Biografia JHS (2015) - C.T.P.

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Biografia síntese de Henrique José de Souza – Comunidade Teúrgica Portuguesa

dias. Porque como dizia o Mestre: “Nunca o discípulo tem conhecimento perfeito da sua missão, nem de quanto ao seu progresso diga respeito, a fim de que ele esteja sempre vigilante a novas ordens e, do mesmo modo, sempre pronto a obedecê-las. Até os Adeptos mais avançados estão sujeitos às mesmas Regras ou Leis, senão os próprios AVATARAS DE VISHNU... Por isso mesmo a dificuldade, ou antes, a impossibilidade de se julgar, ou de saber diferenciar o que é puramente pessoal e o que é de origem universal, o que diz respeito aos mesmos e o que provém de outras Fontes, como Regras ou Leis a favor do Mundo em geral”. Eram os últimos dias naquela morada. Em breve viria ordem para que o Professor Henrique se transferisse com a sua família para outra casa. Os perjuros procuravam ainda agir perversamente, assim como perversamente, em outras épocas, haviam agido. Mas o Bem agia e coisas grandiosas passaram-se ainda na residência da Rua Andrade Neves, que relataremos em breve. Quanto ao proceder dos “Irmãos da Sombra”, assim o explicava Henrique: “Trata-se do mistério dos 666 versus 777, ou a batalha decisiva entre Adeptos Independentes e Magos Negros do Norte da Índia, que depois teve a sua repercussão no Norte-América, e logo a seguir connosco (pela Monopol), no Brasil, sendo assim como uma Sombra do próprio Mistério da descida das Mónadas do Norte para o Sul”. No quadro negro da Sociedade, o Mestre Abraxis escreveria mais tarde: 666 x 777 – “fim da Kali-Yuga”... para os vitoriosos. E mais tarde ainda, ao Amanhecer do Manuântara, qual brisa após a tormenta, veio esta Mensagem: "Quando hoje, 6 de Janeiro de 1919, os raios de Sol beijarem a face da Terra, despreocupados, os homens jamais poderão avaliar a grande luta travada em defesa de uma Causa que encerra em si todas as Verdades. O Senhor de Marte salvou os Senhores de todos os Raios! (salvando-se a si mesmo, acrescenta quem tal Mensagem recebeu). As Forças do Mal tentaram submeter o Mundo ao seu domínio cruel! Destruir a Obra dos Deuses! Porém estes, embora como Anjos caídos ou rebeldes, não podiam permitir tão terrível destino para os homens! Livraram da escravidão os que estavam ameaçados! Porém, quando nos tempos que aí vêm houverem terramotos, inundações, lutas, pragas, terríveis epidemias... deveis tomar essas coisas como eco ou repercussão do choque inenarrável dos Guerreiros divinos esmagando as Hostes do Mal!” Assinado) Jean Dubonnet Beauville Sob esse nome ocultava-se ao início, sempre junto aos Gémeos Espirituais, o Adepto de Pondcherry, que Olcott, o fiel amigo e colaborador de Helena Blavatsky, tivera o privilégio de ver algumas vezes. Foi o mesmo que, através de JHS, retirou do incensório o Mantram Búdhico que entoamos em nossos rituais. Mais tarde, esse Adepto pediu para ser chamado pelo nome de ABRAXIS. Mas de onde, desde quando teria vindo o “grupo inimigo”, lobos em cordeiros disfarçados, que por todos os meios e modos procurava perturbar a Obra do Eterno? De longa distância vinha, na luta contínua entre a Luz e as Trevas, o rude combate nas planuras de Kurukshetra narrado nas páginas imortais do Bhagavad-Gïta – as Hostes Solares e Lunares em eterna peleja... Pouco depois de ter sido fundada a Sociedade Dhâranâ, o Professor Henrique foi atropelado na Praça Martim Afonso, em Niterói, por um automóvel em disparada. Visando dessa vez o “Outro”, repetia-se o acidente da Rua Augusta, em Lisboa. À noite, acamado, recebia um visitante que levara um cartão de apresentação – uma chave falsa, por assim dizer. Mais alguns do mesmo bando foram-se chegando, inclusive um “fantasma” feminino, que de longe voltava. Henrique observava, recordava, aguardava. E uma vez, em conversa, fitando a mulher que apenas 71


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