A revista da Associação Nacional de Farmacêuticos Atuantes em Logística • Ano 2 • Edição 2 • Janeiro de 2020
RDC 304 reforça Boas Práticas de Armazenagem, Distribuição e Transporte de medicamentos
PARTE I
Logística 4.0:
Roubo de Cargas:
Grupo discutirá união da tecnologia à capacitação humana
Auditoria pode ser diferencial para evitar casos
Especial:
Modal Aéreo é garantia de segurança e agilidade 1
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Expediente A revista da Anfarlog é uma publicação trimestral. Ano 2 – Edição 2 – Janeiro de 2020 Localização e Contato Rua Vergueiro, 2.087, 14º andar, Conjunto 1405 Vila Mariana São Paulo (SP) CEP: 04101-000
Diretoria Saulo de Carvalho Junior Presidente Nathalia Lima Vice-presidente Amanda Neves Diretora Conselheira Daniela Moreira Diretora Conselheira e Fiscal Diego Campos Diretor Conselheiro e Fiscal Sharon M. Godinho Secretária Geral
Central de Atendimento Tel.: (11) 5087-8861 Fax: (11) 5087-8810
Consultor Jurídico Márcio Raposo
Assinatura revista@anfarlog.org.br
Editores Saulo de Carvalho Junior
Jornalista Responsável Arthur Pazin – 0089206 SP arthurpazin@gmail.com Diagramação Mariana Matos marianamatosdg@gmail.com A Anfarlog em revista é uma propriedade exclusiva da Associação Nacional dos Farmacêuticos Atuantes em Logística. A reprodução de suas matérias, fotos e anúncios, sem a devida autorização, estará sujeita as penas previstas por lei. As matérias e artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, não expressando, necessariamente, a opinião desta publicação.
E D I TEditorial O R I A L É TEMPO DE ATUALIZAR-SE PARA O PROGRESSO
de Armazenagem, Distribuição e Transporte de medicamentos, assegurando a qualidade destes produtos de acordo com as tendências operacionais, padrões internacionais e novas tecnologias. O regulamento, que é considerado como parte do Novo Marco Regulatório do setor farmacêutico, aborda questões importantes para a área, como o manuseio e movimentação de produtos, organização e limpeza, organograma e gestão de pessoas, princípios e função do sistema de qualidade aplicado à armazenagem e transporte, segurança das instalações, manuseio de produtos e monitoramento e controle de temperatura, entre outros pontos importantes. Além dos especiais e artigo, buscamos também informar os leitores sobre o trabalho desenvolvido por cada Grupo da Associação. Coordenadores e envolvidos puderam mostrar um pouco do que está sendo discutido e projetado para 2020 em cada grupo de discussão, por meio de temas que são importantes e inovadores para a cadeia.
Depois de um tempo sem reunir as informações e novidades de nosso setor, apresento aos leitores o projeto de retomada da Revista da Anfarlog, que consolidada em seu formato digital, oferece o que há de mais importante e novo na Cadeia Logística de Saúde. Nesta edição, o destaque é a realização do Fórum da Cadeia Fria, no último mês de novembro, oportunidade em que mais de 300 executivos e líderes empresariais debateram os desafios da Logística farmacêutica junto a autoridades e integrantes do governo. Por meio do evento, foi possível discutir as soluções que podem estimular o crescimento do segmento na economia nacional, uma vez que os executivos puderam esclarecer dúvidas para entender melhor o novo cenário do mercado. Outro especial que levamos até você diz respeito ao serviço oferecido por concessionárias e empresas na hora de armazenar e transportar medicamentos de alto custo e responsabilidade. Com o especial modal aéreo, a transparência e a segurança na hora de lidar com os produtos ficam mais claras e próximas do nosso associado. Em nosso artigo, que traz a primeira parte da ‘Legislação em Destaque’, profissionais do meio discutiram a importância da maior novidade para o setor: a aprovação da RDC 304, da Anvisa, que busca atualizar normas a fim de garantir qualidade e segurança ao consumidor. Aprovada, no último mês de setembro, ela entra em cena no mercado nacional da Logística Farmacêutica a fim de normatizar as Boas Práticas
Sua participação é muito importante. Envienos suas colaborações para o aprimoramento da revista: quais temas você gostaria de ver tratados aqui? Qual sua opinião sobre os assuntos abordados nesta edição? Você gostou do formato e da identidade visual? Queremos tornar a Revista da Anfarlog uma referência para o setor e você é imprescindível para que isso aconteça. Saulo de Carvalho Júnior Presidente da Anfarlog
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Quem Somos? “Somos profissionais apaixonados, contribuindo para o desenvolvimento técnico do setor farmacêutico.” Amanda Neves Diretora Consultiva da Anfarlog e CEO da ZANTZ Tecnologia
“A Anfarlog é primeiro de tudo um organismo de estudos, de debates e de divulgação da Logística de produtos farmacêuticos e da Cadeia Fria no Brasil. Lembrando que essa divulgação da Logística tem a ver com sua atuação e Boas Práticas dos farmacêuticos atuantes nesta área. A associação tem como ação principal fomentar o conhecimento e a qualificação profissional das empresas atuantes na Cadeia Logística e dos farmacêuticos atuantes nessas áreas, além de focar nos associados e trazer novos associados, tentando também contar com pessoas físicas nos próximos anos. Desde o ano passado, a instituição tem apostado em eventos e fóruns de Cadeia Fria com o foco de conectar as agencias regulatórias e conseguir através de uma entidade ser respeitada e obter informação, representando a Cadeia Logística e os farmacêuticos atuantes na área frente à Anvisa.”
Acredito que a Anfarlog possui uma importância fundamental na cadeia Logística da Saúde, trazendo vantagens consideráveis aos associados como qualificação e capacitação técnica e trazendo também benefícios à sociedade. Daniela Renata Moreira Diretora Conselheira da Anfarlog e Vice-presidente do FAO MG/ Farmacêuticos Atuantes em Oftalmologia
Diego Campos
“Uma entidade sem fins lucrativos que reúne profissionais comprometidos com os mesmos objetivos, mobilizados com o desenvolvimento de ações a favor da ampliação do mercado logístico no Brasil e na troca de informações que conduzam ao crescimento profissional e fortalecimento das redes de contato. Conscientes de que toda e qualquer mudança se faz através de iniciativas que representem um importante passo na construção de um novo contexto, a associação tem foco no caráter associativo e representatividade profissional, por meio de educação, capacitação técnico-científica, promoção de eventos e forte presença nos conselhos de classe e agências reguladoras em defesa das causas do setor logístico no Brasil.”
Diretor Conselheiro e Fiscal da Anfarlog e Farmacêutico Sênior - Garantia da Qualidade
Sharon Godinho
Nathalia Lima Vice-Presidente da Anfarlog e Gerente Técnica do Valida Laboratório de Ensaios Térmicos do Grupo Polar
“A Anfarlog prima entre as associações logísticas do seguimento farmacêutico e busca sempre as melhores experiências para seus associados, visando não somente o cumprimento dos dispositivos legais, mas também as melhores práticas do mercado e experiências de seus participantes.”
Diretora Conselheira na Anfarlog e Business Manager da Newcorp Brasil
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SUMÁRIO
.02 Editorial .02 Quem Somos .03 Expediente
.06 Descubra os próximos passos do .09 Grupo de Cadeia Fria Afinal, o que é a Logística 4.0? .11 Os marcos regulatórios e a Cadeia .15 Logística Farmacêutica Grupo de Gestão da Qualidade vai .18 definir a eficácia do Sistema Rastreabilidade como pontapé para Indústria 4.0?
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SUMÁRIO
Segurança, proteção da marca e combate ao roubo de cargas Executiva de Destaque
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.29 Especial sobre Modal Aéreo .34 Legislação em Destaque, PARTE I
Líderes empresariais destacam a importândia do Fórum de Cadeia Fria
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Modelo de Startup é opção para soluções diferenciadas às empresas Agenda de Eventos 2020
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Rastreabilidade como pontapé para Indústria 4.0?
O QUE É RASTREABILIDADE? A rastreabilidade é a tecnologia que permite, através da individualização de um produto (serialização), monitorar o seu movimento ao longo da cadeia de suprimentos, com histórico, localização e status dos itens.
Legado e Possibilidades Recentemente, tem se tornado comum ouvir falar sobre a quarta revolução industrial, que é também denominada Indústria 4.0. O termo explica a aplicação das novas tecnologias nos principais processos industriais. Entre as características mais marcantes deste conceito estão a automação de tarefas e o controle de dados e informações. Para isso, são utilizadas tecnologias como IOT (internet das coisas), big data, blockchain, robôs, sensores e IA (inteligência artificial).
Antes de falarmos sobre a indústria 4.0 na indústria farmacêutica, é importante analisar a situação das indústrias em geral no Brasil. De acordo com um levantamento recente da consultoria IDados, com base em números da Federação Internacional de Robótica (IFR), o país tinha em 2017, 12.373 robôs industriais, o que representa apenas 0,6% das máquinas desse tipo instaladas em todo o mundo. Com isso, o Brasil fica em 18º lugar no ranking dos países mais automatizados. Segundo as principais fornecedoras de robôs para o Brasil, o estoque de autômatos no país gira em torno de 16 mil, já que 54% dessas máquinas se encontram na indústria automobilística.
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O Brasil caiu no ranking de inovação Entre 129 países, o Brasil é o 66º mais inovador segundo o Índice Global de Inovação (IGI). O país perdeu duas posições em relação ao ano anterior, em que ocupava o 64ª lugar. Suíça, Suécia, Estados Unidos, Países Baixos e Reino Unido lideram o ranking divulgado na manhã desta quarta-feira (24/7), em Nova Deli, na Índia. A China, por sua vez, segue em ascensão, agora em 14º lugar entre as nações mais inovadoras, ultrapassando o Japão (15º). Entre os atrasos que acompanham o baixo índice de automação na indústria brasileira está o fato que, em sua maioria, a tecnologia é estrangeira, o que torna o investimento alto anfarlog.org.br
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Na atual conjuntura não inovar ou não investir em tecnologia é perder espaço para competidores.
para as indústrias nacionais devido a impostos de importação entre outros entraves.
Atraso é ainda maior no setor farmacêutico Na indústria farmacêutica, a automação é ainda menor, devido ao conservadorismo regulatório, como explica a coordenadora do Grupo de Rastreabilidade, Amanda Sylvan Neves. “Evita-se mudar para não correr riscos em auditoria, mas na atual conjuntura não inovar ou não investir em tecnologia é perder espaço para competidores”, conta a profissional, que também comentou sobre a mudança no cenário. “A indústria farmacêutica era medida como inovadora conforme a quantidade de patentes registradas. Hoje, a régua é outra. Os genéricos estão ganhando volume de mercado e o perfil de inovação agora é eficiência, distribuição e proximidade dos clientes”, disse Neves, que ilustrou o cenário atual. “Grande parte não possui linhas 100% automáticas, um simples exemplo é o medidor de temperatura e umidade, grande parte
possui medidores off-line, registrando em papel duas vezes ao dia. Existe um mar de possibilidade de ganhos e eliminação de desperdícios, basta ter coragem e perceber que o setor de manufatura também é um fator de sucesso da companhia, não mais apenas marketing e P&D”, afirmou a líder do grupo, que garantiu que não adianta investir em era digital no varejo sem dados sobre a cadeia de suprimentos e perfil do cliente.
Potencial a partir da rastreabilidade Para a consultora Amanda Sylvan Neves, a rastreabilidade será diretamente responsável pela introdução do big data em toda a cadeia de suprimentos, e indiretamente da utilização do IA e IOT na indústria farmacêutica. “A demanda por IA vai chegar naturalmente quando os gestores perceberem que eles têm um cofre cheio de ouro, no caso dados oriundos da rastreabilidade, mas não sabem como abri -lo, devido à ausência de IA”, conta. Por serem obrigatórias até 2022, as linhas de embalagens deverão estar
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equipadas com os softwares e hardwares que serializam, gerenciam e armazenam todos os dados de rastreabilidade gerados na linha. A quantidade de dados gerados, não só na produção, mas em toda cadeia de armazenagem e distribuição, será um sacrilégio não ser usada, de forma a agregar valor ao negócio. Após esses dados tratados, será possível, para a consultora, ter informações como parada de linha, performance de linha, indicador de eficiência das máquinas e dos grupos de operadores, desperdício de matéria prima, índice de retrabalho, tempo de parada do medicamento em cada ponto da cadeia, perfil do consumidor e várias outras possibilidades dependendo das tecnologias acessórias à rastreabilidade. Tudo estará disponível e quem não usar perderá a corrida da Nova Era Digital.
Amanda Sylvan Neves, coordenadora do Grupo de Rastreabilidade
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Descubra os próximos passos do Grupo de Cadeia Fria os associados para que todos os segmentos desta cadeia consigam entender quais os riscos e soluções que o mercado possui, principalmente quando há requisito envolvido”, explicou o líder do grupo, que pretende fazer com que seus participantes consigam entender que a legislação é feita a fim de preservar o medicamento no que diz respeito a suas características, segurança e eficiência.
O QUE É CADEIA FRIA? Cadeia fria é um sistema de conservação, manuseio, transporte e distribuição de produtos com temperatura controlada, desde a saída do cliente até o seu destino final.
Recentemente, os participantes do Grupo de Cadeia Fria se reuniram para definir os primeiros pontos que serão trabalhados. Por decisão geral, inicialmente, será discutido sobre a qualificação de transporte ativo, modais de transporte (o modo que determinado produto é transportado, seja via terrestre, aérea ou marítima) e o uso correto das soluções ativas.
“Este é meu objetivo, fazer com que esses profissionais olhem pra o medicamento como uma coisa delicada e que exige cuidado, porque não é uma carga qualquer, é uma carga que pode representar cura e diagnóstico ou até mesmo a vida de uma pessoa”, disse.
O grupo foi iniciado no último mês de julho e conta com a participação de profissionais da indústria farmacêutica e de fornecimento de suprimentos da Cadeia Fria, além de transportadoras que trabalham com veículos blindados, segmento logístico, segmento de testes e até mesmo avaliações de embalagens.
Para entender na prática, Duboc usou de exemplo um produtor do segmento frio que não é regulado pela Anvisa, mas que fornece o material para um setor regulado. “É preciso ter à sua disposição procedimentos, documentos e informações que são solicitadas pela indústria farmacêutica, por isso a necessidade do grupo”, conta.
O objetivo da equipe é difundir e propagar conhecimento sobre o tema de Logística para produtos de saúde, assunto considerado importante para o coordenador do grupo, o farmacêutico Marco Duboc.
Outras finalidades do grupo são a oportunidade de fazer networking, encontrar soluções técnicas para resolver seus problemas e buscar parceiros comerciais.
“Nossa ideia é desenvolver temas entre 9
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“É preciso ter à sua disposição procedimentos, documentos e informações que são solicitadas pela indústria farmacêutica, por isso a necessidade do grupo.”
Próximo Encontro Para a próxima reunião, o coordenador do grupo pretende iniciar uma análise da consulta pública 343, que se tornou resolução (RDC 301 de 2019). “Vamos pensar quais são os impactos que esta resolução tem em relação à cadeia fria, que envolve todo o segmento de transporte de medicamentos e todo o segmento logístico de armazenamento e transporte”, adiantou Duboc.
Marco Duboc
Ainda em relação à consulta pública, serão levadas também em consideração as diretrizes da Organização Mundial da Saúde para transporte de produtos biológicos.
Sobre o coordenador Colaborador da Anfarlog, o farmacêutico Marco Duboc atua neste mercado de Logística há muitos anos, estando há pelo menos 20 na área de Cadeia Fria. Sócio-proprietário da AG3 Solutions, empresa de consultoria e representação comercial, seu background de atuação é junto à indústria farmacêutica, tendo atendido clientes como a Bayer ao longo destes anos. Já atuou, também, no Instituto Butantã, trabalhando com garantia de qualidade e controle de vacinas. Marco Duboc, coordenador do Grupo de Cadeia Fria
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Afinal, o que é a Logística 4.0?
“Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes.” Klaus Schwab CONHEÇA ALGUNS PROCEDIMENTOS QUE SÃO EFEITOS DA LOGÍSTICA 4.0: - Cross borders (ou, além das fronteiras): As plataformas cross borders fazem a conexão entre diversos agentes da cadeia (prestadores de serviço, pessoas jurídicas e até físicas) e ainda possibilitam a eliminação de intermediários; - Same-day (entrega no mesmo dia da compra): Com a exigência de prazos cada vez menores, este serviço é o diferencial para os processos, plano de distribuição e uso de tecnologias pelas empresas logísticas; - Entregas por meio de drone. O QUE AINDA VEM POR AÍ: - Veículos autônomos; - Tecnologia de impressão 3D: permitirá eliminar a necessidade de movimentação física, imprimindo, por exemplo, peças de reposição; - Crowdsourcing: o modelo substituir os tradicionais fornecedores;
- Plataformas para contratação de transporte (nos moldes do Uber); - Marketplaces: opção que agiliza os negócios da cadeia e trabalha com o conceito de leilão reverso.
O termo Logística 4.0 surgiu a partir da noção de Quarta Revolução Industrial e foi usado pela primeira vez, em abril de 2013, na Feira de Hannover, na Alemanha. De lá pra cá, ele tem sido bastante discutido no mercado, principalmente devido às mudanças da Indústria 4.0. Mas, afinal, o que é a Logística 4.0? O termo pode ser compreendido como a reestruturação dos processos e atividades logísticas de acordo com as mudanças vindas da transformação digital 11
no mundo de negócios, já que se tornou possível a utilização de tecnologias voltadas à conectividade e ao uso inteligente da informação. É importante destacar que estas mudanças não foram planejadas pelas empresas, mas foram resultado das novas maneiras de consumo e demandas, que mexeram com a cadeia tradicional. Como exemplo, os novos caminhos percorridos pelos canais de venda e novas formas de compras, o que fizeram com que o setor de Logística repensasse as anfarlog.org.br
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É preciso lembrar, por exemplo, que a Logística 4.0 envolve pessoas no seu processo, não apenas ferramentas, por isso a formação deste grupo que surgirá para abordar a necessidade humana associada à tecnologia.
formas de processos, levando em conta a flexibilidade a agilidade.
RELEMBRE AS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS E SUAS TRANSFORMAÇÕES AO LONGO DOS SÉCULOS A Indústria 1.0: refere-se à primeira revolução industrial que teve início na Inglaterra no século XVIII, fase que foi caracterizada por diversas descobertas as quais favoreceram a expansão das indústrias, onde a força mecânica e a máquina a vapor contribuíram com a mecanização dos processos, garantindo a expansão das indústrias têxteis, metalúrgica, siderúrgica e dos transportes. O uso do carvão para alimentar as máquinas foi essencial nesse momento.
Como olhar para a Logística 4.0 na prática? Para isso, é preciso entender que a tecnologia é o principal caminho para atingir as readequações necessárias, uma vez que contribui para a criação de soluções através do uso inteligente dos dados gerados na cadeia de valor da logística, permitindo, assim, que o empresário alcance novas realidades em seu negócio, como a previsibilidade de demandas, nivelamento de estoques, análises preditivas de manutenção de frota e otimização de toda a malha.
A Indústria 2.0: refere-se à segunda revolução industrial e aconteceu em meados do século XIX, marcando o industrialismo. Período de expressiva especialização da mão de obra e eficiência operacional, onde o ritmo de fabricação era ditado pelas linhas de produção. Com o advento da produção em massa, foi possível multiplicar as capacidades produtivas, destaque para o setor automobilístico (Modelo “T” – Ford).
Atualmente, o mercado brasileiro precisa de um pontapé para evoluir rumo às possíveis adequações oferecidas pela Logística 4.0. Um primeiro passo é enxergar que estamos falando de presente e não de futuro e pensar na inovação frente à concorrência, apostando no desenvolvimento de profissionais com visão analítica, a fim de potencializar os resultados, que podem ser apurados com conceitos de Big Data* e Cloud Computing**.
A Indústria 3.0: refere-se à terceira revolução industrial e se deu em meados do século XX, marcando um importante momento histórico de transformação digital/tecnológica. Avanço da ciência, eletrônica, robótica, surgimento dos computadores e da informática, criação da internet, de softwares e de dispositivos móveis. A Indústria 4.0: refere-se a um termo moderno do século XXI, que nasce na Alemanha e retrata a 4ª revolução industrial. Uma tendência à automatização total das fábricas, automatização que pode acontecer através de sistemas ciberfísicos, que são possíveis graças à internet das coisas e à computação na nuvem. O que caracteriza esse novo momento é o conhecimento e a comunicação.
É importante lembrar também que os efeitos da Logística 4.0 não são apenas tecnológicos, mas também culturais, envolvendo treinamentos e capacitação. * BIG DATA: Área do conhecimento que estuda como tratar, analisar e obter informações a partir de conjuntos de dados grandes demais para serem analisados por sistemas tradicionais. * CLOUD COMPUTING: Também chamado de Computação em nuvem, é a disponibilidade sob demanda de recursos do sistema de computador, especialmente armazenamento de dados e capacidade de computação, sem o gerenciamento ativo direto do usuário. O termo geralmente é usado para descrever centros de dados disponíveis para muitos usuários pela Internet.
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Grupo de Logística 4.0 vai unir tecnologia e capacitação humana
lhões de embarques rastreados e acondicionados; - Gerenciamento e gestão de armazém com sistema moderno e de WiFi/LAN; - Visão integrada da cadeia de suprimentos, foco nos serviços e etc.
Por tratar-se de uma área abrangente e que lida diretamente com o setor da Saúde, a Logística Farmacêutica precisa estar intimamente ligada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que exige regulações, como a Consulta Pública (CP) 345, que demanda das empresas a busca por readequações.
“É preciso lembrar, por exemplo, que a Logística 4.0 envolve pessoas no seu processo, não apenas ferramentas, por isso a formação deste grupo que surgirá para abordar a necessidade humana associada à tecnologia”, explicou a farmacêutica, que prevê como atividade da equipe investir em treinamento capital humano e gestão de lideranças.
Pensando nisso, a Associação Nacional de Farmacêuticos Atuantes em Logística (Anfarlog) se prepara para contar com um novo grupo de discussão, o Grupo de Logística 4.0, que tem como principal propósito falar sobre a união da tecnologia e capacitação humana, atividade indispensável para o sucesso e eficácia dos negócios.
‘Vamos contribuir com o desenvolvimento das pessoas e mostrar que é preciso contar com profissionais que estejam adequados à realidade do dia a dia e do investimento”, declarou Godinho, que justificou a falta de opções para obter este tipo de formação.
De acordo com a coordenadora responsável pelo grupo, Sharon Godinho, é possível observar, atualmente, uma dificuldade na integração de informações quando o assunto é a Logística 4.0, embora fale-se muito sobre o processo de trabalho.
“Queremos discutir esta questão dentro da associação, trabalhando de forma séria e técnica, seguindo a regulamentação e ao mesmo investindo nesse outro lado, pois sem treinamento não há manutenção de conhecimento”, disse.
VEJA A COMPARAÇÃO DOS MODELOS DE TRABALHO, TRADICIONAL E 4.0:
ENTENDA A BLOCKCHAIN Blockchain é um tipo de Base de Dados Distribuída que guarda um registro de transações permanente e à prova de violação. A base de dados blockchain consiste em dois tipos de registros: transações individuais e blocos.
MODELO TRADICIONAL - Grandes estoques; - Perdas gigantescas de inventários; - Perda de ativos; - Erros de controle de temperaturas de produtos específicos; - Lead time estendido; - Centros de distribuição off-line e obsoleto; - Desculpas para erros de carregamento e entregas no transporte; - Concorrência baixa e sem know-how.
Um bloco é a parte concreta da blockchain onde são registrados algumas ou todas as transações mais recentes e uma vez concluído é guardado na blockchain como base de dados permanente. Toda vez que um bloco é concluído um novo é gerado. Existe um número incontável de blocos na blockchain que são ligados uns aos outros - como uma cadeia - onde cada bloco contém uma referência para o bloco anterior.
MODELO 4.0 - Estoques zero; - Lead time curto; - Alta conectividade; - Informações em tempo real e ao alcance de um clique; - Virtualização por meio de sistemas de monitoramento dos processos e operações; - Centros de distribuição mais inteligentes; - Eficiência operacional na medida em que a IoT (internet das coisas) conecta em tempo real os mi-
Block Chain é caminho para descentralizar garantindo Segurança Uma das responsabilidades da Logística Farmacêutica na prática é possibilitar a 13
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consenso e confiança na comunicação direta entre duas partes. Para Sharon Godinho, falar de Block Chain é permitir a integração das informações de uma maneira tecnológica, que possibilita acompanhar um pedido em todas as pontas por meio de um sistema. “A Block Chain nada mais é que a capacidade de pegar a informação desde o pó primitivo do produto até sua chegada na mão do consumidor”, garante.
chegada de um medicamento a destinos como hospitais, por exemplo. A contratação de uma empresa da área acontece para facilitar o estoque e garantir a segurança do produto. Por isso, é importante elaborar sua gestão de trabalho conforme as normas vigentes. Algumas tecnologias disponíveis nos dias de hoje colaboram com a agilidade deste processo, como a Block Chain, que visa a descentralização como medida de segurança. A medida nada mais é do que bases de registros e dados distribuídos e compartilhados que têm a função de criar um índice global para todas as transações que ocorrem, criando
Entre tantas funções, a ferramenta permite, por exemplo, encontrar o momento exato das falhas durante um processo ou então prever efeitos colaterais provocados por falhas no lote da matéria prima. “A Block Chain permite a rastreabilidade do início ao fim, oferecendo informações por meio de código de barras e conectando-se às questões da Anvisa”, defende a profissional.
SAIBA MAIS SOBRE A BLOCKCHAIN - Em 2016, foi previsto o montante de 1 bilhão de dólares em investimento em tecnologia ligada à blockchain, pelo mercado financeiro, segundo pesquisa do jornal CCN.
Sharon Godinho, coordenadora do Grupo de Logítica 4.0
- A rede como um todo é descentralizada o que significa que não há um ponto único de falha no sistema. Se um nó deixa a rede, outros nós já tem armazenado uma cópia exata de toda a informação compartilhada. De modo inverso, se um nó entra na rede os nós iniciais imediatamente criam cópias de suas informações para o novo membro. - A evolução da blockchain tornou possível também o surgimento de conceitos distribuídos de blockchain, tal como a sidechain, que permitiria uma maior diversidade de blockchains sem comprometer a comunicação entre elas. Este é um conceito importante já que prepararia a rede para uma iminente tendência de diversificação já que diferentes empresas têm trabalhado na implementação de sua própria blockchain.
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Os Marcos Regulatórios e a Cadeia Logística Farmacêutica
marcos regulatórios dos mercados em que operam, cumprem uma obrigação legal e ficam em conformidade com os sistemas de compliance, tendo seu valor de mercado incrementado.
Os Marcos Regulatórios desempenham um papel de extrema importância para qualquer área de atividade regulada, como é o caso dos produtos farmacêuticos, incluindo os produtos acabados e os insumos. Eles permitem que os Agentes Regulados (empresas) tenham clareza sobre os requisitos legais e técnicos a seguir, permitindo que controlem o nível dos investimentos necessários, prazos, documentos necessários para a criação e a manutenção de sistemas documentais adequados, bem como de gestão da qualidade e dos recursos humanos. Outro papel importante dos marcos regulatórios é a atração de investimentos, como explica o coordenador do grupo de Assuntos Regulatórios, Roberto Latini. “Mercados regulados recebem mais investimentos do que mercados não regulados, haja vista a segurança técnica e jurídica que advém dos marcos regulatórios”, explicou o profissional.
Portanto, Latini afirma que não se pode confundir os marcos regulatórios e as obrigações que nascem deles com a simples burocracia vazia. “A própria burocracia em si, quando bem estruturada e operacionalizada, serve para organizar a sociedade, criando segurança documental e operacional. Tudo isso mesclado pelo arcabouço legal existente no país”, conta. Muitas vezes, as leis geram obrigações que só poderão ser concretizadas com a criação dos marcos regulatórios apropriados. Um exemplo disso é a Lei Federal 6360/1976, a qual embasa todo o sistema de Vigilância Sanitária existente
Com os investimentos, nascem os empregos, a pesquisa e a coleta de impostos, os quais, em última análise, são revertidos em serviços para o cidadão. Além disso, as empresas que seguem os 15
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“Mercados regulados recebem mais investimentos do que mercados não regulados, haja vista a segurança técnica e jurídica que advém dos marcos regulatórios.”
Roberto Latini
no Brasil. Para o especialista esta foi a raiz de todo o desenvolvimento do sistema de vigilância sanitária, criando obrigações que só puderam ser cumpridas pelos Agentes Regulados a partir da elaboração dos marcos regulatórios apropriados, como por exemplo, o Art. 2º da Lei 6360/1976, que define quais são as atividades por ela reguladas, sem determinar o rito para que as empresas possam se licenciar e por quais meios.
Art. 2º - Somente poderão extrair, produzir, fabricar, transformar, sintetizar, purificar, fracionar, embalar, reembalar, importar, exportar, armazenar ou expedir os produtos de que trata o Art. 1º as empresas para tal fim autorizadas pelo Ministério da Saúde e cujos estabelecimentos hajam sido licenciados pelo órgão sanitário das Unidades Federativas em que se localizem.
exerce um papel crucial. Definir de que forma os produtos acabados e/ou os insumos farmacêuticos serão transportados, manuseados, armazenados e, finalmente, entregues, quais são os critérios de aceitação de tais produtos, depois de passarem por toda a cadeia logística, é de suma importância para que fabricantes e importadores possam garantir, de um lado, as diversas matérias primas e princípios ativos farmacêuticos que irão compor seus produtos e, de outro, os produtos acabados, os quais devem seguir os padrões de armazenagem, transporte e manuseio determinados pelos fabricantes, sejam eles nacionais ou estrangeiros”, explica o coordenador, que
Atualmente, o licenciamento das empresas fica a cargo dos estados e municípios e a emissão da autorização de funcionamento (AFE) sob a autoridade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Portanto, Latini reafirma que sem os marcos regulatórios, as empresas não poderiam sequer exercer suas atividades-fim. “O mesmo ocorre com os produtos em cada etapa de produção ou importação, processos nos quais a cadeia logística 16
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Sobre o coordenador
utiliza como exemplo o prestador de serviços de produtos sujeitos à cadeia fria.
Roberto Carlos Latini (CRBM 2185-1) é Biomédico com formação complementar em Direito e MBA pela Fundação Getúlio Vargas.
“Ele deve observar as restrições de amplitude de temperatura aplicadas ao produto em questão. Também é obrigação daquele que compra o produto realizar as inspeções de recebimento e garantir que as restrições de temperatura tenham sido observadas em todas as etapas do processo logístico”, conclui.
É diretor geral, desde 1996, da Latini Serviços em Assuntos Regulatórios Ltda. (Latini & Associados), na cidade São Paulo (SP), atuando na área de assuntos regulatórios, sistema de gestão da qualidade, compliance na área de saúde, due diligence regulatório e consultoria regulatória.
Conclusão Os Marcos Regulatórios têm importância fundamental, desde a definição das características técnicas das matérias primas até o produto acabado já disponibilizado ao usuário final, seja ele um paciente, um hospital ou um profissional de saúde.
Desde 1999, exerce a função de diretor geral na Medstar Importação e Exportação Eireli, cujo ramo de é basicamente importação, exportação e distribuição de medicamentos, correlatos, cosméticos, saneantes, alimentos e suplementos alimentares.
Eles permeiam e tocam todas as fases dos produtos, desde a sua concepção, projeto, desenvolvimento, fabricação, transporte, armazenamento, manuseio e distribuição.
Roberto Latini, coordenador do Grupo de Assuntos Regulatórios
Portanto, a melhor opção, para Latini, é conhecê-los bem e tirar vantagens competitivas da inevitável necessidade de observá-los, do que buscar evitá-los ou ignorá-los. 17
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Grupo de Gestão da Qualidade vai definir a eficácia do Sistema
Obter informações por meio de pesquisa de campo é um dos principais objetivos do Grupo de Gestão da Qualidade, seja por meio de um questionário de pesquisa envolvendo perguntas-chave para aplicação nas empresas ou nivelando a efetividade do Sistema de Gestão da Qualidade dos componentes da cadeia logística como importadoras, distribuidoras, armazenadoras e transportadoras.
“As tendências para a implantação dos processos de melhoria contínua são tornar o sistema de gestão da qualidade mais robusto por meio da integração e controle das informações, registros da qualidade, gerenciamento das não conformidades e reclamações, e das ações corretivas e preventivas”, explicou a especialista.
Programas de qualificação Segundo a assessora técnica e coorde- de fornecedores nadora do grupo, Sonja Helena M. Borges, as empresas que atuam na Cadeia Logística Farmacêutica, como indústrias e demais componentes com expertise em armazenamento e transporte de medicamentos, já possuem uma política da qualidade e sistemas de gestão da qualidade implantados. No entanto, as demandas atuais tratam da necessidade de manter este sistema controlado e dinâmico, focando na contínua melhoria de processos para manutenção da qualidade do produto e excelente atendimento ao cliente, sob gestão de profissionais qualificados.
De acordo com Borges, os programas de qualificação de fornecedores de prestadores de serviços logísticos e clientes servem para garantir o cumprimento das boas práticas ao longo da cadeia, o que não significa a efetividade do controle, por várias razões, como o desafio de garantir resultados eficazes em 100% dos procedimentos operacionais como recebimento, gestão de armazenamento e entrega dentro dos prazos por determinado período. “Esse controle requer estrutura, pessoal 18
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“As tendências para a
implantação dos processos de melhoria contínua são tornar o sistema de gestão da qualidade mais robusto por meio da integração e controle das informações, registros da qualidade, gerenciamento das não conformidades e reclamações, e das ações corretivas e preventivas. Para efetividade dessas ações, será necessário investir em infraestrutura, sistemas de informação, equipamentos diversos e principalmente pessoas dispostas a implementar um Sistema de Gestão da Qualidade robusto, realizando continuamente a manutenção desta implementação.
suficiente e qualificado para monitoramento de todo o processo até a entrega final, o que é bem desafiador quando nos deparamos com as características geográficas de cada região brasileira”, acrescentou a coordenadora.
Consulta Pública tem impacto no Sistema
Sonja Helena M. Borges, Assessora técnica e coordenadora do grupo.
Conforme o orientado pela CP 343/17, as empresas deverão possuir um sistema de gestão da qualidade robusto, além de liderança com autonomia, equipe qualificada e controle de todos os processos que possam impactar na qualidade do medicamento. 19
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Segurança, proteção da marca e combate ao roubo de cargas
dutivo com a perda de cargas e veículos chegou a cerca de R$ 4 bilhões. Para os representantes do setor produtivo, a falta de articulação dos governos em torno de um plano nacional de segurança para os transportadores é um dos maiores problemas. Luis Vitiritti, coordenador do Grupo de Trabalho Prevenção, Inovação e Combate ao roubo de carga
Auditoria preventiva contribui para evitar casos de roubo de carga Em 2018, foram registrados, em média, 22 mil casos de roubos de carga no Brasil, de acordo com dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC). O número representa uma queda de 15% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados quase 26 mil casos do tipo. Mesmo com a queda, o prejuízo para o setor pro-
Os artigos farmacêuticos estão junto a itens alimentícios, eletrônicos, bebidas e combustíveis como o principal alvo dos bandidos. Cerca de 78% dos roubos de cargas registrados no levantamento da PRF ocorrem em áreas urbanas. Os ataques em rodovias representam 22% do total. No caso dos crimes nas cidades, a maioria dos ataques ocorre pela manhã, enquanto, nas rodovias, o maior volume de roubos é registrado no período da noite. Para o coordenador do Grupo de Trabalho ‘Prevenção, Inovação e Com21
bate ao roubo de carga’, Luis Vitiritti, muitas vezes a quarteirização dos serviços de transporte fazem com que parte da operação não tenha a mesma segurança protecional da viagem principal. Por isso, ele entende que uma das melhores formas para certificação deste processo pode ser a auditoria preventiva dos serviços contratados. “Em auditoria de sinistros encontramos falhas básicas que poderiam ter sido cuidadas por uma auditoria preventiva. Muitas destas falhas estão direcionadas por uma contratação feita por preço, ou seja, compra de serviços em que o mais barato ganha a concorrência”, explica. Ainda de acordo com o especialista, outros sinistros ocorrem por uma falha processual, em que existem todas as ferramentas contratadas, porém falta uma validação de alguma anfarlog.org.br
das partes, como a exigência de isca de carga dentro dos veículos transportadores sem bateria suficiente para todo o trajeto.
transportados somente depois de um acidente”, conta o coordenador, que relatou que os motores viajavam em racks, que não eram Inter travados, ou mesmo amarrados, ou parafusados no chassi do veículo transportador.
“O cliente embarcador contrata um transportador especializado e inclui dentro deste contrato as exigências mínimas de segurança e gerenciamento de riscos. O transportador contrata diversos serviços de segurança e gerenciamento de riscos, e na sua ótica realiza um trabalho de excelência. Estas empresas carregam em seus CNPJs uma história de sinistralidade e seriedade. Aqueles que creem que segurança é importante acabam tendo menos eventos de sinistro, aqueles que ainda não carregam este tema em seu negócio transferem para as seguradoras este risco”, conta.
“Uma das viagens terminou com alguns dos motores atirados no meio da rodovia por falta de amarração correta do produto. Os caminhões eram do tipo “sider” que facilitam no processo de carregamento e descarregamento dos produtos, porém, não traziam a segurança aos itens transportados”, disse Luis, que mencionou que ao visitar a linha de montagem dos motores, presenciou excelência de qualidade no processo de fabricação, embalagem, empilhamento, conservação, limpeza e cuidados com os motores, mas observou que na hora de terceirizar o transporte de produtos acabados, faltou o mesmo cuidado com a carga sobre o veículo transportador.
Atenção a riscos é necessária Segundo Vitiritti, muitos clientes contratam ferramentas de segurança com enfoque de prevenção de roubo, com muito sucesso e qualidade. No entanto, a carga chega com dano, avaria ou acaba colaborando com um acidente rodoviário. “Acompanhei um cliente de motores para fábrica de automóveis. Estes produtos eram transportados sobre racks dimensionados para os motores que viajavam direto para a linha de produção dos veículos. Descobrimos como os racks eram
“Verificamos que muitas empresas cuidam de seus ativos dentro de suas fábricas, centro de distribuição, transportadores e parceiros. Porém, ao longo da cadeia de abastecimento encontramos muitas oportunidades de melhorias dos processos por meio de visitas, vistorias, processos de auditoria ou mesmo de uma simples verificação dos sistemas de segurança”, finalizou.
O que esperar para o futuro Nos últimos tempos, algumas ações instauradas pelo governo e pela polícia na área de Segurança Pública, como a intervenção militar no Rio de Janeiro e a eficácia da polícia de Goiás, criaram uma tendência de queda na quantidade de ocorrências de roubo e desvios. Outros aspectos como a sensação deste novo governo, que carrega uma linha22
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gem mais militar, colaboram também para a diminuição na quantidade de ocorrências.
do muito importante, o que muitas vezes acaba criando um mercado paralelo frente a uma necessidade, seja numa doença, numa aflição do consumidor ou também pelo preço alto.
Portanto, como agir enquanto empresário? Para responder a esta pergunta, o coordenador Luis Vitiritti aposta em foco na prevenção. “Não adianta esperar apenas que o governo vá atrás do bandido. É preciso trabalhar para não sofrer o dano”, explica o profissional, que aponta algumas soluções, como visitas técnicas, auditorias e trabalhos de gestão de risco, que podem ajudar o empresário a entender o processo e também seu terceirizado.
Ao longo dos últimos anos, é possível observar o crescimento do mercado farmacêutico, tanto pela descoberta de novos tratamentos como pela evolução de tratamentos antigos. Por isso, este mercado conta com muita pesquisa e desenvolvimento, por exemplo, fármacos que eram só injetáveis ganharam versões inaláveis, medicamentos em pílula passaram a ter soluções mais fáceis, etc. Portanto, conclui-se que o consumo do fármaco, mesmo em momento de crise, é interessante. Basta ver a quantidade de farmácias e marcas que entram para o mercado, que vive em franco crescimento.
“A auditoria é essencial para compreender o próprio risco, seu terceiro e ainda recomendar melhorias para o processo como um todo”, ressaltou o especialista, que aposta em um futuro com menos ocorrências.
Sendo assim, o coordenador do grupo Luis Vitiritti encara o fármaco como um item muito sensível, seja pela criação do mercado paralelo, pelo valor agregado ou pelo desvio do produto para farmácias sem rede e auditoria. “Existe esta vazão de mercado e como o Brasil é muito grande, é possível desviar dificultando a rastreabilidade”, destaca. Para isso, o grupo reúne ferramentas de prevenção
Sobre o Grupo de Roubo de Cargas O grupo tem o objetivo de falar sobre prevenção, inovação e sobre o combate ao roubo de cargas. No Brasil, especialmente na área farmacêutica, o produto médico hospitalar tem um valor agrega23
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“
A auditoria é essencial para compreender o próprio risco, seu terceiro e ainda recomendar melhorias para o processo como um todo. com a operação do cliente e recomendar trabalho de melhoria contínua. Estudou Administração com ênfase em Comércio Exterior trabalhando nesta área antes de entrar no segmento de riscos e seguros. Possui MBA em Riscos e Seguros pela ENS, além da certificação ALARYS de Riscos e Seguros na América Latina. Ao longo de sua carreira realizou mais de 2.000 visitas técnicas com a intenção de conhecer os clientes, seus cenários e ajudá-los a minimizar suas exposições.
que existem para colaborar com o mercado, como caminhão rastreado, isca interna ao veículo, rastreabilidade com QR Code impresso no produto, caminhão blindado, amarração diferenciada que dificulta na hora de um acidente ou um saque do produto, etc. Mesmo assim, o coordenador ressaltou que muitos produtos roubados ou desviados, por ficarem horas na mão de pessoas alheias, passam a perder a garantia de fábrica. “Muitos fabricantes entendem que o produto deve ser incinerado. Isso é importante para o mercado para que uma marca não seja pega de surpresa”, explicou Vitiritti, que considerou importantes o ciclo e a preocupação com o produto farmacêutico.
Sobre a Risklog A Risklog é uma empresa de consultoria e auditoria em riscos. Empresa iniciou suas atividades no início de 2016 para empresas de vários setores no Brasil. Atendendo especialmente através de vistorias de riscos, análise de processos, acompanhamento de clientes. Os principais serviços são treinamentos, visitas técnicas ou mesmo assessoria continuada. Para mais informações vejam os vídeos que estão na página web da Risklog. O principal mantra da Risklog é aprender com seus clientes para ajudar estas empresas a atingir seus objetivos com mais sucesso.
Sobre o coordenador Luis Vitiritti é consultor e auditor de riscos. Trabalha com gestão de risco para transporte e logística há 20 anos. Atualmente, atua na Risklog e na Anfarlog. Foi responsável por áreas de prevenção de perdas de 4 diferentes seguradoras e acabou visitando clientes, fábricas, logística e negócios sempre com a intenção de entender o processo do cliente, a terceirização dos produtos, aprender
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Executiva de destaque Profissionalismo intercontinental
MBA em Marketing e especialização em Saúde Pública, Jaqueline é nativa em português, fluente em inglês e espanhol, além de ter morado por três vezes nos Estados Unidos.
A executiva Jaqueline Escotero construiu a sua carreira percorrendo diversas funções e cargos ao redor de todo o mundo. Com a trajetória feita na área de saúde, tratamento e prevenção, ela tem uma experiência intercontinental no mundo dos negócios na América Latina, Canadá, Estados Unidos, Europa, Oriente Médio e África e hoje é vice-Presidente para a América Latina na World Courier. “Nunca me vi trabalhando fora da área de saúde e tive a oportunidade de liderar linhas e viver diversas culturas nas companhias que trabalhei”, conta.
Seus primeiros passos profissionais começaram em 1991, na Alcon, empresa oftalmológica. Em seguida, migrou para a Galderma do ramo dermatológico. Logo depois, ela passou a trabalhar para a MSD, onde atuou tanto com vacinas e linhas farmacêuticas. Foi a partir daí que a brasileira passou a representar a América Latina nos Estados Unidos em dois momentos distintos de sua vida. Convidada há 5 anos para assumir seu cargo atual na World Courier, a executiva pas-
Formada em Comércio Exterior, com 25
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“Quando você estabelece uma relação com os talentos humanos isso flui melhor e acredito muito na liderança positiva e desenvolvimento dos mesmos.”
Jaqueline Escotero, Vice-Presidente para a América Latina na World Courier
sou também pela Covidien (atual Medtronic).
rança positiva e desenvolvimento dos mesmos”, disse.
Para Jaqueline, é uma satisfação chegar à posição em que está, uma vez que por meio dela é possível liderar diversas áreas de uma empresa. “É uma grande responsabilidade manter o foco constante no negócio e desenvolvimento desse mercado específico em que trabalhamos”, disse. Hoje, ela revela se sentir atraída e apaixonada pela empresa, que também é focada na área da saúde. “Continuo nessa área, mas agora atendemos a várias indústrias farmacêuticas e outras companhias que gerenciam a parte de estudos clínicos”, acrescentou a profissional, que atribui a felicidade gerada pelo trabalho de sua equipe ao impacto que ele proporciona na vida das pessoas. “Buscamos colaborar com a melhoria da saúde das pessoas e com a qualidade de vida. Esta é uma das nossas maiores missões”, afirma a vice-presidente, que confere o sucesso de sua carreira a dedicação, a abertura para aprender coisas novas e as oportunidades abraçadas ao longo de seus passos.
“Sou muito agradecida a todas as empresas que trabalhei. Acredito que o sucesso de uma pessoa não se faz sozinho. Você constrói o sucesso tendo boas pessoas a seu redor, tendo uma equipe forte, motivada, tendo bons parceiros, sejam internos ou externos. Por esses motivos tenho uma crença muito forte na importância da relação verdadeira com as pessoas em estabelecer vínculo, ajudar e fazer o networking”, revela. Para que todo este trabalho funcione, Jaqueline atribui como palavra-chave o respeito, seja pelos clientes, pacientes ou colaboradores. “Nós temos uma forma de olhar para o nosso negócio lidando com vidas. É a melhor forma que hoje a gente tem de poder continuar engajando nossos colaboradores e parceiros a entender aquilo que temos como visão de negócio de mundo”, conta a executiva, que sempre quis trabalhar com esta área. “É uma grande paixão que tenho porque quando você estabelece uma relação com os talentos humanos isso flui melhor e acredito muito na lide26
A empresa A World Courier é uma empresa logística global focada na área de transporte e armazenamento para produtos farmacêuticos e sensíveis ao tempo e à temperatura. Presente em mais de 50 países e com mais de 150 escritórios pelo mundo, a empresa está consolidada há 50 anos e está focada na área de estudos clínicos, o que é significativo para seguir o trabalho com pesquisas nacionais e internacionais. Atualmente, no Brasil, a World Courier está envolvida com 200 estudos clínicos que trabalham com armazenamento, direcionamento e materiais de centro de pesquisa que também estão ligados a produtos de pacientes. Além disso, a companhia atua diretamente com os transportes nacional e internacional, trabalhando com embalagens próprias e específicas, que garantem o desempenho, a precisão e o controle do que anfarlog.org.br
está sendo transportado. “O cliente nos procura para encontrar soluções em que o produto esteja dentro de tal fase de temperatura e embalagem e transporte. Assim, buscamos proativamente desenvolver tecnologias para que isso possa ser feito. Com o apoio da área global, hoje temos um apoio tecnológico que nos ajuda a atender diferentes demandas de mercado”, explicou Jaqueline. Outra linha de negócio que está em desenvolvimento tem a ver com serviços de entrega direto ao paciente, uma área que a World Courier tem trabalhado globalmente por meio de projetos na América Latina que estão ligados à área de pacientes, assegurando que eles possam receber medicações em suas casas. Embora seja realidade em vários países, no Brasil, isso não se aplica devido à uma regulamentação do governo.
rier é executar a logística da melhor forma possível e com a ajuda da tecnologia, especialmente no processo de armazenagem e transporte. Sendo assim, o objetivo principal dos estudos clínicos aos quais a empresa está focada é a qualidade de vida dos pacientes. Por meio de novos tratamentos, o foco é continuar contribuindo com a área da saúde e até mesmo salvar vidas, seja por prevenção de doenças ou pela própria cura.
Outro dado aponta que em 2016, 8 em cada 10 drogas mais vendidas foram produtos biológicos, o que reforça a importância do negócio em termos de trabalhar toda uma cadeia de estudos clínicos transportando materiais em qualquer lugar do mundo.
muito grande. Isso é imprescindível quando trabalhamos na área de saúde, porque trabalhamos numa área de cadeia”, explica Jaqueline.
Mulher na liderança
Qualidade de vida é a meta
Nos últimos 10 anos, os biológicos foram mais de 1 terço das drogas aprovadas. Eles representaram mais de 20 por cento do mercado global farmacêutico.
Frequentemente, Jaqueline é convidada para falar sobre mulheres em posição de liderança em diferentes partes do mundo. A vice-presidente para a América Latina da World Courier serve de espelho para muitas pessoas. “Sou mãe, esposa, trabalho e tenho uma carreira internacional, portanto, o que sempre coloco é que tudo isso é possível. É uma questão de organização, paixão e de ter uma estrutura familiar que te suporte”, afirma a executiva, que acredita no crescimento das pessoas.
Para poder proporcionar um ambiente seguro e garantir aos pacientes o melhor tratamento em todas as ocasiões, a área de Logística de saúde é fundamental. Por isso, a preocupação da World Cou-
Outro ponto importante a ser destacado é a área ética e de compliance. “Somos uma empresa idônea, que trabalha com a transparência dentro de uma ética e código de conduta
“A área de desenvolvimento de pessoas é uma das áreas pela qual sou mais apaixonada porque acredito que são as pessoas que vão fazer o sucesso dos negócios”, concluiu a profissional.
Para isso, o trabalho envolve uma logística bastante complexa e uma regulamentação feita tanto pelo Ministério da Saúde quanto por outras organizações, sendo, então, indispensável a qualidade da equipe profissional, que é treinada frequentemente para garantir que a execução das tarefas seja da forma mais impecável possível.
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RDC 304/19
Legislação em destaque
PARTE I
Resolução atualiza normas de Armazenagem, Distribuição e Transporte a fim de garantir qualidade e segurança ao consumidor
novas tecnologias. O regulamento, que é considerado como parte do Novo Marco Regulatório do setor farmacêutico, aborda questões importantes para a área, como o manuseio e movimentação de produtos, organização e limpeza, organograma e gestão de pessoas, princípios e função do sistema de qualidade aplicado à armazenagem e transporte, segurança das instalações, manuseio de produtos e monitoramento e controle de temperatura, entre outros pontos importantes.
Aprovada, no último mês de setembro, a Resolução da Diretoria Colegiada 304/19, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entra em cena no mercado nacional da Logística Farmacêutica a fim de normatizar as Boas Práticas de Armazenagem, Distribuição e Transporte de medicamentos, assegurando a qualidade destes produtos de acordo com as tendências operacionais, padrões internacionais e
A Diretora Executiva da MD Consultoria, parceira da Anfarlog, Daniela Silva, destacou que a resolução atual revoga a de 29
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Silva, Diretora Executiva da MD Consultoria, baseia a RDC 304/19 em três pilares: Sistema de Gestão da Qualidade, Qualificação e Validação e Rastreabilidade.
TOME NOTA A Diretoria Colegiada da Anvisa, responsável pela aprovação da RDC 304, é composta, atualmente, por cinco diretores, sendo William Dib o Diretor-Presidente. O grupo tem como função representar a agência na promoção e no controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos processos, dos ambientes, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados.
O primeiro pilar visa a garantia da eficácia em toda a cadeia, enquanto o segundo, de acordo com Silva, reforça a obrigatoriedade de qualificar equipamentos e validar os sistemas informatizados que impactam direta ou indiretamente na qualidade final do produto. Já o terceiro, assegura a Rastreabilidade em toda a cadeia.
número 802, de 8 de outubro de 1998, e a de número 320, de 22 de novembro de 2002, buscando atualizar a regulamentação com foco no consumidor. “O objetivo maior dessa publicação é, sem dúvidas, garantir a qualidade final dos medicamentos para o consumidor final, que somos nós mesmos, filhos, pais e mães”, explicou a profissional, que atua na área de Transporte e Logística por meio de consultorias.
A também palestrante relacionou os impactos da norma, diretamente, à realização de monitoramento e controle dos transportes de medicamentos, garantindo a rastreabilidade em toda a cadeia e criando um sistema de Gestão de Qualidade robusto, considerando as novas exigências um desafio para as distribuidoras e transportadoras.
Serafim Branco Neto, assessor da Presidência da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogaria (Abrafarma), chamou as mudanças de verdadeira modernização das legislações. “As leis já tinham quase vinte anos, por isso a importância da atualização, principalmente nas questões relativas à segurança do transporte e armazenagem de medicamentos”, contou o executivo.
De acordo com o Presidente Executivo da Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico (Abafarma), Oscar Yazbek Filho, a resolução atualizou e acrescentou melhorias em atos normativos. Dentre as principais mudanças, está, segundo ele, a regulamentação para que uma distribuidora possa se abastecer de medicamentos de outra distribuidora que não seja a detentora do registro.
Conheça as principais mudanças da RDC e seus impactos no setor
“Os avanços tecnológicos permitiram que houvesse esta modificação sem prejuízo à rastreabilidade dos medicamentos dentro do setor regulado”, justificou o profissional, que comentou sobre o avanço que será obtido no setor. “Tivemos uma grande evolução normativa, e acreditamos que esta evolução deva ser contínua, de forma que se garanta a segurança sanitária necessária e ao mesmo tempo a otimização de processos e recursos envolvidos na cadeia de distribui-
Com a resolução em vigor, o mercado deverá se moldar às novas exigências da Anvisa de maneira gradativa, ampliando suas políticas e sistemas de garantia da qualidade em todos os pontos da Cadeia Logística, incluindo o monitoramento das etapas de transporte. Em seu artigo “Os impactos da RDC 304 na Cadeia Logística Farmacêutica”, publicado no início de novembro, Daniela 30
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ção, garantindo, assim, o abastecimento em todas as regiões do país”, analisou Filho. Para a gerente de Desenvolvimento Estratégico em Cold Chain, do Grupo Polar, Liana Montemor, o maior impacto da RDC está relacionado ao artigo 64, que obriga as empresas de transporte de medicamentos a monitorar e controlar as condições relacionadas à temperatura e umidade necessárias à manutenção, conforme o registro do produto. “Os produtos de 15 a 30°C, por exemplo, que hoje são transportados em condições adversas de temperatura, necessitarão de soluções passivas ou ativas para o controle térmico. Apesar desta não ser uma novidade para o setor, pois os medicamentos deveriam todos ter este controle para a manutenção da qualidade na cadeia de suprimentos, a
realidade é bem diferente da pratica atual, trazendo ao setor um grande impacto, porém a certeza da eficácia e robustez da qual o medicamento se propõe”, declarou a gerente, que lembrou, ainda, que há inúmeras possibilidades como alternativas para a adequação dos re-
querimentos normativos e que o primeiro passo é mapear termicamente as rotas logísticas para então tomar a decisão, pautada em análises de riscos e conhecimento dos eventos, de qual solução aplicar para cada situação encontrada.
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Quem também comentou sobre a importância da normal em regularizar o controle da temperatura, foi o Diretor de Assuntos Técnicos e Inovação do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Jair Calixto, que embora lembrou que no setor industrial farmacêutico, o impacto da RDC é indireto, uma vez que todos os itens da nova norma já são seguidos pelas indústrias, salientou a relevância das mudanças no que diz respeito ao transporte dos medicamentos.
Jair Calixto, Diretor de Assuntos Técnicos e Inovação do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma)
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“A RDC 304 traz mudanças significativas com impacto operacional e econômico, com conceitos aliados às perspectivas globais e normas internacionais, tendo como foco a proteção a qualidade do medicamento e consequentemente, a saúde pública.” e dever estar concluído em setembro de 2020. É o trabalho mais importante que já foi feito em mapeamento térmico de produtos farmacêuticos no transporte no Brasil, pois não desejamos nenhum incremento de custos aos medicamentos, os quais possuem preços controlados pelo governo”, concluiu o diretor.
Liana Montemor, Gerente de Desenvolvimento Estratégico em Cold Chain Grupo Polar
Já no segmento varejista de medicamentos, alguns impactos ainda estão sendo discutidos, como relatou Serafim Branco Neto, assessor da Presidência da Abrafarma (Associação Brasileira Redes Farmácias Drogaria). “Nos últimos 20 anos tivemos uma verdadeira revolução nas vendas, armazenagem e transporte de medicamentos, porém a RDC é flexível e tem um prazo de 180 dias para entrar em vigor em alguns itens e 18 meses em outros”, pontuou Neto.
“Para cumprir com os requisitos de monitoramento e controle de temperatura exigidos pela resolução, haverá a necessidade de os transportadores se prepararem com sistemas que mantenham a temperatura na faixa estabelecida pela Zona Climática IVB, de 15 a 30ºC”, explicou Calixto, que ressaltou que sua área no Sindicato realizou, recentemente, um monitoramento de temperatura no transporte, durante um ano, no sentido de mapear as rotas mais críticas dentro do território brasileiro.
Consulta Pública 343 foi pontapé inicial para a regulamentação
“Os resultados foram promissores e em setembro começamos um segundo mapeamento, com a utilização de três soluções para controlar a temperatura nos casos mais críticos. Este trabalho visa colher informações relevantes e repassá-las para que as empresas de transporte e distribuição possam realizar a qualificação de suas rotas de transporte
Foi por meio da Consulta Pública (CP) 343/2017 que se tornou possível a discussão e aprovação da RDC 304/19. A disposição permitiu a coleta de comentários e sugestões do público em geral sobre a proposta de ato normativo, 32
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“Durante 20 anos que atuo nesta área, acredito que seja um dos momentos mais importantes para o setor Logístico farmacêutico. Todos os envolvidos nesta cadeia de distribuição buscarão soluções integradas entre as partes fornecedor/ cliente/fornecedor com o fim de viabilizar as novas práticas de mercado.” Sonja Helena M. Borges, Assessora técnica e coordenadora do grupo.
abrindo caminho para estabelecer os requisitos de Boas Práticas de Distribuição e Armazenagem e de Boas Práticas de Transporte de Medicamentos.
Pública”, lembrou o Presidente Executivo da Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico (Abafarma), Oscar Yazbek Filho.
“A publicação da RDC só se fez possível graças à ampla participação da sociedade e de entidades representativas do setor, através do aproveitamento de boa parte das sugestões feitas na Consulta
Vale lembrar que a Consulta Pública foi publicada pela Gerência Geral de Inspeção e Fiscalização (GGFIS), área da ANVISA especialista em fiscalização e monitoramento.
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Especial sobre modal aéreo Modal aéreo: Rapidez e Confiança na mesma velocidade
rodoviário, não chegam a tempo. “O setor oferece diversas vantagens, mas destacamos a agilidade, principalmente quando há um curto prazo de validade do produto”, explicou a profissional, que ressaltou, ainda, como vantagem do modal aéreo para o mercado farmacêutico, o aumento de capilaridade* no país.
Na hora de entregar uma carga de alto valor ou que apresente um conteúdo sensível à variação de temperatura e umidade, o transporte de modal aéreo é opção com segurança e agilidade, garantindo ao cliente a preservação do produto conforme as exigências necessárias.
* ENTENDA A CAPILARIDADE:
De acordo com a Gerente de Marketing da MODERN Logistics, Adriana Alvarenga, com os serviços oferecidos pela área, é possível levar medicamentos até locais distantes, já que por meio de outros modais, como o
A capilaridade de mercado é a abrangência que o seu negócio tem no seu mercado de atuação. Isso significa que quanto mais pessoas você consegue alcançar — quanto maior for a sua abrangência — maior será a capilaridade de seu negócio. O transporte em modal aéreo contribui diretamente para o aumento da capilaridade, principalmente pensando no mercado da exportação. 34
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“Ovantagens, setor oferece diversas mas destaca-
mos a agilidade, principalmente quando há um curto prazo de validade do produto. Outro ganho substancial que se tem com o modal aéreo é a possibilidade de acompanhar cada etapa do processo de transporte, como conta a Account Manager do RIOgaleão, Bruna Figueiredo. “O trabalho com atendimento especializado e personalizado traz mais segurança à cadeia fria, buscando entender as peculiaridades de cada produto para qualificar os serviços”.
Adriana Alvarenga, Gerente de Marketing da MODERN Logistics.
Pensar na estrutura é pensar na responsabilidade com o produto
Adriana Alvarenga, da MODERN Logistics, também colocou em evidência o serviço de rastreamento da empresa. “Investimos alto em tecnologia para a integração dos sistemas e rastreamento. Assim, o cliente tem maior visibilidade no status da carga e consegue acompanhar todo o processo de entrega em tempo real”, salientou a gerente.
Recentemente, uma operação do Ministério da Saúde realizada no aeroporto de Brasília mostrou que 80% da carga movimentada no local são produtos farmacêuticos. O Terminal de Cargas de Brasília foi desenhado para receber estes produtos delicados e que precisam de uma acomodação especial. Portanto, é importante levar conta a estrutura oferecida durante o processo, como apontou o gerente de Logística da Inframérica, de Brasília, Marcos Francisco Ferreira Trindade. “Contamos com uma estrutura bacana, pensando na temperatura, higiene e controle dos produtos que recebemos, que são em sua maioria 35
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“Conseguimos fazer a operação com produto biológico. Desovamos equipamentos fazendo o carregamento sem que haja alteração de temperatura, mantendo o padrão e nível do laboratório sem variação”, esclareceu o Gerente de Logística da Inframerica. No Rio de Janeiro, a segurança na hora de transportar carga farmacêutica também é peça fundamental nos investimentos do RIOgaleão, como explica Bruna Figueiredo. “É importante ressaltar a intensa busca pela excelência através de treinamentos e investimentos em infraestrutura”, disse.
Marcos Trindade, Gerente de Logística da Inframerica.
materiais médicos, produtos médicos hospitalares, cosméticos e também cargas secas”, contou o responsável pelo setor, que destacou que o grupo está dentro do padrão exigido pela indústria farmacêutica.
Recentemente, o RIOgaleão se destacou como o primeiro do país a receber duas importantes certificações
“Conseguimos fazer a operação com produto biológico. Desovamos equipamentos fazendo o carregamento sem que haja alteração de temperatura, mantendo o padrão e nível do laboratório sem variação”, esclareceu o Gerente de Logística da Inframerica. 36
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“Reiteramos nosso compromisso com a elevada qualidade e tecnologia no atendimento ao segmento, além do constante treinamento de profissionais envolvidos” Bruna Figueiredo
do segmento farmacêutico. A empresa conquistou a certificação de Boas Práticas de Armazenagem da Anvisa, que atesta a excelência dos serviços prestados na armazenagem de medicamentos e produtos de saúde, e a recertificação do CEIV Pharma, da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo), atestando a manutenção das boas práticas adotadas no terminal, infraestrutura e processos de armazenamento de produtos farmacêuticos, incluindo os que exigem temperatura controlada.
a elevada qualidade e tecnologia no atendimento ao segmento, além do constante treinamento de profissionais envolvidos”, concluiu Figueiredo, que destacou, ainda, a busca da companhia em oferecer os mais altos padrões em movimentação e armazenamento das cargas que estão sob seus cuidados. “Nossos clientes contam com o RIOgaleão Temperature Controlled para garantir qualidade e integridade de diferentes cargas, desde vacinas e artigos laboratoriais a materiais biotecnológicos e outros produtos farma-
“Reiteramos nosso compromisso com 37
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CONFIRA ALGUMAS VANTAGENS DO MODAL AÉREO PARA O TRANSPORTE DE PRODUTOS:
cêuticos”, ressaltou a executiva, que leva em conto para o atendimento desses padrões não só os equipamentos e instalações de armazenagem de ponta, mas também processos robustos e eficientes e uma forte cooperação com todos os parceiros da cadeia fria.
- Baixo risco para ocorrência de avaria; - Menor tempo de exposição da carga; - Utilização de embalagens inteligentes; - Oportunidade de fracionamento dos embarques; - Atendimento de demandas críticas, como as campanhas de Vacinação. (Fonte: RIOgaleão)
“Como porta de entrada das maiores indústrias farmacêuticas da América Latina, o RIOgaleão Cargo triplicou sua capacidade de armazenagem com temperatura controlada e trabalha com variadas faixas de temperatura. Docas dedicadas para carregamento e instalações de armazenagem totalmente automatizadas eliminam variações de temperatura”, detalhou Bruna.
Bruna Figueiredo, Account Manager do RIOgaleão.
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Lideranças destacam a importância do Fórum da Cadeia Fria Evento debateu os desafios da logística farmacêutica em São Paulo
crescimento do segmento na economia nacional. “O evento proporcionou uma experiência rica em troca de informações e conhecimento. Os executivos puderam esclarecer dúvidas para entender melhor o novo cenário do mercado”, ressaltou Saulo de Carvalho Júnior, presidente da Anfarlog. “Também foi essencial para gerar aproximações entre os principais executivos do setor”, destacou. Segundo ele, um rico calendário com novos eventos está sendo preparado para 2020 pela Anfarlog.
Mais de 300 executivos e líderes empresariais prestigiaram o “8º Fórum da Cadeia Fria”, realizado no último dia 19 de novembro no Cinesystem Morumbi Town, em São Paulo. Promovido pela Associação Nacional de Farmacêuticos Atuantes em Logística (Anfarlog), o evento reuniu autoridades, integrantes do governo e principais lideranças da indústria de medicamentos e da logística farmacêutica. Durante um dia inteiro o Fórum debateu os principais desafios do setor e as soluções que podem estimular o
Alianças e parcerias – Uma das prin39
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nova RDC 304/2019 e atestar que a AS está alinhada com a expectativa da indústria, sendo novamente pioneira no mercado farmacêutico como em todos segmentos em que atua”, destaca Campos, especialista em logística farmacêutica nacional e internacional da empresa.
cipais conclusões do Fórum apontam para a necessidade de se construir alianças para a atuação conjunta de todos os elos da logística farmacêutica. “Cada vez mais a indústria vai precisar de parcerias com os distribuidores”, destacou Marcelo Meletti, diretor da empresa de consultoria IQVIA em sua apresentação.
Rodrigo Rocha, gerente comercial da Wilson Sons Logística, aproveitou para apresentar a empresa que atua há 180 anos. Recentemente, a Estação Aduaneira de Interior (EADI) em Santo André, na Grande São Paulo, ganhou uma nova câmara fria, com área de 1.646 m2 e 14.662 m2 totais. O equipamento eleva a capacidade de atendimento a 1.800 posições paletes, o que representa um crescimento de quase 200% da capacidade de armazenamento. Nesse primeiro semestre, o crescimento desses segmentos foi superior a 10% em relação ao mesmo período de 2018.
Meletti avalia que um dos desafios a serem solucionados nos próximos anos é como a logística deve atuar de forma estratégica para que os medicamentos cheguem de maneira segura aos pacientes. Ele mencionou um estudo da IQVIA que mostra que 20% dos medicamentos de alto custo atualmente tem problemas de armazenamento em hospitais brasileiros, o que pode representar uma oportunidade para a logística. Crescimento do mercado – Para a empresa Asia Shipping o evento foi significativo, especialmente para tirar dúvidas com importantes representantes do setor sobre como é possível estabelecer uma cadeia fria segura no modal marítimo. “Foi importante entender como os órgãos anuentes irão fiscalizar o cumprimento da
Lucy Maia, gerente da DMS Logística, destacou os esforços das empresas do setor para se minimizar os riscos. Ela ressaltou a importância de se qualificar o fornecedor logístico e integrá-lo à empresa. Análise de risco nas 40
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“O momento é de tran-
sição, por isso é fundamental entendermos o novo cenário. operações, dos produtos, questões referentes à legislação, custos e tempo de transporte também foram ressaltadas por Felipe Zerillo, coordenador de qualidade e Fabricio Vilhena, responsável por qualidade do laboratório Elli Lily. Debates produtivos – Com moderação de Richard Moralez, professor da Fundação Oswaldo Cruz e executivo da indústria farmacêutica, o painel Conexão da Industria e Conexão com Agências Reguladoras reuniu Nelson Mussolini, do Sindusfarma, José Ricardo Santana - CMED/ANVISA, Paulo Maia - Abradimex e Vinicius Paccola, diretor da COVISA e Victor Hugo Travassos da Rosa, da Secretaria de Estado da Saúde, além de Emilio Migliano Neto, do Tribunal de Justiça de São Paulo.
O Impacto da RDC 304/2019 (Anvisa) na Cadeia Logística Farmacêutica foi o tema mais discutido no painel. A medida poderá trazer mudanças em processos e exigirá um plano especial de implantação, além de capacitação em gestão e planejamento. Apesar de destacar que a medida pode ser positiva, os participantes ressaltaram as dificuldades para sua implementação e as inúmeras dúvidas resultantes de sua criação. Planos para 2020 – “O momento é de transição, por isso é fundamental entendermos o novo cenário”, afirmou Saulo de Carvalho Júnior, presidente da Anfarlog. Segundo ele, as empresas do setor terão árduo trabalho pela frente. Primeiramente para interpretar corretamente o que a nova norma pede, gerir essas informações e 41
implantar as determinações. Para isso, a Anfarlog prepara uma série de eventos, cursos e seminários para 2020 visando aproximar o segmento de logística farmacêutica e apoiar com ideias e soluções. “Estamos preparados para realizar todos os esforços e ajudar o segmento a enfrentar os novos tempos. Somos parceiros e queremos colaborar”, destacou Carvalho Júnior.
Saulo de Carvalho Júnior, presidente da Anfarlog.
O evento foi organizado pela empresa especializada Conceito Brazil, parceira da Anfarlog. anfarlog.org.br
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Conhecendo a Conceito Brazil Fundada em 1984, a Conceito Brazil é uma empresa pioneira em serviços completos para promoção de negócios no Brasil e exterior. Seu principal objetivo é criar serviços que gerem oportunidades de negócios.
O trabalho desempenhado pela empresa abrange clientes em 70 países, oferecendo planejamento, suporte operacional, logística com foco em resultados. “A missão da empresa é criar oportunidades de negócios para empresas e associações no Brasil e exterior, com foco em resultados, de forma sustentável”
Tatiana Novaes Rodrigues, Diretora da Conceito Brazil.
SOLUÇÕES OFERECIDAS PELA EMPRESA • Planejamento Criação, Contextualização, Logística, Treinamento, Recursos Financeiros Cronograma, Rodada de Negócios.
• Cenografia Estandes, Convenções, Ativação da Marca, Reuniões de Marketing.
• Viagens Missões Empresariais, Convenções, Passagens Aéreas, Atividades Culturais, Incentivo.
• Staff Promotoras, Mestre de Cerimônia, Barman, Palestrantes, Tradutores, Coquetéis, Coffee Break, Shows.
• Treinamento Transporte, Veículos Executivos Aviação Executiva, Helicópteros, Yachts.
• Digital Sites para cadastro e engajamento, Comunicação Online RSVP online, Integração com Redes Sociais.
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• Experiências Missões Criativas, Viagens de aprendizagem, Curadoria, Gastronomia, Moda, Arte e Design, Family Day.
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Modelo de Startup é alternativa certa para soluções diferenciadas às empresas Contratar serviços que sejam vantajosos é sempre o desejo das instituições. Obter vantagem com prestadoras que ofertem um valor diferenciado, que atendam às necessidades de acordo com a infraestrutura da instituição e que possuam respostas rápidas com custos reduzidos é o que as startups vêm ofertando ao mercado tradicional de vendas e mudando paradigmas em todas as áreas, inclusive na Logística.
prestar atenção é que startups muito novas podem não possuir processos claros e por vezes podem, no fim das contas, não atender a todas as normas e certificados de qualidade exigidas pelo setor da saúde. Por isso, na hora de contratar os serviços de uma startup, é importante que as empresas da Logística Farmacêutica estudem qual o produto ou serviço necessário para seu bom funcionamento, além de estimar como as startups podem atender suas necessidades. Durante o processo de contratação de um serviço, é preciso mensurar e considerar as expectativas criadas pelas startups e os requisitos de entrega delas, a fim de tornar o resultado positivo em todas as pessoas.
Um dos grandes diferenciais entre os negócios tradicionais e as startups (modelos inovadores) é a velocidade com que as empresas entregam serviço, bem como sua habilidade em incluir em seus sistemas ajustes específicos para cada cliente. Outro lado que é importante pontuar e 44
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Hoje a Sensorweb, uma startup parceira da Anfarlog, está há 10 anos aprendendo continuamente sem perder a capacidade de entregar de forma ágil soluções estáveis.
Por que a Sensorweb é destaque como Startup? Existem vários conceitos sobre o termo “StartUp” e seus mais variados tipos de modelo, bem como falas de pessoas. No Brasil, quando se fala de inovação, entende-se que “StartUp” é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.
área até então, em que as empresas apenas vendiam equipamentos. Seu destaque como startup vem da evolução contínua em sua trajetória, principalmente se olhar para ampliação de sua solução, tornando-a validável e a primeira do país a ter um portfólio completo de monitoramento para a cadeia do frio, incluindo o monitoramento em ambientes de armazenamento (CDs) e automóveis (caminhões, carros, motos, etc).
É por essa descrição que a Sensorweb se identifica como uma startup, uma vez que o lançamento de sua primeira solução para registro e monitoramento de temperatura através da internet foi por meio de testes para torná-lo escalável e contando com as incertezas das mais variadas possíveis, tendo em vista o mercado de atuação que a empresa se encontra.
A empresa continua desenvolvendo outros tipos de monitoramento para o setor da saúde, iniciando novos ciclos de trabalho com o mesmo viés que iniciaram com a cadeia fria.
“Nas negociações, as incertezas eram ainda maiores, pois o mercado de saúde exige de seus fornecedores a segurança de que tudo estará correto e perfeito, tornando um desafio para nós introduzir um produto diferente de tudo que já havia sido visto e ainda um modelo de negócios que se baseia na entrega de dados confiáveis”, explicou Douglas Pesavento, CEO da Sensorweb.
Conheça o trabalho desenvolvido pela Sensorweb A Sensorweb é responsável por desenvolver e fornecer soluções em Internet das Coisas para registro e monitoramento online de temperatura e umidade em todos os elos da cadeia do frio. A empresa tem se consolidado na prestação de serviço direcionado ao setor da saúde, monitorando desde a indústria, passando pela Logística e distribuição e chegando até as unidades de saúde, tais como hospitais e clínicas.
O modelo de negócios da empresa é outro fator que encaixa a marca ao conceito de startup, uma vez que é voltado à entrega de serviços e de dados, diferente de tudo que havia na
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“Nossa parceria com a Anfarlog tem como objetivo levar confiabilidade com inovação através dos nossos sensores e de nossa plataforma online, visando facilitar o dia a dia das equipes, reduzir o tempo de trabalho em atividades rotineiras e garantir segurança à saúde em todos os elos da cadeia fria.”
Douglas Pesavento
mitiu à Sensorweb aprender ainda mais sobre a cadeia logística do frio, levando à decisão de ampliar o serviço para o segmento da indústria e Logística farmacêutica.
Desde o princípio, o foco da companhia é a área da Saúde, tendo o seu primeiro marco em 2012, quando a Sensorweb iniciou o serviço de monitoramento no hospital oncológico de referência no país, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
“Investimos em estudos que transformassem a nossa solução validável, atendendo aos requisitos do Guia de Validação de Sistemas Computacionais da Agência Nacional de Vigilân-
De acordo com o CEO da empresa, Douglas Pesavento, trabalhar com grandes hospitais e suas equipes per46
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HCV para o SUS. Ainda hoje somos a única solução que atua junto ao cliente na validação de sistemas em nuvem”, contou Pesavento, que ressaltou, ainda, que a evolução contínua da solução permitiu atender a outras normas e regulamentações direcionadas a Indústria e Logística Farmacêutica, abrindo caminhos para atender nomes como a RV Ímola, BOMI Brasil Group, Werfen, Equiplex e o Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU). Recentemente, a Sensorweb passou também a atender por completo a normativa recém-publicada, a RDC 304/2019, que trata das Boas Práticas de Armazenamento, Distribuição e Transporte de Medicamentos, e nela o registro informatizado de temperatura e umidade é um ponto importante. Douglas Pesavento,
cia Sanitária (Anvisa), bem como a norma de segurança FDA CFR 21 Part 11”, explicou o profissional, que destacou a empresa como primeira solução nacional em nuvem a ser validada.
CEO da Sensorweb.
“A validação ocorreu, em 2017, junto ao Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), onde é produzido insumos para o kit de testes NAT HIV/
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AGENDA Agenda de DE Eventos 2020 EVENTOS 2020 1º SEMESTRE JAN
Lançamento do Prêmio 21, São Paulo
FEV
Fórum de Produtos e Dispositivos para a Saúde 11, São Paulo
ABR
Almoço de Negócios 14, São Paulo
MAI
Feira Hospitalar 19 a 22, São Paulo
JUN
Feira FCE Pharma 02 a 04, São Paulo
JUN
Fórum de Logística Farmacêutica em Anápolis 09 a 10, Anápolis - GO
2º SEMESTRE AGO
Fórum de Proteção da Marca e Roubo de Carga 11, São Paulo
OUT
CPHI 13 a 15, Milão - Itália
NOV
Feira HEMO à definir, Rio de Janeiro
NOV
Pharma Supply 11 e 12, Apas - São Paulo
NOV
Prêmio Anfarlog de Logítica e Qualidade 13, São Paulo
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A revista da Anfarlog é uma publicação trimestral Ano 2 • Edição 2 • Janeiro de 2020 LOCALIZAÇÃO E CONTATO Rua Vergueiro, 2.087, 14 andar, conjunto 1405 Vila Mariana – São Paulo (SP) CEP: 04101-000 CENTRAL DE ATENDIMENTO Tel.: (11) 5087-8861 FAX: (11) 5087-8810 ASSINATURA revista@anfarlog.org.br
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