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Reciclagem

Acordo para construção da maior planta de triagem mecânica de resíduos do Brasil

AA AA A Stadler – empresa alemã dedicada ao planejamento, produção e montagem de sistemas e componentes de triagem para a indústria de tratamento e reciclagem de resíduos sólidos –, com subsidiária na cidade de São Paulo (SP), firmou um acordo com a Orizon Valorização de Resíduos para construir a maior planta de triagem mecânica do País, que entrará em operação em 2022.

O acordo celebrado significa um avanço tecnológico nas operações do Ecoparque de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, o qual permitirá obter maiores índices de reaproveitamento dos resíduos passíveis de reciclagem, bem como garantir o tratamento de 500 mil toneladas de resíduos

sólidos ao ano, em um país onde o potencial de reciclagem é cada vez maior, segundo a companhia. Em 2020, a instalação recebeu 1,5 milhão de toneladas, equivalente aos resíduos gerados por 3,7 milhões de pessoas. “O acordo é também um exemplo de gestão e uso de tecnologia para o setor”, pontuou Alexandre Citvaras, diretor de novos negócios da Orizon Valorização de Resíduos.

De acordo com informativo da empresa alemã, esta será a maior planta de triagem mecânica já projetada para o mercado brasileiro. O projeto foi idealizado com dois principais objetivos: sofisticar e dar robustez à planta da Orizon para fazer a separação e selecionar materiais que gerarão mais valor.

Segundo Alexandre Citvaras, “o nosso maior desafio foi conceber um processo de triagem com tecnologia comprovada que agregasse mais eficiência ao tratamento de resíduos ao Ecoparque de Jaboatão dos Guararapes. Com esse maquinário, será possível atingirmos uma eficiência de separação entre 75% a 85% do material reciclável economicamente viável. É um avanço em nossas operações, que ganham em produtividade, além do destaque ambiental pelo fato de os materiais retornarem à cadeia produtiva, contribuindo para o conceito de economia circular”.

O executivo acrescentou que “a Stadler fabrica um maquinário com a qualidade e robustez adequadas para o perfil de resíduos sólidos recebidos pelo Ecoparque e que, ao mesmo tempo, conserva o controle de qualidade manual de separação em seu funcionamento. Em nossa nova planta de separação serão contratadas 150 pessoas, que serão também responsáveis por esse trabalho em um projeto que funcionará a partir de 2022. Sendo assim, precisávamos de um projeto que agregasse os dois modelos”.

Projeto ambicioso para o mercado brasileiro

Por sua vez, o representante comercial da Stadler no Brasil, Henrique Filgueiras, explicou que este é um acordo importante: “É o estreitamento das relações com um cliente que já conhecemos e conversamos há mais de sete anos e que tem muito potencial aqui no Brasil. Além disso, também é uma planta de elevada capacidade de processamento de resíduos sólidos urbanos (RSU), sendo a de maior capacidade da América Latina, o que nos dá a oportunidade de fazer mais um bom trabalho e adquirir ainda mais experiência no Brasil”.

Ainda segundo a Stadler, esta planta foi projetada para triagem de um grande volume de material com a separação inicial grosseira e pesada sendo realizada por equi-

pamentos. A seleção refinada final será realizada manualmente. Porém, o layout da planta já contempla a possibilidade de expansão da linha, tanto para aumentar capacidade quanto para automatizá-la ainda mais.

A Orizon possui cinco ecoparques no Brasil e, em suas atividades de tratamento e destinação final, eles recebem aproximadamente 4,6 milhões de tonela-

Companhias alemã e brasileira celebram acordo para o projeto de construção da maior planta de triagem mecânica de resíduos sólidos urbanos no País, localizada em Pernambuco. Imagens: Stadler

das de resíduos por ano, atendendo, aproximadamente, 20 milhões de pessoas e mais de 500 clientes corporativos. O projeto da nova planta, dada a sua eficiência, tende a ser replicado no futuro nas demais unidades da companhia em todo o território nacional.

O mercado brasileiro, incluindo da reciclagem de materiais plásticos, apresenta características específicas, sendo necessário por isso um olhar “caso a caso” antes de se apresentar uma solução. Para André Galuppo, supervisor de projetos da Stadler Latam, a empresa busca desenvolver produtos, metodologia e ideias específicas para a realidade do Brasil, ou seja, não há um procedimento de “copia e cola” da Europa. O objetivo é desenvolver projetos voltados para o resíduo e modelo de negócios brasileiro. Todo o desenvolvimento técnico intelectual será utilizado no Brasil e para o mercado brasileiro.

OrizonOrizon OrizonOrizon Orizon – http://orizonvr.com.br Stadler Stadler Stadler Stadler Stadler – https://w-stadler.de/pt

Atletas do Brasil usarão máscaras feitas de PET reciclado nas olimpíadas

OO OO O Comitê Olímpico do Brasil (COB), junto a diversas marcas nacionais, licenciou mais de 50 produtos do Time Brasil, como peças de vestuário, acessórios, máscaras, malas e outros. Dentre eles, há itens feitos a partir de garrafas PET pós-consumo recicladas, responsáveis pela reaplicação de mais de 1,8 tonelada de material plástico.

Os atletas brasileiros usarão as máscaras da fabricante Fiber Knit, empresa gaúcha que produz máscaras reutilizáveis. De acordo com Gustavo Dal Pizzol, CEO da companhia, serão fornecidas 2.550 máscaras, modelo Sport, para a delegação. Esses itens, categorizados como “ambientalmente corretos”, são feitos com fibras de poli (tereftalato de etileno) (PET) advindo da reciclagem de garrafas pós-consumo.

Por conta da pandemia de Covid-19, o uso das máscaras pelos atletas e demais membros das equipes será obrigatório, inclusive em trânsito, em algumas competições e no pódio. O modelo fornecido (foto) foi especificamente desenvolvido para a prática de esportes e possui um suporte, fabricado por meio de impressão 3D de TPU, que acompanha o produto e que cria um distanciamento da boca e do nariz em relação à máscara facilitando a respiração sem gerar o efeito sucção. O design empregado no modelo é ajustável, pois possui tira única que se fixa à cabeça (não às orelhas) por meio de terminais de silicone.

Dal Pizzol comentou ainda que cada unidade da máscara utiliza cerca de 0,6 garrafa PET para ser fabricada e, no total, a empresa já consumiu 1,8 tonelada de material pós-consumo. “Na reciclagem,

as garrafas se transformam em fibras, que depois são convertidas em fios que são levados ao processo de tecelagem 3D. É um processo sustentável e limpo, sem sobras de resíduos, como deveria ser em toda empresa que se preocupa com o meio ambiente”, concluiu. Segundo informações disponíveis no site da fabricante, o modelo possui uma estrutura externa de fibras de PET, que confere ao produto bons índices de resistência mecânica prolongando sua vida útil, e uma camada interna de poliamida (PA), que proporciona boa sensação em contato direto com a pele. Os materiais são utilizados em uma malha tridimensional anatômica e sem costuras e, devido às propriedades dos materiais poliméricos, as peças podem ser lavadas e reutilizadas, sem perda de sua capacidade filtrante, Comitê Olímpico do Brasil adota máscaras pelo período médio de seis feitas com garrafas PET recicladas para os meses a um ano sob uso diário. atletas durante as olimpíadas que serão Além disso, de acordo com o realizadas no Japão. Imagem: Fiber Knit COB, os atletas brasileiros que irão aos jogos de Tóquio também utilizarão bagagens da fabricante de malas Kameleon Bag que, assim como as máscaras, são fabricadas utilizando PET proveniente da reciclagem de garrafas retiradas do meio ambiente. Para a confecção de partes que envolvem as malas de bordo são recuperadas cerca de 32 garrafas de 2 L. Para as chamadas shoulder bags (modelo de bolsas com alças aparadas pelos ombros do usuário) são utilizadas aproximadamente 12 garrafas de 500 mL. Fiber KnitFiber Knit Fiber KnitFiber Knit Fiber Knit – www.fiberoficial.com.br

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