Nº 91 a 94 - Janeiro a Julho de 1937

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R R D Reeevvviiissstttaaa D Dhhhââârrraaannnâââ Data: Dhâranâ nº 91 a 94 – Janeiro a Junho de 1937 – ANO XI Redator: Henrique José de Souza

levanta, Eu me manifesto para salvação dos bons e destruição dos maus. Para restabelecimento da Lei, Eu nasço em cada Yuga (Idade), etc.” O Camanismo necromante (ou “de negro manto” ou veste) assim ameaçado de morte, reagiu contra o Budismo, ou melhor, o Bodismo (de “Bodhi”, Sabedoria, Conhecimento, Iluminação, etc.) e ressuscitou, em parte, com as reformas de GlangDharma (908/1012) e outras mais ou menos tântricas verdades do primitivo Bon, como aos Bom-pas ou Bonpos, contrários ao originário e puríssimo Bon, da confusão estabelecida na Enciclopédia Espasa a que nos referimos e procuramos contestar. Seguir tal luta vários êxitos no Tibete e em outros lugares, durante muitos séculos, até chegar ao XIV e com o excelso Tsong-Kapa, reformador do Budismo tibetano, já bastante adulterado, não só pela luta com a não menos adulterada religião de seus contrários – os “vermelhos” ou Bon-pos, da mescla entre camanistas e lamaístas. Falar da história e suas origens equivale falar da Religião primitiva ou Doutrina Secreta, da qual se serviram, como já foi dito, todos os Iluminados que a este baixo ou inferior mundo vieram segundo o prometido pelo próprio “Espírito de Verdade” – pouco importa o Nome com que se apresente, já que Dharma, a Lei justa declinava – tal como agora – nas várias épocas de seu aparecimento. Por isso que, todos Eles dizendo a mesma coisa, embora que, com palavras ou iniciações de várias naturezas, mas dentro do expresso nestas (palavras) do Rig-Veda: “A Verdade é uma só, embora os homens Lhe dêem nomes diferentes”. Mas, como já se deu a entender, todos Eles formas parciais daquele que se poderia cognominar de Redentor-Síntese (que embora não tendo vindo ainda, é como se já o tivesse feito, segundo aquelas proféticas palavras bíblicas de que, “Ele já veio e vós não O reconhecestes”...), digamos, o próprio Planetário da Ronda, ou Aquele que no seu começo imprimiu a tônica da Verdade, ou melhor, se fez ManúSemente, para que no seu fim (da Ronda), se fizesse Manú-Colheita, daquilo que Ele mesmo semeou. Nesse caso, todos os Manus, grandes e pequenos, isto é, de RaçasMães, sub-raças, ramos e famílias, suas sombras ou formas representativas. O termo SPES MESSIS IN SEMINE, ou “a esperança da colheita reside na semente”, adotado pela Sociedade Teosófica Brasileira, não quer dizer outra coisa, dado o fato de seu Trabalho se referir a um ciclo racial, isto é, em prol do “Advento da 7ª sub-raça”; trabalho manúsico, portanto. O próprio termo Maitreya, ou simplesmente, Maitri (Mai ou Mayá e Tri ou Três) resume quanto acima ficou dito – à parte opiniões contrárias, inclusive do erudito sanscritista Burnouff, que só conhece um único significado para aquele termo, ou seja, “compaixão”. Maitri quer dizer entretanto: três vezes passado por Mayá, ou melhor, Aquele que venceu os Três mundos ou qualidades de matéria, ou que sempre as possuiu equilibradas, para que os homens fizessem o mesmo ou seguissem seu Exemplo, como Dirigente da Ronda. O mesmo sentido possui aquele iniciático episódio tibetano do excelso Rimpot-ché que, tendo sido convidado por seu discípulo, o Teshu-lama, à fim de inaugurar a nova estátua de Maitréia, na presença de milhares de pessoas (a própria A. David-Neel o refere como tendo sido pouco antes de ali haver chegado) se funde na mesma, ou “entra por ela a dentro”, como diria o vulgo; cuja interpretação única e verdadeira é: “Façam o mesmo, quantos aqui se acham, pois que, Maitri, Cristo, Consciência Universal, Atma, 7º Princípio teosófico, etc. ‘não exprimem outra coisa senão a fusão, a união eucarística (ou Eucrístico) da Alma com o Espírito, o Eu-Inferior com o Eu-Superior, etc.’” A Doutrina Secreta foi, pois, a Religião Universal, no mundo pré-histórico, corroborando essa afirmativa com as palavras de H. P. B. de que nos servimos no começo deste capítulo; ou quando a mesma A dá como “pregada por uma Humanidade divina ou superior aos olhos da humanidade imatura”, etc.

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