Tecsaude urgencia e emergencia

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avaliada com o mesmo zelo e responsabilidade que os quatro sinais vitais têm melhor chance de ser tratada corretamente. Em verdade, as estratégias visam sensibilizar a equipe de saúde para o fato de que o controle da dor é nossa responsabilidade e um direito do doente. A estratégia utilizada pela Joint Commission divulgou a prática da avaliação sistematizada da dor em todos os pacientes e transformou o controle da dor num indicador de qualidade da assistência prestada.

Pesquise instituições que implantaram uma política de gerenciamento de dor e como isso acontece dentro do serviço. Qual é o papel do técnico nas ações desenvolvidas? Sistematize o que pesquisou e apresente aos seus colegas de classe.

Em 2001 a Comissão de Credenciamento e Classificação das Organizações de Cuidadores de Saúde (Joint Commission on Acreditation of Healthcare Organization), a mais conhecida comissão internacional de acreditação de hospitais, definiu que a instituição de saúde, para a acreditação, tenha uma política de gerenciamento de dor.

No Brasil, o Ministério da Saúde criou, no ano de 2002, um programa nacional de assistência ao doente com dor e determinou a necessidade de profissionais de enfermagem na equipe multiprofissional dos ambulatórios de dor. Percebemos que o gerenciamento da dor evoluiu para um indicador de qualidade da assistência prestada. Para alcançar esta nova proposta, é essencial que a equipe de enfermagem estabeleça seu papel, abandonando a atitude de “um convívio cotidiano e passivo com a dor do outro” e desenvolva ações que permitam tornar a dor visível nas instituições, possibilitando seu alívio adequado.

Como forma de alcançar essa proposta, a equipe de enfermagem pode avaliar a presença de dor, administrar analgésicos prescritos, aplicar técnicas não farmacológicas, verificar o alívio obtido e a ocorrência de efeitos colaterais. Ainda como forma de cuidado, realiza ações educativas com pacientes e familiares preparando-os de modo apropriado para o autocuidado. A Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor reforça que a avaliação da dor e o registro sistemático e periódico de sua intensidade são fundamentais para que se acompanhe a evolução dos pacientes e se realize os ajustes necessários para o tratamento; que a inclusão da avaliação da dor junto aos sinais vitais pode assegurar que todos os pacientes tenham acesso às intervenções para o controle da dor da mesma forma que se dá o tratamento imediato das alterações dos sinais vitais. Disponível em: www.dor.org.br/5sinalvital.asp. Acesso em: 11 mai. 2009. As avaliações devem ser sequenciais, determinadas pela instabilidade do quadro álgico, duração dos analgésicos prescritos e a realização de procedimentos dolorosos e invasivos, como punções, fisioterapia, curativos etc. Esses instrumentos podem ser de autorrelato, de observação do comportamento e de medidas das respostas biológicas à dor. Devem ser ajustados à idade do paciente e à sua capacidade de compreensão e verbalização. 110


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