foram arrecadados R$ 3.900,00 que serão destinados ao Asilo Casa Santa Maria dos Anjos. O asilo é mantido através dos trabalhos realizados pela Ação Social Paroquial de Palhoça, que é uma entidade filantrópica de utilidade pública municipal. Atualmente a instituição acolhe 19 idosos, cujas famílias não têm condições de arcar com as despesas dos mesmos. Mesmo aqueles que não puderam acompanhar a live, mas desejam fazer uma doação podem fazê-lo através de depósito bancário (dados abaixo) ou entrar em contato através do telefone (48) 3242-2478.

Dom Wilson teve uma participação especial durante a Live Solidária Junina

Conta para doações:

Ação Social Paroquial de Palhoça CNPJ 85.319.333/0001-30 Banco do Brasil - Agência: 5362-7 Conta Corrente: 247175-2

CARIDADE SOCIAL

Ação Social Arquidiocesana lança “bASAr virtual” A Ação Social Arquidiocesana, ASA, lançou no início do mês de junho o seu “bASAr virtual”. Por causa da pandemia do coronavírus, as duas unidades do bazar permanente da instituição tiveram que ter suas atividades suspensas. Todo valor das vendas nos bazares eram destinadas para os projetos sociais da entidade. Usando da criatividade e das ferramentas digitais disponíveis os responsáveis pela ASA estão se adaptando ao novo cotidiano e transportaram os bazares para o meio digital. Fernando Anísio Batista, Secretário Executivo da ASA, afirma que todos foram pegos de surpresa e é preciso se adaptar à nova realidade. “A verdade é que estamos vivendo tempos difíceis e todo mundo precisa se adaptar ao novo cotidiano. Precisamos encontrar novas soluções e oportunidades a fim de lidar com os desafios deste momento” complementa.

As peças que são destinadas ao “bASAr virtual” são cuidadosamente selecionadas, fotografadas e colocadas à venda no perfil no Instagram @bASArvirtual. Em cada publicação é colocada uma ficha técnica do produto, como tamanho, tipo do tecido e valor da peça. Os interessados podem fazer a compra dos itens sem sair de casa, basta ter acesso à internet. Em meio à pandemia as compras online aumentaram consideravelmente e esta foi a oportunidade encontrada pela ASA para dar mais comodidade nas compras, sem que a pessoa deixe o isolamento social e ainda poder contribuir para sua conscientização. Afinal, a entidade visa o cuidado com a vida, a coletividade e a solidariedade. Mais informações podem ser encontradas através do perfil do bazar no Instagram ou através do WhatsApp: (48) 9 8452-4986.


Juventude

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Gincana Nacional do Movimento de Emaús homenageia Servo de Deus Marcelo Câmara Membros do Movimento de Emaús de todo o Brasil estão mobilizados em sua primeira gincana nacional, nomeada em homenagem ao Servo de Deus Marcelo Câmara, de Florianópolis. A iniciativa foi inspirada pela gincana Marataús, do movimento na Arquidiocese de Florianópolis, que acontece a cada dois anos em espírito de integração e competição sadia, com participação aberta e realização de diversos tipos de provas, diversas delas com apelo à solidariedade com pessoas carentes. “A escolha do nome foi uma homenagem do Secretariado Nacional de Emaús a um jovem que fez sua conversão em um Curso de Emaús e perseverou em um de seus grupos jovens até o seu falecimento. Ficamos muito felizes com a escolha, que enaltece o rumo certo da caminhada de Emaús, uma caminhada com o Cristo dentro das realidades sociais de nossa vida cotidiana. Esperamos que seja mais um pequeno passo não apenas para o processo de beatificação, mas principalmente para valorizar e estimular os princípios cristãos em nossos jovens e nas comunidades em que eles estão inseridos”, explicam Alessandra Vanessa da Silva Rodrigues e André Camargo Guedes Rodrigues, atualmente na presidência do Secretariado Arquidiocesano do Movimento de Emaús em Florianópolis. A gincana conta com a participação de 439 discípulos-missionários do Movimento de Emaús, vinculados a 23 secretariados de diversas dioceses das regiões sul, sudeste e centro-oeste do país.

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Cronograma - julho de 2020 03/07 | São Tomé Apóstolo (Festa) 06/07 | Santa Maria Goretti 10/07 | Aniversário natalício de Dom Wilson Tadeu Jönck (69 anos) 11/07 | São Bento 15/07 | São Boaventura 16/07 | Nossa Senhora do Carmo (Festa) 22/07 | Santa Maria Madalena (Festa) 25/07 | São Tiago Apóstolo (Festa) 26/07 | Santa Ana e São Joaquim 29/07 | Santa Marta 31/07 | Santo Inácio de Loyola

Anunciada data da beatificação de Carlo Acutis, o ciberapóstolo da Eucaristia Lançada oficialmente em uma Live transmitida pelo Youtube, em 20 de junho, a organização divulgou o regulamento oficial, o caderno de provas e a composição de suas 30 equipes (http:// emaus.org.br/nacional/gincana-virtual/). Além das 11 provas constantes do caderno de provas, haverá diversas provas-relâmpago, de curta duração. Cada prova apresenta uma pontuação pré-definida e, em 26 de julho, após a realização da última prova, serão divulgados os resultados. “Para nós é muito simbólico que, em momento de intenso isolamento social, consigamos buscar alternativas tão simples e ao mesmo tempo tão poderosas de integração. A vida em comunidade segundo a Boa Nova do Cristo é a força que move o Emaús, assim como aconteceu com os discípulos de Emaús no Evangelho, e a Gincana Virtual Servo de Deus Marcelo Câmara é uma grande graça que nos permitirá estar em comunhão com comunidades de diversos outros locais do Brasil”, destacam Alessandra e André.

Muitos esperavam o anúncio da beatificação de Carlo Acutis, gênio da informática que amava profundamente a Eucaristia. A cerimônia acontecerá no dia 10 de outubro, às 16h, na Basílica Papal de São Francisco, em Assis, na Itália, e será presidida pelo Cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Milagre brasileiro Os médicos especialistas do Vaticano emitiram um parecer positivo sobre o suposto milagre que teria sido realizado através da intercessão de Carlo Acutis e que teria beneficiado uma

criança brasileira, do Mato Grosso, em 2013. A criança sofria de distúrbios significativos do trato digestivo, com uma rara anomalia anatômica congênita do pâncreas. Uma cirurgia grave poderia ser a solução, mas não precisou ser realizada. A família e sua comunidade pediram a intercessão de Carlos para salvar o filho. O jovem venerável italiano morreu em 2006, no dia de Nossa Senhora Aparecida, vítima de leucemia, aos 15 anos de idade. Para saber mais sobre a vida de Calo Acutis, acesse o site oficial da associação que leva o seu nome: carloacutis.com/pt.


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Geral

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Seminaristas serão ordenados diáconos Cinco jovens da Arquidiocese de Florianópolis serão ordenados diáconos no próximo dia 1º de agosto, em uma celebração privada, restrita a convidados, presidida pelo arcebispo, Dom Wilson Tadeu Jönck, na Paróquia Sagrados Corações, em Barreiros, São José. A missa será transmitida pelas redes sociais oficiais da arquidiocese. Conheça os seminaristas:

Alex Macedo de Liz Junior Data de nascimento: 06/09/1995 Nascido na cidade de Ponte Alta, na Serra Catarinense, cresceu em São José. Aos 14 anos, em um encontro de Crisma, viveu uma experiência pessoal com o amor de Deus e iniciou a sua caminhada na Igreja. Foi participando ativamente das atividades pastorais na Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes e São Pedro, no bairro Serraria, como o Grupo de Oração Jovem Busque o Alto (RCC), Pastoral Familiar, Liturgia e Pascom, que se sentiu chamado ao ministério sacerdotal. Vive a síntese vocacional na Paróquia São Sebastião, em Tijucas.

Lucas Casimiro Tibincoski Teixeira Data de nascimento: 20/10/1993 Natural de Itajaí, a Igreja se tornou parte de sua vida em 2003, quando iniciou sua caminhada de Iniciação à Vida Cristã. Foi então coroinha e participou com intensidade da vida pastoral da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, na Fazenda. A caminhada na vida da Igreja e a proximidade com o padre despertaram no coração de Lucas o chamado pela vocação. Vive a síntese vocacional na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, em Porto Belo.


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Luiz Francisco Fraga Data de nascimento: 25/04/1993 Nasceu em Florianópolis, mas cresceu em Biguaçu. Na Comunidade Santa Teresinha do Menino Jesus, na Paróquia São João Evangelista, sempre foi muito ativo nas atividades pastorais. Começou a pensar no chamado ao sacerdócio com 16 anos, a partir de experiências de fé em movimentos e pastorais e no serviço à comunidade. Vive a síntese vocacional no Seminário Nossa Senhora de Lourdes, em Azambuja.

Roberto Consuelo Rodrigues Miranda Data de nascimento: 15/05/1985 Da cidade Coração de Maria, na Bahia, veio morar em São José junto com a família em 2005. Seu chamado se deu a partir da vida devota de sua família e a vivência da fé junto da comunidade. Em São José, participava da Paróquia Santo Antônio, de Campinas, onde fui muito bem acolhido e participou de várias atividades paroquiais, especialmente no Grupo de Oração Jovem Sopro de Vida (RCC). Vive a síntese vocacional na Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça.

Tiago Vicente Santana Data de nascimento: 14/07/1986 Natural de Florianópolis, aos 8 anos de idade sentiu o desejo de participar mais da comunidade e pediu para ser batizado. Logo depois seguiu seu caminho na Iniciação à Vida Cristã e foi coroinha. Após a Crisma, participou do Movimento Pólen e do Grupo de Oração Maranathá (RCC). Com o testemunho de vida do Pe. André Gonzaga, sentiu o desejo de ingressar no seminário e seguir a vocação sacerdotal. Vive a síntese vocacional na Paróquia São João Evangelista, em Biguaçu.

Acompanhe a transmissão AO VIVO na página do Facebook da Arquidiocese de Florianópolis:

FACEBOOK.COM/ARQUIFLORIPA

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